Maria Alice te Quero, pois seu vestigio é inevitável

Música perfeita
Melodia de fada
Traços rastros
Raros vestigios
Teus inevitáveis indicios
Tua boca é meu pecado
Minha ânsia
Queria falar antes
Me faltou coragem
Fui covarde,
Mas agora estou sóbrio,
Pois minha vergonha embriagava
Aquilo que em minha garganta engasgava
Você tem olhar atraente
Um beleza tam evidente
Impossível não chegar a admiração com tua jovialidade
Você minha pedra de tamanha preciosidade
Você que é vestigio do diamante
Meu amor sempre elegante
Quero tanto conquistá-la
Como faço isso se você dogesa
Baronesa, princesa, eu sou apenas um vestigio de átomo poeta
Você Maria Alice em que desejo
Sou doido, louco, maluco
Por um vestigio que seja de teu corpo quero apenas descer e subir dos seus pés a cabeça
Experimentar cada pedaço de seu calor
Quero arrancar tua roupa e ver o vestigio de sua candura
Vestigio que em ternura
Não é vulgar, nem fútil
E sim alar, tão útil
Sonho com teu corpo nu
Fazer amor nas estrelas
Fazer amor no telhado
Correr e fluir no vestigio
Que em seu sexo deve ser o indicio de um sexo com fogo e poesia
Teu vestigio de sulco vaginal
Deve ser o liquido dos deuses
O manjar das deidades
Deve ser diferente
Deve cheirar ao olor das flores
Deve esmerilhar pétalas de pteridófitas
Fará em mim o vestigio das briófitas
Será anatomia vegetal
Também carnal
Poética e indecente
Mescla das exuberâncias
Reunir essas protuberâncias
Me faz querer fazer amor com você
Você tem lá o vestigio do prazer palpável do paraíso de Baco
Vestigio que sonho poder penetrar
Se nesse vestigio eu entrar
Extrairei, abstrairei o gozo mais profundo de filosofia
Quero esta púdica poesia
Que deve ser o vestigio
Do maior oríficio espermáfito
Desse mundo, universo, guardado em úunico verso...