tristeza

Foto de poetisando

Morte VI

Ó morte por onde andas
Deves de andar disfarçada
Porque não me vês tu
Nesta minha vida amargurada

Andas tão bem vestida
Que me andas a enganar
Tira essa roupa de disfarce
E trata de me vir buscar

Vivo como estando encerrado
Mais parecendo escondido
Leva-me morte depressa
A vida para mim não tem sentido

Não ouves como eu te grito
Ou finges não me ter ouvido
Porque não me queres levar
Desta minha vida sem sentido

Tu que andas tão disfarçada
Não vês que estou da vida vencido
Vem-me buscar depressa
A vida para mim não faz já sentido

Tantas vezes te tenho gritado
Para tu me vires buscar
Porque finges que não me ouves
Continuas a no mundo continuar

Ó morte por onde andas tu
De ti não ando escondido
Leva-me depressa da vida
Vida que não tem mais sentido

De: António Candeias

Foto de poetisando

Morte III

Ó morte que és tão afoita no que fazes
E nas escolhas que tens no critério
Porque não me vens tu buscar
Levar-me para a cova do cemitério

Deixa-te de andar distraída
Olha o que e o meu viver
Não fazendo mal a ninguém
Vê o que me fazem sofrer

Não me deixes continuar
A viver como estou vivendo
Leva-me quando estou a dormir
Porque já me sinto morrendo

Ó morte leva-me rápido
Que estou cheio de pressa
Leva-me para o cemitério
Que a vida já não me interessa

Não me deixes mais sofrer
Que estou já tão cansado
Levas tanta gente que faz falta
Só a mim não vês como tenho penado
Não me deixes continuar a viver
Leva-me não estejas distraída
Estou cansado deste meu sofrer
Farto do que tem sido a minha vida

Não fazendo eu mal a ninguém
Deixo ficar ao teu critério
Mas não demores muito
A levar-me para o cemitério

De: António Candeias

Foto de poetisando

MORTE II

Quando me vieres buscar
Leva-me com bastante rapidez
Não quero mais viver neste mundo
Onde vejo cada vez mais estupidez

Tantas crianças a passar fome
Estou farto de ver tanta guerra
Tanto senhor inteligente
E na miséria não pondera

Guerra que tanta destruição
Esta a causar a humanidade
Esses senhores inteligentes
Só podem estar a agir por maldade

Não vem o que os rodeia
Cada vez mais gente faminta
Crianças a perderem os pais
Com uma dor infinita

Quando me vieres buscar ó morte
Leva-me logo de repente
Não quero ver a aumentar
Mais a fome a esta gente

Não vos pesa a consciência
Senhores que mandam no mundo
Por verem tanto mal que estão a causar
Tanta guerra e fome que causam
Por causa do dinheiro ganhar

Ó morte por onde andais
Que não vês o meu padecer
Vem-me buscar depressa
Não quero mais neste mundo viver

De: António Candeias

Foto de poetisando

Como poderei calar o Mundo

Se pergunto pelos amigos, sou um interesseiro
Se não pergunto, sou um grosseiro
Se falo, só digo disparates
Se não falo, não sou social
Se procuro alguém, sou solitário
Se não procuro, sou vaidoso
Se dou a minha opinião, tenho a mania que sou intelectual
Se não dou, sou um Maria-vai-com-as-outras
Se gosto de alguém, sou engraxador
Se não gosto, sou antissocial
Se amo, sou fingidor
Se não amo, sou desalmado
Se vivo á minha maneira, sou convencido
Se não vivo á minha maneira, sou um perdido
Se gosto de toda a gente, sou um iludido
Se não gosto, sou caprichoso
Se procuro o meu destino, sou um desesperado
Se não procuro, sou um desesperado
Se digo que amo alguém, sou um mentiroso
Se digo que não amo, digo a verdade
Se afirmo as minhas convicções, ninguém acredita
Se tenho sucesso na vida, tenho padrinho
Se não tenho sucesso na vida, sou um coitadinho
Se não concordo com a situação, sou um revoltado
Se concordo, sou um bem instalado
Se gosto desta sociedade sou um querido
Se não gosto, sou um inimigo
Faça eu o que fizer viva como queira
Este mundo arranja que de mim falar
Goste do Mundo como está ou não
Nunca o Mundo poderei calar
De: António Candeias

Foto de Carmen Vervloet

Do Sentimento

Não importa se o verso é bom
ou se é ruim...
Não importa o julgamento
de quem o lê, distraído.
Importa sim, o que o verso transporta...
O sentimento, que alado, sai da alma
do poeta e de tão leve pousa num coração
que suspira, ri ou verte lágrimas,
como se recebesse um beijo de amor
soprado pelo vento.

Foto de poetisando

Sem ti eu fiquei

Vou esquecer as tristezas
Que me fizeram só chorar
Esquecer as decepções
Que só me fizeram lamentar

Vou procurar outro caminho
Mesmo que tenha pedras
E que as tenha que desviar
Sei que vou dar mais quedas

E sempre me irei levantar
Não me importam os altos e baixos
Que sempre irei encontrar

Por eles sempre irei passar
Já passei tantas noites
A chorar até a soluçar
Já fiz perguntas a mim mesmo
Sem respostas encontrar

Passei por muitos tormentos
E sempre a eles sobrevivi
E tudo o que consegui
Foi eu amor ficar sem ti

De: António Candeias

Foto de poetisando

Não chames amigo

Não voltes a dizer que és amigo
A quem não tens amizade
Amigo é ser sempre sincero
Não para se fazer caridade

Nem devias tratar assim
Alguém que é teu amigo
Mesmo quando mentias
Estava sempre contigo

Não digas que és amigo
Quando sabes não é verdade
Chama antes um conhecido
Esse pode precisar de caridade

Não tornes a chamar amigo
A quem só tens para usar
Sabes que ele é teu amigo
Porque e que estas a brincar

Amigo que nunca te enganou
Não o devias assim tratar
Podes vir a precisar dele
Ele não te querer mais ajudar

Se hoje estás levantado
Ao amigo podes agradecer
Enquanto outros se riram
Ele te ajudou a te erguer

Não voltes a dizer que és amigo
A quem não tens sido leal
Mesmo sabendo que era usado
Por ser teu amigo não te quer mal

Quando o vias para ti sorrindo
Estava a dar-te força para venceres
Queria-te ver levando do chão
Não te queria ver a sofrer

Agora estás a chamar-lhe amigo
Quando só o tens usado
Amigo é para todas as ocasiões

Não é só para quando temos tombado
Por isso não voltes a dizer amigo
A quem não tens amizade
Amigo para se ser amigo
Tem que haver sinceridade

Podes vir a perder o amigo
Nunca mais o teres de volta
Podes vir a precisar dele
E ele já não te abrir mais a porta
De: António Candeias

Foto de poetisando

Cansei I

Tudo pelo qual sempre lutei
Está em derrocada está tudo a cair
Estou cansado nada posso fazer
Não tenho já forças para reconstruir

Nunca pensei que pudesse acontecer
Tanto que eu lutei sem conseguir
Está na hora de me ir embora
Não quero ninguém ferir

Vou seguir o meu destino
Fazer uma nova caminhada
Recordando os bons momentos
E os carinhos até á minha chegada

Ao longo da minha caminhada
Irei andando para outro lugar
Vou para outro sítio talvez melhor
Onde possa tudo me recordar

Não tenho já sorriso para expressar
Só lágrimas me estão a correr
Vou-me fazer ao caminho
Não sabendo onde irei ter

Tudo pelo que tanto lutei
Vai ter mesmo que mudar
Mas vou partir mesmo cansado
Sempre sozinho irei caminhar

Tudo tenho que reconstruir
Não sei ainda como fazer
Parto com um sentimento
Com as lágrimas a correr

De António Candeias

Foto de poetisando

Caminho percorrido

Tive flores no caminho
Que me alegraram o viver
Tive muitas tristezas e espinhos
Que me causaram dor e sofrer

Não tive promessas na vida
Essas estranhas palavras de boca
Tive muitas lágrimas perdidas
A correrem-me até boca

Tive desejos insanos
Sem ter qualquer glória
Amor não conheci
Por isso não tenho história

Tive muitas surpresas e enganos
No meu caminhar pela vida
Sofri dores tamanhas
Desta minha vida já vivida

No caminho que já percorri
Muita coisa eu aprendi
Erros também alguns eu os fiz
Muitos ainda eu corrigi

Tantas flores no meu caminho
Cada qual com a sua cor
Por tanto sítio que caminhei
Sem nunca encontrar o amor

De: António Candeias

Foto de Carmen Lúcia

Circunstâncias

Circunstâncias reverteram meu perfil,
invadiram-me a alma,
redigiram meu destino...
Teia ardilosa!Armadilha sutil!
Transtornaram os meus planos,
vasculharam meu avesso...
Fizeram-me, da medalha, o reverso
e de meu sorriso, o inverso.

Circunstâncias mudaram o meu rumo,
inverteram meu trajeto,
impuseram-me decreto...
Tomaram-me as rédeas,
conduziram meu futuro,
embargaram-me o presente,
embaçaram meu passado
que prefiro nem lembrar
para não me ver chorar...

Circunstâncias são tratores,
represálias aos amores...
máquinas devastadoras
que arrastam e assolam
sentimentos mais profundos
e a dor maior do mundo
vem à tona...E detona!
Reabrindo as feridas,
impugnando a vida.

(Carmen Lúcia)

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