tormento

Foto de pttuii

Psicodrama

na área aventurosa do poema,
esboçado está o focinho
das coisas inaudíveis,
sendo que por caudal frio da criatividade
entende-se a insegurança do poeta,

pelo menos com a má reacção de quem
vê como um insulto esta
queda de água de frustrações literárias,....

e por aventuroso o poema terá o cheiro,
é de experimentar leitura sucinta,
com um final de dia experimentalista
e frustrante no sentido menos falacioso
do termo......

Foto de pttuii

A velha

Bombas de sala,
Em casa de Lambada,
Tudo às claras,
Com o sussurro a escorrer,
Em paredes que falam,
E dizem-se metálicas.....

Com o lixo prolífero
onde dança o gato que fala,
A fungar o que sobra,
O que está em monte,
Pernas de rã,
Bigodes de rato,
Merda de homem,....

A velha que varre,
De varizes que sangram,
Ela tem bigode,
Porque o homem dela já se foi,
Menos um,
Menos merda,
Para varrer,...

O sol nasce duro,
Preso de movimentos,
Traque um,
Dois traques,
Contorce-se o penso,
A boiar na pia,....

Com António de Oliveira,
Dançam as sopas,
O cavalo morre de cansaço,

E a velha dorme,
Menos pernas, dois braços,
Mamas caídas,
Nos joelhos.....

Foto de pttuii

Há quem peça mundos....

E de noite refreei,
Fi-lo a seco,
Olhos para o átomo,...

Corpo platinado,
Mãos a forjar planos,
De contingência bélica,...

E de noite suspirei,
Há quem peça mundos,
Eu pedi infalibilidade,...

Pedir, não exigir,
Crença no homem clareza,
Para de noite divergir,...

Aqui me apresento,
Assim, paralisado,
Ao vento....

Foto de pttuii

Morte enpacotada

Esgravata-se tanto, que a terra chega a ser um laivo de poesia feita de lambadas. Os torrões do tal desmentido de vida cravam pus nas feridas inanimadas. O sopro de tal consequência, desfaz pruridos de inevitabilidades alcançadas quando o respirar dói, mas também faz feliz o simples arfar de perceber como o tempo perspassa a tarefa árdua de estar aqui.

Foto de Lorena Luiza Fernandes

Transfigurar você.

Deixa eu te tirar dos meus pensamentos?
Te transferir, te transformar
Traçar as suas linhas turvas,
Retirar tua imagem dos meus sonhos e ilusões
Transfigurar você.
Te teletransportar para meus dedos e te escrever
Pra ver se assim, te desligo de mim.
Não me chames, minha chama ardente;
Porquê tu ardes em mim.
Preservar-me-ei do teu fogo!
Vá, não sopres minha ferida,
Pois não sou mais como antes,
Vou curar minha chaga.
Deixa-me, quero voar
Pelo ar, não quero te acompanhar,
Permita-me?
Permita-se!

Foto de Lorena Luiza Fernandes

A minha liberdade.

Eu tenho tantas pombinhas, juntando todas não tenho mãos suficientes pra segurar... Eu tenho tanto de mim espalhado pelo mundo, sem um lugar fixo. Eu prego tanto a minha liberdade e me sinto bem em oferecer, o problema é que tem gente que não quer liberdade, tem gente que quer sufoco, não suporta solidão. Assim, acabo deixando tantas pombinhas se perderem do meu pombal, mesmo sem ter vontade de que a pomba vá embora, deixo ela partir sem ressentimento. Talvez o tamanho da liberdade que eu ofereça, seja equivalente ao tamanho do sentimento que guardo, porque quero sentir gosto de ser ligada a alguém por meios transcendentais, gosto da ligação de pensamento, de coincidências, coisas do destino... Dos fluxos que se encontram na vida, sem a necessidade de cobranças e pressões. Quero que todo mundo que guardo em mim seja livre, mas que saibam que a todo instante estou pronta para receber quem foi de volta, de braços bem abertos. Mas enquanto às pombas não voltam? Espero, sempre há tempo. E sei que tudo no final da certo, ainda não deu certo? É porque ainda não acabou. Já dizia o Sabino, não sou ninguém pra discutir.

Foto de pttuii

Modinha

senhoras e meios senhores,
de noite começa a mentira,
de que querer penhores,
fica melhor a quem suspira,...

a dormir se fazem os justos,
pessoas de médio porte,
porque quem vive de sustos,
cedo se desfaz do Norte,...

gente faz possíveis,
tocada a lenha mole,
já que de notas incríveis,
vivem os sem pedra de toque,...

tudo a esforço para dizer,
que quem não pensa sofre,
desfazem-se sem querer,
mentiras pintadas a ocre,....

Foto de pttuii

Internato

um dia,
fracturei
o que conta
menos que
suposto amor
por nós,
em hospício
ainda ando,
à coca de
lentas
e possíveis
brotoejas
de gente vulgar....

Foto de pttuii

Desenho

A chuva caía incessantemente, desenhando círculos concêntricos na calçada de granito. O petróleo nos lampiões teimava em arder, dando uma luz baça à rua dos sonhos perdidos. A maledicência humana feita gente tombou, nua, no frio da madrugada outonal. Um buraco no céu cor de chumbo abriu-se, e direccionou-a para onde sempre quis estar.
Entre o previsível anoitecer das almas conformadas.
Ao erguer-se, deixou transparecer uma inapta e longa cabeleira ruiva, que assentava irregularmente em ombros magros e fracos. Limpou a poeira da solidão que lhe cobria os olhos, e rodou o pescoço até onde a anatomia o permitiu. Era um espaço deserto o que se preparava para conquistar.
O vento trombetava o hino da vitória, e as luzes trémulas da parca iluminação pública deram-lhe o embalo que precisou para a procura da capitulação.
Ao primeiro passo confiante, seguiu-se um segundo desconfiado. A terceira etapa da rota do sucesso, foi ferida com a machadada da incerteza.
Um corpo desceu de uma escadaria íngreme e derrotada da batalha com o tempo.
Abstraído de vestes, soluçava rezas incompreensíveis que ganhavam estridência, compassadas com o ritmo da chuva que caía, decidida a empalidecer o céu de chumbo.
"Chamo-me vida, e derrotei a minha própria essência nesta rua de sonhos perdidos"
Feminina por aproximação, desapareceu em vãos passos de medo. O caminho ficou aberto, e alguém desenhou o armísticio do rápido impulso bélico que mudou o destino do mundo.
Acho que já me posso apresentar. Alguém escreveu a palavra cobardia no documento que atestou o meu nascimento, e é meu o desenho que apreciam. Estive lá naquela noite de armagedão silencioso, e sobrevivi para contar que o homem não é quem diz ser. Julguem-no antes por aquilo que conseguem ler nas suas costas.

Foto de eliane rocha

chuva a procura do mar...

Sou como a chuva a procura do mar ao cair sobre a terra,
É levada aos rios.
E ali encontra tantos obstáculos curvas, descidas,quebradas, cachoeiras e vales.
E nem sempre consegui cumprir seu destino sua procura.
Logo vem o calor e outra vez vira vapor.
Assim sou eu a te procurar tantos caminhos, tantos espinhos e nada de te encontrar.
As vezes nessa procura q guase me leva a loucura, consigo ao menos te avistar,
mas guando guase ao alcanse de minhas mãos vem o calor e me faz evaporar para em outra nuvem me transformar.
E mais uma vez, começo tudo outra vez; até guando serei como a chuva? só me machuco nesse tanto caminhar a procura desse mar: que é você!!!

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