Tempo

Foto de rosacally

VOCÊ ,MINHA RAZÃO

Eu tive você enquanto pude.
Unifiquei meus caprichos por você.

Tentei caminhar junto
Elevar pensamento em sua direção.
Velejei sobre sonhos
Enquanto pensava dormir em seus braços.

Vaguei noites sem sono esperando por você.
Ornamentei minha vida de poesias.
Catei fragmentos de esperanças
Enquanto esperava você.

Embriaguei-me em seu perfume
Nada temi, venci meus medos e solidão.
Quebrei barreiras, pulei obstáculos.
Unindo força a essa paixão.
Aniquilei desilusões e sofrimentos.
Na realidade, na saudade,
Tentei configurar minha pagina, na certeza
Orgulhosa de ter você aqui.

Parei no meu tempo criando expectativas
Unindo sonhos e desejos
Despi-me da incerteza
Encontrei minha razão, na minha própria razão de viver.

Zanne Murray

Foto de Gideon

Chico Buarque e o "sempre"

Sempre! – As vezes esta palavra soa irônica. Eu a uso sempre (viu só?), e muitas vezes, sempre (de novo)! Certa vez achei que estava sendo pouco criativo quando terminava um verso com o sempre.

Sábado, cinco da tarde, entre um afazer e outro, puxei o Segundo Caderno do jornal O Globo, de 19 de março de 2006, que guardara para ler no futuro. Observando a matéria sobre o lançamento do filme de Cacá Dieguez “O maior amor do mundo”, chamou-me a atenção a letra da trilha sonora escrita por Chico Buarque para esse filme. Letra inédita que passo a transcrever aqui:

Sempre

Eu te contemplava sempre.
Te mirei de mil mirantes,
Mesmo em sonho estive atento
Pra poder lembrar-te sempre,
Como olhando o firmamento
Vejo estrelas cintilantes
Que se forma para sempre.

O teu corpo em movimento,
Os teus lábios em flagrante,
O teu riso, teu silêncio,
Serão meus, ainda e sempre.
Dura a vida alguns instantes,
Porém mais do que o bastante
Quando cada instante
É sempre.

Letra inédita de Chico Buarque para a canção-tema de “O maior amor do mundo” – Jornal O Globo – Segundo Caderno de 19/03/2006

Pois é, cá está o grande Chico se safando no apelo do sempre. Engraçado, percebi já há algum tempo, que quando estamos em estado do que chamo transe poética, a eternidade parece se lançar à nossa mente como a realidade preponderante e que norteia toda a nossa poesia. Mais ainda quando o sentimento em questão é o amor. Nesse caso a eternidade parece construir em nossa mente uma estrada para o amor caminhar (que poético, não acham?).

O destino dessa estrada seria o sempre. Talvez isto fosse um desejo subconsciente de que aquilo que é tão bom e tão almejado, como é o amor, nunca se acabe. O sempre surge, então, como aquela palavra que representa muito bem e completamente a idéia deste estado de transe poético que me referi anteriormente.

Bem, depois de ler esta poesia, do Chico Buarque, senti-me mais aliviado, e já não vou mais rejeitar de pronto o sempre, que, aliás, fica tão bem quando acompanhado com umas reticências em forma de pontinhos: sempre...

Claro que não ouso me comparar ao Chico, mas confesso que me senti meio vingado com o meu lado chato e questionador, aquela personalidade, dentre tantas outras que os psicólogos dizem termos, e que vez outra me aborda acusando-me de ousado, metido e sem senso do ridículo, quando escrevo as minhas poesias, ensaios, etc...

Imagino o que não passava na cabeça do Chico Buarque, que de tão treinado em poetizar, deve, ao conversar, espontaneamente falar todas as palavras em metáforas. Agora, no entanto, quando escreveu esta poesia, parece tão simples e ingênuo ao ponto de aparentemente não ter incomodado-se em recorrer aos antigos clichês poéticos, contudo válidos ainda, que a natureza nos empresta: “sonho”, “firmamento”, “estrelas cintilantes”, “corpo”, “lábios”, “riso”, “silêncio”, “instantes”, e o, claro, “sempre”, que, aliás, termina a sua poesia como que caminhando pela tal estrada que me referi poeticamente.
Só faltaram as reticências...

As poesias do Chico, claro, são para sempre...

Foto de Gideon

A Arte de Gabriela

Estou envolto em um mundo de pensamentos. Aqueles que nos assaltam parecendo ninjas insurgentes da escuridão. Livros, um após o outro, um junto ao outro, um por cima do outro. Estava lendo Exegese Bíblica, um livro maravilhoso e profundo sobre interpretação bíblica, mais ainda, sobre a interpretação do Cristianismo. De repente após o almoço, caminhando incertamente pelo Centro do meu maravilhoso Rio de Janeiro com a intenção de fazer a digestão do almoço, encaminhei-me para a charmosa Livraria Imperial, no Paço Imperial. Entrei e vaguei de um lado para o outro observando os livros sem pretensão e disposição financeira de comprar qualquer um deles, os quais eu olhava displicentemente. Como sempre faço, caminhei para a estante de Artes para ver alguma coisa sobre música e pintura. Deparei-me, então, com dois imensos, pesados e envelhecidos volumes de Arte em perfeito estado de conservação. Dois "tomos" com pinturas famosas desde a Renascença até a publicação dos livros, que se deu em 1932. O texto, com aquele português antigo e regra de acentuação diferentes da atual, me cativou profundamente. As pinturas são coladas nas páginas conforme aqueles álbuns de fotografias da época de nossos avós. Meus olhos brilharam. Me apressei e comprei os dois volumes. No caminho para o caixa, casualmente olhei para o lado e vi um outro livro: "Eu, mulher da vida" de Gabriela Silva leite. Alcancei-o instintivamente e folheei-o rapidamente. Resolvi também comprá-lo. Cheguei ao caixa, paguei-os e os enfiei em duas sacolas grandes. Saí saí e apressei os passos de volta para o trabalho.

Imediatamente quando cheguei em casa, comecei a ler os livros. Ora, eu iniciei este escrito falando dos diferentes livros lidos ao mesmo tempo, lembram-se! Pois é, assuntos contradizentes, conflitantes, etc. Mas não é assim a nossa imaginação, o nosso pensamento? Náo é tudo misturado mesmo? Nossos pensamentos parecem preemptivos e compartilhados. Folheei com atenção e curiosidade os livros de Arte. Realmente muito bonitos. As obras são fotografias autênticas, ou seja algumas tiradas pelo autor e outras reunidas e organizadas por ele diretamente de onde estavam expostas. O livro inicia com obras do século XIII. Para cada pintura o autor descreve as situações que as envolvem etc. Vou usá-los para decorar a minha sala e o meu quarto no futuro. Ficarão expostos, abertos ao acaso... Bem, mas o que me impressionou muitíssimo mesmo foi a Gabriela. Isso mesmo. O tal livro que veio como de brinde junto aos de Arte. Trata-se de uma prostituta que se tornou líder de todas as outras prostituas. Ela hoje deve ter uns 54 anos, mas na época em que escreveu o livro tinha 40. O livro foi editado em 1992. Devorei-o em 3 dias, dando descanso para o de Exegese.

(...) O Lula estava no palanque com o Gabeira, que fez questão que eu
falasse...
Não tive dúvida quando me deram a palavra. Contei a história,
dizendo mais ou menos assim: "Ao conhecer pessoalmente o cara que eu via de
longe falando em São Bernardo do Campo, como sindicalista, a sensação que
eu tive foi uma baita raiva porque ele me molhou de suor quando me abraçou. É
que isso me fazia lembrar dos homens na zona, no verão, e uma coisa que eu
detestava era quando eles iam transar com o corpo suado e ficavam pingando o
suor em cima de mim.
Senti que o povo se assustou um pouco, os
políticos mais ainda ( a não ser o Gabeira, que dava um sorrisinho
cúmplice), aí acrescentei: "Depois que a raiva passou, eu fiquei pensando.
Então, ele é um homem igual aos outros, porque ele também sua. É igual aos
homens que iam na zona e transavam comigo nas tardes de
verão."

Continua ela:

Quando desci do palanque, tinha um
monte de gente chorando, querendo me abraçar. Era gente comum, que eu nunca
havia visto na vida. Mas vieram também meus companheiros católicos do PT, (...),
esbravejando comigo, que aquilo não era discurso para se fazer em comício. (...)
Quando foi à noite, estava ainda bastante confusa, achando que no fundo tinha
feito mesmo algo errado. Envergonhada do meu discurso, fui à Churrascaria
Majórica, no centro de Friburgo.
Ainda na porta, o Lula me chamou meio de
lado, e me disse com aquele vozeirão rouco:
“Gabriela, eu queria fazer uma
perguntinha a você. Minha mulher sempre me disse para eu usar desodorante, mas
eu não gosto. Ela diz que eu transpiro demais e que meu suor fede. E hoje você
falou disso no seu discurso. Me fala com sinceridade, não precisa mentir: eu
estava fedendo muito naquele dia? Foi por isso que você ficou com
raiva?”

Imaginem que este livro foi escrito muito antes do Lula ganhar as eleições presidenciais.
O mais interessante do livro é uma coisa que ficou clara para mim. A Gabriela era prostituta e não queria deixar de sê-la. As pessoas e instituições que tentaram ajudá-la o faziam com a intenção de que ela deixasse a sua vida indigna. Ela sempre afirmou que gostava de ser prostituta e mesmo assim ser útil para a sociedade e para as outras pessoas que precisassem dela. Por aí vai o livro.

É uma visão realmente chocante. Confesso que me chocou também. São os nossos preconceitos que são revolucionados com situações que ela conta no livro. Achei bom ler este livro. De fato fez-me ver um pouco o outro lado da moeda, apesar de achar que existem formas de vida muito mais saudáveis e que nos fazem infinitamente mais felizes que a que ela optou, ou seja, a prostituição. A felicidade da família é algo inigualável.
Impossível não associar o estilo de vida de Gabriela com uma obra de Arte. Seria a Arte da Vida? Os lugares que ela freqüentou, as pessoas que ela conheceu em situações e momentos singulares parecem todos tons das tintas de uma palheta de aquarela. Eu aqui, lendo o seu livro e paralelamente pintando na imaginação um quadro!

No início achei Gabriela meio grosseira, mas a medida em que fui passando as páginas fui descobrindo uma erudição espontânea e, talvez, inconsciente. A erudição de Gabriela é especial por não permitir que a sua narrativa tome forma clássica e torne-se comum. Ela pincela, vez outra, doses de “grosseria” na linguagem coloquial que nos faz lembrar a sua origem e forma de vida. Isso é deliberado e me fascinou na leitura, pela sutileza e inteligência que ela demonstrou.

A Arte, pelo menos no meu ponto de vista, não tem de ser necessariamente materializada. Tem de ser sentida. Que seja por uma só pessoa, e isto, de alguma forma é uma característica da Arte, de nos dar a liberdade de subjetivamente vivê-la, experimentá-la. O livro de Gabriela fechado, é como uma partitura na estante. Lido, torna-se uma música executada, com todas as suas componentes, melodia, harmonia e ritmo. Ou seja, a sua Arte somente é sentida quando entramos em seu mundo, quando a ouvimos, quando nos chocamos com a sua firmeza em ser chamada de prostituta. Talvez pelo seu deboche da sociedade careta e hipócrita, como ela repetidamente declara.. Desesperadamente procuro referências nas formas de Arte existentes, como a música, a pintura, para decifrar Gabriela. Mas deveria? Ou seria a prostituição a própria Arte de Gabriela? Gabriela não é prostituta. Gabriela é artista! Não, com certeza, ela gritaria ao ler essa abominação à sua maneira de viver:

- Mais um idiota tentando me redimir para o seu mundo!

E assim segue Gabriela, pintando na vida a arte da prostituição, e com isto me chocando e fazendo-me mais sensível à Arte, a mãe de todas as Artes. A vida!.

Enfim, vou voltar para o meu livro de Exegese que por sua vez está também mexendo profundamente com a minha maneira de encarar o Cristianismo.

É a leitura, os livros, transformando-nos. Viva aos livros! Viva às pessoas!

Foto de Gideon

O Theatro da minha vida

Domingo, 2 de outubro de 2005

Na sexta-feira passei em frente ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. Estava iluminado. Era noite. Tinha um enorme cartaz, que já estava lá há tempo anunciando espetáculos a preço popular.
Meu coração pulava pela ânsia da arte. Tenho fome de arte, todo o tipo dela. A cada dia reconheço que deveria ter estudado Arte, não Economia e Informática. Às vezes penso que ainda há tempo para estudá-la. Tavez entrar em uma faculdade de Artes, enfim. Aliás, estou amadurecendo a idéia de fazer faculdade de Violino. Tenho estudado arduamente, diariamente. O cartaz do Theatro Municipal estava chamativo. Pensei rápido: Meus filhos, vou trazê-los aqui!.

Cheguei em casa e liguei para a Idailza avisando-a de que no Domingo eu levaria o Jean ao Theatro Municipal. Ela passou o telefone para ele e então ouvi um “Oba!” feliz.
Liguei para a Irani, irmã de Idailza e que é mãe da Priscila e de duas gêmeas de 8 anos, lindas: Paloma e Paola.
No domingo levantei-me às 6:30. Ageitei-me e camihei para apanhar o Jean, Paloma e Paola. A Paola é apaixonada por Violino. Diz ela que quer aprender este instrumento ainda na infância. Elas duas já estavam agitadas quando eu
e o Jean chegamos lá. Enfiei todo mundo no Pálio, passamos na Nete, outra irmã de Idailza, para convidar a Dayane, sua filhinha, mas ela não pode ir.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro é lindo por fora e por dentro. Deslubrante mesmo. As crianças quase ficaram com o pescoço duro de tanto olharem para o alto. A Paola disse:

- Tio, aqui está cheio de mulheres peladas.

Onze horas em ponto a orquestra estava a postos e entrou o maestro. Para a minha surpresa agradável era o grande e conhecidíssimo Isaac Karabtchevsky. Meu coração disparou a mil por hora. Confesso uma coisa aqui. Também foi a primeira vez em que entrei no Theatro Municipal. Desde garoto sonhava ir lá. Sempre ouvia meus colegas na banda de música falarem sobre o Municipal. Quando cresci e passava em frente a este monumento, sempre via a classe rica descendo de seus carros com seus chofés e então concocluía que aquilo não seria para mim.

Ainda menino quando eu solava o Prelúdio La Traviata de Verdi no clarinete junto com a orquestra me imaginava em uma grande orquestra no Teatro Municipal com o corpo de balé se movimentando ao som da música que eu tocava. Bem, isto ficou somente na imaginação mesmo, pois jamais toquei no Municipal.

Enfim, voltando ao espetáculo. O maestro, após a verificação da afinação feita pelo spala, dirigiu-se ao público de forma muito simpática e passou a explicar situações de ensaios etc. Pois é, o espetáculo seria iniciado, como foi, com o Hino Nacional. Isaac Karabtchevsky fez uma brincadeira com o público lançando um desafio para ver quem conseguiria cantar o Hino Nacional inteiro sem errar. Deu chance para três pessoas mas ninguém conseguiu. Todos rimos muito e finalmente, ao seu comando, todos se levantaram para cantarem o nosso Hino Nacional. Foi um momento de muita emoção. A orquestra iniciou a apresentação e pude sentir aquele espírito da arte passeando pelas galerias do Theatro. Todos em silencio com a atenção direcionada para o palco. A Paola fez carinha de choro de emoção e todos rimos um pouco dela. Ainda bem que não notaram a minha cara de choro também, pois não resisto a concertos sem chorar. Claro que disfarço o quanto posso, mas nem sempre consigo. Enfim, o espetáculo acabou e voltamos todos felizes para a casa. Antes, tive de passar no Mc Donald com as crianças. Enfim, visitei o Theatro Municipal do Rio de Janeiro que tanto visitou as minhas ânsias musicais.

Todos rimos. Ela se referia aos afrescos e vitrais com os painéis do Theatro. Chegamos cedo e compramos quatro ingressos na galeria nobre. Entramos na nave do Theatro, nos sentamos e ficamos observando os músicos afinarem os seus instrumentos. O Theatro estava lotado. As crianças não paravam de olhar os vitriais e as obras de arte.

Foto de Gideon

Amor, Uma Mistura de Sentimentos

Firmei o compromisso de escrever sobre nós.
Deparei-me com tantas coisas boas para falar que assustei-me, mas insisti, pensei: hoje é o dia dos namorados,
Tenho de dizer o quanto sou feliz por tê-la.

Aí me vieram as palavras, somente palavras, como saltitantes na mente, meio que atropelando umas às outras: Felicidade, liberdade, não... liberdade não... ainda não...

Lembrei da voz doce e inocente... e então veio-me a palavra inocente... Não... inocente não... não mais, já fostes apresentada ao prazer...
Mas então me veio essa palavra... o prazer. Pois é, que prazer? Não houve o carnal, mas é prazer assim mesmo. Claro que é, ora, pois pois...

Tantas palavras... São tantas que brotam da mente meio que de frente para trás, de lado, trepadas umas nas outras. Torrentes, pois é, me veio a idéia de torrente., como foi e tem sido o nosso amor, atropelado, que nos faz amar, cantar, sorrir e chorar.
Tudo ao mesmo tempo.

Mas não seria isto mesmo o amor? Todos os tipos de sentimentos misturados?
Mistério... a vida é um permanente e profundo mistério, mas é gostoso amar . Tê-la todas as noites. A minha rotina já conta com a sua voz. Com o seu carinho... Com a sua aparente inocência.

Vontade ver você... De ter você... De estar com você... sei lá.
É tão grande que me faz delirar, às vezes... Tudo passa, o tempo, a idade, a beleza,
Mas as lembranças, essas quando carimbadas no coração justamente no lugar certo,
Jamais apagam... jamais passam.

A cada dia sinto meu coração arder com o impacto do carimbo de você nele.
O carimbo do seu amor, do seu jeito de ser... Tanto já fizemos nesta nossa agonia... Já cantamos, já choramos, já sorrimos, já lemos poesias, enfim... Já tudo... pois é...

A palavra tudo me veio à mente... Seria o nosso amor tudo? Por isto veio-me esta palavra, difícil de dizer e viver...

As músicas que me oferecestes... As fitas que colecionas com dizeres...
Citações de amor... Você é romântica.... Feliz e sonhadora...
Vou guardar no meu coração... Os seus sonhos... sempre...

Foto de Bira Melo

ANSEIO

Anseio...
Pelos teus beijos adocicados
Por um dia a mais ao seu lado
Por um diálogo que 'inda não veio.
Somente anseio...
Em deitar em sua alcova
Saciar-me em seus seios
Alimentar-me em seu sexo
Fazer parte de seu meio.
Apenas anseio...
Fundir minh'alma em seu corpo
Diluir-me em teus receios,
Aplacar a saudade do que se foi
Só ser seu homem é o que anseio!
Anseio...
Ser um anjo lindo perfumado
Ter você sempre ao meu lado
A dividir dúvidas, medos que receio.
Tu és dádiva no meu mundo:
De loucura, aventuras e recreios.
Simlesmente a ti anseio
Mesmo que você não queira
Nessa hora por dúvida ou receio
Que eu te machuque minha rosa,
Com destreza eu te desnudo,
Como uma orquídea desabrochas
E absorvo sua essência, aplacando meus anseios.

Em tempo: esse é anterior ao LUXÚRIA E DESILUSÃO, ambos foram feitos para a mesma dona!!!

Foto de Ana Botelho

A UM AMIGO

A UM AMIGO

"Furto-lhe a atenção, o tempo e o interesse,
E, invade-me logo todo o pensamento,
Apropriando-se das minhas fraquezas
E nelas, absorve tantas angústias...
Nesse exato e precioso momento
Disfarçamos cada óbvia intenção,
Falamos então, de conceitos e sonhos
E em nossos belos ideais viajamos...
Eu, como sonâmbula noturna da dor,
Vagueio em meio a um leito obscuro
Para só acordar, pelo seu precioso resgate,
Nesse traiçoeiro rio caudaloso da solidão.
Você, com a sua alma lavada e balsamizante
Alavanca-me docemente até segura margem
Desprendendo-me com uma incomum sutileza
Das torrentes confusas em que me achava,
Olho para cada fibra do seu interior
E o vejo tão querido, tão próximo, tão íntimo
E, justamente esse especial e ímpar instante,
Que você me faz sentir em luz e em paz!
Abraçamo-nos e, em pleno aconchego,
Ficamos quietos, patéticos e apascentados
Em energias afins, com certeza etéreas,
Que irão sempre nortear esta nossa vida,
Ou quem sabe grandes futuros cumpliciados...
Só sei que quero você aqui comigo
Não importando a que tempo, ou a que hora
E assim serei feliz, muito feliz, anjo de amor
Tendo você pairando por perto de mim,
Néctar da minha alma, amigo sem fim..."

Ana Botelho, 12/06/2006

Foto de Sonia Delsin

ESTÁS TÃO CALADO

ESTÁS TÃO CALADO

Me peguei... olhando o celular.
Pedindo.
Toque, toque, toque.
Me peguei... o telefone fixo olhando.
Esperando.
Tua voz, amor.
E ela não me chega.
Estás tão calado.
Já te refugiaste de novo neste teu mundo reservado?
Me peguei... uns papéis antigos examinando.
Poemas que me escreveste.
Me peguei... sonhando...
Desejando.
O tempo que ficou guardado.
Noutro dia ainda falamos disso.
Do nosso sonho mais dourado.
Por quanto tempo desta vez ficarás isolado?

Foto de Carmen Vervloet

VIAGEM PELO CAMINHO DO PRAZER

VIAGEM PELO CAMINHO DO PRAZER

O tempo para num mágico passe
quando seus olhos encontram os meus...
Você me pede que o abrace, enlace...
Envolve-me nos braços seus...
Que são tão meus!...

Partimos para viagens infinitas...
Seu corpo a me entender...
Cruzamos céus, luas bonitas,
Caminhos secretos...
Paraísos discretos...
Que só o amor pode ver...

Colchões de nuvens brancas
soltos no azul do céu!...
Fios de luar em tranças...
Lua estendendo o seu véu...

Mágico cenário de infinda beleza...
Infinito liquefeito em cor!
Em nós apenas a certeza
da imensidão desse amor!...

Voltamos desse vôo, pacificados
e como eternos amantes
continuamos felizes abraçados
revivendo cada instante estonteante
dessa viajem alucinante
pelo caminho do prazer!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

SONHO E REALIDADE

*
*
*
*

O melhor sonho, é aquele que sonhamos juntos.
Sonho que se sonha junto, existe a capacidade de ser realizados.
Sonho...aquele que retrata a realidade de forma
Modéstia e sensível.
Que nos leva ao imaginário,imaginário que nos leva
A ser feliz sem ter custo de nada.
Há pessoas que julgam o sonhador...
O sonhador vive por sonhar , mas sempre com
Os pés no chão.Sonhar e realizar em seus sonhos
Coisas que na realidade exigem um pouco de nós.
Não que a gente só vive de sonhos e deixe de viver
O realprecisou da realidade para viver e realizar
Nossos sonhos e vice versa.
Na verdade vivemos em meia correria
Em pleno século XXI, onde muitos não sonham
Acham até perca de tempo.
Mas o que seria de nós sem os sonhos?
Muitos sonhos, fazem parte de nossas vidas,
Através dos sonhos, expressamos nossas vontades
Somos um pouco um mágico.
É bom sonhar! é tão bom...que ninguém tem o poder
De nos arrancar isso, ninguém sabe sobre nossos
Sonhos a não ser nós mesmos sabemos o que sonhamos
E onde nossos sonhos podem nos levar:
Afinal! Porque não sonhar?
Os sonhos vêm da realidade,
e a realidade são conquistas dos sonhos.

*sabemos que é bom sonhar:Mas nunca largue mão da realidade.
Sonhar sempre!!! Mas sempre com os pés no chão.

Anna carolina.

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