Blog de Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Poesias, Poemas

Desfazem eternos nós,
Com a visão arquetípica do belo,
Do real e do singelo
Que há em nós.

Sempre esteve lá.
Manifesta-se num sorriso,
O encontro com o nosso paraíso
A nos desvendar.

O propósito da poesia
É acordar-nos para essa vida,
Tão encoberta e contida,
Pela razão e seus motivos.

Assim é fazer poemas:
Despudorar-se e revelar nada menos
Do que aquilo que sempre fomos
E escondemos de nós mesmos.

E quem os lê,
Seguramente desvenda
Os seus e os nossos segredos,
Sem possíveis raivas e medos.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Por um Gosto

Por um gosto além da alma,
Dei muito mais do que tinha:
Senti o agito na calma
Da vida que não caminha.

Caminha como não quero,
Como o que não tem jeito:
Conserta-se, mas arrebentam
Furacões dentro do peito.

Sonhos e imagens várias,
Cuidados, desvelos desfeitos,
Esperanças foram lágrimas
Acalentando o desprezo.

O canto, em cenas erguidas
Com luzes e esplendor,
Tornou-se profunda ferida
No sentimento do amor.

Por um gosto além da alma,
Sem razão nem emoção,
Apenas a oportuna calma
Derrotou minha canção.

Marilene Anacleto

PUBLICAÇÃO JORNAL DO POVO – ANO 1 – 29 – 19-10-00

Foto de Marilene Anacleto

Flor Azul

Já fui semente, já fui pó,
Já fui árvore, já fui céu,
Hoje sou flor, e flor azul,
Tenho o formato de estrela
De cujo pó me tenho feito
E retornarei em estado perfeito.

Como azul também sou mar
E se quiser, céu infinito,
Até estrela, para quem ama
Quando o amado me dá à dama
Sente-se tal deusa do antigo Egito.

Minhas folhas são ovaladas
Tal qual sementes de amendoim
Meu lar é sol, é chuva, é vento
E meu mais nobre sentimento
É quando um olho de amor sereno
Pára, respira e contempla a mim.

Então eu vivo o contemplamento
De sermos dois e sentirmo-nos um
Ser outra coisa nesse momento?
Não. Apenas a flor, a estrela azul.

Se retornar?
Posso ser flor, ou estrela, ou gente,
Quem sabe nuvem, ou a semente
Gerando cores do Amor Maior.
Quem sabe então a planta que cura
Ou a hóstia tão branca e pura
Servida no Altar do Senhor.

Marilene Anacleto
23/06/99 – 00:10h

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 12/12/02

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De manos vacías

¿ Me deja ser tu café, o tu bebida preferida?
¿Tu consuelo y tu aliento en aquellas horas sufridas?

¿Me deja ser el ángel que no ves y está presente?
¿Aquel que en noches frías es la cubierta más caliente?

¿Me deja ser el abrazo que titubeas en recibir?
¿Me deja ser la palabra que siempre quisieras oir?

¡Amor! ¿Me deja ser gente, sin maldade, con alegría?
¡Ó amado! No me deje partir tan temprano
Sin nada, de manos vacías.

Marilene Anacleto
03/04/99

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Aventura

AVENTURA

Quando ouve aquela música
Já não está naquela cama,
Está longe, muito longe,
Nos braços de quem lhe ama.

Impulsionada em um balanço
Por mãos fortes e poderosas,
Voa até o paraíso.
Depois... um buquê de rosas.

Fragrância entorpecedora,
Aroma místico e mágico.
Onde está ele? Acabou a música!
Foi-se o mundo fantástico.

Fica o sorriso nos lábios,
De prazer e emoção.
E sabe que há muito mais
Do que sonha um coração.

Marilene Anacleto
03/01/98

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em 26/07/06
Publicado em Poesia-Speedway - http://www.swi.com.br/poesias/ em 07/08/00
Publicado no Jornal Folha do Povo – Itajaí – SC, em 25/09/99
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.
Publicado no programa ‘Poesia no ônibus’, em Itajaí - SC

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Chama Gêmea

CHAMA GÊMEA

Em que Sol te encontras
Minha Gêmea Chama?
Leio nas nuvens que te aproximas.

Vem, vem ter comigo,
De pés descalços no mar aberto,
Acalorar-te na chuva fina.

Em silêncio e alvoroço
Contemplar os giros do gavião
E as danças dos passarinhos.

Entre as refeições,
Canários, saíras, bem-te-vis
Em cores e encantos na mata esmeraldina.

E à noite, caminhar...
Coroados de estrelas
E a coruja ao nosso lado.

Vem, vem ser o que és,
Assim como sou o que sou,
Centelhas de Alegria e Amor.

Vem, vem ter comigo
Enquanto o progresso está longe,
E enquanto a vida existe ainda.

Mantenhamos nosso laço,
Naquele beijo de amor
Protegida em teu abraço.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ em 20/04/07
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm

Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Paz - 3 -

SOL VERMELHO DA MANHÃ

Sol vermelho da manhã
Lembra Deus e Sua Paz
Levanta-se todos os dias
Para o homem encontrar

Organiza os movimentos
Que se seguem pelos dias
Que, seguidos pelas noites
Vão consumindo vidas.

Uns lembram alegrias,
Outros perseguem doenças
Todos perseguem sonhos
Conforme as suas crenças.

No encontro da manhã
Com a paz do Criador,
O sol lembra movimentos
Pela dor ou pelo amor.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Amo-Te

AMO-TE

Amo esses olhos e todas as histórias que eles contam.
Amo esse olhar que me devolve no olhar
As estrelas, o sol, a onda, a pedra, o cristal
E permite que eu tenha a cada instante
Um mundo sem igual.
Amo esses olhos.

Amo esse nariz que mostra o valor do teu eu
Amo esse nariz que me conta tuas lutas,
Demonstra teu poder de guerreiro
Mostra-me teu valor de sereno caminheiro
No ensinar os caminhos da paz
Amo esse nariz

Amo essa boca e todas as palavras ainda não ditas
Amo essa boca e todos os beijos que ainda não deu
Essa boca, cuja voz é suave sereno
É manto aquecido e ameno, instrumento do espírito
Retorna-me ao ser vivaz quando não sou mais capaz
Amo essa boca

Amo esse coração que é tão, mas tão grande
Amo esse coração que se recolhe ao canto da sala
Enrolado em um cobertor à procura de consolo
Porque ainda não encontrou alguém que o compreenda
E reflita tal grandeza feito espelho
Amo esse coração

Amo esse umbigo, ligação eterna ao infinito
Amo esse umbigo, ligação indiscutível ao Santo Espírito
No útero sagrado do ser que te gerou
Esse ser, cujo sim deu vida à semente
E permitiu que hoje és e sentes
O valor da vida, o calor do amor.
Amo esse umbigo.

Amo esse membro que guarda sementes de eternidade
Amo esse membro sagrado que protege sementes douradas
De filhos de Deus e suas missões de espiritualidade
E respeita emoções, e respeita vidas
Amo esse membro.

Amo essas pernas que te permitem vir ao meu encontro
Amo essas pernas pelo poder de te achegares
A outros para que possam vivenciar
Luz e bênçãos e graças
Teu desejo sublime de paz
Amo essas pernas.

Amo esses pés que te levam rumo ao infinito
Amo esses pés, cujos passos firmes,
Orientados pela luz dos olhos e o poder do guerreiro,
Pelas palavras certeiras e o coração de luz
Amo-te por tua paz, ternura, carinho e cuidado.
Amo esses pés.

Amo esses braços, cujo círculo terno e fechado
Permite-me fazer parte de tua alma.
No calor da fímbria do teu manto
Reconheço o poder e o encanto
De compartilhar serenos sentimentos.
Amo esses braços.

Amo essas mãos cujo toque me remete à eternidade
Amo essas mãos que acendem fios de prata de bondade
Elevam-me a dimensões infinitas
De onde trago luzes ao respirar tua fragrância
Que me fazem brilhar no altar da minha vida
Amo essas mãos.

Amo-te todo.
Tuas trevas, tuas luzes,
Teu presente e infinito
Que todo o teu ser me conta.
E embora pense ser grande,
Quando vou ao teu encontro
Percebo que pouco existo.
Preciso-te.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

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Desvendar Mistérios - 3 -

COMO ENCONTRAR EM MIM PODERES EXTRAORDINÁRIOS?

Com a música apropriada,
Tenho a minha alma lavada.

Sendo, de mim, rainha,
Aprendi a tática das gemas,
Da graça que é só minha.

Exige, a tática das gemas,
Observação e transparência,

Honestidade comigo mesma
E, num caminhar sozinha,
Um desvendar-me sem pena.

A graça que é só minha
Chega-me inteirinha.

E, os poderes extraordinários,
Confirmo-os quando os encontro,
Em abraços e sorrisos vários.

Marilene Anacleto - 24/08/01
Publicado em Itajaionline.com.br/colunas/marilene

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A Menina Esquecida

A MENINA ESQUECIDA

O vento açoitava as árvores,
Folhas fugiam desesperadas,
A chuva chicoteou casas e praças
Do anoitecer até alta madrugada.

Pequeno raio de luz
Da aurora, inda embaçado,
Mostra a transeuntes menina
Encolhida na calçada.

Uns a chamam de vadia,
Alguns, de pobre coitada,
Tremia de frio a criança
Por toda a noite lavada.

Outros lhe “davam de ombros”
Dizendo “está acostumada”.
“O corpo pode acostumar
Mas é diferente a alma.”
Assim a menina pensava.

Durante essa triste noite
Pediu a Deus misericórdia:
“Não esqueças de mim, meu Pai,
Leva-me contigo embora.”

Ao sentir que soluçava,
Mãos generosas a afagam,
E ela não falou nada.

Surgiu então personagem,
Tal príncipe em conto de fadas.
Diante de todos os olhares,
Com a criança pela mão,
Condoeu-se o coração,
Levou-a à sua morada.

A menina o seguiu,
Como se estivesse encantada.
A multidão o aplaudiu
Com grande salva de palmas.

Eis que, ao voltar ao caminho,
A comitiva, assustada,
Ouviu apenas, em gritos,
“A menina jaz na calçada!”

Um misto de horror e êxtase
Apunhalou corações.
De joelhos puseram-se a orar,
E chorar aos borbulhões.

Voltou a açoitar, a chuva;
Pôs-se a chicotear, o vento;
Ali, molhados, sentiram
O que é viver ao relento.

À menina foi atendido
Do coração puro, o lamento.
E o povo, por muito tempo,
Teve a culpa por sentimento.

Marilene Anacleto - 16/03/99 – 01:10h

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em 01/09/07
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em 22/02/01
Publicado no Jornal Folha do Povo – Itajaí – SC, em 27/05/00
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

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