Vento

Foto de Rosamares da Maia

Meu amor menino

Meu amor menino

O meu amor é ainda um menino bonito e suave.
Que ri e canta pelas madrugadas de olhos abertos.
Suspira quando a luz desponta anunciando o dia.
Celebra e ama mansamente enquanto amanhece.

O meu amor deita em meus braços dia a fora,
Mas é ele quem me embala, conforta e aquece.
Fala fácil ao meu coração, pois dele tudo conhece.
Seu calor protege minha pele e me afaga a alma.

Meu menino é suave, mas também é homem forte.
Que me trás rosas escondidas no jardim da noite.
Seu coração é pássaro liberto que voa sobre o mar.
Eu sou vela solta ao sol, navegando com o vento sul.

Meu amor tem asas e dentes brancos como pérolas,
Que me sorriem como um presente de pura claridade.
E quando em perigo me perco em sonhos, ele pousa.
Calmamente me desperta e corrigi a rota da realidade.

Foto de Lucianeapv

O QUE SOU DA VIDA

O QUE SOU DA VIDA
(Luciane A. Vieira – 07/10/2013 – 07:44h)

Sou parte deste chão
Que arde infecto...
Profano...
Profundo...
E, ao mesmo tempo,
Fecundo a vida...

Sou parte desta terra...
Natureza vã
Que engole a ferida,
Maltrapilha,
E se permite abrir
Tal qual flor...
Singelamente vazia...

Sou parte deste solo
Que se abre em chamas...
Que tanto amor se planta...
Que tanto coração se espanta...
E se ilude...
E se fere...
E se perde...
E se mata...
E se ganha...
Sou parte daquele tempo
Que sangrou e se calou
Que de gelo e de mágoa
Se fartou do amor...
Aquele amor que não
Viu nascer...
Nem crescer...
Sequer sentiu seu morrer...
E...
Da cicatriz que não sentiu
Arder...
No vento...
No tempo...
Na espera da luz
Que não viu e ali
Se perdeu...

Foto de Rosamares da Maia

Palavras ao Vento

Palavras ao Vento

Nossas palavras são leves, estão soltas ao vento,
Mas, não se enganem, não são tolas, ocas ou vazias.
No seu conteúdo há amor, saudades e até lamentos.
Palavras contam histórias, socializando a memória.

Palavras levitam, dançam como crianças ao vento.
São impressas em folhetins e em cantigas de roda.
E de tudo que contamos um pouco fica no tempo.
Constrói sentidos, desconstrói razões e vira moda.

São ritos, juras, ditos populares - palavras ao vento.
Não como transitórios castelos construídos na areia.
Não, se é responsável e generoso aquele que semeia.

Palavras ao vento são balões de condição libertária,
Desnudam o autor e extraem a essência - poesia na veia.
Palavra é sangue de poeta, transfusão gratuita e solidaria.

Rosamares da Maia

Foto de Lucianeapv

RENASCIMENTO DE FÊNIX

RENASCIMENTO DE FENIX...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Já não entendo mais
A virtude do amor
Pois ele se esvai de repente
Sem deixar, em si,
Algo de bom...
Se instaura a defesa da alma e
A incerteza do destino...
Sou fogo a deixar de arder...
Sou terra e nela mergulho
Minha fera...
Sou ar a bafejar tristezas tais
Que ao vento
Não se desfaz...
Sou lava a escaldar o espírito
E a água a resfriá-la,
Juntamente com a brisa fria
Da noite no deserto...
Enfim: sou Fênix a renascer
Das cinzas de meu
Estranho viver
Onde a violência se instaura
E o medo se perverte...
E a vida pede um novo renascer...
Sem um novo querer...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Foto de Rosamares da Maia

Réquiem a Dom Quixote

Réquiem a Dom Quixote.

Quem és tu Cavaleiro e nobre Senhor?
Sob o manto da triste figura de cavalheiro andante,
Vagas no deserto da razão entre as lufadas do vento,
Combates os gigantes dos moinhos em delírio errante.

Quem és Cide de alma nobre? Que riqueza aspira?
Combates pela prenda de uma formosa dama?
Por ela enlouquecestes em bravatas sem sentido.
E perpetuas histórias de quem sem sentido ama.

Sob a jocosa razão de teu fiel escudeiro fustigas a fera.
Desvario entre sentido e visões dos moinhos de letras.
Ensandecendo enquanto em seu amor reconstrói a glória.
Veste a grotesca armadura e empunha a espada da quimera.

Parte e recompõe a dignidade trazida do baú da memória.
Manda sempre notícias dos feitos e conquistas a tua amada.
De cada um deles lhe dá conta, para que honre a tua vitória.
Pois é ela e somente ela a razão desta tua insensata jornada.

E um dia, finalmente, quando a tua consciência renascer,
Tendo o teu fiel Sancho encarnado a tua triste figura,
Vagando dentre os ventos dos moinhos em trilha inglória.
Deita na tua cama pobre o corpo cansado para morrer

Sobe aos céus no cortejo fúnebre de guerreiros gigantes.
Com todo o coral de mouros e anjos a te reverenciar.
Repousa o teu corpo magro e gasto em carruagem celeste.
Deixa a dama de Toboso te perfumar em branca veste
Pois hoje, finalmente, ela sabe e está pronta para te amar.

05 de setembro de 2013.
Rosamares da Maia

Foto de Danyy Amor Paixao

Obstáculos"

Podem existir mil obstáculos, mas nada fará com que
meu amor por ti morra.
Atravessarei até os maiores mares, mas não existirá água
suficiente que afogue o amor que sinto por você.
Subirei até a montanha mais alta do mundo, só para te ver,
e de lá gritarei seu nome para ver se me ouve, e se me ouvires,
direi uma só frase:
Eu te amo.
E quando o vento passar, levará consigo o que eu disse, e quando
ele soprar em seu ouvido, escutarás junto ao vento:
Eu te amo.
E toda vez que o vento soprar em seu ouvido, não será só apenas
o vento, mas eu dizendo que te amo...

Foto de Rosamares da Maia

Réquiem a Dom Quixote

Réquiem a Dom Quixote.

Quem és tu Cavaleiro e nobre Senhor?
Sob o manto da triste figura de cavalheiro andante,
Vagas no deserto da razão entre as lufadas do vento,
Combates os gigantes dos moinhos em delírio errante.

Quem és Cide de alma nobre? Que riqueza aspira?
Combates pela prenda de uma formosa dama?
Por ela enlouquecestes em bravatas sem sentido.
E perpetuas histórias de quem sem sentido ama.

Sob a jocosa razão de teu fiel escudeiro fustigas a fera.
Desvario entre sentido e visões dos moinhos de letras.
Ensandecendo enquanto em seu amor reconstrói a glória.
Veste a grotesca armadura e empunha a espada da quimera.

Parte e recompõe a dignidade trazida do baú da memória.
Manda sempre notícias dos feitos e conquistas a tua amada.
De cada um deles lhe dá conta, para que honre a tua vitória.
Pois é ela e somente ela a razão desta tua insensata jornada.

E um dia, finalmente, quando a tua consciência renascer,
Tendo o teu fiel Sancho encarnado a tua triste figura,
Vagando dentre os ventos dos moinhos em trilha inglória.
Deita na tua cama pobre o corpo cansado para morrer

Sobe aos céus no cortejo fúnebre de guerreiros gigantes.
Com todo o coral de mouros e anjos a te reverenciar.
Repousa o teu corpo magro e gasto em carruagem celeste.
Deixa a dama de Toboso te perfumar em branca veste
Pois hoje, finalmente, ela sabe e está pronta para te amar.

05 de setembro de 2013.
Rosamares da Maia

Foto de Carmen Lúcia

Pensamento navegante

Navega, pensamento,
cruza os mares,
enfrenta as marés,
acalma a turbulência,
germina os ares
da mais pura essência.
Desperta os sonhos
que geram resplandecência.

Junta-te a eles, percorre a luz
inebria-te da luminosidade.
Perde-te nesse clarão,
fecunda-te de significados,
percorre o infinito
alheio ao sol eclipsado,
ignora a escuridão.
Cresce seguindo sempre
a melhor direção.

Navega, pensamento,
não temas as calmarias.
Insiste em teu intento
mesmo que não haja vento,
ainda que na contramão do tempo.
Iça as velas do teu barco
vive esse momento
peregrino bardo.

És livre, podes seguir em frente,
alcança o teu desejo,
tu, que podes navegar,
busca o teu ensejo,
realiza os sonhos
que eu sempre quis realizar...

Vai, adentra as brumas do oceano,
desvenda-lhe os mistérios,
arranca-lhe os panos,
envereda-te em seus encantos
reais e surreais,
constrói os teus castelos,
povoa-os de ideais
e volta para me buscar.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Semeador

Sou mais um na multidão
e a tudo sou diverso de mim,
mesmo sendo igual a todos,
minhas mudanças não tem fim.
Vivo o hoje e gosto de viver assim,
não abro a porta para o passado,
e o futuro se esconde
atrás de uma cortina de ilusão.
Vivo o presente,
só ele é real,
gosto de ser dissidente,
não quero a vida banal.
Mas o em torno me exige,
tenta transformar minha alma
em lâmina afiada,
implode a minha calma!
Mas luto, reluto,
resisto, persisto...
Há muito tirei a máscara
e sei que o bem
é o caminho da alma.
Semeio o impossível,
semeio versos de fraternidade,
semeio sentimentos,
semeio o coração.
Não sei se o que semeio
cairá em terra fértil
ou morrerá na terra estéril!
Não sei... Não sei...
Mas mesmo que a flor seque,
seu perfume ficará por muito tempo
espalhado por onde semeei.

O vento semeia poeira,
só nós humanos semeamos o bem
e colhemos a paz como
sementes de felicidade!

Foto de Rosamares da Maia

Morte em soneto

Morte em Soneto

No dia em eu tiver que morrer,
Há! Seja breve e inusitado instante,
Pleno, mas de total insignificância.
Em assumida e conspirada ignorância.
Quero morrer como folhas que caem.
Soltas no simples balançar do vento.
Em transformado e útil estado servir.
Tornar-me alimento pra a terra nutrir.
Que morrer seja breve sem lamento.
Desatento como bom e leve perfume.
Nos ares fluir desatinado a me esvair.
E que todo o meu capitular desenlace
De mera rotina da vida não passe.
Como sol que se põe e anuncia o porvir.

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