Vento

Foto de leila lopes

Liberdade

em um domingo ensolarado
sentada na espriguiçadeira
sentindo o sol aquecer minha pele
e o vento acariciar meu rosto
perdida em pensamentos
minha mente me leva a lugares onde ja estive
sinto falta daquele tempo
tempo em que nossos corpos se encontravam
e havia estatica entre eles
sinto falta daquele tempo
tempo em que nossos labios se tocavam
e era como se a delicadeza o entrelaçar das linguas fossem vital para nos
como estar perto sem se beijar
como estar perto sem se tocar
como estar perto sem se olhar nos olhos
não sei viver um amor de mentira
não quero esse amor sem desejo
quero mais
quero mais da vida
quero mais do amor
quero ser amada
quero ser desejada
e se voçê ja não pode sentir esse mesmo desejo
então hoje quero ser livre
livre para poder desfrutar
o que a vida me oferecer
sem culpa, sem medo
vou sair
vou dançar
vou me namorar,
e quando os meus olhos encontrar
outro brilho em outro olhar
vou me permitir ficar nesse olhar
e um recomeço buscar

Foto de leila lopes

Liberdade

em um domingo ensolarado
sentada na espriguiçadeira
sentindo o sol aquecer minha pele
e o vento acariciar meu rosto
perdida em pensamentos
minha mente me leva a lugares onde ja estive
sinto falta daquele tempo
tempo em que nossos corpos se encontravam
e havia estatica entre eles
sinto falta daquele tempo
tempo em que nossos labios se tocavam
e era como se a delicadeza o entrelaçar das linguas fossem vital para nos
como estar perto sem se beijar
como estar perto sem se tocar
como estar perto sem se olhar nos olhos
não sei viver um amor de mentira
não quero esse amor sem desejo
quero mais
quero mais da vida
quero mais do amor
quero ser amada
quero ser desejada
e se voçê ja não pode sentir esse mesmo desejo
então hoje quero ser livre
livre para poder desfrutar
o que a vida me oferecer
sem culpa, sem medo
vou sair
vou dançar
vou me namorar,
e quando os meus olhos encontrar
outro brilho em outro olhar
vou me permitir ficar nesse olhar
e um recomeço buscar

Foto de leila lopes

Liberdade

em um domingo ensolarado
sentada na espriguiçadeira
sentindo o sol aquecer minha pele
e o vento acariciar meu rosto
perdida em pensamentos
minha mente me leva a lugares onde ja estive
sinto falta daquele tempo
tempo em que nossos corpos se encontravam
e havia estatica entre eles
sinto falta daquele tempo
tempo em que nossos labios se tocavam
e era como se a delicadeza o entrelaçar das linguas fossem vital para nos
como estar perto sem se beijar
como estar perto sem se tocar
como estar perto sem se olhar nos olhos
não sei viver um amor de mentira
não quero esse amor sem desejo
quero mais
quero mais da vida
quero mais do amor
quero ser amada
quero ser desejada
e se voçê ja não pode sentir esse mesmo desejo
então hoje quero ser livre
livre para poder desfrutar
o que a vida me oferecer
sem culpa, sem medo
vou sair
vou dançar
vou me namorar,
e quando os meus olhos encontrar
outro brilho em outro olhar
vou me permitir ficar nesse olhar
e um recomeço buscar

Foto de P.H.Rodrigues

Vente

Tua língua, toca o açúcar na caverna
Tuas mãos, tocam os muros de concreto
Tuas unhas, arranham a malha de ferro

Teus olhos, enxergam a base da torre
Teus pensamentos, reproduzem o seu fim
Seus desejos, trazem agora um fim

O vento sopra e, suas lágrimas lamentam
Pois teu desejo, agora estás no alto de Babel
Teus pensamentos, estão lá em cima, nos céus
Teus olhos, correm livres mas não dançam

Tuas unhas, agora não arranham nem papel
Tuas mãos, não alcançam as paredes
Tua língua, não toca mais o mel

Pois, O Vento que lhe tocava o rosto,
Agora corta o mundo, corta o fel
Agora corre livre da superfície onde foi pisado
pois ali, Vento não era apreciado.

Ascendeu.

Foto de Fernanda Queiroz

Outono de mim

Em agudo ou grave
Uma flauta suave
Contempla o outono
Ferindo minh’alma
Tirando minha calma
Gerando abandono
Rompendo distância
Comprime minha ânsia
Vertendo paisagem
Do tempo passado
Soluço dobrado
Rebusca saudade
Imploro ao vento
Que leve o tormento
Mudando uma vida
Sem rumo ou sem rota
Como uma folha morta
Caída.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Paulo Gondim

Restos

RESTOS
Paulo Gondim
11/03/2014

O que somos agora, senão vultos
Que aparecem na escuridão
Vagando tristes, sem alento
Resíduos levados pelo vento?

O que restou de nós, senão mágoas
Sombras, apenas, do que fomos
Pouco sobrou que mereça crença
Só desgosto em nossa presença?

E do pouco que ficou, resta o pranto
Pela vida deixada num canto
Enquanto vida, não vivida...

E somos nós, agora, passado
Estranhos, num viver a dois
Simulacro de simples vaidade
Nem sentimos, sequer, saudade

Foto de Arnault L. D.

O sabor da tempestade

Foi durante uma tempestade,
o mundo, louco, em turbilhão
fazendo das coisas brinquedo
e mais difusa a realidade.
Se abrigo, ou prisão, sim e não,
a buscar tudo e tendo medo.

O que foi luz, ou relâmpago?
O que foi palavra, ou trovão?
O toque; um corpo, ou vento?
E o gosto que a boca trago,
um beijo...? Talvez, uma ilusão.
Tudo em meio ao tormento.

Nossa vida, a se encolher,
a um passo ao próximo passo.
Chuva nos retém dentro de nós.
Para longe, os pés querem correr
e pouco penso, apenas faço.
Sou instinto... e reflito após...

Busquei calor, algum abrigo
e seu tocar foi bom, e morno...
Aconchego que encontramos.
Lá fora, chuva e perigo.
O horizonte era seu contorno,
um território que nos damos.

E foi assim, numa tormenta
de encontros sem perceber,
temporal a envolver e tomar,
corpo molhado, alma sedenta,
sem saber, ver o que eu viver,
sem entender, ou sequer parar.

Agora, o céu limpo e claro
e o sol arde em meu rosto.
A chuva se foi, virou rumor,
mas, algo marcou, reparo,
na boca, molhada... um gosto...
de chuva, ou beijo... o sabor...

Foto de Moisés Oliveira

Dia qualquer

14 de agosto de 1968, momento marcado de um dia qualquer.
O tempo que agora passa não me muda mais, o que passou ontem já não me quer.

As horas que passam não mudam meu passado, amanhã sempre é o dia da minha decisão.
Não faço nada se isso for agora, espero calmo pela solução.

O vento que passa me marca o rosto, rugas da minha pele contam o que vivi,
olhar pro relógio embranquece o cabelo, o tempo passou e não percebi.

Lutei pelo que já tinha, enalteci o que não precisava,
vendi barato meus melhores anos pra comprar caro o que não me faltava.

Comi o fruto que me alimenta, mas cai da árvore que não plantei.
Mato a fome com arrependimento, busco a resposta do que já não sei.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo Final

Amanheceu e chegou setembro. E quando setembro chega, por essas bandas do hemisfério sul, a primavera se faz presente e espalha as suas flores de plástico que não morrem, as pessoas ficam felizes, elas renascem das angústias e amansam seus ímpetos, elas colocam enfeites nas janelas, esperam a banda passar, alçam os pensamentos ao mais alto Parnaso e para a mais verdejante Arcádia. Os corpos se aqueciam, como se um forno tivesse sido aceso na sua mais adequada temperatura. Tudo parecia lindo.
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A turma do pastoreio gritava em sonoros brados:

- Baco! Dionísio!

Os tambores ressoavam o vento dos leques, os Miami Bass dos moleques, os maculelês dos pivetes. Sonos eram interrompidos pela festa popular. Num determinado momento, dois ou três já desfilavam sem roupa. Quando a balbúrdia foi notada, os ditos dominantes trocavam de pele na rua. Não se obedecia a nenhuma hierarquia estabelecida. As pessoas nasciam e morriam no torpor da natureza humana, viva e bruta como a de qualquer outro animal, os instintos eram deflagrados, nem Freud e nem Jung eram mais uns reprimidos. Lembrava em certo ponto até o Brasil.

- As flores! Não se esqueçam nunca das flores!

Os miseráveis eram coroados e os nobres decapitados, mas ninguém deixava de ser alegre. Um tarja preta virtual assegurava a plena satisfação dos envolvidos na comédia. O paradeiro de muito era desconhecido. O que importava isso agora? Me diz? É dia de rock, bebê. Se você não entende a sensação de atravessar a Sapucaí e repetir o batuque da bateria, então vá embora, o seu lugar não é aqui. Dona Clarisse, com seu erro ortográfico e seu rosto reconfigurado, até arriscava uma derradeira conclusão.

- Eu nunca mais quero acordar desse sonho...
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Luís Maurício, que não havia se manifestado até então, pede a palavra:

- Amigos, é chegada a hora da reconciliação. A hora em que seremos livres de todas as nossas culpas e arrependimentos. Eu declaro anistia geral! Constituiremos desde já uma nova república, uma democracia quase que direta, uma pátria do Arco-Íris e do pote de ouro, um paraíso na Terra, um novo Éden, a Canaã que deu certo!

Clarisse recosta-se ao palanque improvisado.

- Eu posso ficar...? - Silaba.

- Evidente.

- Que sim ou não?

Feito isso, ela coloca-se para se despedir de Dimas.
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Um homem estava parado no meio da multidão. Ele dava alguns passos para trás, com o devido cuidado de não deixar nenhum folião o encochar. Ele andava de lado, como quem ia para fora. Clarisse o viu perto do portão pelo qual se sai para sempre da Sociedade.

- Espere... Eu tenho que te falar mais algumas coisas...

- Diz.

- Eu não te amo e nunca vou te amar um único segundo da minha vida.

- Eu sempre soube e nunca me iludi do contrário.

Tânia, incógnita até então, não se sabe observando de longe ou entretida com outra orgia, puxa o lixo pelo braço e faz cara de que se estivesse com ciúmes.

- Ele é meu, ouviu? Meu! Dá o fora logo sua vaca! Vai procurar o homem dos outros! Ele já tem a quem comer, tá, queridinha! E não adianta dizer que ele tá te querendo, que se você tentar alguma coisa, eu mato os dois! Sua puta, sua piranha! Você não me conhece! Não sabe o que sou capaz de fazer! Eu sou mulher de verdade, sua vagabunda! Rapa fora daqui!

Dimas sorriu, e por um exato milésimo de segundo sentiu-se amado de verdade. Clarisse debochou com a mão, engoliu a tragédia de ter desperdiçado o único sentimento cristalino que já havia presenciado e deu suas costas, andando tropegamente de volta ao seu destino. Uma lágrima furtiva caiu sobre seu cenho? Procurou a corda mais próxima? Não saberemos, e nunca vamos saber. Ela disse que não se importava, e esta ficará sendo a versão oficial. Se falarem alguma coisa sobre o que aconteceu com ela ou então comigo é mentira, o que vale é o que está registrado nessas linhas. Enfim, temos um final.
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- Vamos, amor, ser felizes para sempre?

Tânia e Dimas atravessaram o portal daquele mundo.

Ao que se sabe, não existiriam mais pessoas de sangue frio ou quente naquela realidade. Apenas pessoas, Tudo aconteceria conforme o planejado, por todas as eras, e nunca mais mudaria, pois não era necessário.

O casal apaixonado corria nu pelos prados. Correram até não aguentar mais, até um lugar que parecia longe o distante para que fizessem amor pela eternidade. A tarde caia, e com ela o pulsar atingia seu auge. Tânia e Dimas se abraçaram e deitaram na relva, um beijo selaria a felicidade interminável consagrada naquela união.

- Eu te amo e pra sempre vou te amar! - a Torta nunca fora tão reta na sua declaração.

E ela foi sincera como poucas vezes se viu em toda a existência.

Até que um dia sua pele começou a descascar...

Foto de Carmen Lúcia

Percalços da vida

Agora que já fomos tão longe...
Enfrentamos temporais, sufocamos nossos ais,
amparamo-nos, um ao outro, nas derrocadas,
choramos, dançamos, demos gargalhadas,
brigamos como todo casal normal,
amamo-nos e feito cúmplices, em segredo,
guardamos em silêncio nossos momentos...
Inesquecíveis momentos...
Os mesmos que agora jogas para o ar
esperando que o vento os venha dissipar.

Agora que já fomos tão longe
pedes, irredutivelmente, para eu voltar ...
Voltar pra onde? Esqueci o caminho...
Tua caminhada foi meu pergaminho,
andei teus passos sem olhar para trás,
cegamente obedeci aos teus comandos
pensando um dia encontrar a paz...
Mas teimas prosseguir sozinho,
de meus carinhos hoje te desfaz...

São as intempéries do destino,
dragão demolidor de sonhos,
que faz do tempo um momento breve
onde a volta não se cogita jamais
e o percurso se resume em ida
nesse curto espaço que se chama Vida.

_Carmen Lúcia_

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