pesar

Foto de KAUE DUARTE

Irmão de rua...(inspirado em experiencia real)

Vaguei...
Por onde vagam heróis
Por dentre as doutrinas hierárquicas
Meus pensamentos sempre voando
Engajados em estrelas tremulas de luz
Propus-me a estar
Nos átrios da sorte
Jogado em ladrilhos esfumaçados
O tempo deteriorando minhas vertigens
Minhas marcas cada vez mais profundas
Estrive sempre no mesmo local
Me esquivando dos olhares sem cor
Fui aquele que sou e sempre serei
Alto ou baixo, invisivel a multidão
Escuto mais minhas entranhas me chamar
Que pessoas ao meu lado pisar
Nos sonhos calados dizia
Em minha verdade falando sozinho
Minha lucidez ja não existe
Pois a solidão me tirou pouco a pouco
Viver na pobresa da carne
Com espirito alado em amor
Sem máguas, entendo onde estou
Mais uma vez implorando
De mãos coladas suas migalhas
Para amanhã ainda estar aqui.

Foto de Carmen Lúcia

Medo

De despir-me das vontades
e nua de desejos e ensejos
perder minha identidade.

De desistir dos sonhos
e me imbuir de marasmos
cultivando um amanhã enfadonho.

De mergulhar no vazio,
dele não conseguir sair
e por mais que eu tente, nele imergir.

De perder a inspiração
vítima da síndrome do papel em branco
...e fragmentá-lo com meu pranto.

De que a sombra se interponha
e me impeça de ver a luz,
o belo, o arrebol, o sol...

De que pensamentos funestos
conspirem contra mim, no universo,
e me retornem mais perversos.

De não encarar a verdade,
alienar-me à falsidade
e por mais que me custe,
mascarar a realidade.

De não ter ousado,
não ter lutado,
não ter recomeçado,
não ter acertado,
mesmo tendo amado.

Medo de não perder o medo...

_Carmen Lúcia_

12/09/2009

Foto de bob_j

Sobre Nós

a vida passa
e as oportunidades
que não deveria perder
sempre perdi
e sempre perderei

não é possível
por mais que tente
viver tudo que deseja
pois todo dia
chances foram perdidas
de viver e fazer
tudo que queria

por mais que eu tente
as coisas não acontecem como eu quero
por mais que eu pudesse
nunca sairiam do modo que eu espero

me surpreende, a sede que você sente
de matar todos de fome
enquanto você emana luz
deprimente, você é tão doente
e é tão comum

Foto de Carmen Vervloet

Porto de Tubarão poluindo Vitória

Com as sandálias sujas de minério,
batemos na porta de cada ministério,
na peregrinação para salvar nossa cidade
soterrada por tantas adversidades...
Mas nossa voz não teve eco,
sentimo-nos como se fôssemos bonecos,
emporcalhados de pó de minério,
mais parecíamos almas penadas saindo do cemitério
ou ETS vindos de outra galáxia
tentando desvendar toda essa falácia.
Mas o barulho era pequeno
para que pudéssemos nos livrar deste veneno...
As empresas, senhoras ricas e poderosas,
pouco preocupadas com nosso alvorecer cor de rosa,
mas sim com seus altos e excessivos lucros
deixando cada capixaba maluco,
doente das vias respiratórias
nessa linda e amada cidade de Vitória.

Na peregrinação desse nosso triste destino
sou uma voz abafada, que usa o teclado, a internet, o tino...
Que grita bem alto por ar puro,
mesmo pisoteada por passos tão sujos e duros

Foto de MarcosHenrique

Cárcere

Perfurante olhar.
Tão verde e astuto,
Tão lindo e maduro.
Me faz suspirar.

Aparta de mim
Teus olhos de fel
Tão triste, ruim,
Ludíbrios cruel.

Algoz, assassino!
Cansado, desisto.
Me faz arquejar.

De todo me entrego,
Por isso hoje velo
Ante a esse olhar.

Foto de Carmen Vervloet

O Protesto da Natureza

O universo queixa-se em profunda dor...
O céu acinzentado,
mostra seu luto na cor,
entorna lágrimas de chuva
que caem em granizos de cristal,
o vento faz seu manifesto em vendaval.
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
quem sabe com vergonha por tanto desamor!
As sombras deixam as flores desbotadas,
a tristeza cerra o bico do pássaro cantor.
O mar invade cidades,
tsunami de destruição,
ondas gigantes que vem e vão
levando o povo em comoção.

Por onde eu passo, freme a ambição!
Homens amputados de seus sentimentos,
cegos pelo egoísmo do momento...
A Mãe Terra em agonia,
triste, sem energia...
Vivendo seu grande tormento,
últimos suspiros
debilitando seu giro!

Antecipo um suicídio coletivo,
o planeta destroçado
pelo mais inteligente ser vivo!

Este cenário estremece minha vida...
Meus olhos embaçados por lágrimas
vêem o protesto da natureza que agoniza!

Foto de Carmen Lúcia

Abrindo cortinas

Abrem-se as cortinas...
As mesmas máscaras da mesma rotina.
O teatro recomeça:
os mesmos atos, as mesmas vestes, a mesma peça.
Refletores colorindo atores,
espalhando cores sobre o palco.
Falso impacto!
Personagens interpretando fatos,
textos recitados, decorados, semitonados, bradados.
Manifestos indigestos, repetitivos, enjoativos...

Convincentes?
Para alguns...
Incoerentes...
para todos.

Experimentados, vivenciados, não surpreendentes.
Artistas já desgastados, mal preparados, destoados,
frente a uma platéia incrédula, inerte
ao espetáculo que não se reveste,
que se repete à expectativa geral
refletindo indignação total.

Nada muda...
As mesmas cortinas de ano a ano,
as mesmas farsas do cotidiano,
gesticulações, expressões faciais, corporais.
A mesma encenação.

E a platéia se submete
a mais uma
Ilusão...

_Carmen Lúcia_

Foto de Ana Vasques

Sentimento

Já senti muito! E como doeu esse coração. Mas agora, olha só! Consegue ver? Virou uma pedra. Não sinto amor, pena, nada. Tinha uma coisa e achava sagrada. O sentimento. Mas de tanto gastar a toa por ai a fonte esgotou. Então resolvi parar de sentir. Agora ninguém mais abusa da minha alma porque eu não tenho mais alma, nem coração. Ah, também perdi as minhas cores, sou todo cinza agora!

Foto de Arnault L. D.

Multimédia ( p/ Carmem Cecília )

Você foi assim,
como o sopro do jardim,
como a brisa do pomar,
que no vento enfeita o ar.

Você vai assim,
como fogos de festim,
mil estrelas somar,
a inundar o nosso olhar.

Então não há fim.
Se a lembrança disser sim,
cada vez que alguem olhar,
como a luz volta a brilhar...

Junto ao verso enfim,
os olhos são estopim
que se acende ao mirara
explodindo em formas o versar.

E aos poeta que o nanquim
ganhou asas de um querubim,
alado de imagens, vão achar,
a falta de algo em seu lugar.

Foto de KAUE DUARTE

Andarilho Sentimento

Estive só
Como em um quadro, enquadrado
Sem muitas cores alegres
Num velho retrato, farpado
Sem nenhuma glória ou consolo
Sem alguem pra chamar de senhor
Sem muitos motivos pra sorrir
Minha vida, apenas existir
Em um desatino de choro
Compondo uma simples oração
Sou frágio, senssível, pequeno
Preciso de proteção
Que vida sofrida, inferma
No vel da vida quero me encontrar
Pra não ser novamente a ferida
Que aos poucos tenta me matar
Vou nascer dia-a-dia pro mundo
Andarilhando as calçadas imundas
Compartilhar minhas misérias com os sonhos
Procurando nas fronteiras da vida
Encontrar resistencia suficiente
Pra um dia em teus olhos olhar
Quero assim com fagulhas viver
No alvoroço de uma história finita
Encontrar na melodia das letras
Um amor que não se intimida

..... kaue jessé 27.04.2011 //*

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