Blog de Paulo Gondim

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Criaturas

CRIATURAS
Paulo gondim
23/05/2009

A fuga se deu
De forma tão brusca
Num sol que ofusca
E assim logo sai
Um salto no escuro
Num gesto inseguro
Um corpo que cai

E cai entre trevas
Profundas, escuras
E tais criaturas
Do nada aprecem
Tão feias, tão frias
Em suas orgias
O chão estremecem

Reviram baús
Saltitam nos bancos
Alguns solavancos
Permitem se dar
E como mutantes
Em gestos constantes
Se põem a olhar

E assim de repente
Se mostram caladas
Inertes, paradas
Em transmutação
E num reboliço
Em tom de feitiço
Se põem em ação

Dão mil piruetas
Em gestos velozes
Num som de mil vozes
E somem no ar
Dispersas, aos gritos
Um cheiro esquisito
Ficou no lugar

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Impuso

IMPULSO
Paulo Gondim
17/05/2009

Estreitas veredas de longo caminhar
Busca constante de eterno sentir
Gritos que se perdem, ecos que não voltam
Lagrimas que vertem o que há de vir

E na caminhada, um coração sozinho
Desfeito em dores de amores findos
Bifurca-se por várias entradas
Sem rumo, na busca de amores vindos

Caminhos longos, viagem tristonha
Angustia que abre o peito em chaga
Procura vã, passos tão perdidos
Nada se aponta, que mereça paga

E mesmo assim, vai. Não desiste
O que era inerte agora se soltou
Abriram-se nessa via sonhos e cancelas
E a chance de paz no pouco que restou.

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Raro momento

RARO MOMENTO
Paulo Gondim
11/05/2008

Olhei o céu e vi uma lua clara,
Ligeiramente perdida entre nuvens
Realçando ainda mais sua beleza
Apesar de certo ar de tristeza
Que a noite sempre me traz

E vendo a lua, a lembrança
Como um sonho de criança
Senti-me passeando com você
Por campos imaginários
Nós dois, como visionários

A lua me lembra sempre você
Como elo que nos aconchega
E me põe inerte a ver o céu
E o passear das nuvens
Como se me levassem com elas
Caminhando entre tão belo véu

Eu, a lua e você, como conjunto
Num raro momento
Fruto de minha imaginação
Que me transporta ao infinito
Da ternura da lembrança tua
Que me vem sempre que vejo a lua.

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Ponteiros mudos

Ponteiros mudos
Paulo Gondim
10/05/2009

O relógio parou às 15 horas
Marco inicial de tua partida
Estampado nos ponteiros mudos
Sob o meu olhar extasiado
E o desespero, nos meus ais surdos

Foi assim que fiquei.- Calado
Via o relógio, sem significado
Custava-me crer na situação
Era verdade ou apenas uma ilusão?

Indiferente às minhas dúvidas, o relógio
Único estranho naquela parede fria
Que me dava a certeza da perda
E o início de minha agonia

O resto da história é vulgar
Todos sabem o que ocorre
Um busca a felicidade
Enquanto um coração morre

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Estranhezas

Estranhezas
Paulo Gondim
08/05/2009

Talvez, não sejamos na vida
O que dela vivemos
Ou o que falta viver

Talvez, o medo nos faz ver
O que se pode viver
E não vivemos, por temer

E o que somos na vida
Os sonhos que ainda teremos
ou a desiluzão que vivemos?

Ou será que a vida é mesmo real
E que o sonho é reverrso do mal
O mal que só existe pelo bem?

E de incógnitas e surpresas
Somos nós estranhezas
Puro mistério
Eterno conflito
Pura incerteza...

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Louvo minha mãe

LOUVO MINHA MÃE
Paulo Gondim

Não vou escrever como a maioria escreve
Versos de lamento, de desculpas
Pela perda da mãe.
Já escrevei, não escrevo mais

Hoje, escrevo versos de louvor
De agradecimento, de ternura
De reconhecimento, de amor
Por quem nesta vida, se fez vida
Não dispensou aventura
Na defesa da cria indefesa
Como fortaleza, nua e crua.

Por isso louvo essa criatura
Corajosa, forte, destemida
Que divide com Deus
A continuidade da vida
Ela pare, Ele (Deus) cria
Dizem os pobres na sua crença fria
Mas é a ela que buscamos
Nas horas de agonia

Por isso não choro a perda,
Já chorei, não choro mais!
Tenho boa lembrança
De amor, de esperança
Daquela mulher franzina
Miúda, mas de muita coragem!
Que guiou meus passos
Me deu muitas surras
Pra me fazer homem
E estava certa: me fez..

Por isso, agradeço e sorrio
Quando me lembro dela
E me sinto feliz
Porque sou na vida
Pelo menos parte
Do que ela sempre quis!

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Anjo azul

ANJO AZUL
Paulo Gondim
03/05/2009

Um anjo sempre me aparece
Numa nuvem de carinho e paz
Ele vem com a brisa leve
Que o sol da manhã sempre traz

E nos primeiros raios de luz
O céu se torna todo azulado
Como esse anjo de asas largas
De peito leve e sorriso abençoado

E o dia avnça na leveza do tempo
E me chama a ver a esperança
No revoar do anjo azul que passa
E que me faz ver a vida como criança

E esse anjo bom, às vezes, some
Mas sempre volta, eu sinto
No carinho que o vento deixa
No quadro que no coração pinto

Em suas asas de fina plumagem
Eu revigoro minha confiança
Ouço sua voz, vejo seu sorriso
Que me diz:”tenha esperança!”

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Num sonho

NUM SONHO
Paulo Gondim
02/05/2009

Como num sonho, eu corria prados
Campos verdes de flores frescas
E num cavalo branco, eu subia colinas,
Transpunha montes, pulava riachos
Sentindo a brisa fresca do campo

E me vi nesse mesmo cavalo branco
Com você, correndo novos prados
Novos cmapos verdejantes em busca do sonho
E uma nuvem nos envolveu num baile
E dançamos, em voltas excitantes

Seus cabelos esvoaçavam entre os casais
Seu perfume inebriava a noite
E eu cada vez mais apaixonado
Sentia seu rosto colado
E o vento num açoite
Que me transportava ao sonho
De estar com você

E o baile seguia, nos salões do castelo
Nos jardins de verde abundante
No lago cristalino, com cisnes brancos
Tudo conspirando a favor

E no mesmo sonho, senti seus doces beijos
Toda volúpia e todo desejo
Como conveniênica do encontro
No aconchego de seu peito como acalanto
No viver intenso desta aventura
Que me vem na sua lembrança
Sempre que penso com muita ternura.

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Sobras

SOBRAS
Paulo Gondim
21/04/2009

O cansaço me ronda a mente
O verso não me apraz
O pensamento voa sem rumo
Nessa estranha ausência de paz

A solidão toma meus espaços
Um a um, sem que tenha opção
Meu grito se perde, sem eco
Palavras surdas na imensidão

O sonho começa a fraquejar
Ilusões, quimeras já se vão
Como luz fraca que se apaga
Desejo que foge em cada mão

Quase nada resta a ser vivido
Dessa feia e inóspita figura
Restos de mágoas, de queixas
Eis as sobras dessa criatura

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Esperanças

ESPERANÇAS
Paulo Gondim
15/04/2009

Eu vejo em cada estrela
O brilho de teus olhos negros
Os mesmos que me olham de longe
Em pensamento, em lembranças
Em devaneios calmos
Numa saudade doce

Eu vejo em cada nuvem
A silhueta leve de seu corpo
No seu caminhar suave
Na leveza de cada passo

Eu vejo em cada raio de sol
Seu sorriso de tanto encanto
Ora meigo, ora tímido...
Uma vez, calmo, místico...
Outras vezes, cúmplice

Eu sinto na brisa fresca
O cheiro de sua pele
O aconchego de seu peito
E a ternura de seu abraço

Na minha saudade, me perco
E viajo por seus pensamentos
Faço planos, idealizo desejos
Imagino o sabor de seus beijos
E me recolho às lembranças
E alimento as poucas esperanças
De tê-la novamente nos meus braços.

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