Visão

Foto de Shyko Ventura

" TERMAS "

" Alçar voo,
Suspenso no ar
Por uma corrente sustinente,
Que se move decorrente
Do próprio ar, porém quente;
Quase que sem limites,
Envolto as brisas, que,
De maneira tal,
Como braços que passeiam pelo corpo
Delineando-o, para o abraço suprir;
Estar e permanecer alimentado por essas Termas,
E através delas mover-se,
Assistindo a tudo,
Presenciando em tudo,
Com liberdade ao extremo;
Embalado nesses braços,
Que me faz subir, subir, subir,
Distante de tudo que me possa tocar,
Que me faça por prender,
Que me tente a querer sofrer;
Termas que não discriminam a nada,
E a ninguém, mas que elevam,
Por sobre tudo,
Por sobre sí mesmo,
Abrindo uma nova visão
Por alto de toda emoção,
Mostrando a todo que se lança nesse voo,
As verdadeiras Termas
Do que é realmente Amar!!!!!!!"

_________________by Shyko190111.

Foto de Arnault L. D.

Se ainda você

Seria uma palavra, se não fosse o silêncio.
Seria uma canção, se houvesse som.
Seria uma visão, se existisse a luz.
Seria uma dança, se houvesse um eixo...

Seria uma vida, se houvera história.
Seria uma entrega, se houvesse destino.
Seria, nós, se houvesse havido.
Não seria pretérito imperfeito.
Se ainda... você.

Foto de Deni Píàia

Do outro lado da vidraça

Lado A

Entrelaçando-se à árvore nua o vento uivou um tom acima do habitual. Trouxe com ele folhas secas, sensações molhadas, lembranças amargas. Do outro lado da vidraça a mulher, cúmplice, com seu coração seco, face molhada, um gosto amargo na boca que ansiava por outra boca. Via na árvore seus próprios braços a se agitarem em desespero, o desespero dos abandonados, tentando se agarrar ao rastro que ficou. Nem viu o tempo passar convidando-a para seguir com ele. Preferiu o conforto da autopiedade ao incômodo da verdade.
Do lado de fora, bem próximos à arvore, dois olhos mergulhados em arrependi-mento esperavam ser notados. Absorvidos pelo medo do regresso, pela incerteza do acolhimento, aguardavam que a fantasia do reencontro se realizasse por si só. O medo... Sempre o medo. E ninguém notou que tudo estava do outro lado da vidraça.
O vento fechou a janela para, em seguida, abrandar. Cada um voltou ao seu mundo e, tristemente, tudo virou rotina outra vez.

Lado B

Uma árvore nua colocava-se entre ele e a janela atrapalhando a visão. E para piorar, o vento barulhento que enchia a atmosfera de poeira, folhas secas e pingos de uma chuva que prometia não desabar. Muito pior, porém, era o nó na garganta, a boca seca, os olhos encharcados que procuravam a visão tão esperada de alguém do outro lado da vidraça. Pensou no tempo passado que, certamente, já teria apagado seu rastro deixado quando foi embora, quando preferiu seguir em frente, buscar algo que nunca soube o que era, não se dando conta da besteira que fazia. Agora só o medo da volta, da rejeição.
Lá dentro um rosto quase colado à vidraça, dois piedosos olhos inundados de arrependimento por nada terem feito, aguardando por um retorno que parecia tão distante. Quanto sentimento guardado! Mas o tempo atrapalhou tudo e eles não se notaram.
O vento fechou a janela para, em seguida, abrandar. Cada um voltou ao seu mundo e, tristemente, tudo virou rotina outra vez.

Foto de Dirceu Marcelino

FACES ARDENTES DE INSPIRAÇÃO - 7º Concurso Literário de poemas-de-amor.net

*
* FACES ARDENTES DE INSPIRAÇÃO
*
*

Eu sou muito feliz, por poder com você sonhar!
Sinto – te em meu peito, ouvindo meu coração.
Vejo tua face e sinto teu perfume no ar,
Impregnam minh’alma enchendo-me de emoção.

Observo – me na própria íris de teu olhar
E te beijo! Capturo antes de cair ao chão
Cada gota de lágrima que estão a rolar
De tuas faces coradas de amor e paixão.

Reponho – as no vaso que está a acondicionar
O buque de rosas champagne da visão,
Que emoldura tua face em meu eterno recordar.

Tudo faz imaginar ser uma ilusão,
Apenas, quimera que me fazem versejar
Mas, são sim, faces ardentes de inspiração.

Foto de Carmen Vervloet

7o CONCURSO LITERÁRIO - TONS DO AMOR

O reino do amor é grande e sedutor...
Tão grande que encheu todo meu sonho.
O reino do amor da açucena tem a cor,
é buquê colorido que encanta olhos tristonhos.

O REI expande nele sua luz divina
e tece em seus teares toda a beleza,
um céu anil, uma lua prateada que tudo acetina!
Um lago de paz que suaviza qualquer tristeza.

A mãe, a rainha, que no ventre agasalha o filho
e o protege com amor incondicional e eterno,
vela-o em seu berço, enfrenta empecilhos,
dedica-lhe seus sentimentos mais puros e ternos.

No reino do amor a fraternidade é imensa...
Tão grande que, em canção, a alegria se difunde intensa!
Na paz transcendental da tarde silenciosa,
que desperta, em seus súditos, uma visão sempre radiosa.

No reino do amor não tem discórdias, nem contendas...
Casais andam de mãos dadas em cumplicidade,
romances envolvidos em perfumes e rendas,
ciúme e egoísmo incinerados em outra cidade.

Nele o amor é como um prisma de cristal,
recebe um facho de luz monocromática,
irradia o amor tecido de forma artesanal
sob infinitos tons, muda no livro da vida, a temática.

No reino do amor o essencial é visível aos olhos!

Carmen Vervloet

Foto de nanda gois

POR OLHOS MAIS NEGROS QUE OS MEUS

POR OLHOS MAIS NEGROS QUE OS MEUS.

Foram por olhos que era mais negros, que os meus.
tão negros como a escuridão que abraça a tarde,
Como um açoite,
a gritar na senzala,
no silencio da noite.
Os olhos negros chegaram e te arrancaram,
de mim, era nocivo, aquele olhar,
tinha lascívia em seu pensar.
Era fervente como a lixivia,
ardia em seu peito e te fazia me esquecer.
Trazia em seu olhar a dor da escuridão.
Olhos negros, que me trouxeram a noite,
como um trovão a roncar,
por traz dos montes secos.
olhos enfeitiçados,
lançados sobre os olhos seus.
Assim, como a tempestade que vem perturbar
o silencio da madrugada
os olhos negros chegaram e
lançaram raios e me apartaram de te.
Sonâmbulo seguia os olhos negros. Sem olhar pra trás,
os olhos negros te cegaram e te roubaram de mim.
Esses olhos vieram me furtar os olhos seus,
me trouxeram raios que transpassaram a alma,
como espada, a sofrer por ti, fiquei,
lamentei, chorei, mas logo notei que de ti,
brotou semente, que logo incomodou os olhos negros
que mim torturaram, me obrigaram a fechar os olhos
sem cor da semente, sem mente, que brotou de ti.
malvados olhos, você foi com eles,
assim como a noite troca o vazio,
pelo falso frescor da madrugada.
Assim como o carrasco a bater no escravo fujão,
os olhos negros te levaram de mim.
foi encantado, pelo deslumbre da lua,
que bailava faceira diante dele.
Os olhos negros foram embora e com eles
foi o meu olhar, com você foi a minha visão,
o meu coração, comigo ficou a solidão.
Contigo os olhos negros para sempre ficaram.

Foto de Izaura N. Soares

7º Concurso Literario - Um vulto que passou...

Um vulto que passou...
Izaura N. Soares

Por entre a porta aberta...
Seu vulto passou rapidamente.
Meus olhos fixaram no vão daquela porta,
Esperando sua entrada lentamente.
Empolguei-me: era apenas uma visão torta,
Era um sonho contido numa mente aberta
Que dizia:
Continuarei te amando livremente.
Mas, o que fazer quando algo foge das suas mãos?
O que fazer quando seu jeito resolve invadir
Os pensamentos de outrem deixando transparecer
Seu modo de ser, um modo que condiz com sua
Maneira de agir perturbando assim os corações alheios?
Como mudar atitudes que vem de suas raízes, de suas
Entranhas cujo nome é o amor?
Às vezes há necessidade de dizer para o mundo o que
Sentimos é uma maneira de aprendermos a nos comunicar,
Renovando o sentimento, afastando de vez o sentimento
Mesquinho de renúncia.
É triste o sentir e calar-se.
O que fazer se no meu íntimo minha alma desejosa é
Responsável por tantas mudanças?
Alegra-me saber que estou viva e que o grande amor
Que sinto dentro do peito é capaz de ajudar, de analisar,
Observar e nunca julgar.
Mesmo porque, para julgar é preciso ter o verdadeiro
Conhecimento de causa.
Sendo assim, é preferível sempre o amor, a julgar
O amor sem sentido.

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - É PAU, É PEDRA, É O FIM...

É PAU, É PEDRA, É O FIM...

Sempre que chegava em casa, ligava a TV por assinatura, onde já estava sintonizado o canal de áudio “Bossa Nova”. Hoje não foi diferente! Só que desta vez, invadia o ambiente, e seus ouvidos, a música “Minha Namorada” de Vinícius e Carlinhos Lyra: - “Se você quer ser minha namorada... Ah, que linda namorada...”
Ainda mais saudoso dos seus olhares, beijos e abraços, tudo o que Cabeça realmente mais queria no momento era exatamente o que Branquinha menos desejava: estar juntinho outra vez. Separaram-se por causa das frases malditas do último sábado e que, toda vez que isso acontecia, ele não conseguia digerir.
Surgiu, então, uma névoa na relação. Ela dizia-se cansada, confusa; ele parecia cachorro caído do caminhão de mudança: totalmente perdido. Por isso, a cada telefonema, a cada convocação dos amigos, ninguém mais o encontrava, nem mesmo ele. Era o telefone tocar que já iam atendendo e logo dizendo: - Ele não se encontra!
Depois do último tête-à-tête e algumas ligações malsucedidas com Branquinha, juntou todos os porta-retratos da sala que revelavam seus melhores flagrantes juntos, além da beleza e do sorriso dela, colocou-os raivosamente um contra o outro, escondendo-os onde a visão não alcançava: na gaveta do armário do último quarto do seu apartamento, um lugar ermo que mais parecia um depósito de entulhos.
Outras tentativas foram feitas sem sucesso, pois sua voz não era ouvida, seus pedidos não eram atendidos, muito menos sua dor arrefecida. – Vamos voltar, vamos ficar juntos, rastejava Cabeça, insistentemente. E Branquinha, apesar de ligar quase todo santo dia, só conseguia repetir aquela estarrecedora frase: - Estou confusa! E rapidamente desviava o assunto, partindo para amenidades.
Dia após dia era assim: ela, perdida, vivendo seus momentos de confusão; ele derramando-se em infusão: chá de camomila, hortelã ou erva-doce para acalmar o sofrimento; chá de boldo para as agruras e os nós no estômago... mas a única coisa que deu resultado mesmo foi o sofrido chá de cadeira que estava tomando dela.
A essa altura do campeonato, mesmo depois de milhões de declarações, ele queria mais era tomar chá de sumiço: suas palavras continuavam sem forças, sem encontrar eco no coração de Branquinha! E se o coração não ouve mais, babau!
Apoderando-se do verso oportuno de “Chega de Saudade” que tocava, ao telefone, Cabeça insistiu sua derradeira vez: - Amor, chega de saudade: não quero mais esse negócio de você longe de mim, disse aos prantos. Como não era profunda conhecedora da obra de Tom e Vinícius, suas palavras não a sensibilizaram e, do outro lado da linha, o silêncio era total: o telefone estava mudo, ela não atendia ao seu chamado, afinal, nada já tocava seu coração.
De repente, a aflição invadiu o peito dele: a linha caiu, rompendo definitivamente a ligação que existia entre os dois. E o que se ouvia naquele instante eram apenas os seus soluços misturando-se aos versos de Águas de Março: - É pau, é pedra, é o fim do caminho...

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - DAIBINHO NO CORPO

DIABINHO NO CORPO

A inesquecível noite dos namorados estava preparada – o vinho frisante a espera do espocar das mais inebriantes sensações; à mesa, o jantar à luz de velas picante em todos os sentidos: tato, olfato, visão, paladar. A trilha suave segredava ao ouvido: – Deliciosa surpresa! Como sobremesa, ela, de lingerie vermelho-fogo, instigante. Quando a vela apagou, a chama infernal da paixão acendeu, virou labareda. Diabinha!

Foto de Dirceu Marcelino

O QUE SERÁ O AMOR?

FACES DO AMOR.

O QUE SERÁ O AMOR?

(O amor na visão de adolescente ) - (Poemas de minha juventude)

Ah! Como é bom imaginar!
Enquanto na plaina te desenho,
Em passar as mãos em teus cabelos,
Teu pescoço de leve acariciar,
Ver tremer teus lábios vermelhos.

Olhar de frente e de perto
Teus grandes e belos olhos castanhos,
Roçar-me de leve em teu cheio peito,
Enquanto ao teu coração me ajeito.

Ah! Não dá prá acreditar!

Passar de leve minhas mãos em teus seios,
Teu pescoço levemente afagar,
Ver tremer o teu corpo inteiro.
Olhar-te e ver-te transmitir desejo,

Através de teus olhos amendoados.
Encostar-te em meu peito
E sentir o teu corpo esquentado.

Ah! Sim! Isto agora vai se realizar.
Pois, ao passar de leve em tua face os meus dedos,
Tuas faces começam a ruborizar,
Teu corpo começa a tremer e teu coração palpitar.
Teus lábios estão totalmente umedecidos.

Como é bom te olhar e te acariciar,
Sentir teus afagos.
Ver-me na íris de teus olhos e sentir
Eles com fervor solicitar
Para apertar-te tanto em meus braços...

Ah! Agora! Eu preciso parar de te desenhar.
Eu preciso apaixonadamente te beijar!
Passar antes em teus lábios os meus dedos,
Teu pescoço com carinho mordiscar,
Ver teus lábios tremidos e molhados...

Pausadamente, sussurrar: “Eu te quero”.
Olhar, mais de perto, bem de pertinho,
Os teus lindos olhos lacrimejar.

E me atraírem num abraço apertado
E ver a tua boca vermelha balbuciar:
“Amo-te”, antes de me beijar.

Ah! Sim! Acho que isto é amor!
Pois, passar por teu corpo o meu dedo,
Ou ver de leve teus lábios tremidos,
Dá-me uma vontade louca de te beijar.

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