Poemas Inéditos para Colectâneas

Foto de LuizFalcao

Minha Helena

De Luiz Antônio de Lemos Falcão.

Meus olhos, minhas janelas!
Lá fora a vida punge urgente,
Agita-se,
Segue em frente!
Fora de mim, o farfalhar do arvoredo ao vento,
Traz em murmúrios da natureza, uma melodia singular!
À luz do sol, dançam as flores no vai e vem que a suave brisa conduz,
Exalando os odores primaveris!
Expelem no ar incontáveis, minúsculos grãos de vida; o pólen.
Pétalas multicores e exuberantes tornam plena a íris dos olhos

Meus olhos, minhas janelas!
Atrás deles minha alma sorri.
Felicidade!
Tudo é festa no intenso azul do firmamento.
Pássaros enchem de vida as cópas verdejantes,
Entre galhos retorcidos a vida não brinca;
É palha no bico!...
É palha nos ninhos!...
É palha nos ovos!...
É a vida na palha!...
Doces acordes da primavera!

Meus olhos, minhas janelas!
Expulsam-me para fora,
Puxam-me para dentro da vida que vibra num palpitar veemente;
É brisa que passa por entre os fios dos cabelos,
O dourado dos raios de sol, que vazam as folhas das arvores e
O toque quente dos seus afagos à pele.
Amor! Paixão! Sedução!
O carinho das gotas de chuva de um dia assim.
O desejo de um simples querer;
E assim, eu saio de mim.
E de mim, a tristeza alça seu vôo pelas janelas,
Olhos da minha alma.

Meus olhos, minhas janelas!
Diante deles a primavera!
O colibri!
O raio de sol!
A chuva serôdia!
A amiga minha!
A Minha Helena!

Foto de LuizFalcao

"LIBERDADE"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão em 01/06/2004.

Qual pássaro que ingênuo pousa para comer o grão,
Que por mais arisco que seja em laço se vê.
E assim, qual pequena ave engaiolada, a “Liberdade” finda,
Na rotina do não e do sim;
E do talvez;
E do quem sabe;
E do não sei.

“Soltai-me, peço-vos, para a vida lá fora!”
Implora a “Liberdade” tristonha, agitada nas grades da gaiola!
Seu clamor é a bela melodia que todas as manhãs antes de raiar o dia,
A todos na casa acorda,
Vibrantes, belas e inúteis notas,
Flutuam no ar sem resposta.
Não há quem entenda tratar-se de uma súplica!

E assim, chora a “Liberdade” em todas as manhãs de todos os dias,
Exceto um.
O canto súplice termina...
Pobre “Liberdade”!
No chão da gaiola cansou de cantar!
O suplicatório em notas sufocou na garganta!

Não salta mais “Liberdade” em seu pequenino cárcere dourado!
Caída no fundo de sua injusta prisão,
Jaz inerte a ave graciosa.
Dos olhos vívidos extinguiu-se a luz.
Jamais verão novamente os galhos da arvore onde nascera.
Nem suas asas em surf planarão nas ondas do vento.
Nem seu canto encherá de notas harmoniosas o firmamento.

Morreu!...
Morreu mesmo a “Liberdade”?
Desistiu do seu brado a poderosa ave?
“Liberdade”!... “Liberdade”!... “Liberdade”!...

O grito de “Liberdade” não pode morrer!
Enquanto houver quem sonhe com ela,
Enquanto existirem encarcerados,
“Liberdade” será “Esperança”,
E “Esperança” tornar-se-á “Vontade”
E “Vontade” será novamente “Liberdade”.

“Liberdade” alçará um vôo ainda mais alto e mais livre.
Planará como a águia,
“Liberdade” nunca mais cantará o canto dos aprisionados,
Nunca mais ao chão pousará para comer o grão.
Arrebatará ainda em vôo suas presas,
Elevando-as as alturas, alimentando-se dos sonhos e dos anseios!
Avolumando seu canto em ondas sonoras que se espalham no ar,
O brado eterno que ecoa nas almas humanas!
Seu ninho estará nos altos rochedos.
Contemplando a planície dos campos,
As copas das matas, o leito dos rios e as ondas dos mares.
Não haverá limites além do horizonte para a fênix ressurgida,
Reerguida das cinzas da morte.
Senhora dos céus, novamente livre a amada “LIBERDADE!”

01/06/2004.

Foto de Joaninhavoa

MEU AMOR! MINHA PAIXÃO

*
MEU AMOR! MINHA PAIXÃO
*

Você se ramificada em toda sua extenção
me provoca arrepios ao ler suas prosas
seus poemas dilemas de um coração
Seus ais, são espinhos d`minhas rosas

Caiem à noite p`la calada e soltam
gemidos! Sinais palpitantes de flor em flor
Como luas vestidas de cravina anunciam
Um grande amor! Estrelas brilham de fulgor

Fogo que reluz em combustão
quando chega a ténue brisa e me segreda
Meu amor! Minha paixão

E eu tua sombra apaixonada! Sim
O que eu mais quero é ter-te sempre
em minh`alma bem juntinho do coração....

Joaninhavoa
(helenafarias)
05/07/2009

Foto de Joaninhavoa

Brincando amor!

*
Brincando amor!
*

Desafio-te! A olhar meus olhos
bem lá no fundo
O que vês e lês neles a não ser
pigmentos da criação
Ah tu vês mas não lês o que neles
está escrito,
"És a minha canção!"

Sei que querias que dissesse
o segredo profundo
Mas eu sou para o segredo o mesmo
que tu és para o torpedo
Um poço sem fundo! Um tronco
ramificado apontando o céu
E mais aquela estrela que dá voltas
em teu redor
Brincando amor!

Joaninhavoa
(helenafarias)
06/07/2009

Foto de O Fantasma das palavras

O AMOR!!!

Duas páginas,
Amor que tinha,
Palavras cruzadas,
Amor sem linhas.

Folha preenchidas,
Não me dão á resposta,
Amar não é uma escolha,
È os suores de quando alguém se encosta.

A ti, te dedico,
Por ti eu mudo,
Ouvia á tua voz,
Mesmo que fosse surdo.

Pois eu cresci,
No meu passado passo um pano,
Sou estupido,
Porque não te chamo?

Amor, algo parcido,
Tristeza enrolada na onda,
Se amar é um jogo,
Tento para a proxima ronda.

Amar sufoca o passado,
Chorou regeitado,
Sorri caminho acertado,
Será que amar foi algo inventado?

Não posso, não posso,
Voltar á cometer esse risco,
Perguntei e não obective resposta,
Amar será uma aposta.

O fantasma das palavras.

Foto de Joaninhavoa

"EU PRECISO TE DIZER..."

"EU PRECISO TE DIZER..."

Tenho sonhado com você
Meu bem! Só com você
e mais ninguém

A noite chega e traz
sua voz no silêncio que se faz
E eu quero ver-te aqui
com teus braços envolventes
a me envolver!

Minhas rédeas estão quebradas
por impulsos de te querer
Domasteme!
Como se faz a um selvagem
Dominasteme!
Como fazem com os rios

Então eu quero margens
largas e profundas
P`ra nadar
E mesmo com a boca
cheia d`água
Eu preciso te dizer
"Só te quero a ti! Só a ti
meu amor".

Joaninhavoa
(helenafarias)
02/07/2009

Foto de Joaninhavoa

“JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS”

*
“Jardim das Delícias Terrenas”
*

Não sei se o verdadeiro amor terá nuances
de erotismo como a lua quando gira no céu
e a terra se oferece cheia de agudos e graves
gemidos nos aparentes silêncios do brotar
das sementes…

Não sei se ao observar um dos quadros
“Jardim das Delícias Terrenas”,
de Jerónimo Bosch, vemos uma utopia
uma realidade ou uma mistura…
Um progresso em cada traço uma infinidade
de sentimentos nos seres que nos rodeiam
No dia a dia! E sobretudo no mundo dos poetas

Sem palavras a natureza em todo seu esplendor!
Homens e animais nas posturas mais diversas
Uma junção subtil numa camada ténue…
Um círculo de pássaros de variadas espécies
Relacionadas com o humano! Testemunhas
Que sabem o concreto e sem morte

Uma representação de cores das mais variadas
e bem conjugadas assim como as dimensões
e suas profundidades! Tintas
a óleo num relevo elevado e um fundo preciso
vêm ao encontro do querer do seu autor
Gravam-se tatuagens inesquecíveis…
Debaixo e em cima do fino e ténue véu
que se afasta para se avistar os choupos
e os rouxinóis que dizem: Sim.
Afiguram-se círculos de gentes e outros pássaros
p`los campos e mares e no céu
nas flores e árvores bolas de cristal transparentes
Com gentes dentro! E fora
Um mundo a seus pés.

Joaninhavoa
(helenafarias)
05/07/2009

Foto de Joaninhavoa

Quando não sonho...

*
Quando não sonho...
*

Alguém me perguntou um dia
"- Quem eu era?"
Sem reflectir, respondi sem hesitar
"- Sou a poesia!"
Mas, acrescentei de repente,
"- Mas poesia angelical, a que vem
dos anjos e não faz mal... às vezes
um pouco de pimeta aqui ou ali...
um humor espontâneo de quem
estando ausente se faz presente!
E remata sempre no final...
Enfim! A tal poesia divinal"

Ah compreendo, respondeu
quem perguntou,
você é aquela pessoa
que quando não sonha
está a sonhar...

Joaninhavoa
(helenafarias)
05/07/2009

Foto de Joaninhavoa

De sombra a serpente...

*
De sombra a serpente...
*

"Dizem que há uma sombra em cada esquina
Pois eu digo que tenho uma que me segue
Um fantasma presente e sempre ausente
Alguém que foge mas me fixa e me vigia

E mesmo marcando com corais o mapa
e desenhando meus ais em regatos e rios
Saem mares crescentes nomes de nascentes
D`outros tempos! E surgem outros
mapas e novas etapas...
Uma demanda evocada não sei por quem
Uma constante! Uma lua que sem ser redonda
É uma alcova sofrida de seios duros e asas
E a serpente está ao lado esquecida
a brincar de esconde esconde..."

Joaninhavoa
(helenafarias)
05/07/2009

Foto de Joaninhavoa

Até onde o coração me levar...

*
Até onde o coração me levar...
*

Irei contigo até onde o coração me levar
Não importa a delgadeza da parra
ou se o vinho for de jarra
Mas já oiço o relinchar dos cavalos
do carro a afrouxar! És tu que me vem
buscar

Só vou prender os cabelos p`ra refrescar
e um vestido largo pr`ò vento entrar
O sangue s`agita no meu interior
Um alvoroço tecendo floreado e um rumor
Afinal és tu que me vem presentear
E me levar!

Joaninhavoa
(helenafarias)
05/07/2009

Publicado no Recanto das Letras em 08/07/2009
Cócigo do texto: T1688167

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