Blog de Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Cestas Perfumadas de Beijos

Ele amou minha alma peregrina
Em seu grande colo fez-me pequenina
Amou a inconstância deste rosto mutável
Transformou cada tristeza em momento agradável

Além de montanhas de pensamento se encontra
Aquém de mares de emoções avança
Luz de alegria agora se esconde
No sanguinário céu de sol poente

Envio-lhe cestas perfumadas de beijos
Peço-lhe que coloque ao seu lado em sua cama
Para que à noite, em serenos lampejos
Receba o afago de alguém que ama

Mágica, com acordes meu e dele,
Surgirá a terceira presença
Invadirá nossas almas por inteiro
Poesia eterna fundindo-nos numa só essência.

Seu corpo transluzido pela luz da alma
Prova da ternura, liberdade e esplendor
Desperta como quem tem sonho de anjos
Sequer suspeita que foi tocado por afeto e amor.

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em 10/05/07
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

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Anjos 2 - Infantil

ANJO MOLEQUE

Meu Anjo Moleque dá cambalhotas.
Ri tanto que me convence:
Desmancho a cara emburrada
E troco por um rosto contente.

Eu, que estava chorando
Pelo presente que não veio,
Esqueci a magoazinha
Cambalhotei por brinquedo.

Logo, logo, outras crianças
Que estavam nas ruas também,
Seguiram o Anjo Moleque:
Cambalhotaram em revés.

Percebi que não perdera,
Mas, ganhara muitos amigos:
Felicidade era tanta
Que todos brincaram comigo.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 16/08/00

Foto de Marilene Anacleto

Desvendar Mistérios - 5

QUAL É A CARA DA MORTE?

Uma sombra a convidar
Para a fuga das dores.
Uma luz a reclamar
Vivência repleta de amores,
Que não queríamos dar.

Ou, quem sabe, a Clara Luz,
De cujo mergulho fugimos,
No peso de nossa cruz:
O mergulho na verdade
Que à divindade conduz.

Só sei que ficamos irados,
Quando vai chegando a hora,
E achamos todos culpados.
Evitamos seguir a Senhora
Que nos mostra o “outro lado”.

Acontece que ela nos chega
Em momentos vários da vida,
Em que ficamos às cegas:
Momentos de transformação,
Dos quais não temos saída.

Mas, à transformação final,
Do nosso estágio na Terra,
Não podemos fugir do sinal.
Tenha o rosto que quisermos
A Senhora da Transformação
Não nos fará nenhum mal.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Além

Quero esticar meus braços,
Feito desenho animado,
Para, enfim, alcançar-te.

E, tal um gato manhoso,
Ronronando, enroscar-me
Ao longo da madrugada.

Sentir o cheiro do corpo,
Dos pés até o pescoço.
Expirar, do corpo, o calor,
Por fim, da boca o frescor.

No mundo do tudo e nada,
Ser dois e não ser ninguém,
Além deste mundo. Além...

Marilene Anacleto
02/03/2002

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em 02/09/02
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

Foto de Marilene Anacleto

A Desconhecida

Ninguém pode dizer que me conhece.
Jamais alguém me pôde ver por inteiro,
Aquela que surge depois que a cortina desce,
Nem aquela plena, inteiramente verdadeira.

Quem conheceu a amiga, não conheceu a irmã;
Quem conheceu a estudante, não conheceu a filha;
Há aqueles por quem tive uma amizade vã
E há outros que, de lembrar o nome, o olhar brilha.

A nenhum ou nenhuma me mostrei por inteira,
Não por não merecerem ter-me conhecido,
Há contatos de diferentes níveis, mas verdadeiros,
Desde a amiga leal, ao famoso e esperado cupido.

Sempre fui sincera, com tudo e com todos.
Pequei. Não me valorizei durante toda a vida.
Doei as mãos, pensamentos e orações para todos,
Tornei-me triste, uma ilustre desconhecida.

Se alguém perguntar: Tu a conheces?
E responderes que sim, te digo: Mentes.
Conheces apenas a amiga que arrefece
E acalma, das pessoas, os milhões de sentimentos.

Cada um de nós é um universo inteiro
Dividido em muitas partes para progredir
Cada parte, boa ou má, é de todo verdadeiro,
Manifesta-se aqui na Terra, para então, evoluir.

24/01/98

Publicado - Ano I – n.º 06 – 21-03-99 – p. 05
Publicado no livro “Jogo da Verdade, de Álvaro Castro. Itajaí, SC. Reviva, 1999

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Poemas de Amor

Poemas de amor,
Instantes de magia,
Definem a vida
Instantes de poesia.

Poemas de amor a Deus
E Sua criação luzidia.
Poesias que envolvem o céu
E as plantas da rua em bailia.

Poemas de amor aos pais,
No luxo e na periferia,
Torna-os livres para ir
Aos céus quando Deus os envia.

Poemas de amor aos filhos,
Pedaços de nossa harmonia,
Frutos de momentos preciosos
Em quatro paredes de poesia.

Poemas de amor aos amigos,
Confidentes em completa sintonia,
Joias raras, inesperados encontros,
Disfrute do real e da fantasia.

Poemas de amor aos amantes,
O terceiro ser e sua sabedoria,
Pisar em ovos, medir palavras,
Eu e o outro, o outro e eu em tremeluzia.

Poemas de amor a si mesmo,
Considerado, por muitos, hipocrisia,
Mas, a cada ‘Amor’ manifestado,
O nosso Eu reina em sabedoria.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Enquanto ...

Enquanto gangues disputam o poder,
Dormimos frente à TV.

Enquanto damos atenção ao noticiário,
Perdemos a vida, perdemos o horário.

Enquanto passa o carro com som de estremecer,
Liberamos toxinas de raiva que nos fazem morrer.

Enquanto nos surpreende tudo o que nos cerca,
A nossa casa fica de janelas abertas.

E já não sabemos quem somos e do que gostamos,
E já não sentimos paladares e prazeres.

E temos medo do toque, de coisas e pessoas.
E nos assustamos com a sombra da noite de lua.

Frente ao transeunte nos enjaulamos,
Frente aos conhecidos, os braços cruzamos.

Procuramos assuntos externos, pequenas lutas,
Para ser possível, de nós mesmos, procurar uma fuga.

Enquanto damos importância a tudo lá fora,
O Eu que Eu Sou, se pudesse, já teria ido embora.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 14/03/06

Foto de Marilene Anacleto

Desvendar Mistérios - 4 -

O QUE DEVO FAZER PARA ACHAR A MINHA VERDADEIRA POESIA?

O meu não encontro nos outros.
Aquietar-me, aprofundar-me,
No atual e no barroco.

Deixar fluir minhas asas,
Vagar sobre águas claras
E por cachoeiras raras.

Permitir-me ser a águia
Que, do infinito mais alto,
Percebe que tudo é nada.

Fazer, da música, o balanço
Que equilibra, na dança,
A vida e suas nuanças.

Dançar, na dança das árvores,
Mesmo com o corpo parado,
A chama, que no corpo arde.

Flutuar em suaves mundos,
Descer nos vales profundos,
Entre ângulos suaves e agudos.

E, quando enfim, encontrar-me,
Absorver, da ressonância, o pulsar
Que tudo une e faz vibrar.

A minha poesia é minha,
E, encontro-a também no outro
Porque não vivo sozinha.

O outro é meu espelho:
Mostra-me o que não vejo
Ou o que não queira ver.

SInto, no canto do vento,
A riqueza e o lamento
Do que vive ao relento.

Busco, na sombra, o sol,
Desvencilho-me do normal,
Aprecio, somente, o natural.

E, no claro azul infindo
Reconheço-me infinito
Neste mundo dualístico.

Marilene Anacleto
15/08/01

Foto de Marilene Anacleto

Teu Abraço

Teu abraço é minha plenitude.
Melhor dizendo, completude.
Sem ele não posso voar,
Os limites da persona ultrapassar.

Teu abraço é vida plena,
Que abençoa a célula mais pequena.
No giro luminoso dos meus átomos
Encontro luzes no cosmo estrelado.

Na dança da vida em suspenso
Em constelações acesas me encaixo.
No sereno calor do teu abraço
Consigo avançar mais um passo.

És a asa que faz alar a minha,
Assim posso ir aonde quiser.
Posso pensar alto e sentir na alma
O grande mérito de ser mulher.

No nosso abraço desapareço,
Viro e reviro-me do avesso
Solto-me toda, vivo a esmo,
Misturo tudo, dos pés à cabeça.

Marilene Anacleto
31/05/02

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em 04/03/2002
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

Foto de Marilene Anacleto

Quero estar no Espaço

Quero estar no espaço
Onde nuvens abrem braços
E nos envolvem em abraços.

Quero estar naquele campo
Onde girassóis e crisântemos
Poderão servir-me de manto.

Quero estar naquela praia
Onde o gelado da areia
Refresca-me as quentes veias

Quero aquele azul profundo
Começo e fim do mundo
Onde não sou moribundo.

Quero Deus no pensamento
Com Ele nada é vento
Tudo é luz e sentimento
Segurança e alento

Quero esquecer o amor
Que trouxe-me o desconforto
Da tristeza e da dor

E que Deus, dê-me a certeza
Que possa transformar em bem
Que da melhor forma vem
Queira eu, ou ninguém queira.
Boa noite.

Marilene Anacleto

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