Blog de Paulo Gondim

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Sem limites

SEM LIMITES
Paulo Gondim
23/07/2009

Ilusório, misterioso, possível
Um ponto solto na imensidão
Caminhos diversos, abertos
No pulsar de um coração

O além se abre à frente
Como fuga de inesperada busca
Perdida na eterna espreita
Do desconhecido que a alma ofusca

Nessa imagem não há limites
Como o sonho que não tem barreiras
No voo alegre do pensamento
Que se solta, além fronteiras

E na beleza do possível
O que se vê ativa a ilusão
Numa imagem pura, intrigante
Abre-se o mundo, nesta sensação

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Antes do tempo

ANTES DO TEMPO
Paulo Gondim
20/07/2009

Talvez um luar, um vento norte
Um lance qualquer da sorte
Um sonho inteiramente novo
Um desejo. E quem dera sonhar eu volte...

Porque não vi mais o azul de meu céu
Tornou-se fosco, impercebível
No meu exílio interno, quase eterno
Desacostumei-me de olhar o céu

E a lua? Ah, a lua... Ela me lembra você
Em forma de poesia, na minha fantasia
No meu esquecido querer.

A brisa da manhã pouco me toca o rosto
Também me esqueci de senti-la
Como meus sonhos
Que ficaram um a um pelo caminho

Acho que fiquei velho antes do tempo
Parei de sonhar.

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Inevitável

Inevitável
Paulo Gondim/Valdeci Garcia
17/07/2009

Vi uma certa tristeza em teu olhar
Como prenúncio de algo mais triste
Que certamente quiseras me dizer
Embora não fosse tua vontade
O certo é que parei para ver

Teu olhar não mentia
Pela dureza de teu semblante pesado
Um arrepio gelado me correu na pele
E fiquei estarrecido, assustado

E o inevitável ocorreu
Gelou-me a alma
O que saiu dos lábios teus
De forma fria e direta
Assim, me disseste adeus

E fiquei a olhar teu vulto sumindo
Levando como ele minhas esperanças
No fundo, ninguém parte inteiramente
Sempre ficam lembranças

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A foto na parede

A FOTO NA PAREDE
Paulo Gondim
06/07/2009

Eu nem vi você passar.
Foi rápida sua partida
Um adeus ficou para trás
Uma lembrança vaga
Uma saudade, apenas

Mas um coração partido
Foi o que sobrou de nós dois
Muita mágoa e solidão
Num misto de frustração
Sem pensar no que vem depois

E virá, como vem o dia
Como se vai a noite
E como sopra o vento
Em meu desalento
Virão a tristeza e a incerteza
Como parte de tua ausência
Tudo, compondo meu tormento

Meus dias, certamente, serão duros
As noites serão longas e frias
A primavera não terá flores
E o sol se esconderá nas nuvens
Como tu, fugindo sorrateiro,
Para não ver minha tristeza

E ficarei inerte, pensando em ti
Juntando os cacos desse desamor
Cada pedaço que ainda ande a meu favor
Um pequeno lembrar, um sussurro
Um lampejo de esperança, um suspiro
Olhando tua antiga foto na parede

Assim é o quadro de tua saudade
Imagem fosca e de pouca luz
Na dor cruel que no peito induz
Na chaga que transcende a carne
Que vara entranhas, dilacera a mente
É nesse quadro que me olho de frente
Volto sempre, só, a olhar a rua
Quem sabe te veja novamente...

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Em fuga

EM FUGA
Paulo Gondim
29/06/2009
(Brejo Santo, Ceará)

O que é o homem perdido na sua solidão?
Apenas um grito que soa
Sem eco na imensidão

O que é o homem ausente de paixão
Fechado em si mesmo
Em sua alucinação?

O que é a vida perdida
Na névoa da incerteza
Crua em sua estranheza
Ávida de guarida?

E o que se fazer da inesperada dor
Que nos arrebata
E nos enche de pavor?

O que é o homem na inconstante busca
Do encontro de si mesmo
Na culpa que afora purga
Senão um fantasma que se põe em fuga?

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Prenúncio

PRENÚNCIO
Paulo Gondim
13/06/2009

O sonho que se fez presente
Aquecendo minhas noites frias
Aos poucos em si desaparece
Como trapos de minhas fantasias

O lampejo de ledas quimeras
O festejar diário de alguma utopia
Resultaram em frustradas buscas
Perdidas em meio a tanta hipocrisia

O ciclo que se abriu, ora se fecha
Já se faz pressa em si mesma a vida
Os anos correm em fuga disparada
Percebe-se, no ar, um tom de despedia

E no confronto derradeiro do ajuste
Pouco sobra e que mereça confiança
Alguns poucos fragmentos de saudade
E um resto qualquer de esperança

E assim, o sonho nada vale mais
Perdeu-se no baú dos esquecidos
Pouco restou do que fora semeado
Poucos frutos que mereçam ser colhidos

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Indiferença

INDIFERENÇA
Paulo Gondim
12/06/2009

A insensibilidade se avizinha
O verso não aparece
Da rima já se esquece
Num sentimento de vazio
As palavras fogem
E me sinto só e frio

Em vez de sonho, gritos
Que ouço na noite vaga
Como eco que aos poucos se apaga
Falta-me o aconchego de teu beijo
O calor amigo de teu peito
Teu abraço benfazejo

Nem a lua hoje se deu conta
Da minha tristeza, de minha solidão,
Escondeu-se nas nuvens
Para não me ver
Assim tão desolado
A mesma lua que me traz o brilho
De teu sorriso encantado

Por isso, a escrita definha
Fica pobre, mesquinha
Os poucos versos desconexos
Que saem de minha pena
São fracos, coisa pequena
De rimas pobres, nada nobres
Perdi a fé, perdi a crença
Tudo por tua indiferença

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Poetas e poetisas

POETAS E POETISAS
Paulo Gondim
09/06/2009

O amor sempre se fará presente
A cada raio de sol, a cada gota de orvalho
A cada amanhecer preguiçoso
A cada olhar esperançoso
A cada palpitar do coração
Quando olhares se cruzam
Num momento de emoção.

E o amor se fará mais bonito
Quando cada um desses momentos
Sai dos sonhos e invade os pensamentos
E se materializam em forma de poesias
Quando a vida se mostra em fantasias
Pelas mãos especiais do poeta
Que tecem de forma inquieta
Versos e rimas, sonhos e utopias

Bem-aventuradas mãos que escrevem
E descrevem a vida em sua magia
Poetas e poetisas, menestréis da noite
Que cantam o amor e suas desventuras
Disfarçam a dor, essas pobres criaturas
Sonham, fogem, se transformam
Em desencantos, só e maltratados
Mas sempre haverá um poeta
Enquanto houver alguém enamorado

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Recado

RECADO
Paulo Gondim
31/03/2008

Meu beija-flor colorido
Que fica ali escondido
Entre as folhas do jardim
Venha até minha janela
E traga notícia dela
Numa folha de alecrim

Ah, beija-flor atrevido
A me ver assim perdido
Sozinho, pensando nela
Nem percebe a dor que sinto
A dor que sinto por ela
E voa de galho em galho
Pulando de lá pra cá
Todo molhado do orvalho
Das lágrimas de meu penar

Ah, beija-flor danado
Você é que é culpado
Do meu viver isolado
E de ser abandonado
Por quem tanto me amou
Você não deu o recado
Que eu pedi para ser dado
Mas você não entregou

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Ternura

TERNURA
Paulo Gondim
27/05/2009

Parece mágica,
Mas tudo muda quando falo com você
Até um dia chuvoso se transforma
O frio não fere tanto
E o sol nem faz falta

A emoção aflora e se faz presente
A beleza desponta em tudo o que se sente

E navegamos em plumas de prazer
Na inocência tranquila do querer
Tudo porque você se deixa amar
E prodigaliza em gestos leves
Na suavidade do toque
Tudo para me acalmar

E vivemos momentos de ternura
Como num sonho de brandura
Suas palavras deslizam no vento
Soam em meus ouvidos
Guardando só para nós
A beleza desse momento.

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