Vez

E DE REPENTE....

E de repente, se fez o amor
Sem entender, sem mesmo querer
Me vi seduzida pelos olhos teus
Em ti, via a luz brilhar e a sonhar
Fiquei a cismar se é mesmo assim
Se é desse jeito que surge o amor
Num relance de olhos...olhos azuis
Azuis como duas estrelas piscando ao luar
Sem compreender perdi minha razão
Me deixei amar...e assim, amor se fez
Esse amor que me dominou de uma
só vez
E assim, de repente, o amor se fez!...

ANDARELA

Hoje eu acordei com saudade de nós...
Talvez porque sonhei com você
E tenha sentido de novo o seu calor
E o seu sabor tenha continuado em minha boca durante todo o dia

Hoje eu acordei com saudade de nós
Talvez por causa do sonho que tive
Quis ouvir novamente a nossa música
E relembrei nossas noites de amor....

Hoje acordei com saudade de nós,
Talvez porque sonhei com você que hoje
Estás ao lado de outra pessoa e distante de mim
Mas hoje ao acordar com saudade de nós
Busquei ouvir tua voz, e ao falar com você
Pude perceber o quanto ainda existe “NÓS”...

Sim ainda existe “NÓS”, mesmo a distancia,
Mesmo tendo ao nosso lado outra pessoa....
Ainda existe “NÒS” porque todas as vezes que sentimos essa saudade
Nós nos encontramos mesmo sem querer.....
Porque vamos ao nosso passado....
E lá nem o tempo, a distancia ou a saudade
Vai conseguir apagar...
E com certeza de vez quando,
Vou sonhar com você e acordar com saudade de “NÓS”.

Deus!
Sempre ouço falar que o Senhor
Cuida das crianças
Manda seus anjos para protegê-las.

Por isso Deus! Me escuta
Eu tenho tido tanta fome!
Nem me lembro
a última vez que sentei numa mesa
e comi um prato de arroz com feijão
Os meus pés, ah! Eles doem tanto!
Estou usando um chinelo
que já não protege os meus dedos
E minhas roupas
não tapam mais direito as minhas costas
Eu tenho sentido tanto frio
nas noites de inverno!

Sabe Deus!
Outro dia
vi um menino saindo de uma lanchonete
Ele deve estar sendo protegido
por esses anjos que o Senhor manda
Estava com um tênis desses caros,
que nem sei a marca
Como diz uns amigos meus,
Ele vestia umas roupas da hora
Além disso, uma mulher e um homem
seguravam suas mãos

E eu Deus!
Vivo a mendigar algumas migalhas
Para tentar me alimentar
Vez em quando
o moço da lanchonete me dá alguns salgados
que não foram vendidos no dia anterior,
Também ganho algumas bananas
que o homem da quitanda ia jogar fora
E não tenho nem uma mulher
e nem um homem para segurar minhas mãos.

Por isso, Deus!
Me escuta!
Manda seus anjos para me proteger!
Eu preciso muito deles!
(Sirlei L. Passolongo)

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