Foto de andrelipx

Caixa...

Tenho uma caixa que não abre, tenho-a guardada no fundo dos forros do meu corpo. Só tem aranhas e mais aranhas que me fecham ainda mais a caixa, e que a trancam mais ainda no fundo. Ela contrapõem-se com o meu aro da juventude, este aro corrompido de tanto sal que lhe caí, este aro que só tem ferrugem e que não é mais torto porque a caixa assim o segura e o ampara. Podia fazer um paralelismo entre esta caixa e este aro, mas não consigo, porquê? Porque não existe um paralelismo possível, porque esta caixa habita dentro de mim e se fosse fazer este paralelismo teria que quebra-la, mas não sou capaz de a quebrar. Dentro dela tem as minhas belas e harmoniosas recordações que sempre que me lembro delas, toca como que uma melodia dentro de mim, que não há instrumento nenhum que o consiga fazer, porque ela toca diferentes melodias, cada qual com um som diferente e cada qual de forma e cor diferentes. Tenho nos meus forros esta caixa e este aro, simplesmente ficam presos, porque não há modo e maneira de tira-los de onde se encontram porque as finas linhas das aranhas fazem com que todo o que lá exista fique preso. Esta caixa é de grande valor e não há nada nem ninguém que a possa abrir, porque já tentei tudo... Já cantei, já escrevi, já recitei, já reflecti, mas acima de tudo, já a amei como a tinha que amar. Procurarei mil e uma, ou duas mil e duas, formas de a abrir, porque ela é minha e por mais que ela ria e chore de saudades daquele lugar, não irei parar, porque parar não serve para mim. A luta de palavras que iram surgir perguntar retóricas irá continuar, porque essa caixa é minha e de lá tirarei essas recordações. Esses forros são maus e cruéis, mas eu não me deixarei sair vencido, porque se sair vencido terei não só perdido a guerra e a batalha e desta batalha e guerra não saírem derrotado, mas sim vencedor...porque ela é minha e por mais que estejam quarenta mil aros a prender-me não desistirei....Abre-te caixa de uma vez por todas...Abre-te...

Foto de Rute Mesquita

A harmonia das cores

Acordo,
e mais um dia monocromático.
Abordo,
um cheiro aromático.

Encontro, cinco cores
e logo surge um pincel na minha mão.
Já percebi, meus amores!
Vou fazer delas uma linda composição.

Então decido sair para o jardim
e começar por pintar aquela relva.
‘Azul’, digo para mim
e ela assim se revela.

Para o céu dito: ‘verde!’,
e o meu grito nele se ergue.
Pinto o sol,
de vermelho
e o cântico de um rouxinol,
obtenho.

Faltam-me duas cores.
O branco, de muitos odores,
na minha casa estanco.
Deixando o amarelo,
para as nuvens de algodão.
E como fica belo,
naquele céu de agrião.

O verde do céu,
completa o vermelho do sol.
E como cedeu,
aquele dia outrora mole.
O azul da relva,
realça a minha linda casa neutra
e faz parceria com o verde do céu.
E como a magia me eleva,
e faz deste mundo tão meu.

Agora sim! Não irei mais dormir,
o meu sonho realizei,
num criar por as cores sentir.

Foto de Rute Mesquita

Entre a matemática e a poesia

Penso no número 6
e lembro-me de uma história de reis,
numa resma de papéis.
Penso no número 10
e recordo-me de contar +2 pés.
Surge o número 12,
que com +2 dá 14.
Olho o relógio e vejo,
que faltam 14 minutos para as 11.
Somo e surge o número 25.
Como me pude esquecer do cinto,
naquele recinto?
Penso e reflicto,
'o número do quarto era o 51,
e matemático como este não vi nenhum'.
Saio e volto no autocarro 21.
De regresso ao dito 51,
lembrei-me de os números deste dia somar.
Obtive, o 189,
e lá fora já chove.
Porque não juntar os 4 minutos deste pensar?
193, nada mau, vamos jogar outra vez?

Foto de Rute Mesquita

Eternas memórias

No meu olhar,
guardo o teu lindo sorriso.
Aquele meu luar,
ai, como tanto dele eu preciso.

Nas minhas mãos,
guardo o macio da sua pele.
Ai, como eram estas as naus,
que nela navegavam sem um único repele.

Nos meus cabelos,
guardo as suas carícias.
‘Como são belos’,
dizias tu das tuas delícias.

No meu corpo,
guardo o seu suor.
Ainda me lembro de como te deixava louco,
de amor.

As minhas lágrimas,
escorrem compulsivamente.
Não vejo as suas esgrimas…
Já não leio a sua mente…

Sinto-me desprotegida,
frágil…
Desde a sua partida,
nunca mais fui ágil.

Desejo-te,
todas as noites.
Vejo-te,
cavalgar na minha direcção
mas, logo acordo,
para minha revolta,
para minha grande desilusão.

São estas as minhas memórias,
eternas.
Aquelas cujas murmuras,
fazem tremer as minhas pernas.

São estas, que nos mantêm vivos,
que mantêm esta chama acesa.
São estas as causas dos meus árduos cultivos,
sempre à espera da luz da tua presença.

Foto de Arnault L. D.

Cama de gato

Entrego a sua mão
um principio,
um ponto de partida.
Se semente, um grão.
Mas, é só nada sem inicio
somente lhe virá a vida
através de sua mão

Para os olhos, trago
um convite,
Tal se abrisse a porta.
Se calor, um lago.
Mas, é folha branca se si omite
e o que viria se aborta,
tudo que aos olhos trago

Falta só o sim, um ato,
um movimento,
e as rodas viram a girar.
Se jogo, cama de gato.
Que por cada novo evento
torna de novo a começar,
convidando a outro ato...

E falta apenas o iniciar.

Foto de dani.l

Volta Logo Meu Amor

Passo os dias querendo te ver,
Contando os minutos para te ter.
Carrego comigo a saudade no peito.
Volta logo meu amor.
Aqui estou eu, te esperando ao anoitecer...

Em casa sozinha insisto em lembrar,
O perfume nas roupas, seu cheiro no ar.
Na foto da mesa seu rosto sorrindo.
Volta logo meu amor.
Que aqui estou a te esperar...

A noite chega e você não está
Só quero você
Só quero te amar.
Volta logo meu amor.
Volta pro nosso ninho.
Te espero ansiosamente
Pra te dar todo meu carinho.

Foto de Enise

Glee - Can't Fight This Feeling - Tradução - (By Enise)

♥ Aos Românticos de Plantão...♥ Uma linda melodia para sonhar ...e com tradução...
Edição:Enise Lilases
http://blogdolilases.blogspot.com
Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=LItRmNOt4u8
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Foto de caiofidelidade

Um pouco de melancolia.

"Deixei a Ira passar, como passa a tempestade lá fora,
mas súbita vem a calmaria após a tormenta, assim como pra mim a melancolia agora,
eu e meu companheiro que um dia há de me apunhalar, o cigarro, e a fiel companhia a solidão, ao som de Vivaldi, num dia sem data, com um rosto sem expressão."

Foto de Marilene Anacleto

Fios da Vida (Imagem - Inspiração)

Entre as mãos,
A circular os dedos,
Cordões encantados.
Diante da vida
Escolhas com esmero
Caminhos arriscados.

Entre as mãos,
Caminhos perfeitos
Não quero mudá-los.
Na trama da vida
Quero ficar no centro
Mas preciso arriscar-me.

Caminho incerto,
Dono dos meus ais
Traz-me experiência
No momento certo
Em que eu invocar
Deus e sua presença.

Volto ao centro das mãos
Caminho por sobre os fios
Apoio-me no meu centro
Decido com o coração
Ouvir o canto dos rios
Ouvir-me a partir de dentro

Surgem palavras poéticas
A procurar liberdade.
A aventura contamina
Sem rima e sem métrica
Encontram a felicidade
E querem sair da linha.

As estradas equivocadas
Não deixam olhar para trás
Procuro um novo fio
Pois a todos sou ligada
Pus-me a criar e curar
Danço, escrevo, sorrio.

Encontro novos amigos
E vêm novos sentimentos
Sem o medo dos vazios,
Por palavras colorido
Riqueza de pensamento.
Contemplo assim, encantada
Nas mãos, os meus ricos fios.

Foto de Marilene Anacleto

Chuva na praia

Está brisando.
Sons de panela fervendo
Entoam os cataventos:
Chuvas anunciam.
Chuva caindo,
Pássaros cantando,
Crianças impertinando.

Praia a cinqüenta metros
Hoje parece um cometa
Longe e distante.
A chuva não permite
Ficar lá nem um instante.

O por do sol se faz
Tranqüilo, cinza, devagar.
Apenas escurece, nada mais
O cansaço desanima os casais.

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