tristeza

Foto de Carmen Lúcia

Sou...e não sou...

Sou arredia, um bicho acuado,
Que foge de carinho por não ser acostumado.
Sou o escárnio, o sarcasmo, o pútrido,
A queixa a se manifestar no púlpito.

Sou a esquina úmida e vazia,
A conseqüência da noite de euforia...
Sou o rio que nunca chega ao mar
E morre na praia sem saber amar.

Sou a dor que pulsa quando o amor se vai...
A lágrima triste que rola e se esvai,
Sou o incesto que não foi amado
E o mistério jamais revelado.

Sou a tempestade que o barco afunda,
O fantasma que surge da penumbra...
Da alma, a amargura...
Da vida,a desventura...

Tijolo podre de uma construção
A desabar em qualquer ocasião...
Dependente...carente...mal amada,
E mais que isso...Sou nada!

(Carmen Lúcia)

Foto de Lucianeapv

DISCRIMINAÇÃO

DISCRIMINAÇÃO
(Luciane A. Vieira – 25/04/2012 – 14:01h)

Discriminação, sob qualquer forma, é terrível na vida de um ser humano!
A sociedade em si trata todos aqueles ‘diferentes’ segundo seus parcos e denegridos conceitos com tal desprezo fortuito, fazendo seres humanos com tudo para ser considerados normais passem a se sentir “peixes fora d’água” quando o assunto é “ser rico”, “ser pobre”, “ser gordo”, “ser magro”, etc.
Lembro-me, há alguns anos, quando minha irmã caçula chegou em casa chateada e triste pelo que ouviu de nossa prima (apenas 20 dias mais jovem) uma frase que mudou, de certa forma, toda sua vida. Na época elas deveriam ter, mais ou menos, 14 anos.
Um colega, vendo-as juntas, perguntou se eram gêmeas, devido ao fato de se parecerem tanto (ambas eram bem clarinhas, olhos claros – uma azuis e a outra verdes – cabelos loiros e cacheados, mesma altura etc), ao que nossa prima riu e debochou nos seguintes termos:
- “Não... Eu sou a prima rica e ela a prima pobre...” – e zombou de minha irmã.
A partir daí nunca mais as vi juntas...
Isso só veio à minha cabeça por ter sido um tipo de discriminação que achei injusto para com minha irmã, na época, e porque marcou, de certa forma, nossa vida e a maneira de vermos o mundo.
Na época em que fui criança, não era “crime” ser “gorduchinha”, nem se era, claramente, marginalizado pelos coleguinhas de escola...
Mas naqueles tempos gastávamos energia sempre...
Nossas brincadeiras não eram frente à TV, com o vídeo game, nem frente a uma fria tela de computador...
Não...
Naquela época brincávamos de pular corda, soltar pipa, procurar girinos em córregos (perto de minha casa tinha uma mina e um pequeno córrego...), amarelinha, passar anel, carimbada, bicicleta, pique de esconder, e tantas outras brincadeiras sãs, que nossos pais não precisavam ficar se preocupando em levar-nos ao médico todos os dias e nem regrar em nossa alimentação...
A vida era uma festa...
Acreditem: podíamos brincar de bicicleta nas ruas próximas de nossas casas sem ninguém para nos vigiar, pois nossos pais confiavam na obediência dos filhos que tinham e nos olhos da família, vizinhos e amigos existentes nas redondezas para cuidar discretamente de seus filhos de maneira sã.
Mas aqueles tempos acabaram...
Hoje em dia não se pode confiar mais nem mesmo nos pais que se tem... quanto mais em família, vizinhos e amigos...
Hoje em dia também não se pode confiar na qualidade da comida que se ingere, pois tudo contém conservantes, hormônios, estabilizantes, aromatizantes, e tantos “antes” mais ali adicionados fazendo a comida ter sabores melhores (embora não naturais) e fazendo nosso paladar se esquecer da simplicidade de alguns anos atrás...
Hoje em dia nem mesmo o leite é leite... Eu já me esqueci do sabor que tem o verdadeiro leite... Antes eu até cheguei a tomar leite tirado na hora, em uma caneca, de uma vaquinha, na fazenda de primos onde íamos sempre...
Hoje em dia não podemos chegar em uma fazenda e bebermos leite puro tirado diretamente do úbere de uma vaquinha... pois é considerado anti higiênico...
E com isto veio a epidemia de obesos em todo o mundo...
Sim, pois afinal não há mais segurança para nossas crianças brincarem... não há mais espaço para comidas realmente saudáveis... não há mais lugar para se viver com equilíbrio neste mundo globalizado...
Antigamente eu sabia que existiam outros países porque estudava sobre eles, mas eles eram distantes a todos... mas hoje em dia estes mesmos países estão dentro de nossas casas, atrapalhando a vida em nosso país, com suas crises mil, tentando despedaçar e fragilizar o nosso “pedacinho’ de mundo... E olha que a crise é deles e os discriminados somos nós... pois somos, ainda, considerados “selvagens” de terceiro mundo...
Em um breve resumo, somos discriminados por:
- sermos gordos ou magérrimos
- sermos tristes ou alegres
- sermos altos ou baixos
- sermos feios (os belos nunca são discriminados...)
- sermos pobres (ricos nunca o são... hehehe...)
- sermos muito fortes ou muito frágeis
- sermos emocionais ou rígidos
- sermos brancos ou negros ou amarelos ou pardos... etc...
Enfim: tudo leva à discriminação do ser humano... bastando, para isto, que este ser seja vivo e tenha sentimentos...
Poderemos, em alguma época futura, sermos apenas humanos???

Foto de Carmen Vervloet

Anjos sem Asas

Nascemos anjos,
à medida que crescemos
absorvemos conceitos
e preconceitos,
cresce a razão...
E a dimensão do corte das asas...
Por um tempo ainda
somos Anjos com pequenas asas,
sonhadores insistentes,
contra mentiras,
contra injustiças, contra o mal!
Mas sobreviver é preciso!
Somos mortais indecisos,
imprecisos, imperfeitos, anuentes,
ausentes, indulgentes,
carentes, viventes, duais!
As injustiças sociais, a descrença,
o desamor, a desilusão, a mesmice,
a falta de espaço
amputam de vez nossas asas.
Inertes... machucados, sangrando
já não podemos voar...
Pés colados ao chão,
transigentes,
somos arrastados pela procissão
onde o santo carregado no andor
é o “santo poder dos influentes”
cego, surdo, mudo,
“santo do pau oco!”
A nós só cabe dizer amém
ou então
usar o voto como arma
e em união vencer a guerra
contra a corrupção,
ferir mortalmente este
“santo” hipócrita,
que nada entende de sonhos
e que nós faz desistir dos vôos
além da rotina da sobrevivência.

Foto de Tiaginh

São dias de pura recordação!

São nos dias mais cinzentos,
que a esperança se vai,
onde tu desapareces,
onde a lágrima cai.

São em dias como esse,
que não me reconheço.
São dias como esse,
em que simplesmente desapareço.

São nesse dias,
que me falta a inspiração,
são nesses dias,
que não encontro a razão,
da tua partida,
do meu coração,
da minha vida.

Se alguma vez te magoei,
acredita que não foi por querer,
por o fim nunca esperei,
e muito menos te fazer sofrer.

São em tais dias,
que não consigo andar,
são em tais dias,
que no pulmão se aperta o ar.

Tem vezes que olho para o céu,
aquela imagem de fundo a brilhar,
que me recorda algo teu,
que nada mais era do que o teu magnifíco olhar.

Tem vezes que me chego perto do mar,
só para mais uma vez a tua voz escutar,
só para mais uma vez me relembrar.

Recordo dias em que só tu me conseguias alegrar,
dias esses que irei para sempre recordar,
recordar-me do teu tocar,
da tua maneira de falar,
do teu lindo olhar
e jamais esquecer o teu explendido beijar.

Foto de Carmen Vervloet

Angústia

Mão que aperta,
comprime o peito.
Lâmina afiada
que degola a alegria...
O laço desfeito,
o vazio no leito,
o fim da caminhada.
No confronto com a morte,
a vida sem norte,
a alma desamparada,
inconformada...
A dor insistente,
agonia presente,
evidente e persistente.

Foto de Carmen Vervloet

E a Vida Continua...

Ontem rios de lágrimas,
a vida em preto e branco,
as cores apagadas no pranto.
Estampada no olhar,
a dor que parecia não passar...

Hoje a saudade que insiste,
a imagem que persiste
bem dentro do coração.
Mas a vida continua
e a alma segue trôpega e nua.

O coração cansado de sofrer
busca nas entrelinhas do alvorecer
motivos para preencher o vazio
da seca que sofreu seu rio
na vazão do fim silencioso e frio.

Foto de Carmen Lúcia

Pessach

Passagem, Páscoa, Pessach,
ponte de amor sobre o abismo,
passar da condição de escravidão
para a liberdade, vencer o sismo,
voltar-se à caridade,
calar as iniqüidades.
Renovação de esperança,
com Cristo, nova aliança.

Páscoa,
da morte para a vida,
fim dos tormentos,
bárbaros acontecimentos,
de sangue e de cruz...
Passagem...
das trevas para a luz.

Oportunidade de retrospectiva,
estabelecer um ponto de partida
para recomeços...
Modificar os avessos,
repensar os próprios erros
e procurar acertar.

Vida nova, iluminada e regrada
pelos preceitos de Deus...
Buscar a terra prometida,
imagem refletida
no coração dos cristãos.
Sairmos do “Egito”,
vivermos como irmãos.

_Carmen Lúcia_

Foto de Francisca Lucas

Sozinho

Sozinho
Francisca Lucas

Depois que tu partiste...
Eu vivo tão triste,
Sozinho e cabisbaixo.
A vida só me reservou o vai e vem dessas ondas,
Ondas deste grande mar de incertezas,
Que muitas vezes só me trazem o lixo,
Sim, o lixo das lembranças,
Lembranças de ti e do que vivemos juntos!...

Hoje aqui, sentado neste banco,
Oro e imploro,
Que, um dia eu possa ser libertado desta grande tristeza,
E vir a morrer em paz!

... - ...

Foto de Carmen Vervloet

Despedida (Para minha Mãe, com todo meu amor)

Mãe, segure na mão de Deus e caminhe sem medo
Entre neste túnel de luz que se abre e a atrai
Deixa pra traz este mundo de lutas e tantos enredos
Vai em paz, siga o clarão, não olhe pra trás.

Mãe, minha melhor amiga, confidente e companheira,
acabou este longo sofrimento que tanto a desgastou
Já não existem entraves, dor, gemidos, nem barreiras
Deus fez de seus atos um balanço e por mérito os aprovou.

Abrace papai, vovó, vovô, toda a família que tanto amou!
Usufrua do bem que fez e que só a abençoou...
Entregue-se a esta nova vida com a honra da plenitude
E perpasse o mistério da morte, com o passaporte de suas nobres atitudes.

Mãe, saudade... muita, tanta, imensa, infinda, vai deixar...
Mas deixa também um exemplo de amor, superação, integridade, alegria, doação...
E quando a agrura da vida a nós, suas filhas, molestar
É só lembrarmos, como era bondoso, simples, imenso, puro, corajoso seu coração.

Mãe... Este adeus é apenas um adeus temporário, provisório.
Logo ali na frente todos iremos felizes, te encontrar e abraçar
As suas atitudes frente à vida serão sempre nosso espelho obrigatório
A herança que deixou foi a sua imensa capacidade de só e sempre amar, doar e perdoar.

Foto de Carmen Vervloet

Ecologia: Frase 1

Só polui os rios quem está seco de amor.

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