Veneno

Foto de Gaivota

* EXPLODA E CHORE NO DESERTO DO MAR *

*
*
*

Exploda, palavra obscena,
grito inválido,
dor de vísceras sem compaixão.
Exploda e não peça perdão.

Saia à rua,
pise a grama,
calce o jardim
morto de flores..

Aporte ao mar,
arranque a camisa até rasgar
e não deixe que te queimem os dedos.

Exploda,
cate pedaços da alma dilacerada,
monte palavras vomitadas
de teu coração carcomido.
Pinga a dor do sangue
em conta gotas interminável.

Vá a calçada,
cimento duro,
desenhe o céu
azul veneno,
e pinte, pinte
com dedos carmim,
toda angustia
que carrega existência.

Depois sente, caia em prantos
e chore no deserto do mar,
todo desejo,
jogando o beijo,
que na flor
irá pousar!

RJ – 19/08/2006
** Gaivota **

Para filósofos humanos,

*
*

Foto de angela lugo

Flecha certeira

Você foi a flecha certeira
que acertou em cheio
este meu pobre coração

Não adianta te perguntar
onde andou a me procurar
quando chegou logo tocou

Com estes teus olhos verdes
que como uma serpente
tão logo me hipnotizou

Lançou este teu veneno
em minhas tenras veias
que rapidamente andou

Mergulhou no vermelho
deste corpo derradeiro
que aqui te esperou...

Foto de Durval

Declaração para Aline

Não sei como começar mas falarei o que meu coação permitir, não conseguirei falar tudo uma pequena parte do que sinto falarei Aline sei que começou mas com certeza não tera fim o que sinto por você, foi com apenas uma chanse de mudar seu sentimentos que tudo começou e não terá fim, as vezes penso que você vai sumir de um hora pra outra, por ser algo tão bom na minha vida, nunca soube que era poeta quando apereceu em minha vida descobri esse novo dom pois você é a minha inspiração, já não sou dono do meu coração nem das minhas ações, como as estrelas me ilumina sua beleza me fascina, consigo pensar mas em você do que em mim, não há presente maior no mundo do que contemplar o seu sorrisso e atraves dele se encontrar num paraiso e ter a certeza de que sem você não vivo, algumas vezes falo serio contigo mas não é porque não te amo mas porque te amando mais ainda me sentiria culpado se te acontecer alguma coisa, amo seus beijos o qual me tras o desejo de te amar mais e mais, minha morena tu com esse olhar encantador que me envenena com esse veneno o qual corre em minhas veias chamado amor que unica cura é você. a distancia maltrata meu coração com isso aumenta mais vontade de está contigo pode está longe dos olhos mas jamais do coração, minha princesa queria escrever na areia o que sinto por você e no ceú o que não pode ser explica esse sentimento chamado amor que antigamente tinha quatro letra agora tem cinco (Aline).
TE AMO minha linda namorada, futura noiva e um dia esposa...

Foto de NewBeginning2006

Não só tocar...

Não quero só tocar...
Quero também sentir
o seu cheiro,
o calor do seu beijo,
o seu corpo tremer...

Não quero só roubar...
Quero também entregar
o meu prazer,
o meu ser,
o meu corpo de tesão a gemer...

Não quero só cobrir...
Quero também despir
todos os sentimentos,
todos os momentos,
e libertar as sensações...

Não quero só trazer...
Quero também levar
o seu veneno sem antídoto,
o seu tesão bendito,
o gosto do seu sexo...

Pois também preciso...
do meu coração acelerado,
do meu corpo embriagado,
da presença de você.

Foto de M.Veríssimo

Viagem de Veludo

Lambo-te os seios, redondos, intumescidos…
muito lentamente passeio neles,
avidamente minha língua viaja
entre os montes e vales
da tua pele suave, aveludada…
sinto os teus pelos,
apaixonadamente eriçados,
excitantemente macios,
saboreio-te…
o sal dos teus poros
agride-me docemente
o paladar…!
Desço a zonas proibidas,
quentes, prometedoras…
suavemente provo-as…
chupo a pequena esfera,
que se abre em prazer,
gineceu latejante na corola viva
da tua flor agreste, cheirosa,
imaculada…
bebo o néctar gotejante,
doce veneno destilado
em ti que me sacia,
receptáculo da minha luz,
da vida que te ofereço,
da vida que me ofereces.

Foto de Graça-da-Praia-das-Flechas

in dog position...

...de ti não me canso
me fazes criança
ao subir em teu colo
em teu rijo me atolo
cravas teus dentes
em minhas carnes frementes
teu talo eu sinto
em tesão infindo
quando ao chão me derrubas
me mordes na nuca
para em dog eu ficar
sinto-me então
tua movie star
vejo teu grosso
ficando guloso
no atrás me engolindo
meu grito vem vindo
bebas do próprio veneno
escorrendo entre minhas coxas
quando por fim te cansas
de bailar minhas danças
soltas impropérios
que queres meus orifícios vadios
sou tua cachorra no cio
em ti provoco arrepios
quando com tua língua de dragão
desejas penetrar em todos os meus vãos
introduzas teu gostoso
vai sem pressa
escorrega
me sintas
sou aveludada
em óleos perfumada
por ti estou aberta
na posição que tu mais gostas
vem, meu alazão
me cubras de novo pelas costas...

direitos autorais reservados ®
*** campanha pelos direitos autorais
na internet ***
niterói-rj

Foto de MIRZA

À espera do fim

Cada parte de mim é dor, cada parte de mim é lamento
A angústia me toma por refém, ameaçando minha lucidez
Cada parte do meu ser é você, causa mor do meu sofrimento
As horas passam e me reduzo a nada no todo de sua ausência
Tomei consciência do fim, agora sei que não tem mais volta
Sou obrigada a matar meus sonhos, te tirar da minha mente
Acabar com mais da metade de mim que é toda você
Sepultar para sempre esse relacionamento intermitente
Partir do princípio de que agora tudo acabou
Tolo coração, que se entrega e acredita! Merece a desilusão!
Sangrará sua dor sozinho, sem amparo e sem ninguém
Morrerá em meu peito ao provar o veneno da decepção
Pagará o preço alto (e justo!) por amar o impossível
Retorno ao abandono,a luz no fim do túnel se apagou...
O breu me envolve, fez-se noite eterna em meu viver
Suplico aos deuses que me levem e acabem com essa dor
Trancada em meu quarto procuro a paz que não tenho
Sonhei demais e perdi minha vida em busca do amor
Hoje meu caminho não me leva a lugar algum
E nada quero além de você... nada espero além do fim

Foto de Ricky Bar

Brincando Com a Lua

Lua de lindos lábios,
Luar tênue de Luz, brilho cristais,
Tempo desejado, de palavras
Fantasias, magias Lunares casuais.

Tão bela e sensata, tímida, recatada
Carícias sem abraços, abusados aos montes
Dores de belas canções, "você é linda..."
Beijo, sensações, escaladas, en-cantadas.

Venerar-te é fácil lua
Como uma flor se abre,
Luar, lábios abertos, em forma
Formatados pra receber
Astro rei, astro sol, alto astral

Picos de rara beleza
Geografia de belos relevos
Planície, planalto, florestas tropicais
Universo paralelo ao seu cometa

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Teu corpo me chama, me envolve, quer prazer !
Aqui na tela, ao vivo, me arrebata os sentidos
são vícios, desejos lúdicos...
fantasias, momentos únicos!
Então vou dispor de você, vou me por em você!
suas mãos caminham em teu corpo..desabotoam os botões
seus toques de fadas, tocam seu corpo, magia, perigo
Quero te olhar, sentir (ver) tua respiração...teu gemido...
Cuidado, 1 milímetro pra se acidentar, se desnudar..
O teu desejo me sucumbir pelo olhar..se entregar, se mostrar
riso e só pulsam, querendo se rasgar !
querendo levar os olhos ao mais puro e belo sonhar!!

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Sem que percebas me aproximo
Sussurrando em beijos nos seus ouvidos...
Meus desejos inconfessos.
Como a língua de uma serpente, desço, em suas curvas apareço
lábios te provando, provocando
teu corpo em êxtase me enfeitiça e domina.
Pede por mais beijos, face, olhos, braços, ombros
Enrosco-me em teu corpo, seu pescoço se entrega, mordo
Carícias beijos, volúpia
te ofereço meus lábios, meu veneno...
teus lábios se servem, se divertem
Minha língua atrevida
Percorre teu corpo, que se abre, se entrega
Teu músculos rígidos tremem, sua pele crispa
Denuncia teu desejo tua entrega, quer mais beijos
E te sugo o corpo, sua costas, seu corpo se curva, pede
Acidente, os montes tenros mostram seus picos rijos
minha boca numa constante brinca, te descobre
Desce pelos ossos, barriga, cintura ventre
Percorro em beijos, coxas, virilha
As montanhas se abrem lua exposta
Se entrega molhada aos meus lábios

Foto de Rolizey

Quarentena

Definha minha alma quando longe de ti, e sentindo-se mergulhada no mar da saudade, torna-se enclausurada nas próprias emoções; em estado febril, sente a inquietude que a interpela pelo silêncio de tua voz, e contaminada por suave veneno que sorveu de teu beijo e sem o conhecimento do antídoto necessário, segue numa eterna quarentena de amor, e apenas divaga na própria lembrança no anseio de sentir-te mais próximo, e cautelosamente, alimenta a saudade através da saudade que teima em sentir, sofre esta alma quando longe de ti, e quando cai a noite, desfruta das ilusões mais íntimas que carrega no peito sofrido, e eleva-se esta alma até os cofins dos céus, buscando encontrar-te dentre as estrelas mais brilhantes para entregar-te um poema de amor. Em vão, esta alma destrincha os limites do horizonte a tua procura, mas como encontrar-te! Se tua luz brilhante me ofusca os olhos da alma que privada da visão não consegue encontrar-te. Desolada, esta alma retorna de sua viagem insólita e solitária, para no leito vazio, alimentar a esperança da saudade que chora.

Foto de vanlor

Decifra-me

Decifra-me

Não venha me falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.

Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.
Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.

Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.

Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.

Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.

Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.
Mudo protagonista,
Nunca a história.

Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.
Sou música,
Ecôo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.
Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.
Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...
Sou cada estação,

No seu apogeu e glória.
Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.
Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.

Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.
Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra,
Chamam-me de AMOR.

(desconheço o autor)

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