Transcendente

Foto de Carmen Lúcia

Mudanças

É noite e não vejo o céu,
Não o mesmo céu de antes,
Aquele a me proporcionar, radiante,
Emoções esfuziantes, profundamente vividas e sentidas,
Que me (e) levavam a vários mundos
Distantes, delirantes, irradiantes
E me traziam ao chão, onde meus pés levemente,
Docemente tocavam, após essa viagem transcendente.
E tudo era magia, era alegria, era poesia...
Pretensa recompensa daquele meu viver
Contagiante, inebriante, aconchegante...
Nem vi a minha estrela brilhar como antigamente,
Minha cúmplice a piscar maliciosamente...
Se escondeu por entre nuvens, evitando meu olhar.
Nem mesmo a lua veio me beijar,
O que era de praxe, sorrateiramente,
Perdeu-se com a prata do luar, sem vida, ressentida...
Tudo se entristeceu, escureceu...
O céu perdeu a cor...
Amedronta o mundo, a dor,
O universo fica mudo...
Afasta quem outrora sonhava junto
E nos arrasta ao abismo imundo, fecundo,
Apresentando-nos à solidão, à imensidão
De um oceano negro, sem ondas, nem espumas, onde a velejar
Estão a sombra, a amargura, o desacreditar.
Então, mais que nunca, é preciso remar, remar, remar...
Para de novo começar...

Foto de Emerson Mattos

Sentimento Sepultado

Autor: Emerson
Data: 08/09/03

Lembro do nascimento daquele sentimento, em que presumia ser duradouro. Mas, logo percebi que a cada investida desastrosa morria aos poucos, se equiparando a uma vela de cera – tem tanto fogo e se acaba sozinha. Logo então, ele, agonizante morreu.
Percebia que a exérquia dos sentimentos seguia a passos rápidos, junto da desesperança que sobrepujava a esperança, rumo ao funeral onde não teve, sequer, direito a um velório. E via claramente as ferramentas trabalharem:
Cavadeiras que cavam além das raízes do coração, na busca desesperada de um atrativo à correspondência, incentivada ou motivada pelas indagações encefálicas.
Picaretas que cavam com as pontas afiadas do desprezo, a cova da consternação, ou do coração não correspondido; seguidas de pás que servem para retirar os resquícios resultantes do esmorecimento e que depois trabalham para inumar, as mágoas, desapontamentos afáveis e o conveniente amor unilateral.
Soquetes e marretas perfazem o serviço golpeando o terreno seco do coração, que de tão fraco se despedaça e os pedaços mendigam o amor acalante de sua raiz e aguardam esperançosamente à correlação em um novo amor que lhes possa juntar os pedaços. E que possa buscar a morte súbita da transcendente saudade do coração.
Sobre a cal, as pétalas das flores espargidas são as únicas companhias do desvanecido anseio que terá, sempre...
E, por fim, apenas a lápide fixada de pé, que guarda em si a reminiscência descrita, isolada, esquecida... “Aqui jaz um sentimento”.

Foto de Soninha Porto

NOCTURNE

O piano toca ao longe
acordes solitários
na madrugada

ária divina
delicada
voa como brisa ao léu
fica a sensação
de alma agoniada

expulsa fantasmas
que visitam a solidão
tons suaves
calam a noite
seduzem a lua prateada

dedos deslizam
ternos
leves
melancolicamente

piano e pianista
são um só
posse e posseiro
num recital
transcendente

mãos e sons
arteiros
respondem
se abraçam
se amam
lentamente

soninha porto

Foto de Gaivota

* PEQUENO POEMA DESCONECTADO *

*
*

Na paisagem
sub real
carregada
de fina poeira
que lixa asperamente
a casca dos pés,
arrasto
corpo cruel
montado na saudade
de desejos..

Quem fala ?
Um ser em evolução,
formação da síntese
científica
de pensamentos nus.

Espécie alada
do ventre
da terra,
na explosão
de sentidos
desejantes
da cor,
da dor,
do amor,
da transcendente
forma
que sou!

** Gaivota **

Poema extraído de meu livro - Azul De Doer!"

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Foto de Emerson Mattos

Sentimento Sepultado

Autor: Emerson
Data: 08/09/03

Lembro do nascimento daquele sentimento, em que presumia ser duradouro. Mas, logo percebi que a cada investida desastrosa morria aos poucos, se equiparando a uma vela de cera – tem tanto fogo e se acaba sozinha. Logo então, ele, agonizante morreu.
Percebia que a exérquia dos sentimentos seguia a passos rápidos, junto da desesperança que sobrepujava a esperança, rumo ao funeral onde não teve, sequer, direito a um velório. E via claramente as ferramentas trabalharem:
Cavadeiras que cavam além das raízes do coração, na busca desesperada de um atrativo à correspondência, incentivada ou motivada pelas indagações encefálicas.
Picaretas que cavam com as pontas afiadas do desprezo, a cova da consternação, ou do coração não correspondido; seguidas de pás que servem para retirar os resquícios resultantes do esmorecimento e que depois trabalham para inumar, as mágoas, desapontamentos afáveis e o conveniente amor unilateral.
Soquetes e marretas perfazem o serviço golpeando o terreno seco do coração, que de tão fraco se despedaça e os pedaços mendigam o amor acalante de sua raiz e aguardam esperançosamente à correlação em um novo amor que lhes possa juntar os pedaços. E que possa buscar a morte súbita da transcendente saudade do coração.
Sobre a cal, as pétalas das flores espargidas são as únicas companhias do desvanecido anseio que terá, sempre...
E, por fim, apenas a lápide fixada de pé, que guarda em si a reminiscência descrita, isolada, esquecida... “Aqui jaz um sentimento”.

Foto de Benny Franklin

O amor não precisa razão!

- não!... Por Deus!... Não!...

- não posso deixar a mãe de vocês sozinha

Nesta casa de tratamento!...

- meu coração não resistiria vê-la sozinha!...

- não!... Por Deus!... Não posso ir!...

Declaração de paixão eterna...? Sim...!

Magnífica prova de amor essa do velho Noah,

Que se internara na clínica psiquiátrica

Para ficar ao lado de sua grande paixão,

E de lá, não arredava o pé, por nada neste mundo.

Entre o sonho e a realidade,

Noah acabara de receber a visita de seus filhos,

E de prima facie, de súbito fora indagado por eles,

Do porquê dele não querer mais retornar para casa.

Dado o estado de total letargia em que Allie se encontrara,

E relembrando cenas passadas de um amor eterno,

Noah, subitamente, respondeu-lhes:

- não, meus filhos! Eu não voltarei para casa!...

- minha casa agora é aqui ao lado da mãe de vocês!...

- Ela é o meu lar!...

- O nosso amor não permite separação!...

Lembram de “Diário de uma Paixão”,

Inesquecível filme americano que narra história

De um grande amor

Vivido por dois jovens de diferentes classes sociais?

Pois é, assisti esta pérola cinematográfica em Teresina.

Emocionei-me com a história.

Aprendi o enredo do amor e agora já sei a lição de cor.

Filme como este deveria ser assistido por todo mundo

Em face de pura lição de vida que ele nos intui.

Extasiado, conclui que “o amor não precisa Razão”.

Não pede esmola. Não usa favor. Não engendra passagem.

Não anima circos de desamores, nem antros de libertinagens.

Lembrar que para ter o amor verdadeiro junto de si,

Aquele, que, movido pela ânsia de ter para sempre

O calor dos corpos, o afago do beijo,

O entrelaçar das mãos nervosas da mulher amada

Até chegar à conquista da vida a dois,

Noah e Allie: atravessaram guerras,

Terminaram romances, beberam cicuta,

Mergulharam na força da felicidade,

Em busca da verdadeira face do amor...

Já que é ao lado de quem se ama,

Que se vive a vida.

O amor é assim... Cheio de segredos,

De caminhos tortuosos, de lagos contaminados,

De dores redivivas, de lágrimas sentidas.

O amor, se amado à exaustão,

Remove montanhas, recobre vales, assopra nuvens,

Bebe oceanos e mares, comove o seu executor.

O amor, não precisa sabedoria, pois já é pós-graduado.

Não precisa arrebatamento, pois já é alado.

Não precisa ciúme, pois já é sincero.

Não precisa paga, pois já está de graça.

Não precisa ser três, pois dois, é-lhe o bastante.

O amor, quando tem a alma comprometida,

Transcende a energia desconhecida do infinito.

Quando temos amor e vivemos somente para ele,

A cor do coração torna-se incolor,

O sentimento torna-se alimento coletivo,

A água da chuva sacia almas semi-áridas,

O frio torna-se manta quente,

O quente torna-se brisa dos mares,

A montanha caminha até o outro lado do rio.

O amor não oferta dívida já que por ser idôneo

É ao mesmo tempo patrão e inquilino.

O amor não distribui riqueza já que por ser honesto

É ao mesmo tempo devedor e tesoureiro.

O amor não submerge na dúvida já que por ser oceânico

É ao mesmo tempo náufrago e timoneiro.

O amor não expele ódio já que por ser amor

É ao mesmo tempo criador e criatura.

Plagiando o bom Neruda,

Eu abro um sol, e canto aos amantes:

“... Oh amor! Quando eu morrer

Quero as tuas mãos em meus olhos:

Quero a luz e o trigo de tuas mãos amadas

Passar uma vez mais sobre mim seu viço:

Sentir a suavidade que mudou meu destino... “.

Todas às vezes em cujo mirante eu relembro esse filme,

Uma lágrima cai sentida, e um grito ecoa bem alto:

Oh amor, amor,

As orações ao castelo do céu

Ascenderam como triunfantes parreiras

E tudo inflamou em céu, foi tudo estrela:

O navio, a nave, o dia se expatriaram juntos.

Oh amor, amor,

O ódio de quem não ama alguém,

Está associado ao rancor.

O ódio e o rancor são inseparáveis com as duas

Faces de uma moeda.

Abandonando o ódio e o rancor,

As pessoas conseguem ser felizes.

Oh amor, amor,

O desejo de amar,

É anseio latente no âmago de nosso ser;

Trata-se de algo inato, transcendente,

E não algo que se adquire pela existência.

Nossa existência é a vida,

E a vida é uma energia que deve ser manifestada.

Por isso, é inerente em todos,

O desejo de amar.

Oh amor, amor,

O verdadeiro amor existe e perpassa a violência

Transformando-a em pétalas copuladas,

Perpassa a guerra salvando-a das lágrimas maculadas,

Ignora a fome desmedida, e na medida certa,

Desvia-se do precipício...

E como sendo dono de sua onipresença,

O amor está sempre presente e constante

No âmago de quem lhe anseia.

Oh amor, amor,

Por ser infinito, o amar não abriga defeito,

Já se basta inteiro, é suficientemente comparte,

É cálice absoluto, senhor de si, consorte:

E sua dor,

Não precisa razão.

Foto de Emerson Mattos

Sentimento Sepultado

Autor: Emerson
Data: 08/09/03

Lembro do nascimento daquele sentimento, em que presumia ser duradouro. Mas, logo percebi que a cada investida desastrosa morria aos poucos, se equiparando a uma vela de cera – tem tanto fogo e se acaba sozinha. Logo então, ele, agonizante morreu.
Percebia que a exérquia dos sentimentos seguia a passos rápidos, junto da desesperança que sobrepujava a esperança, rumo ao funeral onde não teve, sequer, direito a um velório. E via claramente as ferramentas trabalharem:
Cavadeiras que cavam além das raízes do coração, na busca desesperada de um atrativo à correspondência, incentivada ou motivada pelas indagações encefálicas.
Picaretas que cavam com as pontas afiadas do desprezo, a cova da consternação, ou do coração não correspondido; seguidas de pás que servem para retirar os resquícios resultantes do esmorecimento e que depois trabalham para inumar, as mágoas, desapontamentos afáveis e o conveniente amor unilateral.
Soquetes e marretas perfazem o serviço golpeando o terreno seco do coração, que de tão fraco se despedaça e os pedaços mendigam o amor acalante de sua raiz e aguardam esperançosamente à correlação em um novo amor que lhes possa juntar os pedaços. E que possa buscar a morte súbita da transcendente saudade do coração.
Sobre a cal, as pétalas das flores espargidas são as únicas companhias do desvanecido anseio que terá, sempre...
E, por fim, apenas a lápide fixada de pé, que guarda em si a reminiscência descrita, isolada, esquecida... “Aqui jaz um sentimento”.

Foto de @iram

Melodia psicótica

Toda uma vida é um movimento lento- acelerado em que tudo tem uma música.
Até este meu escrito tem música, tem letra, tem batida tribal; psicótica, inteligente...

Imagem/ pensamento/ sentimento/ luz/ música/ transcendente/ elevado/ viajem/ busca/ encontro/ sonho/ sonhos/ olhar/ tu/ olhar/ eu/ silêncio/ paz/ luta/ elevar/ buscar/ alcançar/ envolvente/ eloquente/ telepatia/ dança/ magia/ natureza/ tribalesca/ imenso/ todo/ concentrar/ absorver/ verter/ dar/ calor/ loucura/ sã/ viajante/ psicadélica/ bom caminho/ espírito sagrado/ porta/ luz/ escuridão/ sabedoria/ divindade/ expressão/ curiosidade/ medo/ paz/ harmonia/ saúde/ divino/ nós/ humanidade.

Lídia de Sousa 26-05-2003

Foto de Junior A.

És tu meu amor

Como o raiar da manhã que despertara minh’alma
Assim me envolves em teu sentir de amor
Trazendo todo o lampejo da razão em excelencia
Transcendente em meu ser fostes e se impregnara em mim
Pudera eu expressar-te palavras por tudo que a mim és
Falar de ti amor seria o mesmo que tentar descrever o indescritivel
Falar de ti seria explicar o que sinto quando toco o vento
Falar o quão doce é as águas em meus lábios
Falar a ti a dimensão do que sinto é olhar o infinito céu
E me perder por tentar contar os astros que o encanta
Explicar o porque todas as flores exalam teu perfume
Assim és amor meu,o doce frescor da manhã em mim
O motivo de um sorriso leve e sem ronha
Apenas alegria enfim...
Pássaro que pincela o refulge com seu esvoaçar livre e grato
Canção que entoada em silencio rege os enamorados
És o verde campo de minh’alma ...
Como o raiar é ao dia
Assim és minha pomba,minha vida

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