Foto de raziasantos

Chora Israel.

Jerusalém, Jerusalém!
De surdo te fizeste...
Até quando comeras a carne dos teus filhos?
Até quando beberas o sangue do teu povo!
Negaste-te o que veio para tua salvação!
Faz caminhar em vale de sangue toda sua geração:
Oh Israel não te bastaste o holocausto para
Que se arrependeste dos teus maus caminhos?
Há cerca de cinco milhões de anos tu tens anexado o ódio aos
Palestinos lutam entre si por um pedaço de terra acaso se esqueceram
De do pó vieste e ao pó voltaram?
Esqueceram-se do amor vivenciando a morte e dor.
Por que lutam entre irmãos? Se da mesma terra tiram seu pão!
Adubam sua terra com corpos de inocentes!
Deitam e levantam sem paz ainda dizem somos filhos da paz!
Israel, Israel volte para teu Deus e ele te ouvira!
Ante que de ti nada mais sobrara!
Chore Israel clame ao teu Deus ele te ouvira!

Foto de Alexandre Montalvan

Pedaços de Vida

Pedaços de Vida

Não sobre o pó
não derrames tuas lagrimas
errante pesadelo que se encerra
e sobre o rosto macilento, terra.

Nem as palavras se desenham
nem o vento prolifera
talvez um pássaro agourento
que espera em vão
alguma comida
migalhas de uma vida
um pedaço da carne
jogado ao chão.

Gota a gota cada sentimento
rasgada a faca patética amargura
no estertor da desventura
abre caminhos. . . morte, pensamentos
a dor. . . nem quem é forte
chega ao fim.

Amanha quem sabe, transmita a ela
pouquinho de saudades torturante
um adeus ou um aceno da janela
uma amor que esta morrendo
uma dor
uma rosa murcha na lapela.

Alexandre

Foto de Riva

QUERIDA PROFESSORINHA

QUERIDA PROFESSORINHA

Iluminada propedeuta que ensina as criancinhas a ler,
Sagrado mister que a vida te oferendou como missão;
As adversidades da tua caminhada fazes com prazer,
Em genuflexo agradeces com a mais profunda emoção.

Quantas noites indormidas em solidão via-se escrever,
A matéria do dia seguinte com tanto amor e dedicação;
Em sala de aula tuas olheiras não deixavas transparecer,
O cansaço que administavas na mais perfeita encenação.

O giz era tua ferramenta que tanto fazia-te enautecer,
No quadro-negro que ornava de branco toda tua mão;
O pó que cobria toda a tua roupa dignificava o teu ser,
Em prol de tantas crianças que dedicavas teu coração.

Ah, professorinha! Linda és como todo o amanhecer!
Espelho de conduta para esta nova e esvelta geração,
Brilhas no universo das docentes com talento por ser,
Uma notável mulher que doou a sua vida por devoção!

Rivadávia Leite

Foto de Rosamares da Maia

EU QUERO O MUNDO E IR ALÉM

EU QUERO O MUNDO E... IR ALÉM

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar.
E ir além.
Eu quero ser homem e mulher,
Não mais homem ou mulher,
Mas, Homem medida perfeita do Universo.
Homem - Humanidade,
Cidadão da vastidão do Mundo.

Quero o sopro da vida na narina de barro,
E depois o pó soprado pelo vento,
Espargido pela terra e elevado às montanhas.
Do pó ao pólen das flores seus frutos e folhas,
Ciclo que retorna ao chão.
Eu quero a Terra e a ela consagrar o meu corpo,
Entregar-lhe tudo o que nele há,
Até que a ela retorne na forma do pó,
E que a nossa união seja perfeita.

Quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Terra, pedras, mar e ondas, céu e azul,
Ar e todos os seus ventos, zéfiros e vendavais.
O sol tostando a minha pele, e mais vento,
Desfazendo o meu cabelo, levantando as saias.
Quero o fogo até a brasa fria
E retornar como Fênix.
E a água refrescante da chuva, seiva da vida.
Quero beber e matar a minha sede.

Eu quero cobrir os olhos com as mãos em concha,
Para aliviar a intensidade da luz.
Quero toda a luz que a minha retina puder filtrar.
O frio da noite com todo o medo da escuridão,
Todos os sustos e fantasmas que ela me trouxer.
Uma cama quentinha e um cobertor,
Para esconder a cabeça.
O branco da neve eu quero, com urso polar,
Com pinguins e pinheiros de Natal.

Quero a primavera com flores e cores,
Com todos os seus matizes,
Ver a paisagem transformada de forma natural.
Sentir a areia a água e o sal.
Quero o sal estalando na língua,
Com a suavidade de ressaltar o paladar.
E o doce mel das abelhas,
Do açúcar da cana e o amargo do café.

Quero ser um astronauta, um passeio no espaço,
Cumprimentar estrelas e bordar mais uma,
Bordar a manta da noite e acordar as manhãs,
Deslizar no orvalho que embeleza a flores,
E quero ser a rosa vaidosa, perfumando campos,
Como rosa quero esta no buquê das noivas,
Dançar a valsa nos salões de baile.

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Eu quero amar, os risos e lagrimas do amor,
Eu quero os filhos dos meus amores,
Os produtos da Terra, parir todos,
De todas as raças e cores,
De todas as formas, falando todas as línguas,
A verdadeira Torre de Babel.

As crianças eu quero, com todos os seus sorrisos,
Artes, birras e choros.
Quero o afago das mães,
Quero ser a mães das crianças abandonadas,
Das crianças mal cuidadas, torturadas,
Quero sabedoria para sarar suas feridas,
E fazer esquecer, para não reproduzir a dor.

Quero a sabedoria do velho, o peso nos ombros,
E a leveza da sua ausência de razão.
Eu quero o Mundo, virtudes e defeitos,
Força que repele e atrai.
O amor cuidado, desejado e planejado,
E a insanidade do amor sem razão

Eu quero o mundo até não poder mais respirar
E ir além.
Eu quero estar dentro do Mundo e Ele dentro de mim.
Eu quero tudo o que eu puder e aguentar sonhar.
Quero ser Deus, pois Deus está em mim.
Não Deus! Perdão. Não é ambição ou pretensão.
Também não por insanidade. Talvez um pouco.

Quero por que tenho medo e coragem de pedir.
Medo de não desfrutar de todo o seu legado.
Medo de constatação da Vossa grandiosidade,
Que contrasta com o meu pouco tempo.
Porque eu quero a vida até a última gota
E ir além,
Até o último minuto da prorrogação
De tudo o que me concederes de vida para gastar.

Rosamares da Maia – 02 de maio de 2014.

Foto de pétala rosa

PAIXÃO

PAIXÃO

Deito-me na almofada da ternura
acordo abraçada nas lágrimas que escrevo
na poesia que sinto dentro da alma.

Sou choro abafado, solto e morno
no teu colo, na hora da despedida.

Sou a voz do horizonte que procuro
dia após dia perdida em veus de emoção.

Sou, talvez, aquela que tu amaste entre
pétalas, e uma mistura de paixão e desejo.

Sigo entre veredas de estrelas, mas, à noite
canto a tua canção, e sinto-te na fresta da porta,
e, adormeço tão só na minha ilusão.

No santuário das tuas palavras
sinto que escreves no pó das estrelas
as páginas dum livro que guardarei entre
uma dança inebriante e o teu beijo de amante.

Hoje, continuo sem saber quem sou.
e, de ti, sinto sempre saudade
porque vives loucamente na minha pele...

amália LOPES

Foto de Carmen Vervloet

Algoz

O tempo mastiga os homens:
mandíbulas frenéticas,
sem tempo pra degustar.
Alimenta-se deles sem dó
e deseja (inconsciente?)
que logo virem pó.
O tempo sorve os homens,
como o mar sorve embarcações,
levando-as para abaixo da superfície,
num mergulho profundo e sem volta.
O tempo dejeta os homens:
o abatimento, a doença, a morte,
o silêncio, a solidão...

Foto de Carmen Vervloet

Morte dos Versos

Ensurdecedora, grita a desilusão!
Trovão e tempestade,
nas rosas tingidas de dor!

No tormento a pena se afoga,
desalinho e desconforto,
a pena empena.

O coração naufraga nas lágrimas.

Enfraquecida a alma não mais voa
e a mente não brilha, se atordoa...
Das estrelas que caíram no âmago da poesia
ficou apenas o pó, nada mais.
Soterrados os versos.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Hoje eu preciso de mim

Hoje eu preciso de mim.
Juntar palavras derramadas
Sentimentos escondidos.
Pintar as dores em cores vivas.
Virar páginas... folhear outras
Abandonar convenções, juntar cacos
Desatar nós, tirar o pó da vida.
Hoje eu preciso de mim... Inteira
Olhar no espelho e me enxergar
Voar, voar, voar até cansar
E descansar dentro de mim
Preciso do silêncio... do barulho..
Do dia e da noite... do tempo!
Hoje eu preciso de mim... absoluta e plena
Preciso acordar, gritar... me conduzir
Chorar, sorrir, acertar, errar
Insistir, desistir, tentar... parar o relógio... ou acelerar
Sair do labirinto e romper teias... dizer Adeus.
Eu preciso voar!
Contornar minhas linhas e minha existência
Hoje preciso de mim...
Preciso voltar pra mim!

Rozeli Mesquita

Foto de Arnault L. D.

Canção de amor

Você, raio de sol, cortando
o escuro da sombra no inverno;
um lusco de luz e calor;
é musica no ar soando;
compondo do silêncio, terno
pausar de um canto de amor.

Verso feito em brilho e cor,
a vibrar no ar, inusitado,
deste luzir de sol no breu.
Esta é você, e este é o amor,
siderado lançando-se alado...
céu... você e eu... amor meu.

Que traz do novo e do resgate,
decantando a turvidez se impor,
pura água, doce ao ser bebida,
e o banhar do pó que desate.
Livre sou, se fico é por dispor,
ato-me o viver a sua vida...

Tal à pipa, linha a ancorar,
me faz voar... sua mão, fia...
Pós as fronteiras do limite,
do lirismo que puder versar,
feliz desgasto-me em poesia:
Vela a flama; linha ao grafite.

Verso feito em brilho e cor,
a vibrar no ar, inusitado,
deste luzir de sol no breu.
Esta é você, e este é o amor,
siderado lançando-se alado...
céu... você e eu... amor meu.

Foto de Nailde Barreto

Círculo invisível.

O quadrado que se faz retângulo
Nos prende no circulo invisível do mundo,
Misturado com a deficiência dos normais.
Prisioneiros dos próprios passos ”retos e mancos”,
Todavia, que passam e disfarçam os meios dos fins.
E, transformam-se em, apenas, pegadas na estrada, velha!
Cujos anos transformam emoções, diante de um sorriso enrugado.
Findando e renascendo no tempo, evoluindo pensamentos, fazendo história,
Produzindo saudade, e, enfatizando as lembranças da longa caminhada.
E o que ficou? Poeira e Pó, nada mais.

(Escrito em 15/02/13-Nailde Barreto)

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