Blog de Joaninhavoa

Foto de Joaninhavoa

Sou Fruto da Época!

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Sou Fruto da Época!
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Ar selvático! Cabelos arrepiados
À chuva e ao vento
Não importa! Sou fruto
da época

Vivo em poesia e beleza
Dimensão imensurável dos sentidos
Mais fora a razão
E partilho! Mostrando em prosa
Os versos, poemas que faço

Um leque de verdades sustentam
meu ser e não ser
Em termos de moral, pudor
e decência, a minha aparência
Não é uma potência mundial
Nem nenhum grupo económico
ou empresarial! Não
Limito-me a viver brincando de brincar
Com amigos à cabra cega
Desbravando palavras ou versos
Poemas em que me deleito
E se surgir um monstro ou lobo mau
Bruxa! Bruxinha, ou fada traquina
Convido a brincar, privando!
E depois, sob o luar, vamos ver
se ainda há estrelas no céu
para contar...

Joaninhavoa
(helenafarias)
27/10/2009

Foto de Joaninhavoa

Prof. Santana Lopes

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Prof. Santana Lopes
*

Sempre que me falam no "Mar alto", eu dou
risada, gargalhada, e depois volto ao meu poiso.

Lembra-me sempre o Lopes, Santana,
quando o já Excelentíssimo Doutor, mais conhecido
pelo Laranjinha, na época, divagava em conceitos de Direito
do Mar!
E ao explicar o que era o "Mar alto", ou "Alto mar",
dizia que era o ponto ou lugar no meio do mar
que ao fazer-mos um ângulo de 360º, a nossa vista
pudesse alcançar.

Simples e directo, como era e é... característica
que não descuira, ao perguntar se havia dúvidas,
logo coloquei a mão direita do ar, sinal de pedido
de intervenção.
Todos se voltaram para mim e o dignissimo Professor,
pronto à baliza para defender, retorquiu, um faz favor...
Então, eu perguntei se essa teoria não seria demasiado
subjectiva e simplista, uma vez que poderia por-se
a hipotese da pessoa indicada a tal missão, de medir
o "Mar alto", não estar nas suas plenas faculdades...
Ninguém percebeu! Então, exemplifiquei
Um míope, por falta de visão medirá o "Mar alto",
à sua medida!
Todos se riram... até o Prof. Santana, mas logo de seguida
afirmou deixando bem sublinhado, que era preciso relativizar!
E, partir do princípio que o individuo com essa missão
teria potencial para cumprir tal objectivo, isto é estaria
em plenas faculdades físicas e mentais.

Este Professor, Santana Lopes, era uma figura inesquecível,
parecia uma fonte de água viva, quando começava a falar!
Às vezes virava até cascata, no seu melhor.
Saudades, do Professor Santana...

Joaninhavoa
(helenafarias)
26/10/2009

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POR AMOR! SÓ POR AMOR

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POR AMOR!
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«Por amor! Pouso e fecho as asas
E desaparece toda a magia ao me misturar
com o ambiente de forma a equilibrar
no espaço um corpo como todas as outras
mulheres!

Por Amor! Ando a par e passo
num compasso que enlaço
De uma viagem sem fim

Gestos de reminiscência ecoam em nossas
mentes deslizando sem direcção
Procuro tua mão! Recebo um abraço
Sem palavras
Emoção.

Por amor! As asas estarão sempre lá
Invisíveis ou não
Esperando dias melhores
Para voarmos em nossas vidas
Só por amor!»

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/10/2009

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“Melancias e Melões... Contaminados!"

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“Melancias e Melões... Contaminados!"
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Josivaldo! Era seu nome
Homem de coração grande e puro
sem maldade
Só dizia a verdade! Nua
e crua
Trabalhava a terra de sol
a sol
E trincava o pão por ele
amassado.

As feiras eram romarias
Festas dos pregões matinais

Certo dia, entre melancias e melões,
pimentos, alfaces e os tomates
Deparou-se com uma ilustração
dos mil e um diabos
Na mistura de framboesas mestiças,
Mescladas cor de morangos, jasmins e rosas
Púrpuras, lambendo os dedos delicados,
Uma mulher lançava extasiada suspiros
em deleites derramados …
Espirais contaminados!
«Uma mulher com as mamas à mostra
Montada até onde a imaginação
Pode alcançar…»,
Josivaldo, ficou erecto, e um pregão
Gritou! Em sua mente
E lhe fez frente.

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/10/2009

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Fazer Amor!

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Fazer Amor!
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O Douro, estava dourado em todo
seu esplendor
A luz difusa ramificava raios fazendo
partidas aos mortais
Olhei o chão coberto de folhas secas
Amarelos, castanhos e cor de fogo
chamavam por mim

Havia um outro mundo por ali!
A magia pairava no ar e entre as folhas
sob a erva e rente às flores,
alegres e prazenteiros seres,
Olhavam-me! Observavam-me

Gosto de ti!
Vem para este nosso mundo! Aqui
dançamos, rimos e amamos muito
Vou-te seduzir! Só tens de te deixar ir
Vem! Vamos fazer amor
com esta flor vermelha
Sem pudores!
Sem culpas!
Sem temores!
Vem ficar comigo.

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/10/2009

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Nas folhas das flores! Nas folhas das árvores!

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Nas folhas das flores! Nas folhas das árvores!
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«Olha! Como ela colhe as flores
Vê! A forma como as toca
Perdem-se no tempo e no espaço
como fadas sem idade...
E no meu acordar indolente,
sinto uma aragem afagar-lhes o corpo,
sussurrando despi-las sem pressa
naquela manhã banhada de sol...

Conchas rosadas de lábios
Corais! Madre pérolas
Raiz quadrada com caule arqueado
Amanhece, e o orvalho
Nas folhas das flores!
Nas folhas das árvores!
Desabrocha e floresce
E a mim me tece e adormeçe.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
22/10/2009

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DELÍRIOS...

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DELÍRIOS...
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«Passa por mim, no rio
no mar ou onde te aprover
E num piscar d`olho
Verás rãs e bocas de sapos
Espelhadas
Meus delírios! Teus martírios
Em perfeita comunhão.»

Joaninhavoa
(helenafarias
19/10/2009

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ME ABRAÇA!

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ME ABRAÇA!
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Me abraça!
Esse desejo sem hora
Não disfarça mais, nem minha voz

Toda vez que isso acontece
minha pele arrepiada fica uma imensa
flor de lótus!

Lentamente, pétalas se abrem
Como pedindo guarida
no carinho flutuante do ar

E ao respirar a luz me crava
raios brancos, matizados, coloridos
com brilho ofuscante! Calmante

Òh flor com proa e alvará
O que fazer quando a lua é quadrada
Embora digam que é redonda

E meu amor vagueia à toa
Mesmo estando em Lisboa! Sintra
ou Cascais, tanto faz.

Me abraça!
Esse desejo sem hora
Não disfarça mais, nem minha voz.

Joaninhavoa
(helenafarias)
18/10/2009

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ESPINHOS.

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ESPINHOS.
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Tropeço vacilante por caminhos d`espinhos
Como posso ainda sorrir se não alcanço
Nem abraço quem traçei com desembaraço
Sem hesitar! Meus desejos e enseios

Quem diz o que faz falta se não sabe a raiz
dos pensamentos que em mim faz tempo
produz e me apaixona! Lamento
Quem diz.

Tudo muda nada é! Tudo nasce e morre
Um dia.
Meu espirito tem vida própria.

Nasci assim! E assim vou morrer
Desfalecendo suavemente desligando
A pouco e pouco. Devagarzinho.

Joaninhavoa
(helenafarias)
(11/10/2009)

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Cantam! gritam! gemem! trepam! amam!

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Cantam! gritam! gemem! trepam! amam!

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«Amam-se.
Meu Deus! Como se amam
Eram olhos nos olhos a dançar
a música suave dum Bethoven a delirar
Mão direita, com mão esquerda.
Mão esquerda, com mão direita.
E os lábios a roçar devagar
sem pressa, a saborear
E foi num choque
ao dobrar a esquina franzina,
que se fez praia, espuma
maresia, e os dois...
Como se amam! Meu Deus
Rodopiaram sem parar
de sempre vivos!
Amén

Uma maçã! Um amante
Mas um amante
nunca poderá ser uma maçã!
Assim como a dália, outra flor...
Deslizaram areais fermentes
frequências eloquentes
Cantam! gritam! gemem! trepam!
Amam!
Costas e ombros e terra areada
florada amada.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
05/10/2009

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