Poemas

Foto de poetisando

Não brinques

Não brinques com o coração
De alguém dizendo o amar
Com a brincadeira que tens
Podes-te também magoar

Com o coração não se brinca
Para não se lhe fazer mal
Causando dores tremendas
Como ele não vais ter outro igual

Quando brincas com o coração
De um outro ser que é teu igual
É porque não tens sentimentos
Ou não és uma pessoa normal

É uma brincadeira que pode matar
A alma e o coração de alguém
Nunca brinques com o coração
Podes acabar brinquedo também

O coração e muito sensível
Para com se poder brincar
Se não o amas diz-lhe logo
Para não o vir a magoar

De: António Candeias

Foto de poetisando

Jardim

Vou fazer um lindo jardim
Nos canteiros só rosas vou plantar
Áleas com hortênsias azuis cor do mar
Para ao meu amor eu dar
Vou faze-lo com muito amor
Só eu dele saberei como tratar
De manha levo-lhe rosas
A testa e os lábios vou beijar
Serão rosas de várias cores
Para o jardim mais lindo ficar
Com todos os cheiros
Para o meu amor perfumar
E quando o meu amor ao jardim for
Quero ver a sua felicidade no ar
Ao tomar o cheiro das rosas
Ver como é forte o meu amar
Bancos no jardim vou colocar
Para quando estiver cansada
E precisar de descansar
Poder ter onde se sentar
Para o jardim ela contemplar
Vai ser um jardim só para ela
Para rosas puder apanhar
Passa-las pelas suas mãos
E o seu corpo perfumar
Vou fazer com as minhas mãos
Um jardim lindo sem igual
Muito o meu amor irá amar
Outro jardim de rosas não há igual

De: António Candeias

Foto de poetisando

Ao meu amor

Colhi um ramo de lindas rosas
No meu belo roseiral
Para dar ao meu amor
Que é um amor sem igual
Rosas cada uma de sua cor
Colhias com muito carinho
E com muito mais amor
É uma rosa sem outra igual
Que representa o quanto te amo
E como se te sinto real
Colhias de madrugada
Logo ao romper do dia
São todas para ti meu amor
Ó meu amor Maria Luísa
No meu belo roseiral
Irei colher mais rosas colher
Todos os dias te darei um ramo
Até ao dia que eu morrer
É um amor impossível
Mas que sem ti não sei viver
Amo-te cada dia mais
Podias ter outro nome
Como és amor Luísa
Cada vez te amo mais
Ó meu amor Maria Luísa

De: António Candeias

Foto de Carmen Vervloet

Natal... Tempo de Amor

O natal entrou nos meus olhos de criança
dourado de sol como bolha de sabão
e se perpetuou nas minhas singelas lembranças
num pisca-pisca de luzes de imenso amor em ação

Imaginava que no berçário de um mundo conturbado,
nascendo Jesus do ventre da Virgem Maria,
jamais fosse ver tantos braços cruzados
diante da dor, da fome e da agonia.

Mas outra, hoje, é a realidade do mundo,
a terra é infecunda e não renasce, do amor, a semente
e entre lágrimas e suspiros profundos
vejo a decepção, a revolta e o sofrimento de tanta gente.

Papai Noel um velhinho simpático, mas cruel,
usado pelo selvagem regime capitalista
para poucos é só bondade, sorrisos e mel
mas a grande maioria é excluída da sua seleta lista.

Onde está o perfume do amor que exala das almas?
Onde estão os ensinamentos que nos trouxe o Menino?
Mãos estendidas... Vazias as palmas...
Jesus crucificado pelo egoísmo e seus desatinos.

Foto de carlosmustang

TOSTAS ERS

Eu catando restos, sem saber maxado de Assis
Clarice Lispector, choro dia e sã
Vivo o dia de encantamento, mulher de sentimento
Confortável em lamento, só um, aqui

Consciente em fundamento de emoções astrecenas
Passadas e naturais, encontenas a tarefa
Finda linha emoções estraccerenas
Vendedor de emoções estremas

Findei, fim, terra,serou
Emoções intrínsecas, escapou
Da janela nova, espiou

Depravou com tesão abstenho
Alma boa eterna passada, viva
Cheirou meu amor a foder

Foto de P.H.Rodrigues

Azul

A simplicidade atrai o meu olhar,
acompanhada com um pouco de charme,
deixando uma nuvem de mistério a vagar pelo ar.

Nada muito complicado, nada muito simples,
tudo em suas devidas proporções,
só para evitar a dor de cabeça de futuras frustrações

Um sorriso que carregue o universo
com lábios que ao mexer recitem versos
com a voz mansa que acaricia os ouvidos
deixando a sensação de que os pólos estão invertidos.

Como se tudo estivesse de cabeça para baixo e fora do lugar
porém em constante harmonia, girando sem parar
ecoando nos mais profundos abismos
as mais belas e doces canções.

Foto de Rosamares da Maia

Naufrágio

Naufrágio

Recolho de mim fragmentos, destroços,
São pedaços da minha vida naufragada,
De um barco arremessado contra os corais.
Fustigado pelo vento no auge da tempestade,
Tudo o que emerge vem do abissal da alma,
Restos de vida boiando na superfície.
- São letras.
Contam de mim histórias loucas, ideias tolas.
Nem sempre entendidas. Pouco me importa.
São rascunhos da alma.
Apenas fragmentos, somente vêm à tona,
... Escapam e afundam para sempre.

Rosamares da Maia
09/01/2004

Foto de Rosamares da Maia

METAFÍSICA

Metafísica

Toda verdade que conheço é tátil,
Posso senti-la na ponta dos meus dedos.
Não importa a forma que as coisas tenham.
Desconheço modelos, não sei fórmulas.

Tudo o quanto percebo é instintivo
Intuitivo, de sentidos quase animal,
Uma vocação do destino me guia e ilumina.
Não reconheço as certezas absolutas,

Todas são construídas para destituir,
Refutar, comparar e reformular.
Tudo o que penso saber é metamórfico,
Renovável, absolutamente transgressor.

Todas as minhas afirmações duram pouco,
Somente o exato tempo da renovação.
Plasticidade não é ausência de personalidade.

Pelo caminho em que recolhemos belezas,
Vejo e vivo o belo pela virtude do belo,
Por senti-lo encontro-o dentro de mim,
Pois toda beleza intima é metafísica,

Só há olhos de ver guiados por olhos de sentir,
Claridade que antecede a visão - é física.
Síntese e essência das almas desenvolvidas.

Rosamares da Maia
05/09/2003/12

Foto de Allan Dayvidson

O MEDO

"O medo é sem dúvida meu sentimento mais comum. Lembro-me de uma infância marcada por esse sentimento (ainda que basicamente se tratavam de medos próprios da fase). O medo tem por costume me imobilizar, mas nossa relação vem se transformando com o passar do tempo e posso dizer que agora estamos chegando a um consenso... Daí vem este poema."

O MEDO
=Allan Dayvidson=

O medo nem se esforça para me alcançar.
Eterno vigilante aonde quer que eu vá.
Armado até os dentes e pronto para atirar.
Trago o medo comigo e não hesito em usar.

Mas chega de becos escuros e sombrios sussurros,
ameaças veladas ou guerras declaradas.
O medo luta até o fim, mas não há escolha senão tentar...

E o medo luta até o fim, mas vou encarar,
mesmo morrendo de medo, inclusive de ganhar.
Ele faz do desconhecido seu aliado e da coleira um colar;
faz laços nas faixas de isolamento que marcam meu lugar.

Mas chega de velhos muros e versos duros,
agressões discretas ou violação direta,
O medo é um baita adversário e não há escolha se eu não tentar.
E chega de falsos alarmes e de apressar passos,
porque o medo tem lá seu charme quando entre meus braços.
Seu jeito é envolvente e não há escolha senão me entregar...

Então, um acordo acaba de ser estabelecido:
eu serei livre enquanto meu medo permanecer seduzido.

Foto de Gomes S

Pecado

.
.
.
.
Estou sem fôlego,
Estou sem ar,
cadê o vento?
Cadê a brisa?
E o meu sustento?
.
Olha o ar,
perto do vento,
perto da brisa,
está bem ao lado,
tudo encoberto,
Bem escondido
pelo pecado.

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