solidão

Foto de Eddy Firmino

Reticências

Olhe pela janela e diga o que vê
Há um mistério sem nem ou por quê
Num infinito de coisas para anelar
Há um manto de dor pairando no ar

Nada é o que parece ser
Por mais que afirmemos conhecer
Numa infinidade de coisas para contemplar
Mil e um motivos achamos para chorar

Para alguns o céu é só de estrelas
Para outros, nuvens de incertezas
Na imensidão dos bosques uns vêêm rios
Outros não enxergam nada além de baldios

As coisas parecem revelar um sentido
Como um mistério há tempo escondido
Vivemos e morremos ao procurar
Mas continua escondido sem se revelar

Na conclusão que se chega de tudo isso
Não importa o que digam...eu insisto
Nunca esconder o que penso pra salvar as aparências
Pois tudo se resume em nada e simples reticências...

Foto de Carlos eduardo S. Rocha

Poema à Gregorio

seu rosto é feito de areia
É apenas uma escultura
Nua e crua de subjetividades
Seu nome é uma invensão

Somente existo volátil
Feito de coisas pereciveis
Acredito em meu mundo de partes
Basta o vento para não existir

Em poucos anos você...
É tragado por um vazio
Só existirá em lembranças
De um mundo que deixou de existir

Foto de Danilo Henrique Pereira

Depois de Tudo

Sem mais a acrescentar, e a adquirir
O Homem acaba assim, como quis
Meio ao mundo, no final de tudo
Pensativo, incompleto, insatisfeito,
Logo faz o que sempre fez, e por vez
Acaba por acabar sem tentar, sem arriscar
A dor ainda é boa, é divina, machuca, faz ferida
O Homem acaba sem graça, sofrido, incompreendido
Arruma paixões mentirosas, esquece quem foi,
Natural ordem das coisas, no final são todos iguais
Um resto, sem muito uso, consumista, ignorante
Por mais que reflita, o presente lhe motra
a imperfeição das atitudes, o caminho traçado
O Homem acaba, mas ainda vivo, como uma arvore
Parado, imovel, pensativo,
Perplexo por reconhecer onde está, familharizado
Triste por saber que tudo foi feito por ele mesmo...
Consquistou o que menos apreciava.
O holocasuto dos pensamentos, a morte da vida
Por assim dizer... a solidão!

Foto de Eddy Firmino

SOLIDÃO

Solidão...palavra triste demais
Reflete o sentimento despresível de um jamais
Como num castelo sozinho a chorar
Sem ninguém para ver...sentir...tocar

Solidão é como um barco à deriva
Sozinho...abandonado...nada motiva
Uma cadeia em que prendemos a nós mesmos
Sem fuga,sem chave,continuamos nela presos

Na solidão sepultamos sonhos irreais
Mergulhamos em fantasias sem iguais
Quem dera voltar à realidade novamente
E não devotar-me ao meu mundo simplesmente

Quando sozinhos estamos
queremos liberar
Sentimentos ocultos
que vivem a sufocar

Tanto magôa, espreme e comprime
É cruel,hedionda e misteriosa como um crime

Mas o mundo não para de girar
A solidão vai
A solidão vem
Não quer abandonar

Solidão: Cruel inimiga que nos mata
Solidão: Querida amiga que maltrata

Foto de Carmen Lúcia

A dor de uma saudade

♥♥♥


A ntes não houvesse cedido, por ter-me arrependido,
M as as circunstâncias me atiraram em teus braços
A gora é tarde...recomponho os fatos...
N oite vazia, coração sangrando, algo inesperado.
T e vejo andando, vindo ao meu encalço
E foste um bálsamo para a minha dor
S oprando a mágoa de um antigo amor.

A garrei-me a ti e me secaste o pranto
R etrocedi no tempo, me esqueci do engano
R etribui o amor que então me ofertara
E nos amamos tanto, como ninguém amara
P erdidos na entrega de um amor sem planos...
E fomos mais felizes do que imaginamos.
N ão...não podia acabar assim,
D epois de ter-te dado o que restava em mim...
I nda que fosse apenas para ouvir tua voz...
D isseste que jamais teria fim, mas te foste, enfim...
O destino é assim, cumpre o que foi traçado, destino amaldiçoado,
S ós estamos, perambulando vamos... Eu e a tua sombra.

_Carmen Lúcia _
(janeiro de 2007)

Foto de isabel.P

"Mãe"

Jardim outrora vivo em cor,
oh tempo amargo, que a cor levou.
Deambulando dissimulado,
oh espírito solitario, só tu podes ser.
Que olhos desatentos não conseguem ver,
olhos curiosos dão pelo ser.

Foto de Fernando Poeta

Uma tarde Para Esquecer

Exponho tão fácil o que sinto,
Tão forte o que vejo,
Que torna-se resoluto o meu desejo,
De deixar fluir pelos poros meu sentimentos.

Desnudo minh'alma empírica,
Nesta tarde fria e cinza,
Entrego em palavras e versos,
Todo desespero de minha solidão.

Agora o que cerca-me são ambientes vazios,
Paredes nuas em tons ambíguos,
Sons fortes e torturantes,
Do mais obsceno silêncio.

O que resta além de tudo isto?
A tentativa vã de um sorriso?
Mesmo buscando encontrar motivos,
Com palavras apenas para meus ouvidos?

Pois assim vivo e me vejo,
Como louco falando comigo mesmo,
Distante da algazarra da vida,
Morrendo aos poucos, aos poucos ficando sem vida.

Tão severo castigo imposto,
À quem buscou errar tão pouco,
À quem quase acredita ainda,
Que um dia não haverá lágrimas vertidas.

Foto de Oliveira Santos

Para O Dia Do Adeus

Se eu chegar a partir nos dias de agora
Não quero ter homenagens
Nem lembranças de outrora
Como muitos personagens
Que se vão de última hora

Se eu faltar neste mundo daqui a pouco
Que seja despercebido
Num momento neutro, oco
Como até aqui tenho vivido
A pagar sem receber troco

Se num dia desses eu não estiver mais por perto
E algum vivente comentar
Levante as mãos para o céu de certo
Que estarei em melhor lugar
Que neste infindável deserto

Se alguém qualquer puder no dia do entombamento
Por na pedra mortuária
Por favor este lamento
Numa escrita funerária
Deixou o mundo e agora é só deslembramento

13/10/99

Foto de Carmen Vervloet

PROCURANDO ESTRELAS

Meus olhos insones perdidos no horizonte
tentando desvendar a ausência das estrelas
ancoram logo na primeira fonte
na ilusão de no espelho d’água vê-las.

Mas parece que a luz dorme cansada
coberta pelo negro manto da escuridão...
Meu olhar à deriva na água ondulada,
afoga na solidão, a breve inspiração.

Mas um anjo me viu nesse abandono
e nas suas asas de plumas trazendo aconchego
veio embalar mais uma vez meu sono
envolvendo-me em seus braços num doce chamego

Carmen Vervloet

Foto de Oliveira Santos

Sonho

A noite seria inesquecível: nós frente a frente sentados a uma mesa
num jantar especialmente feito a quatro mãos.
Bebida era a de costume: aquela cerveja "véu de noiva", que apesar
do sabor um tanto amargo era degustada solenemente como um
vinho raro.
A música embalava o diálogo e, repentinamente, decidimos dançar.
Corpos juntos, abraços calorosos, carinhos na nuca, sussurros no
ouvido e o tempo parecia não passar.
Subitamente o silêncio nos toma e nossos olhos se confrontaram,
recuaram e investiram novamente como se quiséssemos dizer, fazer
algo.
O clímax cada vez mais próximo e estávamos prestes a realizar tudo
que queríamos e quando abri os olhos olhei ao redor e não havia
noite, não havia bebida, não havia música, não havia você.

27/04/96

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