Enviado por Sonia Delsin em Seg, 15/09/2008 - 20:49
“CIDADE DAS FLORES”
Conheci Holambra numa fase dura de meu viver.
Fomos minha mãe e eu pra conhecer.
Naquele tempo eu andava tão machucada.
Precisava me sentir amada.
E minha mãezinha me mimou.
Naquele dia eu senti tanta alegria.
Aproveitei muito aquela adorável companhia.
Tenho um tamanquinho com imã na minha geladeira.
Quero guardar esta relíquia a vida inteira.
Recorda-me algo bom.
A cidade das flores naquele dia me encantou.
Por tudo que lá se passou.
As danças, as músicas.
As flores que vimos.
Como nós duas nos divertimos!
Associo Holambra a um dia de ternura que tive ao lado de minha mama que é uma doçura.
Minha fêmea libidinosa
Que gostosura louca
Quantos delírios, arroubos,
Entregas...
Quanto tesão, desejo,
Excitação e gozo
Quantos fluidos
Quanto calor, ternura
Quanta doçura
Quanto amor!
Amo pela tua graça
Pela mágica transparência que teu olhar revela
Pelas juras que nem sei se vão realizar
Mas são as juras do teu amar
Esse amor imprevisto velejando em mares de ternura
Com alegria e esperança tatuada no teu sorriso.
Amor de toque, amor de alma
Que abraça, protege e queima
E teima...
Um amor bem feito, do seu jeito
Amor que assanha nas linhas do meu poema
Que suga os lábios da minha boca pequena
Amor de perdão, amor que acelera a respiração
Inteiro envolto nos teus braços, nos teus abraços
Daqueles que dá desejo e tira a razão...
Amor sem moderação...sem disfarce...sem economia
Amor tarado...as vezes recatado...
Um amor elevado!
Fiquei tão perturbada quando você partiu.
Você partiu sem me dizer uma só palavra...
Nenhum aviso deixou para mim...
Naquele dia pude sentir o gosto do abandono,
Pude sentir minhas lágrimas derramando com
Um gosto amargo da solidão!
Lembrei-me do teu beijo que queimava...
Queimava meus lábios como fogo.
Você me beijara com uma voracidade como se
Quisesse me punir por algo que não sei se eu errei
Ou se me fizeram errar.
Calei-me diante daquele olhar tão frio que gelou
Minha espinha dorsal.
Com sarcasmo, você se desligou da minha vida onde
Um dia me fizeste tão feliz!
Quantas vezes conversamos sem perceber o tempo
Passar. Quantas vezes discordamos um do outro e
Saíamos sem ao menos nos beijarmos.
As nossas brigas eram sempre por coisas tão banais.
Eram brigas sem nenhum sentido
Apenas para nos magoar.
Quantas vezes, você, para me irritar passava uma
Imagem que eu não gostava e eu,
Como sempre, te perdoava.
Deixei-me levar pelo seu amor...
Porque na infinita ternura que se pôs a flutuar
Peço-te amor, deixe-me te amar como se ama
O amor... Como se ama a vida, como se ama o viver!
Trouxeste-me a paz, e a esperança de continuar te amando.
Enviado por Sonia Delsin em Qui, 04/09/2008 - 20:12
ANOS DE TERNURA
Hoje uma libélula entrou pela porta aberta da minha sala de visitas e por um tempo ficou debatendo-se tentando encontrar a saída. Quando ia ajudá-la, ela acabou por si mesma encontrando-a.
Lembrei de meus tempos de criança. Tive mesmo uma infância encantadora e desde pequena sempre adorei insetos, animais, a terra, as plantas. Eu me sentia parte integrante daquela natureza que me rodeava.
Vou contar um pouco do lugar onde passei toda minha infância. Era naquele tempo uma terra agraciada com recantos deliciosos (o tempo passou e muitas coisas mudaram).
Entrando por uma velha porteira seguíamos por uma estradinha muito singela, onde meu pai havia plantado de cada lado coqueiros de pequeno porte. Um verde e um roxo. Ele tinha verdadeiro amor pela estradinha, e todos os dias a varria com uma vassoura de bambu. Essa estradinha passava por um velho paiol onde guardávamos o milho que mais tarde se transformaria em fubá.
Andando mais um pouco já avistávamos o jardim de mamãe. Belo jardim! Rodeava a casa, que era muito simples. Andando mais pela estradinha chegávamos a um rancho, que foi o cenário de muitas fantasias minhas.
Tínhamos várias cabras sempre e me lembro de muitas aventuras que tivemos com elas. Todos os filhotes ganhavam nomes. Lembro-me como se ainda estivessem diante de meus olhos, e pareço ainda sentir os puxões de cabelos (tentando mastigá-los) que elas davam quando me aproximava.
Na chácara tínhamos muitas jabuticabeiras, talvez umas noventa. Não sei se exagero, mas eram muitas. Próximo ao nosso jardim havia uma fileira de umas cinco delas, muito altas; onde meu pai fazia balanços para brincarmos.
Deus! Quando floriam, que perfume! Aquele zum zum zum de milhares de abelhas... as frutas nas árvores depois de algum tempo!
O pomar era uma beleza, tínhamos grande variedade de frutos e nos regalávamos com toda aquela fartura.
Havia o moinho de fubá que foi o meu encanto. Aquele barulhinho, parece que ainda o ouço.
O vento nos bambuzais, aquele ranger e os estalos. Gostava de caminhar entre os bambus, mas meu pai nos proibia de freqüentarmos aquele lugar, devido a grande quantidade de cobras que costumava aparecer por lá.
Havia dois córregos e mesmo proibida de entrar neles eu desobedecia algumas vezes.
Tínhamos um cão muito bonito que participou de toda a minha infância, recordo-o com seu pêlo preto brilhante, e meus irmãos se dependurando nele para darem os primeiros passos.
No meio do jardim tínhamos uma árvore que dava umas flores roxas, São Jorge nós a chamávamos. Não sei se é esse mesmo o nome dela. Ela tinha um galho que mais parecia um balanço e estou me lembrando tanto dela agora.
Eu, vivendo em meio a tudo isso, estava sempre muito envolvida com a natureza que me cercava e muitas vezes meus pais surpreendiam-me com os mais variados tipos de insetos nas mãos. Eles me ensinavam que muitos deles eram nocivos; que eu não podia tocar em tudo que visse pela frente; que causavam doenças e coisa e tal. Mas eu achava os besouros tão lindos, não conseguia ver maldade alguma num bichinho tão delicado. Não sentia nojo algum e adorava passar meus dedos em suas costinhas.
As lagartixas, como gostava de sentir em meus dedos a pele fria! Eu as deixava desafiar a gravidade em meus bracinhos.
Muitas vezes meus pais me perguntavam o que eu tanto procurava fuçando em todo canto e eu lhes dizia que procurava ariranha. Eu chamava as aranhas de ariranha e ninguém conseguia fazer-me entender que o nome era aranha e que eram perigosas.
Pássaros e borboletas, eu simplesmente adorava. Mas fazia algumas maldades que hoje até me envergonho de tê-las feito. Armei arapucas e peguei nelas rolinhas e outros pássaros mais, somente para vê-los de perto e depois soltá-los.
Subia em árvores feito um moleque e quantas cigarras eu consegui pegar! Também fiz maldades com elas e como me arrependo disto! Eu amarrava um barbante bem comprido no corpo das pobrezinhas e deixava-as voar segurando firmemente a outra ponta nas mãos, claro que depois as soltava.
Mas se por um lado eu fazia essas coisas feias, por outro eu era completamente inocente e adorava tudo que me cercava.
Os ninhos, eu os descobria com uma facilidade incrível porque acompanhava o movimento dos pássaros que viviam por lá. Adorava admirar os ovinhos e os tocava suavemente. Eu acariciava a vida que sentia dentro deles. Visitava os filhotinhos quando nasciam e quantas vezes fui ameaçada pela mãe ciumenta.
Estas são algumas das recordações de minha infância, do belo lugar onde tive a graça de ter vivido, acho que é por este motivo que gosto de contar sempre um pouco dela. Era mesmo um lugar privilegiado aquele e gostaria que todas as crianças pudessem também desfrutar de uma infância tão rica em natureza e beleza como foi a minha.
Quero seu corpo junto ao meu para me aquecer
para tirar de mim o frio da saudade e da solidão.
Quero que o brilho de seus olhos ilumine meu dia,
quero que eles me indiquem, da esperança, a direção.
Quero tuas mãos segurem a minha com força
deixando-me sentir que você está ao meu lado a me apoiar.
Quero teu braço em um terno abraço bem apertado,
mostrando-me que nada e ninguém vai nos separar.
Quero que teus cabelos sejam as correntes a me prender
e que seus beijos sejam o alimento de minha alma.
Quero adormecer junto a teu peito feito criança
e ver o romper da manha com muita calma.
Quero você comigo em todos os meus dias, ate a velhice
por que sei que você será para mim o néctar da mocidade.
Quero abrir minhas asas junto a teu leito e voar
porque sei que ao teu lado no infinito estará a minha felicidade.
E por ter você ao meu lado deixarei que a vida siga suavemente
enquanto rabisco palavras e versos para compor poesias de amor.
Mas deixarei nas entrelinhas teu nome escondido como um relicário
guardado como tesouro embalado em meio a pétalas de uma flor.
E entre as estrelas e o vento eu seguirei voando sem medo
levando em meu peito esse relicário de ternura e emoção.
E embora eu não confesse seu nome a ninguém,
você saberá que é você, da minha vida, a única razão.
E que quando eu digo que simplesmente te amo,
que você, meus dias com sua presença iluminou.
Sei que você verá isso na luz que brilha em meus olhos.
e que você poderá ver que sou feliz quando contigo estou.
De teus seios a visão,
provoca forte emoção.
Neles deposito meu beijo,
levado por forte desejo,
desejo de viver o prazer,
sentido a mais não poder...
Esse desejo quase loucura,
envolvendo em nuvem de ternura,
é quase uma tortura...
Teus seios quero beijar,
como amante que quer amar...
E ouvindo teu gemer desconexo,
deixo minha língua chegar em teu sexo...
Tua língua invade...,
Imploro, clamo
Prova o meu cio...
Perca-se no meu abismo de prazer
Encaixe entre minhas coxas, agora indefesas
Torço e contorço...me rendo
Me sinto arder
Um doce sorriso ...entorpeço
Segundos intermináveis de êxtase
Mergulhe em mim...
Estou líquida de prazer!