Tempo

Foto de Poetando

Mulher

Que vais a passar toda airosa
De cabelo solto a esvoaçar
Quem te vê não imagina
Que por dentro estás a chorar
São tantas as feridas que te causaram
Por promessas não cumpridas
Mas continuas no teu porte altivo
Não tens de que te envergonhar
Nem te deixes abater
Quem devia ter vergonha
Foi quem te andou a enganar
Tu que mostras um teu passo firme
Mostra sempre também altivez
Não vás na conversa fiada
Podem-te enganar outra vez
Tu que és uma beleza de mulher
Cuidado com a maralha
Muitos parecem ser uns anjos
Mas são uns autênticos canalhas
Não lhes interessa se ferem ou não
Pensam só no seu divertimento
Não têm mais nada no coração
Muito tempo te vai levar
Até que as feridas te sarem
Muitas lágrimas vais ainda chorar
Até elas te cicatrizarem
Mas um dia tu irás encontrar
O homem que te ame e respeite
A vida é assim e não à volta a dar
Muito ainda vais tu chorar
Até conseguires ultrapassar a dor
E esquecer como foste enganada
Por quem tu tanto tinhas amor

De: António Candeias

Foto de tonyramos

Mundo Paralelo

Sou um viajante do tempo
Tentando encontrar o desconhecido
Muitos caminhos eu tenho percorrido
Na esperança de encontrar o que imaginei
De viver num mundo real eu deixei
Voei muito alto mesmo sem poder
Um mundo paralelo eu queria conhecer
Como um pássaro eu voava sem ter asas
Na esperança de encontrar o que procurava
E um dia realizar o que eu sonhei

Nesse mundo eu consegui encontrar o amor
Um jardim aonde existia uma flor
Que o tempo não deixava morrer
Nesse universo observei as maravilhas
Um mundo fantástico onde a pedra tem vida
Tudo que imaginei La eu vi acontecer

Nesse mundo encontrei esperança e alegria
Nesse recanto a minha alma deleitava e sorria
Eu era feliz lá não existia o medo
Encontrei a paz e o meu coração descansou
Mas acordei e o sonho acabou
E voltei ao mundo de pesadelo.

JAC 07/03/2017 tonyramos

Foto de Poetando

Vida de loucura

Vivemos tempos de correria
Numa vida de loucura
Parece que andamos todos
A correr sempre à procura
Já não convivemos com os amigos
Não sabemos o que procuramos
Nesta vida de tanta loucura
Também já não nos encontramos
O convívio que antes havia
Hoje nesta vida de correria
Deixou de todo de existir
Já não há amigos como havia
Vivemos numa correria louca
Os tempos já não são como outrora
Em que todos convivíamos
Eram outros amigos que não como agora
Que vida de loucura agora vivemos
Sempre em correria desenfreada
Deixamos de ter tempo para os amigos
Ficamos sem tempo para nada
Levamos toda a vida acorrer
A correr sempre à procura
Deixamos de ter tempo para os amigos
Vivemos uma vida de loucura

De: António Candeias

Foto de Siby

Eu gosto de escrever...

Eu gosto de escrever...
Comecei com um diário,
E o escondia em um armário,
Com as confissões do meu viver.

Palavras boas reduzem a carência,
Então eu escrevia cartas de amizade,
Para pessoas que deixaram saudade,
Era no tempo da correspondência.

No mundo chegou a computação,
Onde se escreve e compartilha,
Acompanhando toda a evolução.

Ter espaço para palavras espalhar,
Quando escrever é uma paixão,
Se expressar, é como estrela brilhar.
(Siby)

Foto de Arnault L. D.

Ao velho Johnny

Johnny, meu velho amigo,
o que diria agora?
Me pergunto... e a resposta
é o somar que consigo
das memórias de outrora,
estendidas à mesa posta.

Você foi no tempo embora,
o meu, corre mais um tanto.
Mas, ainda é o meu amigo
que o seu lembrar aflora,
já sem percorrer o pranto,
só saudade de estar contigo.

Meu amigo, velho amigo
foi para mim e ainda o sou,
no porquê se faz lembrar...
Nas venturas que fundo abrigo
na matéria que me formou
e enquanto eu for, irá estar.

Foto de Wilson Numa

Insensível

Ao lhe ver sorrir acende no meu peito uma chama que me permite ver e preencher uma parte de mim
Perfeição não procuro porque também não ofereço
Cada um é imagem das suas crenças, das suas vivências e da sua atitude
Perdão ou arrependimento cada um o tem a sua maneira de pedir ou conceder
Só não quero que duvide daquilo que sinto cada um mostra de forma diferente ou cada um vive de forma diferente dia a realidade que lhe aparece a frente
Eu prefiro não levar a vida a pensar em problemas, a não pensar futuro distante, prefiro divertir-me, sem esquecer as minhas responsabilidades
Não me arrependo de nada, não creio ter ferido os teus sentimentos ou a ti
Daí que não passo tempo a me desculpar, a sensibilidade de cada um é para ser respeitada
Talvez seja eu o insensível, e não perceber aquilo que faça de errado
Então deixo a última palavra para si, seja o que você quiser

Foto de Jardim

na luta diária, tropeços

na luta diária, tropeços,
pedras, nuvens, ventanias,
gasto meu tempo, perjuro,
gasto meu grama de coragem,
meu punhado de futuro.

sigo com o olhar atento,
como quem leva a urgência
de um recado, resoluto,
cumprindo algum mandado
por força do insondável absoluto.

entre as colunas da tarde
calcinadas de lástimas,
entre as paredes, descrente.
um sol melancólico queima
onde ninguém pode ser indulgente.

entre os devassados
esconderijos que busco
entre a sede e a bebida
se vai sem perceber um dia,
um mês, um ano, toda uma vida.

perdulário das horas, dos minutos,
do mundo que eu não soube decifrar,
troco por incerteza o ar errante
e por força do hábito
troco o porvir por um instante.

dos passos em que cego me revelo,
a cada queda me recobro,
preservo o fogo que em mim dura,
no qual forjo, sem medo ou angústia
as faces da máscara futura.

na treva em que me embrenho
sem saber quem sou, existo.
nas vertigens do alento,
sobre as curvas do caminho
ultrapasso a curva do momento.

outro céu, outra fome, outro corte,
por não saber quando parar,
giro e oscilo entre penhascos,
busco solução na chuva e no ar
por não haver alívio para os meus ascos.

Poema do livro Diários do Desassossego
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Foto de Jardim

o pretérito é um gigantesco oco

o pretérito é um gigantesco oco,
a vida é um sumidouro
onde o destino não mede
a insolvência do tempo.

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Foto de Jardim

suave, reluzente

suave, reluzente; era assim que guardava
tua imagem sob o mármore negro da noite.
dias e quilômetros nos separavam,
restaram inquietações no horizonte oblíquo
das interrogações, limites projetados
nas minhas mais arrogantes ambições.
muita coisa mudara, delicadas esperanças,
inexplicáveis emoções, minha paz desaparecia,
minha calma se dissolvia, calculava tempo,
distâncias, particularidades, horas a fio
te imaginava sob o céu sedoso cor de cobre.
a ansiedade tem nome de mulher
e preta é a tarja da caixa que guarda
o sono dos anestesiados.
sonhos se confundem com fragmentos
da realidade confusa e resquícios
de amnésia, reticências do inefável.
vestia-me, olhava o espelho, nas mãos
as chaves, o cotidiano, a procrastinação.

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Foto de Jardim

escura bruma que a noite produz

escura bruma que a noite produz,
o vazio neste bar perdido
em uma rua perdida.
minhas lembranças mais secretas
são estrelas caídas
de um céu sem piedade.
querendo ou não
sou parte deste drama
que a vida usa para dar
um sentido mais trágico
ao cotidiano.

como quem aguarda
os passos intermináveis das horas,
destilo silêncios, respiro surpresas,
fantasiando meus impossíveis
e recolhendo meus absurdos.

não há mais motivo ou propósito,
estou sobre um campo minado
à deriva pelas esquinas
dos meus próprios desvarios.
sílabas mortas, frases rotas,
monólogos
que pronuncio ou mesmo que calo
envoltos nas pétalas aveludadas
das flores da ilusão.

abro meus olhos cansados com esforço
e sinto um peso no ar, nas chamas
das minhas fomes.
desassossegos, abandonos indiferentes
aos mendigos que comem lixo nas praças.
tristeza com hálito de ribaltas antigas
de um teatro em ruínas,
abandonado a segredos densos,
alcovas gélidas onde perambulam
anjos deserdados.

alimento dragões
nestas noites de junho,
subverto a pauta do desejo,
bebo a doce violência
que escorre pelas ruas.
sou como o silêncio que habita a cidade,
desato nós, silencio desordens,
ouço os rios, dobro o riso, as blusas
como se dobrasse o tempo.
surpreendo os vazios, escuto gemidos,
recorto os versos
de qualquer santidade.
despertenço, desinvento a palavra amor.

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