recordação

Foto de Fernanda Queiroz

E o vento levou...

Diante de mim o mar
o mesmo que nos separou.
Silêncio presente,
contundente
Você ausente,
habita no passado,
sem estar ao meu lado.
Marca no peito.
tatuado com jeito,
brasão decorado,
que deixou picotado,
coração amargurado,
no tempo marcado.

Exaustão...

Nuvens turvas,
neblina permanente,
expressam linhas curvas
lendo na mente,
o que de repente,
foi a semente,
que não germinou.
E no solo cravou,
que no sonho brotou.
E o vento levou
pelo cosmo espalhou,
dos estilhaços gerou

Solidão...

Permanente no silêncio,
lábios cerrados,
sorriso calado,
Grito preso na garganta,
em total inoperância,
que por castigo dado
foi-me assim condenado.
A viver á distância
sem grito ou sussurro
no passado sem futuro
sem velório eminente
sepultou-me totalmente.

Silêncio...

E o vento levou.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados.

Poema não concorrendo

Foto de Maria Goreti

O PRIMEIRO SOUTIEN

Ah!
O primeiro soutien...

Menina-moça,
Flor em botão,
Beleza rara...
Mulher! Por que não?

Criança que cresce,
Metamorfose...
Quadris alargam
Seios aparecem.

Envergonhada encurva as costas,
Tentando esconder o que a torna ainda mais bela.

Mãe orgulhosa, porém preocupada...
É preciso protege-la da rapaziada.

Sai apressada, vai ao magazin
E compra pra filha um belo soutien.
Daqueles rendados...
Laços de fitas...
Recheados de espuma.
Afinal,
Vai demorar algum tempo
Para comprar outro igual.

Emocionada o entrega à filha.
Ficou lindo!
Que maravilha!

Mas o bico afunda...
Tristeza profunda!
Enche-o de algodão...
Que decepção!

Aquela renda espetando,
Os laços se desfazendo,
O bico da espuma afundando...

Ainda assim, ela - a menina -
Vai para o colégio.
Soutien novo... Que privilégio!

As amiguinhas enciumadas...
Os meninos a enxovalhar...

Volta pra casa,
Abraça a mãe a chorar...
E assim, abraçadas,
Chegam a uma conclusão:
É porque tanto nos entristece,
Que o primeiro soutien
A gente nunca esquece!

Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES - 25/09/06

Foto de Civana

Série Meus Ídolos: Abajur Cor de Carne

Não poderia deixar de homenagear alguém que me fez sonhar com um "abajur cor de carne, cortinas de seda e seu corpo nu...” Ai ai ai Ritchie, você pegou pesado na minha imaginação dos 20 e poucos anos. Nessa época trabalhava no Duty Free Shop do Aeroporto Internacional e essa música estava em todos os lugares, lembro que uma vez olhava os aviões pousando, decolando, taxiando e "Menina Veneno" tocando, que confusão entorpecente, dá pra imaginar a cena? Não? Tudo bem, mas eu viajei literalmente! ;)

Até hoje não vi definição melhor, simples, direta e intensa:
"Seu corpo inteiro é um prazer
do princípio ao "sim"

Aliás, acredito que muitas pessoas imaginaram esses passos na escada. E não minto em dizer que também sonharam com o próprio Ritchie cantando ao ouvido, como se fossem as próprias Meninas Veneno, rs.

Como tudo que faz sucesso permanece, muitos regravam antigos sucessos, alguns na verdade assassinam o original, como a regravação de Menina Veneno, feita por Zezé Di Camargo e Luciano. Eles que me perdoem, mas não dá tesão engolir o abajur cor de carne deles!

Engraçado que uma vez ouvi tocando na TV do quarto do meu filho, era a abertura de um programa da MTV, eu nem sabia, mas comecei a cantar no meu quarto, ele veio olhar rindo e perguntou como que eu já sabia a letra dessa música. Tive que explicar de "quando" era essa música, assim como muitas outras maravilhosas que estão sendo regravadas pelas bandas de hoje em dia.

Enfim, voltando ao motivo principal desse texto, criei, com títulos de músicas, uma homenagem a quem entorpeceu meus pensamentos nos anos 80.

"A vida tem dessas coisas", alguém misteriosamente surge em nossas vidas e nos transforma em "menina veneno". Fantasia, sonho, delírio? Talvez. Mas quem não gostaria de ter um "Casanova" e suas maravilhosas e misteriosas "transas"?
É só pedir aos céus para a solidão parar, já foram "lágrimas demais"! Sonhar sim, sempre e quem sabe, essa nuvem de cristal "sopra o vento" e transforma em realidade "tudo que eu quero"!

(Civana - 07/03/2004)

OBS: Vejam a versão original com música no blog http://civana.spaceblog.com.br/85070/Abajur-Cor-de-Carne/

Foto de Sonia Delsin

O QUE ME DIRIAS...

O QUE ME DIRIAS...

Sei que se estivesses por aqui dirias...
És tão bobinha.
Minha menininha.
Eu sei com que bondade me olharias.
Sei que me protegerias.
Mas será que não me olhas?
Será que não me guias os passos?
Será que tantas vezes não me ajudas a sair dos embaraços?
Há momentos em que te sinto tão presente.
Meu coração e todo meu ser sente.
Penso.
O que me dirias...
As orelhas me puxarias.
Sei.
Sei quando estou tropeçando.
Quando não estou me encontrando.
Tem horas assim que fecho os meus olhos e fico imaginando com que carinho de algum canto estás me olhando.
Pai, eu sigo meu caminho por aqui.
Sigo sempre te amando.

Foto de Soninha Porto

S O N H O

Sonhar de olhos fechados
redemoinhos de imagens
que entontecem minha cabeça
revelam meus guardados
e lá está você... sempre você...
Recosto em teu colo
escuto teu palpitar
murmúrio da voz dos ventos
inebrio-me de palavras de amor
estremeço em sensações
esqueço os ruídas dos lamentos
estanco no peito a dor.
Essa dose de sonho
projeta felicidade
dançamos ao som das ondas do mar
tento evitar que tudo desapareça
até que em segundos
resta a lágrima a divagar.

soninha porto

Foto de Civana

Chegando aos "enta"... (Escrito em 7/09/2002)

Faltam nove dias pra passar dos "enta"... Como será isso? Olhando no espelho não ocorreram muitas diferenças, alguns pequenos traços de mágoas do tempo. A cabeça, embora lute incansavelmente com as deprês do dia a dia, está muito boa. Lembranças tristes insistem em marcar presença, mas as boas quando querem ser lembradas superam qualquer expectativa.

Vivi muito? Não sei, acho que não. Talvez metade do caminho, pois tenho muita sede de viver ainda! Posso até dizer que vivi muito, quando vejo mulheres na minha idade que não conheceram, nem experimentaram metade do que eu tive oportunidade. Vivi muito porque fui ao Rock In Rio I. Vivi mais ainda porque pude recepcionar todos os grandes cantores que fizeram parte daqueles dias mágicos! Na época trabalhava no Aeroporto Internacional do RJ.
Vivi a loucura da Madonna e o delírio dos Rolling Stones no Maracanã! E voltando pra muito, muuuuito tempo atrás mesmo, vivi no mesmo Maracanã o show escandalizante do Kizz! E muitos outros que não deixei de comparecer, como Aerosmith, Bon Jovi, Titãs...Sempre Titãs! Discoteca? Sim, freqüentei muito!!! Inclusive a que ficava no Pão de Açúcar, que vista!
Futebol? Não ligo, sou Fluminense e nem lembro. Mas época de Copa do Mundo enlouqueço, viro outra pessoa, brigo se ficarem na frente e discuto os passes com meus irmãos, rs. Que santo é esse que baixa, ainda não identifiquei.

Enfim sou um ET? Não, tenho 40 anos e amo música, dançar, caminhar, falar, rir... Nossa, esqueci como eu gostava de rir! Era chamada pelos colegas no trabalho como a felicidade em pessoa, contagiava todo mundo. Estranho, essa "eu" se perdeu no caminho. Ahhhhhh... Não podia esquecer disso, até uma música fizeram pra mim, foi o Ronaldo Monteiro, o mesmo que compôs "Madalena", cantada pelo Ivan Lins no Festival da Canção. Nossa, que festivais no Maracanãzinho! Não me esqueço jamais da voz do Oswaldo Montenegro ecoando por todos os lados com "Agonia"! E o "Planeta Água" de Guilherme Arantes? Ai Ai... Onde foram parar nossos festivais? Onde foi parar nossa música?

Ops, volta a fita muié. A tal música que falei do Ronaldo, foi porque num verão em Arraial do Cabo eu o conheci junto com um grupo de amigos, cheguei a namorar um dos amigos dele. E a tal música acho que foi uma brincadeira dele com a gente. Nem imagino o nome da música, uma vez me falaram que era "Vida de Marisco", mas não tenho certeza. Nem muito menos sei quem gravou, pois fiquei sabendo dela quando cruzei rapidamente com ele no Aeroporto, numa de suas viagens. Uma pena, queria ter escutado... Gente, parece hora da saudade, mas os verões em Arraial do Cabo eram maravilhosos! Ai bateu uma tristeza... Fui pegar o cd do Oswaldo Montenegro e estou ouvindo Bandolins.
Bom, amanheceu o dia e nem dormi. Bom dia dona Insônia e Beijos pra vocês!

(Civana)

Foto de PoderRosa

Porta-Jóias e a Bailarina

Porta – Jóias e a Bailarina

No final da tarde
O sol caindo no horizonte
Traz devagar a saudade
Que arde e queima
E o céu se escurece
Cobrindo a luz natural
Com o brilho das estrelas
E a sutileza da lua cheia
Iluminando minha alma
Trazendo a paz que acalma
Transformando o coração triste
Em caixinha de música
Cheia de jóias
Que ao som da chuva
Mostra a bailarina
Rodopiando sem demora
Percorrendo minha memória
Recordando as tristezas
Mas sem perder a esperança
Começa a bailar
Ao redor do meu coração
Fazendo tudo mais tranqüilo
E nessa linda dança
Traz muita alegria
E no lugar do tédio
A paz e harmonia...

Foto de Sonia Delsin

COM NATURALIDADE

COM NATURALIDADE

Sabe o que eu te dei?
Eu te dei meu sorriso.
De presente... assim com a maior naturalidade.
Era preciso mais que isso?
Era?
Na vida muito pouco se guarda. Muito pouco se guarda de verdade.
É preciso muito pouco para se ter felicidade.
É preciso ter a leveza.
É preciso ser como a natureza.
Natural.
Não existe felicidade artificial.

Foto de Izaura N. Soares

Buscando Você

Quantas recordações eu guardo dentro do peito
Tentando entender o significado da palavra felicidade.
Quantas linhas foram traçadas.
Quantos rabiscos foram rabiscados
Para que você percebesse o quanto você é importante.
E, no entanto, vivo sempre cheio de saudades.
Busquei dentro de mim uma razão de viver e só encontrei você.
Ao te encontrar percebi que foi demasiadamente tarde
Não tive mais espaço e nem lugar no seu coração para alojar-me
Com carinho e emoção.
O que fazer com um destino perspicaz
Que nos joga um nos braços do outro
Sabendo que é tarde demais viver um amor que não foi
Feito para ele e que
Esse coração vive a sonhar e que sempre o esperou.
E quando o encontrou, não teve mais sentido viver esse amor.
Que demorou a chegar e o nosso tempo passou.
Mas restou um lindo sentimento que nos ensinou,
Que viver a vida plenamente é um presente divino
E que cada momento é para ser bem vivido.

Foto de Zênin Cirino

Anos 80

A buzina do velho Chacrinha,
Legião Urbana e Barão Vermelho...
Tempo bom que não reconheço mais
Se o procuro saudoso no espelho.

O tempo, comboio deseducado,
(Que passa por cima das placas),
Destrói calçadas ornadas de sonho
E deixa pra trás fumaça e marcas.

Mas inda posso ouvir o meu vinil,
Matar saudade de um tempo viril
e trigueiro da arejada infância.

E a poesia serve pra fazer,
(Numa mistura de angústia e prazer)
Um velho chorar como criança.

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