Poemas Inéditos para Colectâneas

Estou presa aqui
Em um universo paralelo
Não sei como escapar
Minha cabeça pesa
Com todos esses pensamentos
Nada ira fluir daqui

Estou como um furacão
Em meio à tempestade
Destruindo tudo.
E girando em torno de mim mesma
Deixando-me em parafusos

Preciso de uma brecha
E pensar
Aquele furo no meio do nada
É o que preciso
Pra escapar

Quem sabe você!
É você mesmo, pode me ajudar
Puxe minha mão
Tire-me daqui
Do meio desse nada

Preciso respirar
Abrir minha mente
E deixar a luz entrar
Colocar meus pensamentos em ordem
E ao mundo real e a
Vida normal poder voltar.

Poema as Bruxas

Eu amo tudo o que foi você
E tudo o que com você eu fui
Vendo o sol se por e o dia amanhecer
Em um mundo onde tudo flui;

Eu amo o que você é
E o que traz a sua presença
Que me faz ter a fé
Pra que eu sempre vença;

Eu amarei tudo que você será
Quando ontem me abraçou
Quando hoje me amou
Ou quando você me amar;

Vou sempre te amar
Sem saber o porquê
Sem ter que perguntar
Vou sempre responder
Que quero te amar.

O choro chora envergonhadamente.
A lágrima lamenta a ponte sem ter onde cair.
O coro se faz como numa Igreja crente...
A solidão a sós não tem para aonde ir.
É grito engasgado no peito sem alma.
Sem destino, como um homem sem o seu Éden...
Com um pé sem planta e uma mão sem palma.
Os arrogantes fedem!
Não há maior castigo que o desprezo.
Feri de morte... é pior que apodrecer no asilo.
É morrer sem ter morrido...
É ser condenado para sempre neste aterro.
O choro chora lastimavelmente.
Sem ter o direito de lacrimejar as pestanas.
É lágrima sem olho, sem corpo, infinitamente.
É solidão soberana!
Se quer matar verdadeiramente, atire o desprezo.
Não tem nada pior que esse sentimento.
É suportar essa pressão em hectopiezo...
É maldição, feitiço, praga, sem poder inventariar.
É carregar pra sempre este sofrimento.
É ser crucificado sem ter o direito de ressuscitar.

Osmar Soares Fernandes