Vento

Foto de Rute Mesquita

Bailados de desejos

Meu doce papel,
como muitas formas de dou.
Hoje perfumado de mel,
o vento te levou.

Agora palavras se soltam ao vento,
sentimentos divagam dispersos.
Parou-se o tempo,
dos seus reversos.

Hoje, se espalha amor,
se espalha alegria.
Ai, como espero que naquela flor,
caia esta melodia.

Espalha-se paz,
sobre as guerras, sobre os seres apodrecidos
pelas suas próprias etnias.
Hoje dizem-se assim, sem garras,
àquelas terras,
onde também pairam boas companhias.

As minhas palavras,
soam àquele rapaz,
dizendo, ‘pede-lhes que baixem as armas,
aos olhos de Deus somos todos bem aparecidos,
Perdoará sem olhar para trás,
e fazer-vos-á dele merecidos’.

O vento continua a bailar,
com estes versos.
Que sentimento irá sortear,
para aqueles terrenos imersos?

Sorteia, bom olhado e boas colheitas,
que o inverno seja molhado,
mas, que não estrague aquelas receitas.

E assim bailam os dois,
e a cada passo de dança,
propagam desejos. Dizem, ‘deixe a amargura para depois,
e preencha-se da esperança,
deste doce beijo’.

Sentada no jardim,
onde vi aqueles versos voar,
digo para mim,
‘não quero que o vento os faça voltar’.

Foto de iago fernando de oliveira

Decadência

Na noite negra,
Mentiras sussurradas.
Brados trazidos pelo vento,
Soam arduamente em meus ouvidos.
Querendo, tentando, implorando,
Mas sem sucesso, calar as vozes de meu pensamento.
Confiança de poder se jogar,
Confiança de alguém te segurar,
A confiança quebrada com a queda.
Pedaços pequenos e afiados,
Pequenos e afiados de mais para serem colados
Qual o objetivo da vida?
É sempre nos por para baixo?
É sempre nos fazer ouvir um monte de tolices?
Cansado,
Cansado de tentar sobreviver.
Mas cansado de viver.
A porta secreta não é tão secreta,
A senha sem segredo,
A doce entrada no paraíso,
A decadência do inferno.
A senha e duas linhas horizontais.
Há um grande vale a frente, o das sombras.
A sinceridade esta longe, léguas.
E o amor existe?
Talvez sim. E o acaso?
Na noite negra a floresta escura.
Os contos de fadas. Porque não existem?
A fantasia cega, surda e muda,
Se perde na grande floresta negra.
Doce decadência.

Foto de raziasantos

A Luz do Amor.

Incontáveis são as noites e dias, sem você.
Onde tudo que invocam é sua presença.
Em meus sonhos, você sempre sorrindo…
Hoje há mais solitária das mulheres.
Em cada rosto uma olhada fugaz.
Constantemente busco um sorriso
Perdido na ilusão de te reencontrar.
Sua cor seu odor estão em minhas entranhas!

O tempo não consegue apagar sua lembrança.
Na branca areia da praia vejo á luz difusa do seu interior.
Nos vazios raios de sol caracóis colchas…
Clamo a luz tímida vem luz do amor e sofrimento!
Permite que os pássaros voando me devolvam o meu amor:

Amor este que o vento levou.
Tento recolher as migalhas deixadas pelo tempo.
Meu desejo é tocar os seus lábios:
Vem! Vem luz do amor com teu corpo moreno,
Os olhos de esmeralda.

Vem luz do amor e mergulhas em mim.
Como á respiração, beija os meus lábios.

Ô vento hostil que levou meu amor permita-me
Mais uma vez beijar os lábios e sentir novamente o calor,
Do homem que me enfeitiçou.
Sentir suas mãos, navegarem no meu corpo.
Seu calor, seus beijos que ainda em minha boca,
Sinto o sabor.

Ô vento cruel para onde levou meu amor?
Ate quando continuarei nesta efêmera solidão?
Sem esse amor morrerei de paixão.
Estou atormentada de tanta paixão!
Mas sempre que grito seu nome aumento minha solidão.
Vem luz do amor, sofrimento, e dor.
Vem traga de volta meu amor.

Foto de MARTE

CUMPLICIDADE

Daquele momento em diante,
O meu coração se apaixonou,
Pelo teu olhar esvoaçante...
E o meu mundo se modificou!

Perante o teu olhar de lua
Quando a noite se aproximou
Enfeitiçou o meu coração
Nesta cama aonde te vi nua
Nosso amor nasceu...rimou
No extase da nossa tentação!

Agora sou so o pensamento,
Que precisa transformar
Sentimentos, sonhos, desejos...
Levados um dia na brisa do vento,
Com a vontade de te amar,
Sentir o doce sabor dos teus beijos!

Nosso amor tem cheiro de madrugada,
O calor da nossa cumplicidade
Ele é lindo...demais!
Nesta imensidão minha amada
O teu olhar é a verdade
Que eu nao quero perder...jamais!

Foto de Carmen Vervloet

Poesia no Canto, um Encanto!

Bordo meus versos
no aconchego do meu canto.
Que encanto!
Desenho, com palavras, coloridas telas...
Encho balões com meus sonhos
e os solto no iluminado espaço
no exato momento
em que passa uma corrente de vento.
Sobem aos céus, lá… bem junto às estrelas
e são abençoados por Deus!…
Depois retornam num rabo de cometa
pousando aqui e acolá…
Deixando um pouco de mim em cada lugar...
Lá... onde os silêncios rugem
em meio às dores que surgem.
Onde o tempo é quando… a dor passar!
E o amanhã é quando… a ferida secar!
Preciso plantar meus versos de amor e ternura,
fazer o reverso do sofrimento,
levar um pouco de loucura,
fazer voar, sem sair do chão,
por um ponto final no tormento,
alimentar… distribuir o pão…
Oferecer as mãos em conchas de amor…
Abraçar, com a esperança,
de que a dor suavizou,
a treva se acendeu em luz,
e a poesia trouxe a paz de Jesus!

Foto de Lorenzo Petillo

Só e Acompanhado

Ser constante é uma característica que luto pra ter, não que eu mude a cada segundo, mas odeio repetições. Sempre visito um lugar diferente, nunca pego o mesmo caminho pro trabalho e mudo a marca do sabonete cada vez que vou ao supermercado, sempre digo "te amo" de uma modo diferente, seja com poema, sorriso, música ou até com palavras. Não mudo de emprego, mas sempre faço algo diferente, inovo, modifico, quebro e colo as peças onde não estavam originalmente.

Se tem algo que não mudo é de amigos, mas já mudei muito das cidades onde eles moram. Apesar de amá-los não abro mão de andar sozinho na praia com os pés descalços em um dia frio, gosto do vento balançando meu cabelo enquanto ouço as ondas e imagino onde esses amigos estão agora, imagino possibilidades, faço planos e lamento ocorridos... fatos.

Gosto de ficar só, amo ficar com amigos e sou apaixonado por fica a sós com Deus pensando, meditando, rezando, chame do que quiser, eu amo tudo isso.

Pensando bem, não sou inconstante, sou maníaco por evolução, melhorar a cada dia, mudar o tom, mudar a roupa. Desperdiçar um novo dia com a rotina do dia anterior é bobagem, repetir esse ano o que fiz no aniversário passado... idem.

De tudo o que vivo e aprendo percebi que Heráclito estava certo "Não pode o mesmo homem banhar-se no mesmo rio, pois ao entrar novamente não serão as mesmas águas e nem o mesmo homem."

Foto de raziasantos

Além do Rio Azul.

Quem sabe um dia além do rio azul:
Poderei reencontrá-lo.
Entre as ruas de cristais
Curva-me ei diante de tua face e direi o quanto sinto
Sua falta:
Correremos entre os lírios,
Entre os campos verdes molhados pelo orvalho.

Ali tu me falaras de amor.
Em teus braços esquecerei toda angustia.
Sendo o fim desta triste espera.
Além do Rio Azul onde o sol jamais deixa de brilhar.
Tu me tomaras em teus braços,
Olharas dentro dos meus olhos…
Teus lábios se unirão aos meus
Para que sintas o doce sabor de teus beijos!
Tu ES tão puro sua boca é como favo de mel.
Tens a forças de um guerreiro…
E a beleza do mais nobre cristal.
Ensinou-me á amá-lo.
Mostrou-me o caminho para a felicidade…
Entras-te em minha vida como um raio de luz.
Me fez viajar no firmamento, e sob as
Asa do vento me fez mulher.

Tu meu amado, é inesquecível!
Tua passagem por minha vida foi tão forte…
Mas forte que as águas corrente!
Nosso amor era puro e sincero,
Mesmo assim não resistiu a triste separação.
Há como quero reencontrá-lo Além do Rio Azul!
Para preencher o vazio que sua ausência deixou!

Mas forte que as águas corrente!
Nosso amor era puro e sincero,
Mesmo assim não resistiu a triste separação.
Há como quero reencontrá-lo Além do Rio Azul!
Para preencher o vazio que sua ausência deixou!

Perdoar-nos-emos pela dupla solidão…
Banhar-nos-emos nas puras límpidas águas cristalinas.
Refaremos nossos votos de amor, que consolidado
Livra-nos a da solidão, matara para sempre esta
Saudade que me definha a cada dia sem compaixão.
Nosso amor tão forte!
Mas forte que as águas corrente!
Nosso amor puro e sincero,
Mesmo assim não resistiu a triste separação.
Há como quero reencontrá-lo Além do Rio Azul!
Para preencher o vazio que sua ausência deixou!
Além do Rio Azul, além do rio azul!

Foto de Diario de uma bruxa

Vamos acelerar

Ligue o motor... Acelere
Vamos partir
Conhecer novos caminhos
Voar para o infinito
Sem medo de ser feliz

Vamos fugir
Na calada da noite
Sem ninguém notar
Na garupa vou...

Vamos para onde o vento nos levar

A estrada é longa
Mas a viajem não cansa
A paisagem é bela
Vamos sem hora pra voltar
Curtir uma grande aventura
Vamos acelerar

Poema as Bruxas

Foto de Allan Dayvidson

O ÚLTIMO POEMA

"Sabe quando você parece ter andando uma vida inteira e ,então, se percebe não muito longe começou? Minha crise momentânea me levou a este poema equivocado, mas sincero..."

O ÚLTIMO POEMA
Por Allan Dayvidson

Segure minha mão,
antes que coloque minha impressão sobre o papel
e marque minhas digitais nessa estranha sensação.
Porque é como tentar carregar malas pesadas,
Então, as abrir e não encontrar quase nada.

Diga-me...
que este é meu último poema,
que não irei mais revirar o céu
em desespero atrás algo que valha a pena.
O último poema...
um resto de bobagem, minha última taça,
a última bagagem para que eu me desfaça...
de você.

Está claro que o caminho deve ser feito sozinho
e longe de sua porta.
Porque viver de suas lembranças tem sido a esperança
que ainda me ofereço.
Do fim para o começo, como da noite para o dia,
quero ser filho das cinzas.
Mas não importa o quanto o vento corta,
pareço preso a mesma doca esperando brisa.

Diga-me...
que este é meu ato final,
que não precisarei ficar neste lugar
fazendo círculos ao invés de minha espiral.
O último poema...
um resto de inspiração, mais uma taça,
a última respiração antes que eu me desfaça...
de você...

... o resto de você.

A sua marca está impressa na palma da minha mão
E todos os sentimentos ficam a salvo em meu peito.
Mas talvez eu não mais tente tocar seu coração
com esses versos há tanto tempo improvisados do meu jeito.
Então, diga-me...
Este é o último poema?
A última migalha, a última valsa,
Meu gran finale, a próxima taça,
O ponto em que tiro cada peça até que eu me despeça...
de você...

Foto de Melquizedeque

Au revoir!

A sombra que descansa no fosso,
Invade a fonte do ínfimo verso,
Escrito em um íngreme vale
Pelas mãos do meu anjo perverso
Feri-me a alma com a tua lembrança

Pelo desprezo em mim impresso
Vagueio no limbo da tua esperança,
Arraigado em correntes de vento,
Que destilam o santo silêncio
Em seu olhar de criança

Na estação estática do último trem
Encontro o desdém derramado,
Um vômito fúnebre e desolado
Fruto do rancor, quando a fé é esquecida
Amargo odor sinto na tua ferida!

Nasceste tu na aurora, em raios ocres
Viste a vida como o labor manchado nas vestes
Na epidemia de lágrimas tu cresce,
Com a dor de ver um amor ser levado,
De ser um espelho sem reflexo,
Ou mais um verso retirado

Não sou o que pareço ser,
Mas tu desejas que eu seja!
Um herói moribundo sem sorte,
Que pragueja a vida na beira da morte
E respira sem ar, aprisionado na mente.

(Melquizedeque de M. Alemão, 26 de julho de 2011)

Páginas

Subscrever Vento

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma