Tempo

Foto de BIENVENUTI

A aguia!!

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A aguia ja farta de dias,
voa pro mais alto das alturas...
lembra dos dias de glória...
e tambem das amarguras...

Recorda das caçadas,
filhos que ja cresceram...
recorda dos amores..
amigos que se perderam...

Em sua meditação...
paira no ar a tristeza...
O silêncio é sua compania
a morte, a melhor certeza...

Mas não será seu fim,
a Mãe natureza lhe presenteou...
Com o bico, arranca-lhe as penas,
na pedra seu bico quebrou...

Por um tempo sem forma ficou,
mas a vida novamente lhe sorriu,
tudo se fez novo, tudo renovou,
Um novo horizonte, se abriu...

Foto de Sérgio Carapeto

Vermelho é a cor da Paixão

Vermelho é a cor da paixão,
Que bate ardente no meu peito,
No meu coração,
É a beleza imponente,
Do desejo ardente…

Amar nunca soube,
Amar não sabia o que era,
Mas quando te conheci,
O descobri…

Amar não é físico,
Amar não é toque,
Amar não é sexo.

Amar é apenas sentir,
E com amor retribuir…

Amar,
É sentir aquela ansiedade que desespera,
Amar,
É sentir aquele frio na barriga,
Amar,
É pensar incessantemente em ti,
E por mais que tente,
Nunca te conseguir tirar da mente.

É habitares o meu pensamento,
A cada hora
A cada instante,
E o tempo que passa e nos devora,
É somente estrelas que habitam o céu brilhante,

Amar,
É ter medo de perder,
Algo que amamos mais do que a nos próprios,
Amar é sentir vontade a toda a hora,
De te abraçar, de te beijar, de te dizer que te amo mais que a luz do luar…

Amar é simplesmente sonho utopia,
O desejo infinito de sabedoria,
Este amor é puro,
Como a lágrima de sangue,
Esquecida no olhar de quem a alma escurece,
E a morte apodrece…

Tu és o céu sem fim,
E eu assim,
Nada mais sou que lágrimas de sal,
Com sabor a alegria,
A felicidade que me deste a conhecer um dia…

Por ti eu morro,
E sempre morria,
Tu és deusa que eu venero,
E para te ter ate a morte enfrentaria…

Tu és felicidade que desconhecia,
És anjo alado,
Nas asas da alegria…

E o meu olhar,
Outrora feito de tristeza e dor,
É por ti que conhece o amor…

Já sofri tudo o que tinha a sofrer,
Hoje sou homem apenas por te querer…

A vida é impura,
E até a mais bela rosa pouco dura,
Mas o nosso amor é eterno,
E até os deuses do Olimpo o teu nome iram recordar,
Como uma deusa um simples humano pudesse amar…

Foto de Arnault L. D.

Estrelas sem anil

E na tribo havia ela,
moça virgem, nova e bela,
que amava as estrelas
e dela
a Lua era amiga

E a tarde ficava vendo
quando o sol adormecendo
bordava um quadro acontecendo,
tecendo.
Brilhos sobre tela

Ficando algum tempo calada,
admirando, extasiada, …
Depois, conversava com o nada.
Fada?
Por fim, adormecia.

Mas, um dia buscou Lua
e a noite toda sua
sem luzentes se insinua,
nua.
Correu a procura da alva.

Cansada caiu e a esperança,
na floresta só, qual criança
lágrimas fizeram sua dança,
mansa.
Do rosto bailavam ao chão.

Quando enfim os olhos abriu
por estranho, sorriu!
No solo: Estrelas sem anil.
E ao tocar seu rosto de perfil,
descobriu:
Eram lágrimas as estrelas que sentiu

Foto de Carmen Lúcia

A poesia que trago

Faz tempo que não faço versos,
só vejo no belo
inversos, flagelos...
Perdi-me em meio a palavras
outrora tecidas, hoje desgastadas
clamando o que me transtorna,
jorrando pra fora razões desastrosas.

Faz tempo não junto palavras,
meu verso é reverso,
meu grito é calado...
Meu eu só externa protesto,
materializa o que testo,
versos em desagravo...

Não sinto aquilo que digo
e o que digo condiz
com a farsa que espalho...
As rimas me fogem à galope
como tenta fugir
do feitor, o vassalo.

Há tempo que sonho acordada
e não amanheço, só noite escalada...
Espero traçar nos espaços
das folhas em branco
a poesia que trago.

Carmen Lúcia

Foto de Elias Akhenaton

EXPERIÊNCIAS D'ALMA


Tenho a Alma inquieta, sofrida
Pelo tempo de jornada, mas tenho
Consciência de que existe
Uma finalidade...
Faz parte de minha evolução
Vivenciar todas essas experiências
E um dia alcançar a plenitude da Felicidade!
Se não for aqui neste presente plano
Eu a alcançarei em outros, sim,
Pois acredito
Em outros mundos, em outros planos
De existência, assim como acredito
Na imortalidade D’Alma, alimentada
Com toda essa carga de aprendizagem
E, assim, florescida, possa saborear o mel
Da felicidade e caminhar
Em sua quietude,
Irradiando o perfume do Amor
E sua Luz!

Elias Akhenaton

Foto de Zagalo Marcador

Viajar, conhecer, aprender a amar os outros

O dia em que conheci Manel, o matador
Embora resida em Lisboa e cá tenha as minhas raízes, cedo comecei a criar condições que me permitesse trabalhar e viajar, sem que uma não se oposesse à outra. Foi assim que desde os meus sete anos comecei a conher outros muitos, para além da meis dúzia de casas que compunham a minha rua.
O episódio que agora me apetece contar, o dia em que conheci Manel; profissão: matador... de pessoas.
António era um industrial agro. No Mato Grosso, Estado brasileiro de grande potencial económico, tinha 30.000 cabeças de boi; distribuia o combustível pelos restantes fazendeiros, pois também era representante da Petrobrás.
Homem bom, benemérito por convicção, era com frequência que ajudava os seus iguais. Prosperou devido ao seu trabalho sério mas árduo. um dia Manel deu-lhe seis tiros na cabeça e enviou-o para um outro mundo,
por enquanto desconhecido.
Numa das minhas viajens ao interior do Brasil, contaram-me esta história. A minha curiosidade levou-me a descobrir em que prisão se encontrava Manel e falar com ele.
Havia perguntas que qualquer pessoa normal gostaria de encontar respostas: conhia a vítima? razões do acto? entre outras.
Cerca de 1,75m e 75Kgs; cabelo loiro encaracolado; olhos azuis, rosto um pouco sardento, mas um sorriso permanente. Simpático e de conversa fácil.
"seu nome é Manel?"
"é mesmo!" respondeu sorrindo
"você está aqui a cumprir 30 anos de cadeia, porque matou António"
"hé... matei mesmo. Com primeiro tiro, caíu logo, mas dei-lhe mais cinco para ter certeza que não cobrava mais dívida aos outros fazendeiros"
"como assim, você conhecia António?"
"não, não conhecia. Eu sou de S. Luís do Marahão e um homem foi-me lá contratar, trou-me no camião dele e quando pessamos nas bomba de combustivel dele, indicou-me qual era. No dia seguinte demanhã, fui lá a pé e matei ele com a pistola do homem que me contratou"
"mas você fez mil quilómetros para vir aqui a Vila Rica matar um homem que não conhecia?"
"é verdade eu sou matador; mato tudo que me pagam"
"quanto você recebeu para matar António"
"200 reais"
"e já os recebeu"
"não porque a polícia apanhou-me quando eu ia a correr depois de matar ele"
"e vai um dia receber esse dinheiro?"
"não sei, mas vou matar o homem que me trouxe da minha terra. Foi ele que telefonou à polícia que António foi morto por mim e foi testemunhar no tribunal"
"essa profissão é muito perigosa e você é um doente que precisa ser tratado"
"Já fui tratado: meu avô era matador; meu pai era matador; eu sou matador"
"e você não quer aprender outra profissão"
"quero sim, logo que eu mate o homem que me truxe para aqui"
"Você tem ideia do sofrimento da família do homem que você matou?"
"sei sim, já mataram meus dois irmãos, meu pai, meu avô e o meu amigo Toga.
"e..."
"isso passa, como não dinheiro agente faz tudo!"
Podia continuar a conversa, por mais tempo, mas para mim chegou. Conheci um homem que não tem valores; desconhece sentimento de culpa; vive um mundo que as autoridades não conseguem controlar, mas julgo pertencer a todos a ciação de oportunidades de formação através de creches ou outras, para todas as crianças brasileiras que são colocadas no mundo sem qualquer culpa, mas passam a ser culpadas dos crimes que cometem quando crecerem.
Isto não acontece só no Brasil, há mais noutros paises da América Latina, em África e na Ásia. Como poderemos contribuir? Não tenho resposta. Se alguém a encontrar, partilhe-a connosco.
Zagalo

Foto de Joaninhavoa

O Verbo...

*
O Verbo...
*

«Eu preciso lhe dizer
lhe contar e lhe mostrar
o que das janelas alcanço
pr`além do mar...
Solarengas a olhar o luar
regelado me convida a entrar
no imaginário encantado
do templo sagrado
no fundo do mar

Eu preciso lhe dizer
lhe contar e lhe mostrar
o que das janelas alcanço
pr`além do mar...
Portas se abrem por abrir
na cauda barrenta sempre a zenir
Conspiram deuses do espaço
à terra no fundo do mar...

Eu preciso lhe dizer
lhe contar e lhe mostrar
o que das janelas alcanço
pr`além do mar...
Ou voam num tempo
onde o espírito da cor dum poente
é o verbo...»

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/04/2010

Foto de Eduardo Braune

DIAS NO INFERNO

cá estou eu,
mais pra lá, do que onde estás;
Aqui nada é meu,
nem de ninguém,
Acostumado sempre a ter,
Agonizando na tristeza de perder,
Sem ao menos ter alguém,
Pra compartilhar esta dor,
Enterrado até o pescoço pelo rancor,
Afundei na solidão,
Como eu pude me enganar!
Cair cegamente nesta ilusão,
Obrigado agora a nadar,
Nesse mar de putrefação,
Estava equivocado,
Tive minha chance,
E joguei pra bem longe,
Não acho que fui injustiçado,
Fiz aquilo que queria,
Mergulhei de cabaça no desejo,
E vivi assim dia após dia,
Até que recebi aquele beijo,
Que aqui me enterrou,
Por tempo indeterminado,
Até que eu possa aprender,
Aquilo que um dia neguei,
E recuperar o meu amor disperdiçado,
Para enfim reconhecer,
Siiim!!Eu pequei,
Neste dia o céu irá se calar,
Diante da minha fé,
Que tudo pode transformar.

Foto de Eduardo Braune

A SOCIEDADE O EGO E VOCE

Ela

Pode te destruir
Pode e irá te controlar
Pode te excluir
Pode te derrubar,
E nada poderá fazer,
Pode até tentar lutar,
Mas com o tempo irá perceber,
Ela criou o seu querer,

Ele

Pensa que é,
e que pode.
pretensão da cabeça ao pé,
Não vê o aparente,
Pensa que escolhe,
Se diz diferente,
E invencivel
Mas é apenas mais um.

Você

Aí está você,
Seguindo um caminho,
O qual não vê,
Procurando o aceitavel,
Tornando-se Estavel,
Moldando-se pra eles,
E gerando mais lucro,
Para aqueles,
Os quais não consegue enxergar.

Foto de Eduardo Braune

O PERFEITO

O perfeito sofre,

Porque ainda quer ser perfeito,

Em meio a uma imperfeição,

Que se acha absolutamente perfeita e imperfeita.(ao mesmo tempo)

O perfeito chora,

Pois não admite ser imperfeito,

E busca em vão a perfeição,

Mas perfeito "tenta" ser perfeito,

Pois ainda se acha imperfeito,

E é cobrado pra ser perfeito,

Pelos imperfeitos que se acham perfeitos,

E estes impõem sua perfeição,

que não é perfeita.

Estes imperfeitos,

Que se acham perfeitos,

Criam ferramentas perfeitas,

Que são imperfeitas,

Para se obter uma perfeição,

Que não pode ser obtida.

Pois nada é absolutamente perfeito.

O perfeito vive em meio,

A incompletude da imperfeição,

Que oras é perfeita,

Mas que segundos depois,

É imperfeita.

O perfeito de hoje vive na insegurança,

Pois o perfeito de amanhã.

Não será ele.

E perfeito de depois de amanhã,

Não será nenhum dos dois.

O perfeito se dissipa,

Entre as novidades perfeitas de hoje,

E as promessas da perfeição do amanhã,

Que não serão perfeitas.

Serão apenas,

Mais passos em busca,

Da superação de uma imperfeição,

Que nunca deixará de ser,

Imperfeita.

Ainda bem,

Pois se tudo fosse perfeito,

Não teríamos mais o que fazer,

Viveríamos sem os desafios da imperfeição.

E que graça teria a vida?

Sem a nossa idiota idéia,

De incansavelmente buscar

Uma perfeição absoluta,

Em meio a uma imperfeição infinita.

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