recordação

Foto de Sonia Delsin

AMORES QUE SE VÃO

AMORES QUE SE VÃO

Não agüentas meu olhar.
Meus olhos tu vives a evitar.
É medo do que vais encontrar?
É receio de mostrar?
Pode um sonho acabar?
Pode uma estrela se apagar?
Um amor terminar?
Teu jeito indiferente é pura aparência.
Embaixo de tua casca grossa há um material delicado.
Mas finges, meu amado.
Não agüentas o passado.
O que pensas do futuro agora?
Tudo foi embora.
Correu rio adentro.
Há dias que sou tão forte.
Mas há dias que de dor me arrebento.

Foto de Inês Santos

Pequenos gestos...

Pequenos gestos

Estou a dormir profundamente…
De repente o telefone tocou!
E tristemente…
Um bom sonho acabou…

O tempo pouco passou…
E ao amanhecer…
Beber café vou…
Encanto-me com o brilhar…
Do sol radiante a encantar..
Este momento não vou perder…

Chega a hora de almoçar…
A família esta em reunião…
De certo vou adorar…
Quem mais amo em união…

Recordo-me de um ente…
Esta a suar de tanto lavrar…
Numa tarde dolorosa e quente…
Cansado ,chega de trabalhar…

Anoitece, custa adormecer…
Nos gestos pequenos reflicto…
Sinto-me a entorpecer…
Não houve confusão, nem conflicto…
Mas tudo isto deu-me a aperceber…
Que gestos pequenos, loucos…
Fazem-me feliz…
São meramente poucos…
Porque ainda sou uma aprendiz…

Foto de Sonia Delsin

UM DOCE OLHAR

UM DOCE OLHAR

Um doce olhar anda pelo prado.
Um doce olhar acaricia as coisas do passado.
Tudo é tão belo como naquele tempo?
Ó não!
Que ilusão!
Quanta destruição!
Que decepção!
Efeito do tempo?
As mãos dos homens vão mudando tudo?
Não sei bem, mas tudo vai mudando.
A vida vai se modificando.
Onde está o moinho?
Onde está o ninho?
O ninho do mais belo passarinho?
Me procuro e me encontro escondidinha num cantinho.
Sim, sou eu.
Eu menina.
Tremendo.
De frio?
De medo.
Uma tarde toda escondida.
Ó, vida! Ó, vida!
O tempo passa.
Parece que tudo vira fumaça.
Mas não!
Estendo a mão.
Quero acariciar a menina...
Ela está lacrimejante.
Tem o olhar brilhante.
É uma estrela ali no meio do mato.
Guardei o retrato.
Para toda vida.
No coração.
A menina que se escondia de medo...
Que guardava segredo.
A menina que amava aquele chão.
Com um doce olhar eu me afasto.
Na verdade me arrasto...
Porque dói.
Porque ali eu nasci e nunca morri.

Foto de Wing0Angel

GOLDEN DOLPHIN CAFE

Um dia triste, para se apagar
Afogar as mágoas, numa mesa de bar
Estava sozinho, não esperava te encontrar
O amor lançou sua flecha, bastou um olhar

A convidei, para dançar
Uma valsa, sob o luar
Final da música. lábios a se aproximar
Corpos colados, sedução no ar

Respiração ofegante, indescritível ardor
Noite perfeita, melodia de amor
Um momento, para se recordar
Uma paixão, que jamais vai findar

Eterna magia, é a arte de amar
GOLDEN DOLPHIN CAFE, sempre vou me lembrar...

Foto de Sonia Delsin

CATARATAS

CATARATAS

As quedas d’água me arrepiam na lembrança.
Meu tempo de criança.
Moça.
Mulher.
As cachoeiras.
Eu me banhando.
A água geladinha.
Lembrança minha.

Foto de Civana

Série Meus Ídolos: Luz que Descortina...

O ídolo homenageado da vez é Taiguara, que ainda hoje, consegue transmitir tão lindamente tudo que sinto!

Pena que tantas coisas desagradáveis aconteceram em sua vida na época da ditadura militar, e entre censura (que chegou ao absurdo de proibir onze músicas de um mesmo disco), cancelamento de show e constantes perseguições, foi obrigado a deixar o país se exilando em vários países. Uma dessas "viagens" foi logo após seu primeiro casamento. Embarcou para Londres e só retornou um ano e meio após. Mas trouxe na bagagem mais experiência em estudos e gravações com músicos ingleses, além da maravilhosa notícia que seria pai. Com isso nasceria o disco "Imyra, Tayra, Ipy", em parceria com Hermeto Pascoal.
Imyra foi o nome que Taiguara deu a sua linda filha, uma criança doce e de personalidade.

Taiguara cantava o "amor": carnal, sensual, assim como por toda a humanidade. Com isso se via nitidamente a influência do socialismo em sua vida, onde o cantado "Cavaleiro da Esperança" era com certeza Luís Carlos Prestes.

Minha homenagem com os títulos de canções preferidas:

"Hoje" acordei com "gotas" de orvalho na pele, rolando pelo corpo, real, "carne e osso" que você tanto amou! "O velho e o novo" se confundem nas "luzes" da "Rua dos Ingleses", "gente humilde" passeia alegremente, "piano e viola" inebriam minha mente com a mesma "modinha", e na alma apenas o desejo de dançar, dançar, dançar...
E ver que "teu sonho não acabou", "que as crianças cantem livres" e o amor se transforme em paz.
Mas o ser humano falha, é humano. O "momento do amor" pode se apagar da lembrança, se transformar em dor, tocar na alma como uma "serenata do adeus".
"Amanda", "Marcela", "Helena", nomes ao vento... Poderia ser Maria, Fernanda, Joana, não importa, a dor é a mesma.
Estou "esquecendo você", fazendo uma verdadeira "viagem" pra dentro de mim, só assim eu posso esquecer que meu "universo (é) no teu corpo" e encontrar a "paz do meu amor".
"Castigo"? Não, "fim de caso"!"

(Civana)

Vejam a versão original com música no blog:
http://civana.spaceblog.com.br/85120/Luz-que-Descortina/

Foto de Carmen Vervloet

Lembranças

Lembranças

Nas profundezas do oceano
Afoguei mágoas e desenganos...
Sonhos não realizados...
Brotos de amores podados...

Joguei a aliança
Símbolo da minha esperança
Mulher ainda criança...

Afoguei a doída desilusão...
Matei a sofrida traição...
Afoguei raiva e decepção...

Velejei sem rumo
No meu barquinho de papel...
Fiquei a deriva, ao léu...
Olhando minha tristeza
No espelho do mar...
Até ouvir um passarinho
A me chamar...
Convidando-me a voar...
Fazer rodopios no ar...

Rodopiei... Rodopiei... Rodopiei...
E Voltei
Renovada... Leve...

Entendi que a felicidade é breve...
Deixa meu ser embriagado...
Mas preguiçosa cochila...
Por tempo indeterminado...

Mas sempre acorda
E faz florescer a alegria
Que me enche de energia
Que faz a noite
Se acender em dia!

Carmen Vervloet

Foto de CarmenCecilia

FOTOGRAFIA

FOTOGRAFIA

FILMEI VOCÊ NA MEMÓRIA...
DEI UM CLOSE NO CORAÇÃO...
E ME VI SEM AÇÃO...
A CADA REVELAÇÃO...

TANTA COR...
E CADA VEZ MAIS AMOR...
TANTO BRILHO.
E MAIS NITIDEZ AINDA...
NA SUA IMAGEM REFLETIDA...

TANTA LUZ...
NO MOVIMENTO QUE ME SEDUZ...
EM CADA CONTORNO TEU...
SOU SEU...

E NESSES MATIZES TODOS...
CADA MOMENTO REGISTRADO...
VOU MINGUANDO...
ÀS VEZES RINDO... OUTRAS CHORANDO...
POIS A EMOÇÃO VAI ME TOMANDO...

FICO INDO E VINDO...
DO PASSADO PARA O PRESENTE...
NO QUARTO ESCURO EM QUE ESTÁS AUSENTE...
MAIS UMA FOTOGRAFIA DE REPENTE...

MESCLANDO LUGARES.
INSTANTES DE FELICIDADE ÍMPAR...
O SONHO, O SORRISO,
O DEVANEIO, O DESEJO...
E É ASSIM QUE AGORA TE VEJO...

AH !!! ANTES QUE ME ESQUEÇA...
EMBORA ESTEJA TUDO NA LEMBRANÇA...
TODOS OS NUANCES...
TODO ENLAÇE...
SOPRO-TE MAIS UM BEIJO QUERENDO QUE UMA VEZ MAIS ME ABRAÇE!

CARMENCECILIA

Foto de Paulo Marcelo Braga

O DUELO DE JESUS CONTRA OS HIPÓCRITAS

"Tudo o que aqui ele deixou
não passou e vai sempre existir...".
(Roberto Carlos).

Havia, no tempo em que Jesus existiu,
estorvos contra os quais ele duelou.
Os fariseus eram donos do templo vil,
que às criaturas humildes escravizou.
Com as suas aparências enganosas,
de “bons samaritanos”,
eles tinham maledicências perigosas,
adotavam uns planos
cheios de hipocrisias
e sempre ofereciam esmolas à população,
durante certos dias,
em que conduziam cerimoniais de religião.

Nas solenidades vazias,
distribuíam, com ostentação,
oferendas nas liturgias,
onde produziam uma ação
divulgadora de fantasias,
abusavam das afetações
e, com suas faces constritas,
clamavam suas orações,
diante das classes proscritas.
As normas dos hipócritas chefiavam
o estorvo do “partido democrático”
e, de formas despóticas, apedrejavam
o povo tão sofrido quanto estático.
Outro partido, o “sacerdotal”,
era composto pelos conservadores saduceus,
que faziam um fingido cerimonial
e assumiam os postos de “seguidores de Deus”.
Eles eram seres de durezas
secas, comodistas, de crenças
nos seus “poderes” e certezas
tradicionalistas muito intensas.
Esses partidos opositores
tinham uma moral interesseira,
além de fingidos oradores,
promovendo uma total asneira.
Acima deles, só o poderoso
César e seu nimbo encarnado.
Todo esse clima calamitoso
Jesus lutou para ver modificado.
Por isso, o mestre não atacou
as criaturas, mas as doutrinas.
Sem ser omisso, ele duelou
contra as imposturas malinas.
O grande duelo se iniciou nas sinagogas
da Galiléia e teve continuidade
pelo templo de Jerusalém, sob as togas
de uma platéia sem autoridade.
Jesus não atacou seus adversários:
esperou receber ataques irados
e com sua luz, retrucou mandatários
isentos de destaques e respaldos...
Jesus usou como tática
inicial a base de uma mansidão
que produz, na prática
espiritual, a catarse da salvação.
Os adversários não captaram
a mensagem verídica
e, como corsários, zombaram
da imagem pacífica.
Jesus, então, mudou de tática:
Ele passou a atacar
toda aquela hipocrisia enfática
que ousou lhe criticar...
Derrotados, os algozes
de Jesus usaram um deletério plano
e soltaram suas vozes,
acusando-o frente ao império Romano.
As acusações não tinham fundamento.
Mesmo assim, Jesus se viu perseguido,
evadiu-se e só se entregou no momento
em que cumpriu sua missão e foi traído...
A sua jornada fugitiva,
pela Síria e locais pantanosos do Jordão,
foi demorada, educativa,
e trouxe paz aos vitoriosos sem omissão.
Conduz a bela história final
de Jesus à vitória real, sem engodos.
Da cruz, na memória atual,
reluz sua oratória triunfal sobre todos.
É essa a moral duma história imperecível,
impressa, afinal, na memória inesquecível:
Jesus ousou desafiar todo poder fugaz
e nos ensinou a lutar para obter a paz...

Paulo Marcelo Braga
Belém, 20/10/2007
(02 horas e 07 minutos).
Foto de Fernanda Queiroz

Eu te amo meu Brasil

Brasil de todos nós.... que desabrocha em minha serra verde um espaço para o amarelo, faz meu sangue azul anil e de meus olhos estrelas mil.

Em teu Hino entoado, uma emoção latente.... é um coro cantado que faz soar dobrado, onde no peito apoiado uma mão espalmada, num coração batente.

Coração unificado de milhões de Brasileiros, que pode sofrer o ano inteiro, mas jamais te abandonará, pois a glória deste povo, é viver para te consagrar.

Neste campo mesmo distante o tapete é tua cor....vai Brasil, vai de drible ou de chapéu, de elástico ou de caneta, pedala, mata no peito, mostra que nisto tu és perfeito... com o meio de campo a armar a zaga vai desarmar, e você vai cair com jeito, para poder escolher, de letra ou de cabeça, de bicicleta ou olímpico, não importa na questão.... vai Brasil, balance esta rede sem trave de meu coração.

E neste grito aturado, onde bradar é sagrado, percorre este gramado e não deixe a bola passar, não vá para banheira, isto dá impedimento, faz do coração deste povo repleto de envolvimento, onde aguardam aflitos que não haja expulsão, pois nesta turma de craques, que é pentacampeão, a amarela é recurso, mas, a vermelha desilusão.

Vai lá Brasil, bota bola na rede, como te coloco em meu coração,traga o Hexa na bandeja e oferece este povão, não faça acordo solidário, respeite tua Nação.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

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