amor

Foto de Nailde Barreto

Compasso do amor.

Cá estou, buscando entendimento para o amor,
Este que vem e que vai, gerando saudade,
Causando vazios e cacos despedaçados, desesperança e dor..
Ah o amor, é assim: reto e torto, risos e lágrimas,
Ah o amor, vulcão e cinzas, tesao e cumplicidade.

O tempo passou e, depois de ouvir-te novamente,
Preciso tocar-te a boca e calar as negativas memórias e algemas,
Depois de saber que você está em algum lugar pra mim, ainda livre...
Isso me faz querer remendar os cacos e viver para me encher de ti...
Definir a sentença, criar raizes e nao mais partir.

Foto de Anderson Maciel

Depois de Você

Depois de você tudo é vazio
Não se tem mais vida
É tudo ferida
É tudo sombrio... Anderson Poeta

Foto de Jorge Jacinto da Silva Junior

Algo como a Felicidade

Algo como a Felicidade

A Felicidade é algo que pode
Ocorrer quase que despercebida
Contudo, ela jamais vem tarde.
Nunca se faz em nós tardia.

Vem de simples detalhes.
Aquele da espinha arrepiar,
Um estranho frio na barriga,
Um sorriso espontâneo no olhar.

É a certeza do aguardado aproximar
Do mais lindo dos sonhos sem medo.
A vida com braços largos abraçar
Com carinho pleno e vivo aconchego.

É estar a debruçar nas janelas da alma,
E entender a verdade o quanto faz falta
Não perceber que é dentro de nós
Que a felicidade faz eterna morada.

Jorge Jacinto da Silva Jr.
jorge.jacinto@gmail.com

Foto de elcio josé de moraes

QUEM AMA NÃO TRAI

QUEM AMA NÃO TRAI

Primeiro um simples olhar,
Depois uma atração,
Que deve se controlar,
Para que não haja traição.

Nem é preciso ser forte,
Para sair dessa situação.
E nem considere isto como sorte,
Porque isto é uma maldição.

Considere quem te ama,
E respeite quem em você confia.
E fuja da estranha que lhe desafia.

Nunca apague esta chama,
Do amor que nela não esfria,
E que tanto lhe aquece, dia após dia.

Elciomoraes.

Foto de Rosamares da Maia

POEMA DOS AMANTES

Poema dos Amantes

Insano é despertar
das horas nuas,
Apear dos lençóis,

Deixar teu aroma
com o raio da aurora,
Abdicar de tua pele,

Veludo profano,
Toque de absinto,
Favo de mel.

Fere-me a luz.
Nenhuma manhã
será o bastante.

Deixa-me voar
para as tuas noites
de puro pecado,

Perder em ti
o rumo abominável
desta realidade.

Quero consumir
teu fogo e consumar
desejos, derreter,

Para que recolhas
os mistérios do
meu ser em concha.

Num beijo úmido,
profundo, único,
sugando-me a vida.

Nenhuma manhã
será grandiosa.
O dia não vale a pena.

Eu vivo da noite,
da tua cama
onde a vida se esvai.

Ferida pela claridade.
escondo-me, espero,
para renascer contigo,

Emergir dos dias vazios,
das horas desertas,
da vida perdida,

Do desencontro de almas,
Queixume de bocas,
Do frio cortante.

Há pouca coragem
para mudar, buscar,
ralar-me em nova dor.

Se te deixo fugir,
toco a tua ausência.
É tarde demais.

És denso, ficaste no
perfume dos lençóis.
Grudado em mim.

Penetra-me o corpo,
Fertiliza-me a alma.
Espero na penumbra.

Nenhuma manhã
terá a beleza
das tuas noites.

Nenhum raio de sol
poderá traduzir-te como
o poente que te despe.

Teu enigma noturno é
livro da lua cheia
que a nova decodifica.

E se este amor de fases,
mais se multiplica,
sou tua lua crescente,

Lua de amor e fel.
Lua dos amantes.
Clara e nua lua de mel.

(Rosamares da Maia 26.06.2000)

Foto de Arnault L. D.

Minha linda

Minha linda, meu pensar em ternura,
a que me volta se penso no amor
e que se alonga através das histórias.
Permanece sobre as marés, flui segura
feito ponto de luz as nuvens a transpor
sobre o céu nublado das memórias.

E se esta névoa me torna isolado,
nasce então de dentro da cegueira.
Pois meus olhos não me levam à fora;
dentro, minha linda é ao meu lado.
Se não corro me alcanço, me alcança inteira,
tal sombra ao meio dia, que em si mora.

Foto de Jardim

não fui o primeiro a comer-te

não fui o primeiro a comer-te
a tantos fizeste juras de amor eterno
com tantos tiveste a certeza
de ter encontrado teu par.
com a tua mesma antiga convicção
ouvi as mesmas promessas.
fui apenas mais um
entre os tantos que comeram-te.
se em algum tempo desejei-te
agora é tarde para cobiçar-te.
já não arde a antiga chama
nem teus lábios aplacariam
a sede que já não existe
em minha boca antes ansiosa por provar-te
a desejar-te tanto, tanta a vontade.
a fome de ti que antes me consumia
nem minha podia ser
tantos foram os que a provaram.

Foto de Jardim

a língua lambe as pétalas

a língua lambe as pétalas
da rosa vermelha exposta
até desabrochar
entre gemidos, gritos, rugidos,
enfurecidos,
até encontrar seu oculto botão.

a língua lambe, ativa,
a rosa úmida, viscosa e rubra.
onde termina o quarto e começa o infinito?
atinges o paraíso, o nirvana
do orgasmo, do instante infinito
que reúne corpo e desejo, língua e clitóris.

Foto de Jardim

sussurraste aos meus ouvidos

sussurraste aos meus ouvidos
a palavra exata
contida em meu sexo,
ao longo dos teus gestos
desmedidos.
decifrei-te: puta.

cuidadosamente devassa
abri-te as coxas
e penetrei-te como um fauno selvagem,
nossos gritos ecoaram
por toda cidade nua.
traduzi-te: puta.

Foto de Jardim

são paulo

são paulo,
cafetina das putas da praça da luz,
mortas vivas movidas a cocaína.
ocultas sombrios subterrâneos,
berço das bichas ricas,
algoz inumano das bichas pobres.
teu concreto te fez menos humana.
quem aqui é feliz?
com teus meninos de rua,
vira-latas, meretrizes, mendigos,
haverá luz no fim do túnel?
és pródiga para quem abriga tuas mentiras,
para os que se vendem.

são paulo
dos políticos e da imprensa marrom,
da tua face as lágrimas desembocam no tietê.
sé, vila matilde,
vila guilherme,
vila leopoldina,
vila mariana,
a diversidade que emana
das lojas e butiques,
de tua periferia,
com tuas minas, com teus manos,
com tuas avenidas e faróis
sempre em movimento e mudança.

são paulo
espólios e legados centenários
que passam de pai para filho,
de geração em geração,
teus bardos, teus trovadores
teus rappers, teus pichadores,
teu samba tristonho e lento.
aqui tudo é evidente e sombrio,
na tua jornada sinistra na calada da noite
teus filhos se reproduzem e morrem sem viver.
a cidade não para, a cidade não dorme,
és a voz do minotauro
procurando a presa em teus labirintos.

são paulo
terra do café, do engarrafamento,
da tubaína, da caipirinha,
os dentes brancos da fome gargalham
em teus guetos,
cidade que abriga do 1º ao 5º mundo.
são paulo revisitada:
nunca me deste nada,
tudo me tiraste,
nada sois para que por ti
algo eu sinta
vagando sem rumo
por tuas esquinas de solidão.

Páginas

Subscrever amor

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma