Valor

Foto de Rafas

VOCÊ é feliz

Você é feliz
Como és feliz por ter olhos para ver mais um amanhecer, e assim sentir nascer com ele a esperança de um dia melhor;

Tantas pessoas gostaria de apreciar o espetáculo maravilhoso do sol nascente e são felizes à sua maneira, mesmo não conhecendo a luz.

Como és feliz por ter pernas para se locomover, caminhar livremente; Tantas pessoas gostariam de não depender de outros ou de algo para fazer isto que para você é tão banal.

Como és feliz por ter um trabalho;

Tantas pessoas passam dias e dias atrás de uma oportuinidade e só encontram frustação

Como és feliz por ter voz para falar, aconselhar, dar uma palavra de consolo, ouvidos para ouvir e até mesmo escutar;

Tantas pessoas que nunca ouviram o som da vida e se conhecem a linguagem dos sinais.

Como és feliz por ser capaz de amar, sonhar, chorar, gritar, sofrer e tudo que a vida pode oferecer.

É! Você é feliz e não sabia.

Quando se sentir infeliz, visite um hospital, orfanato, asilo, prisão e assim saberá dar valor às pequenas coisas da vida que nos fazem realmente FELIZES.

Foto de Rafas

Um dia..

Um dia...
É um tanto quanto engraçado, mas "um dia" a gente aprende o valor daquilo que poderíamos ter feito, o significado daquilo que por circunstâncias ignoramos, e a importância daquilo que perdemos.
Um dia talvez a gente descubra que evitando as coisas nos tornamos imunes a elas, e encarando-as talvez simplesmente nos decepcionemos.
Um dia, quem sabe, consigamos realmente ao invés de tentar compreender, apenas aceitar as pessoas como elas realmente são.
Um dia, pode ser que entendamos o porque nunca sabemos realmente se as coisas são boas ou ruins, e quem sabe ate entenderemos o porque na oportunidade de tentar acertar ou descobrir o caminho certo, sempre vamos parar em “lugares errados”, errados não por serem incertos, talvez por não serem devidamente compreendidos.
Afinal... O amanhã é simplesmente incerto demais, isso, quando ele chega!

Foto de Joaninhavoa

UM POUCO DE MIM...

*
UM POUCO DE MIM...
*
Ofereço-vos...

Meus poemas falam de mim de ti de nós
do mundo e dos que dele fazem parte
Falam um pouco de tudo à nossa volta
Enfim! Falam do mundo que nos rodeia

E os versos saíem-me das entranhas
Alguns são frutos dos momentos
de boa disposição...
Sou risota por natureza
Peço-vos! Não me levem a mal

Tenho um sentido aguçado
Capto com um olhar um sentir
O valor intrínseco...
Do que ainda vale a pena
Garanto! Não é para me enaltecer...

Mas separo o trigo do joio
A seu tempo! Forma discreta
Às vezes pode até nem parecer
Emíscuo-me...
E sem ser nem querer ser juíz
Faço juízo de valores
Deixando sempre margens
Para possíveis mudanças
O que raramente acontece...

Não desisto em vão
Nem que me prejudique
Só se eu achar que minha hora
Chegou! E depois...

Joaninhavoa
(helenafarias)
22/02/2009

Foto de Cretchu

JOVEM E BELA COMO SEMPRE

Dedicado a J.
Sempre me ensinaram que anjos têm asas, mas agora sei que isto não é verdade. Anjos também sofrem acidentes, caem e se machucam. Mas eu sei que você vai superar tudo isto, minha querida, e voltar a pisar com seus lindos pés este chão que é abençoado com seus passos.

- Mais alguma coisa, Barão?
Respondi negativamente, com um gesto. Pedro, meu mordomo de tantos anos pegou suas malas e saiu da mansão vazia. Olhei para aquelas paredes que antes estavam tão repletas de quadros, aqueles cômodos outrora adornados por móveis caros... Agora vazios. A mansão, herança de meus antepassados que agora pertencia a outra família, novos ricos que investiam nessas velhas mansões que resistiam ao tempo, à especulação, fomentavam sonhos e sofriam com o alto valor do IPTU.
Além do mais, minha antiga mansão precisava de empregados, e eu já não podia mais contratá-los. Aos 98 anos, só me restava partir como fizera Pedro. Mas a partida de Pedro tinha um destino traçado por sua aposentadoria. Quanto a mim, iria me aposentar da vida. Aproximei-me da janela e vi o mar lá embaixo. Uma linda vista para a praia particular que já não me encantava como antes, em minha infância e juventude. Em minha juventude antes de encontrá-la.
Sim, antes de encontrá-la. Foi um único encontro, e desde então eu quero que ele se repita. Ela me prometeu que viria me buscar, e cá estou esperando. Por isso, deixo a mansão e vou até a praia. A lua se reflete nas águas escuras do mar que, revolto, se choca contra a areia. Deito-me distante, recostado numa pedra, triste porque sei que ela não virá. Prometeu que viria me buscar, mas minha esperança de que sua promessa iria se cumprir, é em vão. Qual a razão de tornar a ver este velho, ela que está tão jovem e linda como antes? Sim, como naquela época...
Eu tinha vinte anos, naquela época, e estava no Rio de Janeiro, participando de um réveillon e gastando em demasia a fortuna de meus pais, como sempre fazia. O baile no grande hotel estava animado, com figuras de escol, todos bem vestidos. Lindas damas, gentis cavalheiros, nobres decadentes, empresários espertos, políticos corruptos, agiotas rapaces, toda a elite brasileira e estrangeira se encontrava comemorando a passagem de ano. Eu já havia beijado e agarrado em segredo mulheres casadas, solteiras, viúvas, desquitadas, ou seja, tudo aquilo que é permitido a um descendente direto dos primeiros colonizadores da nação.
Uma donzela, filha de paulistas produtores de café, flertava comigo a todo instante. Esperei a hora certa de agir. Quando a moça olhou para mim e se dirigiu ao corredor que, naquele momento estava deserto já que todos se reuniam como gado nos últimos minutos do ano velho, percebi que deveria agir. Eu a segui com dificuldade, abrindo caminho entre a multidão de felizes e embriagados foliões. Já a perdera de vista e temi que não a encontrasse mais. Finalmente consegui ter acesso ao corredor, mas não a vi. Andei lentamente pelo corredor, sem ver a donzela. No caminho, encontrei seu lenço caído no chão. Percebi que uma surpresa não muito agradável poderia estar à espreita. Dei mais alguns passos, quando ouvi um gemido vindo atrás de uma das portas fechadas. Auscultei com atenção. Uma voz feminina tentava gritar por socorro, mas estava muito fraca. Tomei coragem e empurrei a porta, conseguindo abri-la.
A donzela estava desfalecida nos braços de uma garota vestida de negro. Fiquei estupefato, a princípio, mas depois fui tomado pelo horror. Do pescoço da donzela jorrava sangue, sua jugular fora atingida por algum objeto cortante. Então, com maior horror, notei que o corte partira dos dentes da outra garota. Recuei alguns passos. A garota largou o corpo da donzela, que tombou ao chão, e literalmente voou até mim. Caí para trás, ao chão, quando a garota me pegou pelo pescoço com a mão direita, enquanto sua mão esquerda amparou minha cabeça ao segurar minha nuca. Fiquei estendido no chão do corredor, com a garota sobre mim.
Foi assim que eu a conheci há mais de setenta anos. Ela me olhou profundamente. Seu corpo era esguio, ágil e leve. Sua pele morena e suave, as mãos, que seguravam meu pescoço e minha nuca, firmes. Os braços compridos e fortes. As pernas também fortes, as ancas discretas. Cabelos curtos e castanhos. Os pequenos seios comprimiam meu peito. Olhei diretamente em seus olhos. Eram negros como a noite. Nunca havia visto olhos de um tão belo negror. De sua boca, onde dentes alvos e perfeitos sorriam ironicamente para mim, exalava um aroma de morangos silvestres. Seu corpo tinha o cheiro do mato molhado que, na fazenda de meu pai, tanto alimentava meus sonhos infantis.
- Vale a pena deixar que você morra em meus braços? ela me perguntou com sua voz grave, mas com uma docilidade infantil.
Eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Fiquei extasiado com a beleza daquele ser misterioso. Ela me largou e se ergueu agilmente. Levantei-me também e, num gesto ousado, segurei-a pelo braço.
- Quem é você? consegui perguntar.
Ela me olhou como um felino. Desvencilhou-se de mim, mas eu tornei a segurá-la.
- Me solte! ela ordenou.
- Então, me diga quem você é. insisti, largando seu braço. Ela caminhou até a janela, e eu pensei que iria fugir. – Por favor. pedi. – Me diga quem você é.
Ela tornou a me olhar, veio até mim e me abraçou. Disse-me:
- Sua vida não existe. O que você faz é arrastar-se por este mundo ilusório. Mas você pode viver novamente.
Neste momento, ela me deu um beijo ardente no rosto e depois na boca. Apertei-a fortemente. Nunca tinha sido beijado daquela forma. Foguetes estouraram, gritos animados explodiram, pois chegara o novo ano. Não sei quanto tempo se passou, mas ouvi que algumas pessoas estavam vindo ao nosso encontro. Ela abriu os olhos negros. Quando nossos corpos se separaram, ela tornou a caminhar até a janela.
- Não vá. tornei. Apontei para o cadáver da donzela, estendido no outro cômodo. – Eu posso dar um jeito nisso.
Ela sorriu para mim.
- Você está tão morto quanto ela. disse. – Mas você pode viver novamente. E quando for morrer de verdade, virei te buscar.
Terminando de dizer estar palavras, saltou pela janela. Fiquei desesperado, imaginando que se suicidara. Estávamos quase no terraço do grande hotel. Mas, quando cheguei à janela, eu a vi voando... Sim, voando ela fez um rápido vôo contra a claridade da lua e desapareceu no manto da noite.
Gritos me despertaram de meu torpor. Acharam o corpo da donzela, as pessoas outrora alegres pela chegada do novo ano, estavam aterradas. Fui forçado a responder uma série de perguntas. Fui conduzido à delegacia, tive que lá voltar várias vezes, mas após algumas semanas minha inocência foi comprovada e me deixaram em paz.
Assim me lembrei das palavras de minha amada. Eu estava morto sim, pois tinha uma vida dependente dos sucessos de meus pais. Mas poderia viver novamente. E assim terminei meus estudos, formei-me, fui dar aula de filosofia num seminário e depois numa faculdade que acabou sendo incorporada, posteriormente, a uma universidade federal. Casei e tive filhos. Viajei pelo mundo. Mas meu único objetivo era reencontrar aquela garota. O tempo ia passando para mim, deixando suas marcas. Herdei uma fortuna de meus pais. Fiquei viúvo aos 59 anos. Quando ultrapassei os setenta anos doei meus bens a meus filhos, à exceção da mansão onde vivia, buscando evitar para eles o martírio de um inventário.
Estava me acabando, e não a via mais. Sempre olhava para a lua, sabendo que em algum lugar deste mundo ela voava contra sua claridade. Sabia que ela era a personificação do amor, mesmo sendo uma criatura sombria. Eu a amava mais do que tudo. O que importa se era um ser noturno? Ora, a claridade da lua só pode ser vista à noite, mas ela pertence ao sol que lança seus raios luminosos contra este frio satélite. E esta claridade lunar inspira histórias de amor e, claro, de lobisomens. De seres perdidos como eu. Eu estava perdido sim, pois minha vida, embora recuperada, não era completa sem aquela garota que eu encontrara há tantos anos.
Dissera para mim que viria me buscar quando eu fosse morrer de verdade. Por isso estou nesta praia. Já não tenho mais nada. Como eu disse, doei meus bens para meus filhos, exceto a mansão onde vivia, mas que agora eu a havia vendido porque não poderia levá-la para o túmulo, e depositara o dinheiro na conta bancária de meus netos. Dispensara os empregados, após lhes arrumar colocação em outras casas e empresas. Meu mordomo Pedro conseguira se aposentar. Tudo estava em ordem, mas eu não conseguia morrer assim, feliz, já que esperava por ela e ela não vinha.
Aqui estou olhando as vagas do mar que choca contra a areia da praia. Não me incomoda a pedra sobre a qual estou recostado, pois minha dor pela saudade é maior do que a dor que a pedra impinge a este corpo de velho. A lua está lá, como sempre, iluminada pelo sol. O mar negro se agita. E eu aqui, sozinho, sabendo que minha hora chegou, mas a promessa dela não será cumprida.
Neste momento de desespero, desesperança e descrença, sinto um toque de uma forte mão em meu ombro. Ergo os olhos e a vejo, jovem e linda como antes. Sorri para mim, seus olhos negros brilham em contraste com a lua.
- Eu não disse que viria? ela diz.
Sim, neste momento único ela cumpriu o que dissera no dia em que eu encontrei o verdadeiro amor. E agora posso também cumprir meu destino, tão diferente do dela que é viver para sempre, mas o cumprirei em seus braços. Sua mão roça meu ombro, e ela, ao voltar, me deu a paz.

Foto de ALTOLIVER

ILUDÍVEL AMOR...

Um dia, um marco...Um AMOR!!!

Sorrateiramente num céu enegrecido pela penumbra noturna, onde as estrelas se mostram ariscas bandeando-se ora lá, ora cá...
Confunde-se com as estrelas cadentes que outrora guiaram os viajantes do deserto e os levavam ao seu destino, mesmo que estes, não soubessem qual era ele.
Sempre tardio vinha o sono e fazia este viajante adormecer no limite de suas forças, mas que jamais caíra frente aos seus inimigos, antes ficava camuflado sob as areias quentes daquela noite gelada.
Enquanto o betume da noite perdura no horizonte, seus olhos fitos ao firmamento em busca da mais brilhante luz, a luz que um dia fez-se presente em teu sonho e tu não acreditaste.
Mas, como aquele sonhador que nas noites de luar prateado, viajava em teus sonhos com seu cavalo alado, este sonhador jamais morreu, mais ainda, se mostrou vivo e palpável dentre as imagens que vagam em teu pensamento.
Ora, meu sonhador viajante, já enfrentou tantos perigos nesta tua jornada e sobreviveste a todos, não será esta chuva delicada e sutil que em teus olhos marejam, que serão fato concreto a ponto de cegar-te e imobilzar-te.
Mais ainda é tua força e fortalecida fica quando sai do teu abrigo e te faz altivo, sendo que em tua altivez demonstram em tua simplicidade a perspicácia e vontade de chegar mais rápido ao teu objetivo...
O betume negro da noite se desfaz pouco a pouco sem que precisemos agir coercitivamente ou levianamente, a fim de, nada colocar em risco de perder definitivamente os nossos sonhos.
A aurora já desponta e com ela o aroma do campo em que, alguém já veio à sua frente e cuidadosamente combinou-os criando um perfume inigualável ao que por toda sua vida tem usufruído.
Quando a luz do sol entrou pela janela do céu e por entre as nuvens pôde penetrar em ti, despertando e sentindo em tua cama que ao teu lado já não estava teu iludível amado!
Por um instante quis chorar, achou tudo estar perdido, porém mal sabia que tudo era um recomeço, tudo tinha de ser novo em você...
O teu verdadeiro amado ali estava, embora não pudesse vê-lo, afagava teus cabelos com a brisa suave daquele vento inquieto, também soprava silenciosamente aos teus ouvidos uma declaração de Amor...
Sem que perceba, já não mais sente a falta daquele que sempre esteve ali, presente em matéria, mas que em nenhum momento conseguiu abstrair-se, para que, como a natureza em sua sutileza a fizesse sentir o êxtase de um orgasmo de amor!!!
Aquele mesmo vento o levou para distante de ti, não se insere mais no contexto de tua harmonia, assim como aquele quebra-cabeça que se perder uma peça, todo ele perde o valor. Não deves temer em que a não existência dele, a aflija e a descompasse...é apenas um sonho desfeito, é apenas um erro corrigido pela própria natureza...
Foi um momento, um tempo, uma página em branco que o livro da tua vida carrega, e que nesse alvorecer, neste amanhecer, este vento venha a virar esta página em branco e delicadamente, como um pirógrafo na mão do artesão, começaremos a preencher novamente, sob a égide de um novo amor, as palavras do teu sonho e da tua realidade desde hoje e sempre, o que passou foi apenas um dia, apenas um marco no passado!

Altair Oliveira

Foto de Edevânio

UM NOVO MUNDO NO CAMINHO DAS ÍNDIAS

Edevânio Francisconi Arceno

AUPEX-UNIASSELVI

Estamos impressionados com os avanços tecnológicos, então indagamos onde o Homem vai parar? Acreditamos que a pergunta razoável seria: Onde o Homem quer parar? Dizemos isso porque cada dia mais limites são superados e quem afirmar categoricamente que a morte é o limite para o Homem, corre o risco mais tarde ser reconhecido como o Idiota que limitou a Humanidade. Entenderemos melhor estas afirmações se voltarmos no tempo para analisar as atitudes e estratégias adotadas pelo Homem diante das adversidades.

A convivência em grupo nasceu da necessidade de proteção, em virtude dos predadores. Através desta relação em sociedade, compreenderam que a união não só poderia deixá-los mais fortes tanto para defender-se como para atacar, tornando-se assim também predadores. Quando o Homem conseguiu impor sua superioridade diante das demais espécies, sentiu necessidade da disputa entre si, para descobrir quem é mais sábio ou forte. Desde então a força e o intelecto vem ditando regras entre a humanidade, no intuito de descobrir quem é o mais poderoso. Com o advento da escrita, todas as estratégias adotadas pelo intelecto e as proezas realizadas através da força, foram sendo registradas, propiciando ao Homem, aquilo que conceituamos progresso.

O Homem se organizou em Estado, após viver anos como sociedade tribal, ainda que existam sociedades tribais semelhantes, o Homem evoluiu, e quando a extensão territorial tentou-lhe impor limites, ele se lançou ao mar. Não demorou muito para perceber que o mar era uma grande oportunidade de ampliar seus poderes, com terras e povos a serem conquistados.

Deste modo os Fenícios, iniciaram aquilo que seria denominado de “Comércio Marítimo”. Segundo a Ilíada de Homero, as rotas comerciais do mediterrâneo foi o verdadeiro motivo de Agamenon ter unido toda a Grécia para lutar contra Tróia do rei Príamo, e não a desonra de Menelau, em virtude da paixão “avassaladora” de Paris e Helena. Por que tanto interesse de Agamenon e tantos outros, em monopolizar as navegações? A resposta parece obvia! Poder, isto mesmo, quem dominasse os mares e as rotas comerciais teriam mais poder sobre os demais. A soberania grega não levaria muito tempo, pois como todo império que se levanta, um dia cai, e assim tem sido durante toda a História.

No período medieval, outros povos dominariam o mediterrâneo, mas nenhum foi tão importante quanto às cidades italianas de Veneza e Gênova, que se transformaram nos centros comerciais mais ricos da Europa. Serviam de ponte entre os consumidores ocidentais e os produtores do oriente. Em virtude dos impostos aduaneiros, as mercadorias eram acrescidas de muitos juros. Depois da tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos, sérias restrições foram impostas ao comércio no mediterrâneo, o que fez encarecer ainda mais as mercadorias. Para uma Europa Feudal, em fase de transição, a situação ficou calamitosa, em virtude da escassez do ouro e demais metais preciosos, o que dificultou ainda mais o comércio. A única alternativa era tentar uma rota comercial alternativa. Mas quem poderia aventurar-se em busca de uma nova rota em meio ao caos urbano, escassez de moedas, êxodo rural e uma eterna queda de braço entre nobres e burgueses?

Este era o Cenário em quase toda a Europa, com exceção de um pequeno país banhado pelo oceano atlântico, que recentemente havia conquistado sua independência e a consolidando com a histórica “Revolução de Avis”, que conduziu ao trono de Portugal D. João I. Este governante conseguiu unir os interesses dos Burgueses e a maioria dos nobres, com total apoio do povo. Isto fez de Portugal, o primeiro Estado nacional da Europa, dando-lhe estabilidade política e econômica necessária para dar inicio a Expansão Marítima, em busca de uma rota alternativa rumo às Índias.

O pioneirismo em navegar em mares nunca d’antes navegados, era antes de tudo uma prova de coragem e do espírito aventureiro deste povo.Pois a navegação em águas desconhecidas eram povoadas de crenças e lendas medievais sobre fabulosos monstros marinhos.Além disto, haviam registros escritos pelo navegador italiano Marco Pólo, com histórias e personagens pra lá de fantásticos. D. Henrique, o terceiro filho de D. João I, fundou a “Escola de Sagres”, onde reuniu a experiência marítima italiana, a ciência herdada dos árabes ao espírito aventureiro do povo português. A primeira investida Lusitana foi à conquista de Ceuta, cidade do norte da África, que era uma importante rota comercial, que mais tarde perdeu seu valor, em virtude da mudança de rota por parte das caravanas árabes.

Depois de Ceuta, foi a vez da Ilha da madeira, em seguida o arquipélago de Açores, e a cada expedição, mais informações eram mapeadas. Após várias tentativas, o navegador Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador, um obstáculo à pretensão portuguesa de chegar às Índias. Junto com a gloriosa vitória pelo seu feito, Gil Eanes desembarca em Portugal com a embarcação cheia de negros, para serem vendidos como escravos, tornando-se uma mercadoria muito lucrativa.

Bartolomeu Dias traz para Portugal, a travessia do Cabo da Tormenta, que para o Rei, nada mais é que a Boa Esperança, de que a Índia está próxima. Instituindo Feitorias e demarcando o litoral africano para a glória de Portugal, Vasco da Gama chega com sua expedição a Calicute. Apesar de não ter êxito no contato diplomático com o Rajá (Governante) daquela cidade Indiana, Vasco da Gama oficializa a abertura de uma rota alternativa às Especiarias. Veja a narração de um trecho do poema “Os Lusíadas”, de Camões ao avistar Calicute:

Já a manhã clara dava nos outeiros
Por onde o Ganges murmurando soa,
Quando da celsa gávea os marinheiros
Enxergavam terra alta, pela proa.
Já fora de tormentas e dos primeiros
Mares, o temor vão do peito voa.
Disse alegre o piloto melindano:
-Terra é de Calicute, se não me engano;
(RODRIGUE, apud Camões. p.103)

Nos relatos registrados no diário de bordo, Vasco da Gama faz menção de que ao afastar-se da costa africana em direção ao leste, percebeu a presença de aves, o que dava indícios da existência de terra não distante dali. (SOUZA; SAYÃO, apud Bueno, p.26)

No dia 08 de março de 1500, a maior e mais poderosa frota de Portugal, comandada pelo jovem fidalgo Pedro Álvares Cabral, composta por mais de 1.500 homens distribuídos nas dez naus e três caravelas, saiu em direção à Índia. Cabral afastou-se em direção leste da rota demarcada por Vasco da Gama. A mudança de itinerário causa polêmica até hoje, afinal, esta mudança foi proposital ou casual? Se foi prevista ou não, se houve tempestade ou não, estas respostas ficaram para sempre no campo das especulações, até que o Homem crie uma “Máquina do Tempo”e retorne até 22 de abril de 1500, dia que Cabral avista a Ilha de Vera Cruz, o nosso Brasil! Dez dias depois, ele retoma sua rota para a Índia, onde fez acordos comerciais muito lucrativos para Portugal e o Mundo.

Logo o pioneirismo português, faria seguidores. Os Espanhóis chegaram a América, sob o comando de Cristóvão Colombo, pois assim como Vasco da Gama, procurava um caminho alternativo para as Índias. Em seguida foram os Ingleses, Franceses, Flamengos e Holandeses. Ao dominar águas estranhas surgiram novas terras, que também foram dominadas, muitos mitos foram colocados abaixo e um novo mundo se formou.

Há muitas terras ainda a serem conquistadas, afinal a nossa Via Láctea, é apenas uma entre muitas, há ainda vários planetas a serem explorados e também novos povos ou seres a serem encontrados. Analisando o retrospecto do Homem, você dúvida que isto acontecerá?

REFERÊNCIAS

RODRIGUE, Joelza Ester. A História em Documento. 6ª Série. São Paulo. Ftd, 2006.

SOUZA, Evandro André; SAYÃO Thiago Juliano. História do Brasil Colonial. Indaial: ASSELVI, 2007.

Foto de Caroline PereiraCorrêa

Hoje é um dia Especial!

Hoje é um dia Especial!

Apenas um desses momentos em que pensei em alguém Especial,
Então resolvi escrever e dizer o quanto Tu és Especial;
Conhecer-te foi um presente dos deuses;
Você me fez uma pessoa melhor.

Você me ensinou a amar, a perdoa a me valorizar,
Você me trouxe Paz, alegria e me mostrou o quanto é belo amar,
Você me faz Feliz, mostrou-me a beleza de seu olhar,
Por estas e tantas outras razões, que hoje é um dia Especial.

A beleza está em transformar o ser que há em você,
Contemplar a luz do sol, que nos ilumina,
O vento que nos toca devagarinho em nosso rosto,
Viu como mesmo não me conhecendo profundamente me mudaste,
É realmente hoje é um dia Especial!

O amor é assim nos mostra o quão belo é amar,
Nossos dia se tornam felizes....
Tem um sabor diferente,
Exala o perfume da flor,
E exprimi o perfume do amor.

Hoje é um dia Especial!
Descobrir o valor de um garnde amor,
Amor este que embriaga,
Contagia, ilumina,
Que dá vida em Plenitude.

Hoje é um dia Especial.... muito Especial,
Pois você é o único e sublime amor que tenho,
E carrego em meu peito,
Deus me deu a oportunidade de conhecê-lo,
Jamais pude imaginar o quão belo é amar.
Hojé é um dia Especial.

O segredo de amar;
É quando você encontra várias razões ao dia;
Pra dizer que hojé é um dia Especial;
Que o amor é o único sentimento,
Que enobrece o ser.

Autoria: Caroline Pereira Corrêa

Foto de Rosinéri

SOMOS MARIONETES

Se por um instante Deus se esquecesse
que eu sou uma marionete de trapo,
E me presenteasse com um pedaço de vida,
Talvez eu não diria tudo o que penso,
Mas pensaria em tudo o que digo.
Desse jeito eu não sofreria tanto
por palavras ditas erradas.

Daria valor às coisas, não pelo valor,
Mas pelo que significam.
Dormiria menos e sonharia mais,
Entenderia que cada minuto que fechamos os olhos,
Perdemos sessenta segundos de luz, de vida.

Andaria quando os demais param,
Despertaria quando os demais dormem,
Escutaria enquanto os outros falam, e
Desfrutaria de um bom sorvete de chocolate,
humm delicia...

Se Deus me desse um pedaço de vida,
Me vestiria com simplicidade,
Me atiraria de bruços ao sol,
Deixando descoberto, meu corpo,
E também minha alma,
Aqueceria meu corpo de trapo.

Se eu tivesse um coração....
Escreveria meu ódio sobre o gelo,
E esperaria que saísse o sol
para derreter e levá-lo embora.

Pintaria com um sonho um quadro
Sobre as estrelas um poema
E uma canção de serenata
Que ofereceria à lua e as estrelas.

Regaria as rosas, com minhas lágrimas
Para sentir a dor de seus espinhos,
A suavidade do beijo de suas pétalas
E a fragancia de seu perfume...

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida...
Não deixaria passar um só dia
Sem dizer à todos que eu os quero
Convenceria a cada mulher e homem
De que são meus favoritos e viveria enamorado do amor.

Aos homens provaria quão equivocados estão ao pensar
Que deixam de amar quando envelhecem,
Sem saber que envelhecem
Quando deixam de se amar.

A uma criança daria asas, mas deixaria
Que ela aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos, ensinaria que a morte
Não chega com a velhice, mas com o esquecimento.

Tantas coisas aprendi sendo uma marionete....
Aprendi que o mundo todo quer viver no alto da montanha,
Sem saber que a verdadeira felicidade está
Na forma de subir a escarpa
no esforço de alcançar o topo.

Aprendi que quando um recém-nascido
Aperta com seu pequeno polegar pela primeira
Vez o dedo de seu pai,
O tem amarrado para sempre.

Aprendi que um homem tem o direito de olhar
Outro homem por alto ,
Só quando o tiver ajudado a se levantar.

São tantas coisas as que pude aprender,
Mas muito não poderá me servir
Porque quando me guardam dentro desta maleta,
Infelizmente estou morrendo
vida só tenho quando estou nas mãos
que me conduzem...

Foto de betatattoo

Segurança

Às vezes me pergunto, se de fato devemos acreditar em tudo que nos é dito.
Mesmo que sentem à nossa frente olhe em nossos olhos, pq sempre parece que as pessoas não agem conforme suas palavras?
Ainda acho que a melhor forma de se expressar sentimentos é em atitudes, palavras são boas claro de serem ouvidas, quem não gosta de uma palavra de carinho?...Mas atitudes que fazem de fato essas palavras terem valor.
Será insegurança o que sinto?
Ou deixei de confiar em sentimentos mesmo?
O que sei é que preciso de mais do que palavras para me provarem algo realmente concreto.
Ver para crer...

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A ALMA E FORÇA DA MULHER

A ALMA E FORÇA DA MULHER

Seria muita pretensão de minha parte subestimar
A ousadia dos teus lábios,
Seria de uma tamanha inoperância
Desvendar os teus pensamentos,
A formosura do teu rosto assusta
Porém meu sentimento auspicioso toma conta de mim,
Não me dou por conta quando meu jeito sacárstico de agir
Zomba dos meus sentimentos;
Nem quando meus pensamentos deixam-se
Extravasar pela transparência de meus atos,
Perder-me na mais vislumbrante beleza
Que teu peito oferece, enriqueceria meu rubor,
Aquele na qual penetrar no intimo da alma de uma mulher
Poderá descobrir na impaciência do seu pulso firme,
E na impetuosidade descontraída do seu jeito de olhar
Estará escondido um tesouro de inigualável valor,
O coração é um barco que leva o homem a navegar
Pelas veias da perdição, onde naufraga no anonimato,
Fazendo o afogar em sua própria dor...
Mesmo dotado de uma experiência que a vida me valeu
Não consigo desvendar a volubilidade do pensamento
Maduro e abstrato que oferece os lábios de uma mulher,
Quantos buscam sorrir ocultando no intimo de seu ego
E acabaram derrotados pela oscilação de sussurros descuidados,
Nas palavras de uma mulher encontrei um convite
No toque dos teus dedos a chave e diante de seus olhos,
Estão as portas da imaginação, as escassezes do desejo,
A enigmática magia de viajar na mais pura sensibilidade
Sinta-se em seus braços, e repouse no acalento de seus seios...
E deixe que ávida lhe pregue um capitulo em sua história,
Portanto não se engane, tens o poder de tocar o seu corpo...
Conduzi-la a um ato pecaminoso, controlar parte de seus sentimentos...
Até mesmo encantá-la por um momento,
Portanto não se engane outra vez, ninguém tem sabedoria o bastante...
A ponto de conhecer o coração e alma de uma mulher.

Uma justa Homenagem a Você Mulher.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Junho de 2001 no dia 19
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