Blog de Paulo Gondim

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Encantamento

Encantamento
Paulo Gondim
28/01/2010

Meus sonhos se confundem com teus beijos
No adormecer silencioso de teu sorriso
No encanto de cada momento intenso
Que teu olhar me leva ao paraíso

Uma lembrança me vem de vez enquanto
Como nuvem leve no pensamento
Um ar de calmaria me envolve
E me perco, longe, nesse encantamento

E depois do enlevo, a saudade
Ah, a saudade, essa eterna companheira
Fica por ali, na espreita, escondida
Tua saudade é minha amiga sorrateira

E assim passam os dias, como o vento
Em brisa suave, de meu pensar em ti
Sinto-me em paz, na tua lembrança
Que me invade a mente, no teu sorrir

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Apenas um

APENAS UM
Paulo Gondim
22/01/2010

A porta se abriu e vi teu sorriso
Em contraste com minha impaciência
Inevitável o abraço, o beijo gostoso
O cheiro de queimado na pele
E toda uma saudade contida
Que logo foi esquecida

A porta se fecha e o mundo lá fora inexiste
Meu infinito são teus braços
Já não somos dois, mas apenas um
Tal é o envolvimento dos corpos
Na ternura do momento, no contentamento
Que só nós nos permitimos

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Vala comum

VALA COMUM
Paulo Gondim
20/01/2010

Eu tento não me decepcionar
Mas vejo que é impossível
Desvio-me da realidade, arrisco um sonho
Busco acreditar na bondade humana
Talvez por pura inocência

O importante é o hoje. Não há futuro...
Como abrir mão de tanto consumo?
A felicidade tão efêmera se resume num cartão
Na porta do shopping, numa vitrine...

Valores e virtudes desapareceram
Família, amizades não contam mais
Primeiro, o falso conforto
Um telefone novo, uma roupa que nem se usa...

Aos poucos, se mergulha na solidão...
Os desejos são tantos, como são fúteis
Primeiro o “EU”, não há espaço para o todo
O egocentrismo virou religião

Acho que estou ficando velho
Pois não consigo entender tanta pressa
A vida não antecipa fatos, nem motivos
Ela corre lenta e nunca se estressa

Por isso, tento não me enganar
Com a falsidade de tanta oferta
E vejo em minha volta tanto vazio
Tanta mágoa, tanta solidão
Acabo na vala comum
Com a falta de paz e de compaixão.

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Ambiguidade

Ambiguidade
Paulo Gondim
09/12/2009

Percebi no teu olhar perdido
A tristeza de tua alma
Uma mágoa escondida, sentida
Que aos poucos te rouba a calma

Os gestos leves da tua beleza
Ofuscaram-se nas feridas
Em cicatrizes expostas
De tantas ilusões perdidas

Ainda queres amar, eu sei
Embora o medo te impeça
Tua boca pede por beijos
Teu coração por promessa

E te afogas num mar de dúvidas
Buscas apenas um pouco de afeto
O que tens não te serve
E o que mais queres não está perto

E na tua loucura, teus fantasmas
Riem e festejam teus fracassos
Embora saibas o que te acalma
Insistes no calor de outros braços

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Mundo virtual

MUNDO VIRTUAL
Paulo Gondim
27/11/2009

A deusa de meus sonhos vive perto
Embora inatingível, vejo-a todo dia
Mora na minha lembrança, na minha fé
Me encanta a alma em minha fantasia

É a musa de meus versos
Alguns sem nexo, desconexos
Não são versos de poeta
E na minha timidez, sempre desconverso
E fica só no sonho, num mundo virtual
Que me leva ao infinito nesse vendaval

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Aconchego

Aconchego
Paulo Gondim
25/11/2009

Quando te sentires cansada, pensa em mim
Que tenho minha alma leve e o coração aberto para te receber
Meu colo é teu refúgio, meu ombro teu amparo
Meu beijo, a certeza do sonho realizado
Entra. A casa é tua
Regozija-te comigo, enquanto vivemos
Essa aventura que só depende de nós.
E quando o cansaço te tomares o corpo por inteiro
Aconchega-te no meu peito, como teu leito
Para que teu sono seja reparador
E que o despertar seja de esperanças
E tudo se renove, tudo floresça
Como o amanhecer que traz um novo dia.

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Des(concerto)

DES(CONCERTO)
Paulo Gondim
27/10/2009

Por quem latem tantos cães
Muitos, todos de uma só vez
Repetem-se num mesmo tom
Cada um chorando sua viuvez?

Por que insones as pessoas tristes
Se perdem em si, na contra mão
Dão mil voltas cegas pela cama
Nunca se encontram na sua solidão?

E esses sons da noite aos poucos mudam
Um grito ao longe rompe a escuridão
Confunde-se no tom desse concerto bronco

Como os cães que aos poucos menos uivam
Outros sons insistem refazer esse refrão
Sem tom, sem harmonia, apenas ronco...

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Probabilidades

PROBABILIDADES
Paulo Gondim
13/11/2009

Incógnitas se misturam à lógica
Nos meandros da inconsciência
Fórmulas absurdas dão o tom
De uma inóspita existência

E entre castiçais e velas lúgubres,
Como monge, escreve sua história
Num idioma morto, indecifrável
De inúmeras batalhas e pouca glória

Cálculos exaustivamente refeitos
Persistem na dúvida. Não batem.
Queimam-se neurônios, circuitos
A filosofia não explica

A exatidão do que se busca
Perde-se em linhas invisíveis
E o homem se vê só
Na busca incansável de si mesmo
Tropeça na falta de clareza
Num salto no escuro, com frieza
Pois o que lhe move é a incerteza

E entre metas e possibilidades
Entre projetos e necessidades
A vida lhe cobra decisão
O mundo é prático
Não há espaço para oscilação
Só há um lado, um caminho
E tem que decidir tudo sozinho

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Pouco que se fez

POUCO QUE SE FEZ
Paulo Gondim
11/11/2009

Eu já deveria ter aprendido
Mas, infelizmente, continuo burro
As investidas são sempre as mesmas
Talvez mais burras do que eu...
São repetitivas, previsíveis, iguais
Ainda caio nelas, nem sei por que...

É assim a alma humana.
Incapaz de ver o mal
Afoga-se em mágoa rasa
Perde-se na primeira trilha
Esconde-se na própria casa

Mas o sofrer não é eterno
Um dia há de se dar conta
E por mais que se estenda
Tudo tem um fim

E de tudo o que se vive, resta a esperança
Como prêmio ou castigo do que não se fez
Quando tudo foge, quando tudo é dúvida, talvez
A lição fica mais longe. Pouco se aprendeu
Quando tudo é nada, tudo se perdeu.

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Magia

MAGIA
Paulo Gondim
06/11/2009

O infinito é meu desejo
Num voar alegre, sem medo
Um toque delicado, um gesto simples
No que sinto e no que vejo

Assim te vejo e te sinto no meu sonho
Como lembrança que não se perde
No cantar suave da brisa
No sopro generoso do vento

E minh’álma sossega em calmaria
Num êxtase de pura magia
Num mergulho em doce devaneio
Que é pensar em ti

E o impossível se realiza
O infinito nem é tão vasto
Fica ali, bem pertinho,
E todas as distâncias se encurtam
Num leve pensar em teu carinho

Assim, meu coração voa
Desliza leve pelos campos
Como criança inocente
Que só vê beleza em sua frente
E me convida a sentir a paz desse momento
Na certeza de teu amor, para meu contentamento

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