Eu na estação revejo minha vida!
No início levava nas minhas malas,
Apenas o necessário para a lida
D’um menino e não precisava carregá-las
Pois, isso era feito por minha mãe querida.
Era ela que queria sempre transportá-las.
Agora, da adolescência tenho revivida
Lembranças que não consigo interpretá-las.
Eram apenas passeios, sem bagagem,
Cheia de embarques e desembarques
E sequer considero-as como viagens,
Eram passeios de vagão em vagão,
Lembranças felizes das imagens
De quem subia em cada estação.