Unhas

Foto de Bira Melo

HAVIA UM ANJO E HÁ.

Havia em mim um Anjo
Com olhos, cravejados
De esmeraldas, safiras, topázios e rubis
Choravam lágrimas de seda
Em meu mundo era arlequim.

Havia em mim um Anjo
Como a língua das serpentes
As unhas eram tridentes
Quando o mundo era ruim.

Havia em mim um Anjo
Entoava cantos mudos
Embalava-me em quarto escuro
Para me desabrochar.
Havia em mim um Anjo
Hoje em mim um Anjo há.

Bira Melo, in Há um Anjinho de CARvão.

Foto de Galeao

SER MÃE

Ser mãe é muito mais do que padecer no Paraíso. Não basta parir uma criança para ter o direito de ser chamada de Mãe. Ser Mãe vai muito, muito, além disso. É ter a capacidade de amar aquela criança não apenas dando-lhe amor e carinho, mas, preparando-a para a vida. É entregar-se por inteira e, como uma fera, defendê-la com unhas e dentes sempre que necessário for. É perder, sem se questionar, noites de sono apenas para vê-la segura. Sorrir com o seu sorriso, chorar com suas lágrimas e, rir com o seu riso. Para ser Mãe, não há que se parir o filho, mas amá-lo como se do seu ventre tivesse saído. É desdobrar-se para que ele, dentro das condições possíveis, tenha o melhor do melhor. É aceitá-lo sem restrições, preconceitos ou qualquer outro sentimento que não seja o amor. E é para essa Mãe que dedicamos esta data. Não importa se está ou não junto de nós, mas, que a amemos eternamente.

Foto de paco santos

Vou relatar uma das minhas histórias Reais.

Vou relatar uma das minhas histórias Reais.

A Minha Kerida batia a mha porta.
Levemente suado eu já estava sem camisa. Pedi que aguardasse 1 tempo para me decidir se iria ou não colocar algo. Abri a porta e a vi encostada à ombreira da porta com 1 sorriso cheio de desejos. Abraçamos-nos e ficamos nos beijando e nos desejando por alguns minutos. Aos poucos, com o calor do momento, gotas se formavam nas suas costas. A saudade era tanta que não deu tempo de sequer tirar o casaco ou de retirar a bolsa que continuava pendurada nos seus ombros. E vinham mais beijos suaves, fortes, ternos e também sacanas. Mordidelas nos lábios e troca de línguas ( ufa ). Em pouco tempo, já nos sentíamos mais felizes por causa do nosso encontro. Mágico como sempre. Alegre, feliz e cheio de prazeres,ternura do momento cheio de Desejo que sentimos 1 pelo outro. O que queríamos era estar juntos.São poucas as ocasiões de nos reaver. Então, era agora mais uma rara vez.

Saí 1 pouco do transe. E ao me deparar com a porta ainda aberta, puxei-a pela chave e a fechei. Não queria compartilhar com mais ninguém aquele momento. Ao mesmo tempo em que ainda a envolvia com 1 dos braços, rodei a chave, finalmente tranquei a porta. Depois lhe tirei a bolsa dos braços, comentei qualquer coisa sobre minha saudade e sobre os suores às suas costas. Ela me disse: “Eu te adoro”. Talvez seja a frase que eu mais tenho escutado durante essas poucas semanas ( ai pois é ). Puxei-a pelo corpo suavemente mais para dentro do quarto. Depositei sua bolsa na parteleira e pedi que tirasse o casaco. Estávamos ali 1 no outro.

Empurrei-a na cama. Pediu-me que fechasse a greta que ainda havia por entre as cortinas do quarto. Fechei. Voltei-me para ela. Linda, estava debruçada na cama. Tirei rapidamente seus sapatos e os meus. Mergulhei por cima dela, enchia-a de beijos e rocei meu corpo e meu sexo em suas coxas ainda vestidas pela calça ganga jeans. Levantei 1 instante, abri-lhe a calça e ela levantou as pernas me ajudando para que eu a despisse para que a deixasse de cuékinha. Tirei minha calça, estava agora só de roupas íntimas, mas logo decidi tirar também. Aquela visão dela deitada sorrindo apenas de cuékinha e blusa já me tirava do sério. Fui despindo-a com calma e com muito desejo. A cada momento eu a olhava, e percebia a satisfação daquele momento em seus olhos. Finalmente a despi completamente. A hora de tirar a cuékinha sempre foi 1 momento especial para mim. É o momento da entrega, do desvendar o mundo da mulher. Do segredo mais íntimo, de perceber a vontade de estar comigo e de sentir o desejo de ter-me por inteiro ali naquele momento. Valorizo muito esse instante, olho atentamente para os poucos pêlos pubianos, e para o desenho do ventre. É especial. Já totalmente excitado toquei-a tentando perceber se ela já estava excitada e preparada tal qual eu me encontrava. Levemente humida, sua vulva ansiava por ser penetrada. Puxei-a mais para cima da cama, pois ainda estávamos muito na beirinha, fui brando, mas forte e a coisa aconteceu,Ela já se contorcia, fechava os olhos, eu chegava ao seu fundo. Sua face mostrava que 1 misto de dor e prazer se misturavam naquele momento. Às vezes ela espremia os olhos demonstrando que eu a tocava profundamente. Mas, apesar dessa mostra de toque mais intenso ela gostava, pois estava completamente preenchida.

Ficamos algum tempo nos beijando e nos movimentando durante o acto.Virei a kerida e a puxei agora para mim ela ia e seguia se roçando. Eu enrijecia a barriga e as pernas para lhe proporcionar mais prazer. Às vezes ela parava, mas eu a puxava querendo mais. Em pouco tempo ela estava a gritar e demonstrando seu prazer naquele “exercício”. Suas expressões faciais mostravam-na em êxtase, seus braços descontrolados me enfiavam as unhas nos meus. Estava mais solta do que de hábito e isso me excitava demais, seus gritos de prazer eram mais intensos e altos. Eu adoro isso. Meu Girasol estava rijo e cada vez mais inchado por causa do que o momento me proporcionava. Ela já estava quase e começou a parar com seus movimentos, mas em contrapartida eu não a deixava que fizesse isso, puxava-a com força pela cintura. Trazia-a de modo se esfregar em meu corpo novamente. Ela vinha... E... finalmente ui ui ui. Mas, não satisfeito a explorei mais, continuei sozinho em fricções. Uma das suas pernas se afrouxava, mas eu a continha com o joelho, queria-a ainda mais. Veio então o segundo momento. Ela pedia que parasse. Seus gritos de prazer já eram descontrolados, muito mais altos do que de costume e se superavam com o tempo. Seus cabelos estavam consumidos pelo suor. Sua barriga, encharcada. Seus seios tesos e rixos. As pernas ainda vacilavam querendo se desdobrar de forma a se deitar completamente por cima de mim. Mas, em meio jeito insaciável de lhe dar prazer eu não o permitia. Ela já estava cansada, ofegante, com o Tic Tac palpitando. Puxei-lhe mais algumas vezes em ritmados deslocamentos. Veio o terceiro momento. Ela desabou por cima de mim. Não havia mais o que pudesse ser feito. Seu Tic Tac pulava, eu sentia seus batimentos descompassados com seu corpo inteiro colado ao meu. A satisfação me veio ao rosto. Eu estava feliz. Fiz dela uma mulher feliz naquele momento único, ela tinha novamente muito prazer. Se eu pudesse a teria sempre assim, desgovernada em prazeres e loucos momentos de prazer.......
-

Tentei escrever com 1 Portugues do ( brasil ) para todos entenderem melhor,,,,

Espero que gostem do meu conto real...

....................................................................Paco Santos.............................................................................

Foto de paco santos

A Minha História Real ...

Vou relatar uma das minhas histórias Reais.

A Minha Kerida batia a mha porta.
Levemente suado eu já estava sem camisa. Pedi que aguardasse 1 tempo para me decidir se iria ou não colocar algo. Abri a porta e a vi encostada à ombreira da porta com 1 sorriso cheio de desejos. Abraçamos-nos e ficamos nos beijando e nos desejando por alguns minutos. Aos poucos, com o calor do momento, gotas se formavam nas suas costas. A saudade era tanta que não deu tempo de sequer tirar o casaco ou de retirar a bolsa que continuava pendurada nos seus ombros. E vinham mais beijos suaves, fortes, ternos e também sacanas. Mordidelas nos lábios e troca de línguas ( ufa ). Em pouco tempo, já nos sentíamos mais felizes por causa do nosso encontro. Mágico como sempre. Alegre, feliz e cheio de prazeres,ternura do momento cheio de Desejo que sentimos 1 pelo outro. O que queríamos era estar juntos.São poucas as ocasiões de nos reaver. Então, era agora mais uma rara vez.

Saí 1 pouco do transe. E ao me deparar com a porta ainda aberta, puxei-a pela chave e a fechei. Não queria compartilhar com mais ninguém aquele momento. Ao mesmo tempo em que ainda a envolvia com 1 dos braços, rodei a chave, finalmente tranquei a porta. Depois lhe tirei a bolsa dos braços, comentei qualquer coisa sobre minha saudade e sobre os suores às suas costas. Ela me disse: “Eu te adoro”. Talvez seja a frase que eu mais tenho escutado durante essas poucas semanas ( ai pois é ). Puxei-a pelo corpo suavemente mais para dentro do quarto. Depositei sua bolsa na parteleira e pedi que tirasse o casaco. Estávamos ali 1 no outro.

Empurrei-a na cama. Pediu-me que fechasse a greta que ainda havia por entre as cortinas do quarto. Fechei. Voltei-me para ela. Linda, estava debruçada na cama. Tirei rapidamente seus sapatos e os meus. Mergulhei por cima dela, enchia-a de beijos e rocei meu corpo e meu sexo em suas coxas ainda vestidas pela calça ganga jeans. Levantei 1 instante, abri-lhe a calça e ela levantou as pernas me ajudando para que eu a despisse para que a deixasse de cuékinha. Tirei minha calça, estava agora só de roupas íntimas, mas logo decidi tirar também. Aquela visão dela deitada sorrindo apenas de cuékinha e blusa já me tirava do sério. Fui despindo-a com calma e com muito desejo. A cada momento eu a olhava, e percebia a satisfação daquele momento em seus olhos. Finalmente a despi completamente. A hora de tirar a cuékinha sempre foi 1 momento especial para mim. É o momento da entrega, do desvendar o mundo da mulher. Do segredo mais íntimo, de perceber a vontade de estar comigo e de sentir o desejo de ter-me por inteiro ali naquele momento. Valorizo muito esse instante, olho atentamente para os poucos pêlos pubianos, e para o desenho do ventre. É especial. Já totalmente excitado toquei-a tentando perceber se ela já estava excitada e preparada tal qual eu me encontrava. Levemente humida, sua vulva ansiava por ser penetrada. Puxei-a mais para cima da cama, pois ainda estávamos muito na beirinha, fui brando, mas forte e a coisa aconteceu,Ela já se contorcia, fechava os olhos, eu chegava ao seu fundo. Sua face mostrava que 1 misto de dor e prazer se misturavam naquele momento. Às vezes ela espremia os olhos demonstrando que eu a tocava profundamente. Mas, apesar dessa mostra de toque mais intenso ela gostava, pois estava completamente preenchida.

Ficamos algum tempo nos beijando e nos movimentando durante o acto.Virei a kerida e a puxei agora para mim ela ia e seguia se roçando. Eu enrijecia a barriga e as pernas para lhe proporcionar mais prazer. Às vezes ela parava, mas eu a puxava querendo mais. Em pouco tempo ela estava a gritar e demonstrando seu prazer naquele “exercício”. Suas expressões faciais mostravam-na em êxtase, seus braços descontrolados me enfiavam as unhas nos meus. Estava mais solta do que de hábito e isso me excitava demais, seus gritos de prazer eram mais intensos e altos. Eu adoro isso. Meu Girasol estava rijo e cada vez mais inchado por causa do que o momento me proporcionava. Ela já estava quase e começou a parar com seus movimentos, mas em contrapartida eu não a deixava que fizesse isso, puxava-a com força pela cintura. Trazia-a de modo se esfregar em meu corpo novamente. Ela vinha... E... finalmente ui ui ui. Mas, não satisfeito a explorei mais, continuei sozinho em fricções. Uma das suas pernas se afrouxava, mas eu a continha com o joelho, queria-a ainda mais. Veio então o segundo momento. Ela pedia que parasse. Seus gritos de prazer já eram descontrolados, muito mais altos do que de costume e se superavam com o tempo. Seus cabelos estavam consumidos pelo suor. Sua barriga, encharcada. Seus seios tesos e rixos. As pernas ainda vacilavam querendo se desdobrar de forma a se deitar completamente por cima de mim. Mas, em meio jeito insaciável de lhe dar prazer eu não o permitia. Ela já estava cansada, ofegante, com o Tic Tac palpitando. Puxei-lhe mais algumas vezes em ritmados deslocamentos. Veio o terceiro momento. Ela desabou por cima de mim. Não havia mais o que pudesse ser feito. Seu Tic Tac pulava, eu sentia seus batimentos descompassados com seu corpo inteiro colado ao meu. A satisfação me veio ao rosto. Eu estava feliz. Fiz dela uma mulher feliz naquele momento único, ela tinha novamente muito prazer. Se eu pudesse a teria sempre assim, desgovernada em prazeres e loucos momentos de prazer.......
-

Tentei escrever com 1 Portugues do ( brasil ) para todos entenderem melhor,,,,

Espero que gostem do meu conto real...

....................................................................Paco Santos.............................................................................

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 6)

Naquela manhã não houve o habitual espetáculo de luzes dos coloridos véus da manhã, quando a alma da terra parece fazer vênias à chegada do astro-rei. A montanha cultivava especialmente o seu gosto por esse momento. Na verdade, ela se sentia uma montanha muito solitária, confinada em si mesma. Alimentava em segredo o sonho de, na próxima era, ser posicionada pelas contrações da terra em uma posição que lhe permitisse fazer amigas-montanhas. Tal era esse desejo seu, que em todo alvorecer de céu limpo ela adorava ficar observando as montanhas distantes distinguirem-se bem aos poucos do negrume, e as conferia como se pudessem ter dado uma saidinha furtiva durante a noite. Claro, elas estavam toda manhã nos seus respectivos lugares, mas mesmo assim a montanha gostava de fazer esse seu “confere” particular.

O sol já pairava sobre o horizonte, porém nuvens carrancudas e postas amontoadas pelos ventos, umas sobre as outras, só por uma espécie de concessão deixavam passar um raiozinho de luz, que ficava assim como cachorro-caído-do-caminhão, sem saber para onde ir. Era uma manhã escura demais. Aos seres notívagos, que já davam tratos ao lugar de dormir, restava a lamentosa conclusão de que podiam ter aproveitado mais, enquanto aos que, nos seus lugares quentinhos, esperavam pela luz do dia, a preguiça mostrava-se boa conselheira e muito sedutora.

Com um vôo curvo repentino, tirando proveito magistralmente de uma lufada de brisa, o pintassilgo tirou a montanha das suas reflexões. Esse é o meu velho e bom pintassilgo! ― Disse a si mesma a montanha orgulhosa. Ele pousou suavemente na ponta de um galho mais alto, todavia não se demorou ali. Logo decidiu-se a um vôo mais audacioso, embicando de pedra acima. Quase não conseguiu. E vendo-o depois arfar de cansaço, a montanha passou abruptamente do orgulho à mais uma preocupação: suas asas haviam perdido o vigor de antes, seu organismo já não demonstrava a mesma resistência. Isso significava que ele estava muito vulnerável. Qualquer predadorzinho barrigudo, desde que não fosse muito impaciente, acabaria por comê-lo. Desesperada, a montanha começou a procurar por todos os lados, querendo encontrar qualquer animal que representasse uma ameaça. Precisava encontrá-lo antes que ele visse o frágil passarinho. Nas redondezas haviam algumas raposas, uma pequena família, porém a montanha achou que, apesar de espertas e cheias de truques, elas eram lerdas demais para pegar um pintassilgo. Mais acima, um solitário gato-do-mato acomodara-se na reentrância de um lajedo, de onde, protegido pela relva, tinha uma vista privilegiada para encontrar seu almoço. Com imensos e atentos olhos de um verde azulado muito cristalino, ele ainda não vira o pintassilgo, mas estava perto demais para que a montanha se tranqüilizasse.

Em pouco tempo, ela viu confirmada a sua suspeita. O passarinho irrequieto acabou por despertar a atenção do felino. Não era exatamente o que ele poderia considerar um banquete, porém, apenas para o seu desjejum, até que não era mal lamber aquele coraçãozinho antes de engoli-lo. Era algo para ser mais propriamente degustado e nem tanto para abarrotar a pança. O gato bocejou, espreguiçou-se, e só então se dispôs a caçá-lo, tão certo da sua superioridade que já se imaginava palitando os dentes com a cana daquelas peninhas coloridas. Demorou algum tempo até que, muito sorrateiramente, conseguiu se posicionar para um bote seguro. Os gatos são extremamente pacientes e não gostam de errar o bote, tanto que, quando perdem a primeira tentativa, normalmente não tentam novamente. O pintassilgo havia se colocado em um galho abaixo do nível do terreno onde estava o gato, porque descobrira ali bem perto uma colméia de pequenas abelhas. Esperava a oportunidade de comer algumas delas sem, entretanto, atrair para o seu encalço um pelotão de abelhas furiosas. E de tão compenetrado, não se apercebeu do gato, que já estava bem próximo.

Roendo o sabugo das unhas nas pontas das lajes subterrâneas, a montanha era só desespero, porque o passarinho não dava atenção aos seus esforços de alertá-lo. O bote era iminente, a distância muito pouca e o bichinho nem imaginava o perigo que corria, por causa de umas poucas abelhinhas, tão pequeninas. Mas nessas horas a natureza mostra a sua complexidade. Eis que num arvoredo, próximo e acima dos dois, veio pousar um outro sorrateiro predador. Como não podia saber em quem o gavião estava realmente interessado, o gato estancou o seu bote e pôs-se imóvel, como se fosse uma pedra a mais na paisagem. Sua sensatez instintiva lhe fazia considerar que, embora os pássaros menores sejam destaque no cardápio dos gaviões, levar nas garras para o seu ninho um gato gordinho deveria ser preferível, pois assim regalaria a família toda com menos esforço.

Mesmo para uma montanha, acostumada à grandeza do tempo, aqueles segundos pareciam uma eternidade. Reconhecia que aquela era uma cena muito corriqueira da natureza, onde todos de alguma forma são predadores de uns e predados por outros, e embora seu instinto lhe dissesse que não devia interferir no curso natural das coisas, ela não suportava a idéia de ver o seu querido pintassilgo morto nas garras de outrem. Ora, havia esperado tanto para reencontrá-lo. Tinha agora a pretensão de readaptá-lo à natureza, tarefa longa e morosa. Não. Não e não. Definitivamente, não permitiria que ele fosse comido assim, à toa. Ele não seria mais que um aperitivo para qualquer dos dois, enquanto que para a montanha representava uma satisfação incomparavelmente maior.

(Segue)

Foto de killas

O DESESPERO DO AMOR ACABADO

As unhas cravadas em desespero,
Formando na cara longas margas,
O sangue a correr às golfadas,
Formando um lago onde espero.

Vou aos poucos perscrutando o horizonte,
Tentando em vão evitar o sofrer,
Mas vejo-te lá longe a perder,
Perco-te assim e à tua imensa fonte.

Como oferecermo-nos ao amor pode ser cruel,
De lá tudo na vida pode surgir,
Eu só mais uma coisa tenho que te pedir,
Não me sirvas nunca mais do teu fel.

Sinto um aperto no mais fundo do peito,
Uma dor que se torna irreal no coração,
Porque será que um dia a infeliz paixão,
Me considerou um dia o seu novo eleito.

Às vezes o que eu mais quero,
É que no limite da minha vida,
Não sentir tantas vezes a descida,
Ou então morrer contra um serro.

A vida sempre foi efémera e dura,
E malfadada para quem a viveu,
A esperança lá no fundo já morreu,
Num poço fundo e escuro de amargura.

Por isso só vale a pena andar sozinho,
Para pelo mundo feliz conseguir passar,
Não andar pelo imenso e longo mundo a penar,
Até finalmente chegar ao fim do seu caminho.

Mais vale neste mundo morrer,
Para este sofrimento conseguir calar,
E assim para a eternidade nos libertar,
De uma longa e espinhosa vida de sofrer.

Foto de killas

O DESESPERO DO AMOR ACABADO

As unhas cravadas em desespero,
Formando na cara longas margas,
O sangue a correr às golfadas,
Formando um lago onde espero.

Vou aos poucos perscrutando o horizonte,
Tentando em vão evitar o sofrer,
Mas vejo-te lá longe a perder,
Perco-te assim e à tua imensa fonte.

Como oferecermo-nos ao amor pode ser cruel,
De lá tudo na vida pode surgir,
Eu só mais uma coisa tenho que te pedir,
Não me sirvas nunca mais do teu fel.

Sinto um aperto no mais fundo do peito,
Uma dor que se torna irreal no coração,
Porque será que um dia a infeliz paixão,
Me considerou um dia o seu novo eleito.

Às vezes o que eu mais quero,
É que no limite da minha vida,
Não sentir tantas vezes a descida,
Ou então morrer contra um serro.

A vida sempre foi efémera e dura,
E malfadada para quem a viveu,
A esperança lá no fundo já morreu,
Num poço fundo e escuro de amargura.

Por isso só vale a pena andar sozinho,
Para pelo mundo feliz conseguir passar,
Não andar pelo imenso e longo mundo a penar,
Até finalmente chegar ao fim do seu caminho.

Mais vale neste mundo morrer,
Para este sofrimento conseguir calar,
E assim para a eternidade nos libertar,
De uma longa e espinhosa vida de sofrer.

Foto de Gideon

A mulher do Metrô

Dias desses consegui viajar sentado no metrô. Abri o livro do Wittgeinstein, e comecei a ler.

Em alguma estação à frente entrou uma mulher pobre, morena, cabelos molhados provavelmente do banho da manhã, meio ondulados e soltos. Parte caindo pela frente dos ombros, parte por trás. Braços musculosos e as veias das mãos bem salientes sugerindo trabalho árduo. O semblante era rígido. Não percebi qualquer vestígio de maquiagem. Lábios soltos e frequentemente mordidos pelos dentes inferiores. O vestido era simples com flores estampadas de baixa qualidade. O formato dos seios era sugerido pela falta de sutiã, contudo nada indecente. A barriga um pouco maior que o normal para uma pessoa magra. Diria que era meio barrigudinha, mesmo assim ligeiramente sexy.

O vestido descia até próximo os joelhos. Não tinha qualquer enfeite. Os pés rugosos com as veias também à mostra. Os dedos enfileirados, mas indecentemente separados do maior pela tira da sandália rosa. Unhas dos pés pintadas de gelo, única vaidade que notei. Uma bolsa de plástico aparentando falso couro estava pendurada pela alça, bem acomodada em seu ombro esquerdo, que por sua vez estava à mostra.

Parei de ler Wittgeinstein para observá-la atentamente. Ela estava recostada entre o final do banco à minha frente, do outro lado do vagão, e a beira da porta do trem. O ombro cuidava em manter o resto do corpo um pouco distanciado da parede do trem. Devia ter não mais que vinte e sete anos. Bonita mulher, rosto bem desenhado, mas sem brilho e expressão. Fiquei tentando adivinhar a sua profissão. Julguei que fosse uma empregada doméstica, mas pela hora, quase nove da manhã, percebi que não devia ser.

Enfim, fiquei imaginando aquele corpo por baixo da roupa. A sua barriguinha protuberante formando um colo acolhedor. Como disse, os seios bem formados e provavelmente um umbigo discreto.. Vez outra, pelo balançar do trem, ela mudava a posição dos pés me chamando a atenção os seus dedos enfileirados sobre a sandália. O trem estava cheio e tive dificuldade em continuar reparando-a. Talvez isto tenha-me feito forçar o olhar, e ela percebeu-me. Me olhou naturalmente. Apertou mais uma vez os lábios e desviou logo o olhar. Outra vez trocou a posição do pé de apoio e passou a mão direita sobre o cabelo. Aproveitou, ainda, para arrumar a alça da bolsa, que teimava em escorregar de seu ombro esquerdo.
Voltei a leitura de meu livro. Quando tornei olhar para ela, não mais a encontrei. Descera em alguma estação. Fiquei meio frustrado. Me ajeitei no banco, curvei um pouco mais a cabeça e voltei à minha leitura.

Bem, não a perdi, claro. A descrevi aqui.

Foto de Gideon

Sem Rascunho

Veio-me a palavra “rascunho”...
é isso mesmo: “rascunho”…
Não deu tempo de fazer rascunho.
Não deu tempo de ensaiar palavras bonitas.

Não deu tempo de comprar um perfume novo,
Ajeitar o cabelo (pode? risos)
Ensaiar gestos no espelho…
Nem dar uma corridinha para sentir-se atleta…
Não teve rascunho…
isso mesmo, sem “rascunho”!

O turbilhão de sentimentos
Pôs-me de ponta-cabeça,
Como dizem os paulistas,
E nem as unhas dos pés tive tempo de aparar…

Não teve rascunho e nem terá…
Tudo é novo, diferente,
E completamente desconhecido para mim…

Questiono hoje se eu amara antes…
Pois o que sinto agora não tem nada a ver
Com o que já sentira no passado…

Meu coração teve de ensaiar, às pressas,
novas batidas, novos ritmos...
A minha mente não teve tempo
De convocar faxineira
Para varrer lembranças esquecidas por lá…

A enxurrada da paixão invadiu-me dentro afora
E está lavando tudo…
Acho que terei de aprender novas palavras,
Comprar novos mapas… tudo novo..

Não teve rascunho,
Só lamento, meio desajeitado,
Não poder ter preparado um poema rimado,
Metrificado e bem formatado…

Não teve “rascunho”...
E nem terá com esse amor urgente
Que arrebata o meu ser sem piedade.

Foto de Civana

Abismo (Vídeo Poema)

Abismo

Vai doer, mas vou arrancar o que me faz sofrer,
Nem que tenha que cravar as unhas,
Esfolar até sangrar, mas vai sair,
Vai passar...
Talvez um dia, com calma, esqueça.
E entenda porque me fez sonhar tão alto com esse amor,
E depois despencar nesse abismo de...nada.

(Civana)

Páginas

Subscrever Unhas

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma