BALANÇO
Paulo Gondim
01/05/2010 (1h07)
Não que eu me dê por vencido
Embora o cansaço já se faça à vista
O tempo já não corre tanto, parece mais lento
A pressa de viver, agora, nem reclama
Até posso acordar mais tarde!
Um ganho. Acordar mais tarde.
Uma conquista que desperta o sono de muita gente
Tão simples, tão insignificante, mas perseguida.
Aos poucos, inicio uma prestação de contas
Uso meus conhecimentos de contabilidade
E entre lucros e perdas, o balanço não bate
Há apenas um lucro presumido
Pouco guardado e muito a ser esquecido
Um por cento, talvez, seja meu ganho.
Na conversão de valores, pouco me sobrou
Uns sorrisos amarelos, algumas desculpas
E, lá longe, um pedido de perdão...
Mas guardo comigo, da parte que soneguei,
Um momento de paixão, intenso, embora breve
Que me vale como aposentadoria
Foram os beijos com sabor de cigarro
Apesar de minha aversão pelo fumo
Mas esse gosto não sai de minha boca
Comentários
Graciele Gessner / Paulo Gondim
Gondim, mas que intrigante balanço de uma vida...
Poeta menino, andas fazendo balanços?! Não esquece de contabilizar as pessoas que te admiram, que gostam muito de você... Que deseja sempre lê-lo, que abre um saudoso sorisso gracioso em vê-lo divulgando belos e inspiradores versos... Não esquece desta que sempre o acompanha... Mesmo que este ano andei e andarei muito sumida.
Parabéns pela inspiração tão balanceada e tão pertinente!
Um gracioso abraço desta menina poetisa,
Graciele Gessner.
Blog: http://gessnergraciele.blogspot.com/
Graciele Gessner.
Oi, Graci!
Você, como sempre, muito carinhosa e generosa. Obrigado!
Mas você viu que no balanço, eu soneguei alguma coisa, já que não se pode sonegar imposto de renda...
É aí que entram as pessoas queridas. Ficam fora dessa apuração do lucros e perdas. Elas são a parte boa do patrimônio!
Bom te ver por aqui, novamente!
Paulo Gondim
Paulo Gondim