paixão

Foto de Enise

Quedate - Blank & Jones - Ambient Mix - TRADUÇÃO - FLOR DO CARIBE INTERNACIONAL - Tema de Cristal

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)

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Foto de Evandro Machado Luciano

A Louca dos Espelhos

Os espelhos estavam voltados para as estradas da cidade de Outrora. Todo domingo Ofélia virava os seis espelhos de sua casa para a rua. Ninguém, absolutamente ninguém sabia o motivo. Alguns, mais perspicazes, ousavam especular...
Enfim...
Imagine, você andando tranquilamente pela estrada de chão batido, quando de repente, não mais que de repente, se depara com a imagem mais horripilante que possa ser concebida pela mente humana. Sim, os espelhos estavam voltados para a rua. Ofélia era, sem dúvida, a mulher mais maligna que a cidade de Outrora já conhecera. E não havia nada a ser feito. Ora bolas, a polícia local tentou de tudo: balas de canhão, bombas de hidrogênio, e armamentos bélicos jamais vistos, nem mesmo em Outrora. Os espelhos não quebravam de jeito algum. Magia? Alquimia? Sei não, havia algo de muito estranho naquela mulher.

O que sempre me incomodou naquele ser odioso, – veja bem, refiro-me à OFÉLIA- é que seus surtos psicopáticos aconteciam apenas nos domingos. Nos outros dias da semana, Ofélia agia como uma perfeita mulher de Outrora. Mantinha-se calma, submissa, obediente aos bons costumes e, jamais relava seus calejados dedos sobre os amaldiçoados espelhos. Que tinha aquela mulher? Que vozes lhe ordenavam repudiar os bons costumes e reverter sua normalidade em ousadia repreensiva? Quem era aquela mulher para apresentar ao mundo imagens tão devastadoras?
Ouviu-se dizer, que um dia desses, Outrora havia sido invadida por uma tropa distinta, vinda diretamente de Lugar Algum. Esses rebeldes enrustidos fantasiavam-se de nobres senhores, apoiados sob a retórica social, e desfilavam asneiras em praças públicas. Certa feita, pernoitaram na residência de Ofélia. Ao amanhecer, diziam querer libertá-la dos grilhões de Outrora, e conduzi-la à Lugar Algum.

Que desrespeito! Uma mulher exemplar, corrompida por estes arruaceiros. A partir daí, aquela casa nuca mais fora a mesma. Doravante, todos os domingos seriam de extremo pavor para os transeuntes da cidade.
Aquelas ruas nunca mais foram as mesmas.
Quando a semana anunciava o crepúsculo, todos temiam passar em frente à casa da louca dos espelhos. Enquanto isso, Ofélia sonhava. Sonhava com Lugar Algum.

Exceto nos outros dias, quando se tornava a mulher exemplar.

Foto de Carmen Lúcia

Reencontro

Entardece...
Pela janela vejo o tempo passar...
Vibrações febris de cores transcendentais,
variações de azuis, violetas angelicais,
a melodia do vento a sussurrar mistérios
vindos do mundo de lá...

A doçura do momento, hipnotizante,
me envolve num encantamento
ao qual me deixo levar...
O amor passa de repente
arrebatando o que vê pela frente,
exalando seu cheiro a inebriar...

Essa insanidade empolgante
me prende, por um instante,
durando a eternidade...
Reencontro-o entre névoas esvoaçantes
e me perco na emoção de seu abraço,
...como antes...
no frenesi de seus beijos,
nosso amor em descompasso.

Escurece...
Não mais enxergo o tempo.
O vento espalha o lamento.
A loucura presa por um fio tênue se arrebenta,
cai, se fragmenta
espatifando a magia da divagação,
o encantamento da imaginação,
velando no silêncio, a ilusão,
que nos leva à felicidade
fracionada pelo tempo,
encerrada pela fatalidade.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Via Crucis

E então decidi...
Despojar-me de todos pecados,
Ser meu próprio Pôncio Pilatos,
Ter meu corpo crucificado...
Não pra salvar a Humanidade,
Não me crivaria de tamanha dor,
Cristo foi mais sonhador...
Não, foi mesmo autopiedade,
Da alma, em busca de serenidade...

Caminhei com a cruz...A que me impus...
Não caí somente três vezes...Foram muitas!
Já havia tombado tanto,
Pelo peso de meu pranto,
Por minha consciência pesada,
Não ouvir a voz da razão,
Nem mesmo a do coração,
E agora, Via Crucis, levo-me à condenação.

Fui Verônica...Cantei o meu desencanto,
Limpei sangue de meu âmago
Deixei registrado no pano
O meu triste desengano...
A Madalena arrependida,
Pelo homem incompreendida
Agora cheia de dores e acatos...
Vítima dos desacatos...

Tentei levantar-me, ser o meu Cirineu,
Reacender a chama que um dia morreu...
Momento sublime...Maria, mãe que redime,
Um encontro...Um olhar...
Nem foi preciso falar...
A única expressão...a de nosso coração!
Sedenta de amor, bebi o seu mel...
Desnudei minha alma, arranquei-lhe o véu...
E chorei...Implorei...Me ajoelhei...
Finalmente, enxerguei uma luz,
Semi-apagada, de um sol eclipsado
Recomeçando a acender...

_Carmen Lúcia_

Foto de P.H.Rodrigues

Simples Gosto

Gosto de escrever, assim como de respirar.
Gosto de gostar, de tudo, e de criar.
Mas para se amar, é necessário inspiração.
Que brote ou venha de algum lugar.

Não precisa ter explicação.
Mas que ao momento dê alguma razão.
Imortal ou temporária.

Foto de Carmen Lúcia

Leva-me...

Leva-me...
Contigo qualquer lugar é inusitado,
fixo-me em ti e o resto é inacabado,
toda beleza pelo mundo derramada
provém de ti...
Em tua presença fica apagada.

Leva-me...
Andemos pela relva, que molhada,
suaviza nossos pés da caminhada,
deixando pegadas pra felicidade...
E subiremos por escadas de nuvens
aventurando-nos ao léu, ao céu...imensidão!
Onde seremos Adão e Eva
reiniciando a Criação...

Leva-me...
Não quero mais ficar sem ti.
As horas transcorrem iguais e frias.
A monotonia pesa minha alma.
A cama torna-se gelada, vazia.
Procuro-te e não estás aqui...
O medo invade, nutre meus fantasmas
e só tua presença os combate e os afasta.

Leva-me...
Serei aquela estrela que veneras,
pra ti serei eterna primavera,
seja qual for a estação que se revela...
Flores cobrirão nossos caminhos,
um grande amor aquecerá o nosso ninho
e será eterno como nossa primavera.
Sem mais ausências e esperas!

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Esse poema...

No instante em que o silêncio nascia,
veio este poema. O espaço preencheu,
na paz que até então, no tempo jazia;
seu infinito, nesta manhã renasceu...

Lá fora, as folhas todas já caíam,
num outono, a cercear todo o tempo,
para eternizar as cores que morriam,
enquanto eram levadas pelo vento...

Em um coração que ainda hoje arde,
o nada preenchia o todo, fragmentado,
nasce este poema. Agora já se faz tarde...

Sem a força do amor, já desencantado,
na madrugada triste, sem seu orvalho,
resta-me este poema, o único agasalho...

_Oswaldo Genofre & Carmen Lúcia_

Foto de Enise

Tema de Lívia e Théo - Tres Palabras - Luis Miguel - Tradução - SALVE JORGE INTERNACIONAL

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)

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Foto de Carmen Lúcia

Outono

Tempos dourados outorgam novo ciclo,
Outonam caminhos, regam a esperança,
douram folhas, desnudam paisagens
que nuas perambulam, a contento,
bailando sem pudor entre o calor e o frio
e de mansinho desaparecem com o vento.

Acordam a nostalgia com acordes de magia
a tecer um tapete de ouro pelo chão
por onde passará com nobreza e distinção
a doce trilogia: beleza, poesia e emoção,
fazendo o tempo deslizar bem devagar, sem precisão.

Da terra brotam sulcos, alcovas das sementes
e silenciosa, a germinação procede vagamente,
acalentando o sono das flores adormecidas,
enquanto o frio do inverno cumprir sua missão.

Mas hoje é outono, tempo de espera,
as folhas jazem mortas... até a primavera,
que cobrirá de cores o cenário amarelado,
de flores e de vida o momento esperado.

_Carmen Lúcia_

Foto de P.H.Rodrigues

Vento do Horizonte

Que contagie! Assim como um vírus.
Que se espalhe! Como penas ao vento.
Em todas as direções! sem perder tempo.

Entre em todos os corações. Compartilhando.
Aquilo que te faz sorrir. E multiplicando.
O calor de um abraço. Fazendo corar.
Com o beijo no rosto. Deixando o querer.

De dividir com todos. A emoção.
Do que se compartilhou. Sem intenção.
De recebe alguma remuneração. Esperando.
Apenas o prazer. De sorrir com o coração.

E que o vento sopre forte. Carregando novamente.
Essa semente. E a plante em algum sertão.
E faça nascer. A fonte que faz prazer de viver.

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