Foto de Rosamares da Maia

VIVEIROS DE SOLIDÃO

Viveiros de Solidão

Mais uma pomba desgarrada parte,
Alça voo do sétimo andar.
Algumas de asas partidas,
Fustigadas pelo vento,
Em voo solo encontram o chão
Em fim, sepultam a sua solidão.
Pombas dos pequenos apartamentos,
Dos viveiros de solidão
Dos pombais de Copacabana.
Quitinetes entre soluços e sussurros,
Transpirando mar e lascívia.
Murmúrios e segredos de pó,
Aspirados num dólar barato,
Entre desencantos e crimes.
Viveiros de status e aparência,
Viveiros de solidão.
Soprados na fumaça do oitavo andar,
Que desce e me intoxica.
Canabis e panelas queimadas,
A loucura do striper no elevador.
Outra pomba salta do sétimo andar.
Voa até o mar, respira e morre.
Beija o sal da angustia e se liberta
Foge dos Viveiros de lascívia e solidão.

Rosamares da Maia

18 de outubro. 2011

Foto de Edilson.RL

Há Um Exército Dentro De Mim

E há um Exército dentro de mim
Capaz de destruir seu edifício.
Virar lágrimas
Daquilo que um dia fora cachoeiras.

Eu tenho meu poder,
E raptarei o seu para mim.
E o Universo estabelecerá
A Conexão, que já parou de existir
Entre nós dois, que já grande
Não viu-se num microscópio.

E eles arruinarão seu edifício, e suas janelas.
Sob meu controle, minha opressão.
Porque o microscópio teve a lente quebrada
Junto com suas janelas.

Tu voltarás ao pó
E do pó, à lama
E implorará para que eu o seque
Ao ponto de fundi-lo
Após a ebulição
Que o renovará

Seus 6 sorrisos me perseguem,
Isso não durará muito tempo
Pois o tempo, já capturei,
E ninguém desalinhará jamais.

Não grite ! Não!
Seu edifício já faz parte de mim.
Eles ainda não o derrubaram,
Eu quero ir até o final com isso!
A lente não se restaurará,
Porque, existe um exército dentro de mim.

Chega, não suporto seus delírios,
Eles me cercam, como nuvens de outono.
E que fazem as folhas caírem,
Aquelas que precisam de minha luz para viverem.

Tu, pagarás a dor que me fez,
Com os cacos que se quebraram,
Que se unirão ao seu corpo
E lhe trará o Amor.
O Amor que eu já conheci
Quando você existia.

Vamos! Segure seu edifício.
O sexto sorriso ainda não desabou,
Ele levita, não pode cair,
E o universo sem lados
O Ajudará,
Mas não me Destruirá.

Você não ouve mais as aves migratórias,
Pois, um de seus sorrisos já adormeceu.
Tudo está estremecendo,
Eu ganharei a luta,
Porque, eu tenho um exército dentro de mim.

Foto de luzimar xavier

AMOR... PRESENÇA PERENE NO CORAÇÃO.

Lamentamos muito quando observamos que, quando se fala de amor, muitos
Insensatos julgam como sendo coisas banais, coisas de pessoas que estão, ou
Lendo revistinhas de foto-novelas ou vendo novelas, ou seja, “caprichos da imaginação”. Como são
Insensatos! Diríamos ser até indígnos de ouvirem sobre essa maravilha que é, não só ser amado mas
Amar alguém. Ora, deixem que pensem assim já que são tolos! Será que sabem que,
Na realidade, insensatez é a mesma coisa que insanidade? Esses nem sabem que,
Em se tratando do assunto, amor é presença perene no coração e, dependendo

Daquele que amamos, se nosso coração foi pressionado pela “mão da ausência”, como
Ele irá doer... como ele irá doer! Mas, como disse certo autor, “o que nos conforta é

Sabermos que, ao mesmo tempo, amor é acalanto; é também estarmos cientes
O bastante para sabermos que, em matéria de amor, existe
Uma coisa que vai além da fugacidade desse mundo que, para pra
Zer nosso, será capaz de perpassar o pó do qual viemos e
Ao qual voltaremos: O AMOR. É o amor chama que se retroalimenta...

...pois as pessoas que amamos permanecem em nossas lembranças e a cada instante em que trazemos à lembrança um certo sorriso, um gesto de carinho ou o gosto ensolarado de uma tarde compartilhada, elas tornam-se presentes dentro de nós”.

SEU CORAÇÃO JÁ DOEU QUANDO FOI PRESSIONADO PELA “MÃO DA AUSÊNCIA?” SIM??? AINDA BEM QUE VOCÊ NÃO FAZ PARTE DO “ROL DOS INSENSATOS”.

Elixis - 06/02/09

Foto de Carmen Lúcia

Margarida e margaridas

Figura sinistra, simbólica,
que trago em minha memória,
que faz parte de minha história...

Metódico e irreverente, despojado e carente,
sábio e indolente, infeliz ou demente...(?)
Lembrava Cristo, fisicamente.
Vestes rasgadas, cabelos longos, barba mal aparada.
Ou quem sabe, um anti-Cristo,
oscilando entre o normal e o descomunal,
às margens do convívio social.

Andava pelas ruas e calçadas
fazendo gestos sem nexo, sem fazer mal,
balbuciando palavras distorcidas,
apavorando os perplexos normais
que temiam uma conduta anormal.

Um buquê de margaridas,
alvas, brancas, cultivadas,
a todos ele ofertava (e se orgulhava),
pois, por ele eram plantadas
em terras baldias, abandonadas.
Flores por todos ignoradas.

Havia momentos de agitações.
Delírios, alucinações, comoções...
Então ele era rei, poeta e compositor,
erguia o cabo da vassoura e era imperador!
-Camisa de força para o louco, o agitador!
Ao som da sirene era levado a um abatedor ...

E num desses manicômios,
tratamento de choque, fortalecer neurônios,
encontrou sua Margarida, sua amada, sua vida
e como loucos, amaram-se mais que o normal.
Amor que surpreendeu a muita gente
pela doçura, pela brandura de dois doentes.

Porém um dia, não mais a encontrou.
Levaram-na dali, outro rumo tomou
e transtornado pela dor, o louco chorou.

Não mais quis ser rei nem imperador.
Somente poeta pra cantar a sua dor...
Até que um dia para sempre se calou.
E numa cova fria, em pó se transformou,
ou foi ao encontro de seu amor...

Ao passar o tempo, viram lá nascer,
fazendo a cova triste resplandecer,
risonhas e brancas margaridas...
Vida e paixão, após a morte, restabelecidas.

_Carmen Lúcia_

Foto de Marilene Anacleto

Nasce um Filho

Ao gerar um filho
Imagem em ação

Imaginação, essa borboleta
Que me leva até o infinito,
Ao pó das estrelas me envolve.
E contemplo, e me integro
Às maravilhas do Universo
Que à pequena vida levo.

Homens dourados,
Flores que falam,
Seres que fazem brilhar
A Chispa de Deus
Que em cada um está.

Sem preconceito,
Sem medo,
Sem fome,
Sem frio.

Todos em apenas um,
Pelo mesmo pó, completos,
De sabedoria, amor e graça,
Também me sinto repleta.

E o pó das estrelas me cerca,
Começa a transmutação.
Da lagarta à dourada borboleta,
Liberdade, dança e canção.

Rochas, árvores, rios, nuvens, céu
Perfeitos, iluminados, belos,
Irradiam-nos a perfeição
E o esplendor da divina criação.

Cenário do bem nascer
De Deus e qualquer criança,
Ou vida de qualquer reino,
Nasce um filho abençoado.
Tão belo como Jesus
Traz, de novo, a esperança.

Foto de Carmen Vervloet

Canção de Outono

Às vezes julgo ver nos seus olhos
as promessas que eu queria ouvir,
mas meu sonho sempre desfolho
como pétalas de rosas sedentas a cair.

Pus em suas mãos minha vida
como se fosse uma delicada flor,
entreguei-me com paixão desmedida
pensando que fosse colher só amor.

Mas colhi também tristeza e decepção
e como flor eu fui murchando
inclinada sobre seu árido coração.

Hoje sou pó que aduba a terra
e sob este sol que se põe brando
renasço como flor da serra.

Foto de Arnault L. D.

Abstrata ( Onde quero estar )

Longe, em lugar distante,
além do tempo,
antes da história,
aquém da memoria.
Intimo momento
que se houvera a via,
haveria...

Não, não sei se me entendo,
nem mesmo se pretendo
saber se é verdade,
esta felicidade,
que se apresenta,
ou o que se inventa
no sonho que chega
e se aconchega...

Deste longe, desde quando,
nos errares onde ando,
sequer movem os pés...
Entrelinhas, de viés.
Sem estar quem me és,
vago ora onde mora
o que foi embora.
Torno do pó.
Não mais só.

Léo, dum lugar incerto,
alem do esquecer, querer,
um passo daqui, ou aqui,
por todos os lugares.
Das entranhas e ares...
Do fundo mais profundo,
das aguas do mundo.
Sob, indo ao mar,
ao céu desaguar,
onde quero estar...

Foto de Nailde Barreto

"O conto além do espelho"

O que vemos quando nos olhamos no espelho?
Será que enxergamos quem realmente somos, ou será que conseguimos ver apenas máscaras, com todo seu arsenal de disfarces, que nos mantêm de pé, fazendo frente às aparências.

Então, é plausível essa indagação: afinal, o que há além do espelho?

Existe a fraqueza reprimida;
Existe o amor egoísta;
Existe falsa razão;
Existe cômoda inspiração;
Existe telhado de vidro;
Existe “bordel” requintado de emoção.

De tal modo, somos limitados por regras pré-fixadas por uma sociedade medíocre, “canibal”, e, muitas vezes vivemos de aparência, justamente porque somos influenciados e assustadoramente conduzidos para não ser como realmente somos.
Defronte do gigante espelho, somos marionetes de fácil manipulação, tudo é previsível sem muita emoção, personalidade de mocinho, estrelas ao alcance das mãos.
Além do espelho, somos livres, sem regras, sem culpa, sem medo do perigo, personalidade de bandido, totalmente, fora da lei.
Agora, após esta ligeira introdução, apresentar-lhes-ei, além do espelho no fim de semana.
_ Sábado, prenúncio da extravagância, quatro rodas na estrada, cheia de curvas, acabou o asfalto e, logo adentramos num caminho estreito, de poeira, pontes, árvores e xixi no chão, em meio ao pó do sertão. Costelas de vaca na estrada fizeram o corpo todo dolorir e balançar, já era chegada a hora da pausa para um breve descanso e uma gelada tomar para mais animar.
Seguimos o curso da lua, avistamos enfim, nosso destino, ao som dos grilos que cantavam nos dando boas vindas.
Já à beira do fogão a lenha, conversamos por horas a fio, acompanhados com wisk e gelo, bela combinação para apaziguar o frio e, banho de rio na madrugada clara, fomentou a excitação.
A noite pareceu passar num piscar de olhos. Já eram 05:34 hr (am), quando apagamos na cama, exaustos...
Após acordarmos, logo nos foi dito: “safados”, pensamos em chamar os bombeiros, pois, conforme os sussurros que ouvimos, parecia ser um incêndio, impossível de ser apagado com as mãos.
Engraçado, nem imaginei que algo tão normal fosse causar tanto impacto e repercussão.
Demos as mãos, e fomos apreciar o rio para relaxar e, fechar os olhos para da noite anterior relembrar, pois, breve chegaria o almoço e também a hora de retornar para casa, para a vida defronte o gigante espelho, e, em tempo, ansiosa, para além do espelho, novamente estar.

_escrito em 25/07/11_

Foto de andrelipx

Amor

Puderam surgir vários textos que descrevam o "amor", sim...Mas será que é descrito de formas iguais...Amor, é um sentimento forte que de um momento para outro sai de uma caixa...Caixa essa que esteve fechada durante vários anos, já coberta de pó e teias de aranha dentro de nós, mas de repente surge alguém que com a sua força e com a nossa força nos faz abrir essa caixa...Fica diferente, mais viva, mais colorada, mais fantástica, mas acima de tudo mais aberta, ela abre o nosso coração e desperta algo que irá encantar uma pessoa, com palavras, actos, cenas e apartes...Sim o amor é também uma peça de teatro...Ele começa muito bem, dura muito tempo, mas eis que surge um aparte, sim, um aparte, algo que irá fazer virar o nosso amor, não acaba, mas sim fazê-lo virar, fazê-lo crescer, porque muitas das vezes necessitamos de um aparte no nosso amor para que ele cresça ainda mais... Surgem por vezes analepses, surgem em nós momentos que já tenhamos vivido, talvez seja devido a esse aparte, mas depois tudo volta ao normal...É verdade o amor é um teatro belo, com a autoria de cada um, porque todos nós fazemos um teatro diferente, uns com mais beleza e força outros com mais emoção e ternura, e ainda uns com mais duração que outros e com mais sentimento... Não é uma telenovela, porque se fosse o amor tinha que estar divido em várias partes e surgiam ainda mais apartes e analepse, é um teatro...Cada um faz os cenários a sua maneira, porque há quem sonhe e construa os seus próprios cenários, e a outros que não sonham e daí mandei construir os seus cenários... O Amor é assim, difícil como uma peça de teatro, se alguma vez desistires do amor, é porque não gosta de essa pessoa realmente... Temos que lutar para que o amor seja assim, porque é normal surgirem analepses e apartes no amor, porque a raiz que agarra o amor é assim é extremamente presa e agarrada...o amor é assim...

Foto de Carmen Vervloet

Porto de Tubarão poluindo Vitória

Com as sandálias sujas de minério,
batemos na porta de cada ministério,
na peregrinação para salvar nossa cidade
soterrada por tantas adversidades...
Mas nossa voz não teve eco,
sentimo-nos como se fôssemos bonecos,
emporcalhados de pó de minério,
mais parecíamos almas penadas saindo do cemitério
ou ETS vindos de outra galáxia
tentando desvendar toda essa falácia.
Mas o barulho era pequeno
para que pudéssemos nos livrar deste veneno...
As empresas, senhoras ricas e poderosas,
pouco preocupadas com nosso alvorecer cor de rosa,
mas sim com seus altos e excessivos lucros
deixando cada capixaba maluco,
doente das vias respiratórias
nessa linda e amada cidade de Vitória.

Na peregrinação desse nosso triste destino
sou uma voz abafada, que usa o teclado, a internet, o tino...
Que grita bem alto por ar puro,
mesmo pisoteada por passos tão sujos e duros

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