Foto de Marilene Anacleto

Madressilvas para Alexandra

Ah! Que perfuuuumeeeee!

Dançam as perfumadas asas
Dos silfos e leves fadas,
Convencem o sopro do vento
A sacudir meus sentimentos.

Quantas flores! Tanto perfume!
Não há manhã nem noite
Que deixe de me aproximar,
Agradecer, saborear
O seu perfume da paz.

Branquíssimas e bem seguras,
Amadas dos beija-flores.
Passa o tempo, amadurecem,
E caem por terra, de amores.

Antes que cheguem a cair,
Amarelecida de olores,
Um chazinho com três flores,
E os beijos dos beija-flores.

Foto de Rute Mesquita

Cantigas de amigo: Vento

Vento,
que delicadamente
os meus cabelos tocas.
O tempo,
se perde no ‘eternamente’
com que me sufocas.

Abraça-me
faz deste corpo teu suspiro.
Sente-me
e vê-te louco no meu respiro!

Vê como me arrepias
com o teu sopro suave.
Eu sabia que só tu me conhecias
que só eu te percorri como uma ave.

Ri-te
no meu ouvido.
Segreda-me desejos.
Eu vi-te
já tão vivido,
desejando-me os beijos.

Vento,
a ti me entrego.
Chegou o momento
em que a minha alma à tua prego.

Vamos voar juntos!
Ser um só, num respirar conjunto!
Ter a terra e os céus
à nossa disposição.
Vamos embrulhar-nos nestes véus
de alma e coração!

Amar-nos eternamente,
completarmo-nos num finalmente.
Ai, como venero ser tu
e quero tanto que sejas eu!
Será sempre este o meu deja vú
pois serás sempre o meu Romeu!

Foto de Diario de uma bruxa

PENSAMENTO... "Queimadas" A natureza sofre.

Porque todo este fogo
Esta fumaça que sufoca
É tanta queimada
A natureza sofrendo

O ar seco...
Não chove há quanto tempo

Depois vem o troco
A natureza se defende
E é por meio de tempestades
Que ela destrói o que esta a sua frente

Deixa desabrigado
Culpados e inocentes
Mas nem toda defesa
Faz o homem ser consciente

Depois que para a chuva
A seca volta e tudo ele queima
Novamente

Poema as Bruxas

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Minha Elis – Parte 2

Passaram-se quase três meses desde que escrevi a primeira parte dessa homenagem à Elis Regina. Não mudou muita coisa na minha vida. Continuo o mesmo. Para os americanos, a expressão “loser” serviria para designar o atual momento pelo que passo. O equivalente ao termo em português brasileiro seria “trouxa” ou “vacilão”. Pois bem, eu que me lasque. Quero falar da minha cantora favorita, que nunca terei a oportunidade de encontrar, mas que eleva minha condição e compreensão além das possibilidades naturais. Elis morreu em 82. Não ligo para o tempo. Sua expressão se faz influente e positiva, como artista brasileira, que soube mostrar nossa identidade em uma obra curta, mas consistente.

Voltemos ao ano de 2008. Lá, o bicho pegou um pouco para o meu lado. Eu tinha dois trabalhos, estudava, cuidava da minha irmã e ainda escrevia. Vínhamos de um despejo e da recente morte de um parente próximo. Nada parecia promissor, o que não se difere muito da situação atual, mas quem me dava força era Elis. As pessoas que se lembram da novela “Ciranda de Pedra”, versão de uma novela da Rede Globo de 81, sabem que a nova abertura era a música “Redescobrir”, composição de Gonzaguinha. Tanto ele como Milton Nascimento e Ivan Lins tornaram-se parte do meu gosto musical por influência da saudosa gaúcha. O que escrevo foi orientado de maneira decisiva pelas construções desses artistas. Algo que não tem preço, que tem valor inesgotável e inestimável.

Mas Elis morreu cedo, em demasia. Aos trinta e seis anos. Vítima do abuso de drogas. Da mesma causa faleceu Amy Winehouse, nascida em 83. Era muito talentosa também, a inglesa Amy. Então me pergunto: como seria Elis se estivesse viva? Ou melhor: como seria o Brasil se Elis estivesse viva? Elis, que vendia menos discos que uma Gretchen ou um Sidney Magal, na ocasião de sua partida, provocou uma comoção muito forte, recordada não apenas por seus fãs. Elis provavelmente teria participado dos movimentos de abertura política, dos quais já era simpatizante. Mas será que manteria a condição de mito? Se uma Elza Soares, cantora de nível parecido tem o reconhecimento internacional significante, seguiria Elis o mesmo caminho? Ou iria ao caminho dos tropicalistas, que se envolveram ainda que timidamente com o governo e hoje recebem algumas críticas severas por seu comportamento? De qualquer forma, ficam os vazios da carreira interrompida e do exemplo questionável. A obra de Elis é indelével, seu talento indiscutível, mas seu final foi trágico. Logo essa interrogação se torna mais delicada, tal como a da artista inglesa, o que transforma o paralelo em questão atual, em como o tempo passou, mas a situação da alteração de consciência não foi sequer tocada, frente ao que se

decorre disso. Dói saber que a morte de Elis podia ter sido evitada. Dói saber que isso influencia que outras pessoas também se deixem levar pelos vícios e excessos. O mesmo vale para Amy, e para tantos outros.

Elis Regina, na sua arte, passava uma postura ao mesmo tempo melancólica e otimista, emocionada e realista. Copio, por assim dizer, esse estilo. O subtexto encaixado nas metáforas características da produção da década de 70 é bastante parecido com o que tento apresentar hoje nas minhas linhas. Já Allan Sobral, meu amigo abençoado e crente, que sempre cito pela espécie de rivalidade camarada que nutrimos, vai por uma trajetória totalmente divergente, embora também muito digna e mais interessante. Allan Sobral é um tórrido romântico, tão apaixonado que quase já o admite. Seu estilo de escrever vai diretamente de encontro à proposta do site Poemas de Amor. É um fã confesso de Casimiro de Abreu, e adora o samba mais clássico, de Noel, Cartola e Paulinho. Outro dia, diz ele, sonhou com o João Nogueira. E no sonho recebeu o que todos esperam ter de um grande ídolo: Allan foi agraciado com um dessas bênçãos que só quem merece muito recebe. Ele abraçou o João Nogueira, falou com o João Nogueira. Desnecessário dizer que isso me deu uma inveja daquelas. Ainda assim, fiquei feliz: meu amigo ganhou um presente que nunca podia imaginar. E se ele pode, porque eu não? Tudo bem, o Allão é um grandíssimo poeta, sabe o que faz e vocês o conhecem. Mas, sei lá, a sorte também pode vir para o meu lado, se bem que a Elis deve estar muito ocupada, cantando para Deus enquanto Ele escolhe se teremos seu perdão ou não...

Bom, o que eu quero dizer mesmo é que sempre devemos lembrar-nos de Elis e seu canto. Basta ter a sensibilidade de ouvir sua mensagem, tão brilhante em vida. Se Elis se foi pelo mal, isso não anula o bem que ele nos deixou. Tenho certeza que é isso que ela me diria, se me encontrasse.

(Continua...)

Foto de ALEXANDRA LOPUMO SILVA

Meu vício

Meu amor, meu vício
Acostumei com isso
sue jeito, sua fala, sua tara
seu gosto, o oposto do meu
desgosto estampado em meu rosto
disfarço, mas sei que não engano
me conhece bem, bem mais que eu
manipula minha vontade
escraviza minha alma
e vivo para sentir esse gosto
tão pouco que nunca satisfaz
desejo e me sinto frustrada
aceito seu desprezo
e me entrego ao meu vício
que é você

Ale

Foto de Hanilto josé Da Silva

ALMA DA MULHER

Alvorada do amanhecer
gotas de pérolas,no riso
dos olhos escorrer.
Poemas poemas na alma
da mulher a nascer,
que ninguém sabe entender.

Palavras cálidas que
a voz da mão toca,
um choque que sufoca
e abrasa clarão,de
visão que tateia,rastros
n'areia.

É áurea de risos que se
encontram,sonhos
querendo sonhar,poema
da alma querendo abrigar.

A garganta arranhando
o beijo fluindo,o desejo
na face,o sol da vida
no colo se abrindo.

A alma da mulher
é novelo novelando
o coração,entre pontas
agudas,em notas rimadas
de uma eterna canção.

É desabrochar,desabrochar
de rosas,como crianças a
brincar fogosas,divino prazer
que ningém sabe responder.

Hanilto 19 08 2011

Foto de Graciele Gessner

Sonho Mágico. (Graciele_Gessner)

Como num sonho, ele veio ao mundo com o destino traçado. Foi na terça-feira gelada, nasceu à noite enquanto chovia. Deu o seu grito, dando ao ambiente inquieto o som da vida.

Quando foste colocado sobre a sua mãe, lágrimas de alegria brotaram em sua face. Nada mais seria igual...

Não esteve nos planos de seus pais, mas Deus reservou a sua chegada. Para Deus você é o sonho mágico que dá sentido à vida. Vieste renascido Dele, e ele escolheu a sua mãe e o seu caminho.

09.07.2011

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Rute Mesquita

Elixir de desejo

Diz-me que já não sou inocente,
diz-me que já me deste alas.
Mostra-me o teu amor.
Deixa-me provar o teu inconsciente,
deixa-me desataca-las,
desta dor.

Transforma as minhas lágrimas num sorriso,
mostra-me o mundo por inteiro.
Entende, que é de ti que eu preciso,
que és o meu primeiro!

Faz da minha dor, prazer
faz dos meus medos, desejos!
Quero a teu lado morrer,
sufocada por entre beijos!

Transforma o punido
em vitória!
Segreda-me palavras ao meu ouvido,
mostra-me a tua glória!

Solta-te por entre suspiros,
revolta-te nas minhas fantasias.
Faz fluir todos os impuros
todas as más energias!

Trinca-me as palavras,
saboreia-me as letras,
deseja-me delas escravas,
vê-te nestas minhas facetas!

Toca-me a alma,
sufoca-me a voz
tira-me esta calma
e mostra-me como é o correr de uma foz!

Quero-te nestas entrelinhas.
Desejo-te nestes rascunhos
Mostra-me o céu e as estrelinhas,
espero-me pelos teus cunhos.

Ai, meu amor!
Tu que fazes de mim tua serva.
Ai, meu licor,
que me consome e preserva!

Vou beber-te
mesmo sabendo que me enveneno.
Quero morrer-te,
e fazer deste desejo eterno!

Foto de Allan Sobral

My nome is Brasil!

Cansei, cansei de me dizerem não ser ninguém,
Cansei, de ser o que pensei ser alguém.

Me disseram que vim de Portugal,
Com alguns bandidos e prostitutas,
Já pensei ser indígena, pois nasci em berço florestal,
Ou ser um negro comprado na África por vãs lutas,
Acorrentado e jogado no porão do navio que cheirava mal.

Cansei, cansei de me dizerem não ser autêntico,
Cansei, Hoje darei meu nome,
E juro que jamais viram algo idêntico.

Sou um guerreiro lutador e Sem mãe,
Sou capoeira, samba e acoxé,
Sou o Brasil, dos crentes, frades e candomblé.
Sou o Brasil, do rock, forró e axé,
Sou o Brasil, sou sua mãe e seu pai,
Berço Israelita, budista e judeu,
Sou orado pelo crente, e bendito pelo ateu
Sou o Brasil do sertão nordestino, e do frio gaucho,
Sou o Brasil paulista, sou o cangaceiro da faca no buxo,

Sobrevivente da cruel chibatada,
Das enchentes e das secas,
Sobrevivente dos mal tratos e das porradas,
Das facções e dos mela-cueca.

Sou Brasil, sou guerreiro,
Sou o que quiser ser,
Sou forte e ei de viver

Pois ainda que haja mals-brasileiros, sempre haverá aqueles que hão de lutar pelo nome que conquistei em troca do meu suor.

Sou o que quiser ser,
Sou forte e ei de viver,
Sou guerreiro, Sou Brasil.

Allan Sobral

Foto de Enise

Ciranda Dos Pares - Bia Bedran

♥...Para as crianças de todas as idades...E para aquela que ainda mora dentro de você...♥
Edição:Enise Lilases
http://blogdolilases.blogspot.com

Link do vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=mZMDhKBCYWI

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