Blog de Paulo Gondim

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Beija-flor alcoviteiro

BEIJA-FLOR ALCOVITEIRO
(Paulo Gondim)
05.05.06

O mensageiro era o beija-flor
Que por aqui passou
Pegou a mensagem e voou
Ligeiro, em busca de meu amor

Com suas asas intermitentes
Num transparecer de cores
Fazendo no céu mil piruetas,
E num vôo rasante, contente
Saiu beijando as violetas

Entregou a mensagem
E pegou a resposta
Retomou a viagem
Enquanto eu, na dúvida,
Sonhava com tua imagem

Finalmente chegou
De longa jornada
Na minha morada, pousou.
E a resposta entregou
Solícita, tão esperada

E fingiu ir embora
Sem muita demora
Mas, foi só fingimento
Ficou por ali, do lado de fora
Escondeu-se nas folhas
Olhando para mim

Esse beija-flor ligeiro
Tão alcoviteiro
Já se tornou meu cúmplice
Fica o dia inteiro querendo saber
O que diz a resposta,
O que disse você
Mas, ele se engana,
Eu não vou dizer!

(A resposta do "MENSAGEIRO" de que Teresa tanto fala)

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Ouve-me

OUVE-ME
Paulo Gondim
20/09/2008

Vem pra mim, que sempre fui todo teu
Antes mesmo que tu me conhecesse
Tu já trilhavas todos meus caminhos
E querias que tudo assim acontecesse

Vem e terás comigo a felicidade
Sentirás o ar e a brisa mais amena
Andarás pelos campos bem floridos
Sentindo a relva na tua pele serena

Como vês, só há tu nesse universo
Mas o meu amor é só teu, confesso
Se bem que já tinhas tal certeza

E antes que me venha a tal fraqueza
De perder as palavras que te expresso
Não me deixes mudo. Ouve-me. Te peço.

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O mensageiro

O mensageiro
Paulo Gondim

Quando acordares amanhã
Receberás um beijo meu
Levado por um colibri
Que passou por aqui
E se fez mensageiro

Quando abrires a janela
Pensarás em mim
E ficarás horas a ver o céu
A contar as nuvens
Imaginando estrelas
Que brilharam no anoitecer

E verás as rosas frescas no orvalho
Que brilham para ti, no amanhecer
Ouvirás o canto dos pássaros
O pega-pega dos pardais
Te festejando na janela

E olhararás no céu, entre as folhas
Das árvores que cercam teu jardim
E verás aquele mesmo beija-flor
Voando de flor em flor
Esperando a resposta que terás pra mim

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Trova - (cordel)

Trova (cordel)
Paulo Gondim
16/09/2008

Se eu fosse cantador
Soubesse tocar viola
Faria versos no pinho
Qual sabiá na gaiola
Pra ver a mulher que amo
Atender o meu reclamo
Nem que fosse por esmola

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Só um anjo

SÓ UM ANJO
Paulo Gondim
12/09/2008

Há de vir um dia em que a luz brilhará
Num arco-íris de raro esplendor
Para alegrar esse coração triste
Que é só desencanto em sua dor

Há de vir, do céu, um anjo iluminado
Envolto em pétalas do amanhecer
Despertando sonhos, desejos e quimeras
A fazer em ti o amor novamente florescer

Então, tornar-te-ás livre para o amor
Deixarás o casulo, voarás ao infinito
Cantarás salmos, farás poesias
Num mundo mais suave e mais bonito

E na paciência cúmplice de quem ama
Só mesmo um anjo bom e benfazejo
Que vela teu sono e te conforta
Na carícia suave de seu beijo

**********************************
Para Teresa, como alívio para sua dor.

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Faz de conta

FAZ DE CONTA
Paulo Gondim
11/09/2008

Você me desmonta, nesse faz de conta
E não quer saber, desdenha e não ver
Todo o meu querer, fingindo não crer
Nos meus sentimentos e nesse tormento
Você é a causa de meu padecer

Você é a ponta, o fim é a conta
Desse meu rosário, que nesse calvário
Desfio uma a uma, não deixo nenhuma
Reconto e repasso e nesse compasso
Me vejo perdido em tudo o que faço

Você é o ingresso, a volta, o reverso
A rima do verso, desse universo
O tudo e o nada, vontade calada
O fogo, a centelha, nessa combustão
Que queima meio corpo na dor da paixão

Você só me olha, num chove-não-molha
Fingindo não ver, querendo dizer
Pra não esperar, melhor nem pensar
Que possa dar certo, melhor ficar quieto
Melhor ir embora, nem ficar por perto

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Todos os pecados

TODOS OS PECADOS
Paulo Gondim
05/09/2008

Sem qualquer resistência estou
Entregue a teus carinhos
Como criança indefesa
Que tem medo de escuro

E fazes de mim o que bem queres
Explora. Dilacera. Disseca.
Imola como oferenda de teus caprichos

E me vejo, envolto em tuas garras
Mero instrumento de tua lascívia
Devorado pelos teus desejos
Presa inerte, afogado nos teus beijos

E assim o seqüestro continua
Cárcere privado de pobre criatura
Sob os gritos sensuais de tua voz rouca
Banhado no suor de teu corpo sem roupa

E, na ausência de qualquer virtude,
Todos os pecados são invocados
Todos sem nenhum perdão
E um anjo nos abre o céu da luxúria
E nos entregamos a esse amor pagão

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Fora de foco

FORA DE FOCO
Paulo Gondim
02/09/2008

Um fio de esperança ainda existe
Perdido na imensidão de meus ais
No final daquele arco-íris fosco
Que insiste em trazer tua saudade

E nela, tua imagem desfocada
Num quadro sem moldura
Ali, dependurado e torto
Na parede úmida de meu pensamento

E num lampejo de lucidez
Revivo doces momentos
Mas logo desaparecem
Como o arco-íris que perde as cores

E o fio de esperança tão efêmero
Não mais me alivia a alma
E mais me enfada, e me faz triste
Apenas a saudade ainda subsiste

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Sorte

SORTE
Paulo Gondim
23/08/2008

Virei as costas para mim mesmo
No avesso de todas minhas crenças
Questionei dogmas, desvendei enigmas
Desalinhei-me em muitos paradigmas
Esquecido da fé, em minhas desavenças

Vi meus caminhos se fecharem
Atirando-me ao destino da sorte
Abdiquei de todos meus valores
Entregue aos altares dos horrores
De pé, cara a cara com a morte

Como oferenda que se imola na fogueira
Em sacrifício vil a um deus pagão
Eu me entreguei em busca da verdade
Despi-me de toda vaidade
Mas em tudo, a vida disse NÃO!

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Angelical

ANGELICAL
Paulo Gondim
24/08/2008

Angelicalmente tomas forma
E deslizas em nuvens de desejos
Aportas em mim e ancoras
Teus carinhos benfazejos

E aí, meus anseios se materializam
Um a um em forma de ternura
A volúpia explode na paixão
No anseio de viver essa aventura

E enquanto a noite adormecida
Revela mistérios e espanto
Desmistifica-te sobre meu leito
Na beleza sutil de tanto encanto

E o anjo, agora, é real
Transformou-se em tão bela figura
Tomou a si forma de mulher
Deixou-se amar como simples criatura.

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