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Foto de JGMOREIRA

EM FORMA DE OBJETO

EM FORMA DE OBJETO

ANDO EM FORMA DE OBJETO
SEM NENHUM DESEJO SECRETO
SEM NENHUMA GALHARDIA
SEM NADA QUE ME DEFENDA

TENHO ESSE AR BLASÉ
DE QUEM NÃO VIU O QUE OLHOU
COMO SE FOSSE IMPORTANTE
TER A MÃO DISTANTE
DO GESTO QUE SOCORRE

TALVES TU BRINCASSES EM MEUS PARQUES
SE HOUVESSE TEMPO PARA MAIS UM DIA
MAS É SEMPRE ESSA URGÊNCIA DESESPERANTE
ESSE DIA A MAIS QUE DIMINUI NOSSOS INSTANTES
ESSA PRESSA DE FUTURO INCERTO
QUE FEZ DO SAARA DESERT0
QUE FEZ DE MIM ESSA ROTINA

ASSIM QUE SOLTAREM OS PÁSSAROS
QUE GEMEREM AS RODAS
QUE SUAREM AS ENGRENAGENS
QUE TENHO ASPIRADO NESSE TEMPO IRADO
TALVE EU ME SOLTE UM POUCO
PERCEBA QUE HÁ ALGO CONCRETO
ALÉM DESSA FORMA DE OBJETO
COM QUE DEFINO MINHA PASSAGEM

AMANHÃ, ESSA PROMESSA CONSTANTE
COLHEREI ALGUMAS FLORES
TRAREI ALGUMAS NOVAS FORMAS
DE DIZER QUE JÁ É TARDE
ENQUANTO ISSO, RODA A RODA
DO PARQUE QUE TIVE DENTRO
QUE FICA DOENDO
ESPERANDO TUA CHEGADA
TUA RISADA
APENAS PARA BRINCAR

QUE SO TU ENTENDES PERFEITO
QUE ESSA FORMA DE OBJETO
É MINHA DEFESA OU JEITO
DE DIZER QUE SÓ A TI AMO E ESPERO
MESMO QUE SEJA AMANHÃ, OU DEPOIS
OU QUANDO PARAR O TEMPO
E TODAS AS MÁQUINAS EMPERRAREM.

QUE SÓ TU PODES SUAVIZAR
ESSE JEITO OBJETO DE ANDAR
ESSES TALHOS DO TEMPO NO ROSTO
ESSA TRANQUILA FALTA DE GOSTO
ESSA ESPERA QUE HÁ DE ME MATAR.

Foto de JGMOREIRA

ÉGIDE

ÉGIDE

Antes que minha mão busque o cigarro
Algo se impõe entre ela e mim,
Como sombra.
Um fantasma de ti que não mais assombra
Apenas surfa nas ondas
Das lembranças
Querendo estar vivo dentro de mim
Quando já há muito morri
Contigo dentro de mim.

Horas vãs, horas vagas,
imperpétuas de felicidade
Sonhos vivos ao romper do dia
Amargas horas, doces sonhos na aurora
leve madrugada a fugir do claror do dia

Antes que meu coração almeje o punhal
Um vulto vem ao ouvido dizer
Palavras que amortecem todas as quedas
Que torna minha ânsia lerda
Afasta das desgraças o mal.
Os espectros que passeam pela casa
Passe-partout, escancaram cômodos
Estabelecem quartos de vigília
Protegendo a mim que já morri de ti.

Horas vãs, horas vagas,
Imperpétuas de felicidade
o coração se abastece de esperanças
Claro-escuro, o crepúsculo abraça o dia.

Assoma o vulto, passa perto
deixa no ar um perfume que nunca esqueço
uma dor que não mereço
um sentimento que não mais quero.
Sorrio o sorriso dos conformados
quando o coração que fora sepulcro
redivive o que cria lapidificado
Meu lastro único no mundo
É este amor que vaga eterizado

Coisa vã, horas vagas, incrédulas na felicidade
quando se mistura a noite no dia
Adormeço lentamente, antes do cigarro
sabendo que não mato em mim o que de ti havia
pois, abastece-me de esperança tua presença
a esperança abastece-se de vida. Minha
única proteção na aurora ao fulgir do dia.

Foto de thaizinha2009_

Poema para refletir

Um dia, a maioria de nós irá se separar.
Isso é o que todos falam;
E infelizmente é verdade.
Mas temos que aproveitar todos os dias,
Como se fosse o ultimo,
Temos que respeitar os mais velhos,
Porque eles são nossa inteligência,
Nossa vida,
Nosso estudo.
Aproveite seus irmãos,
Seus amigos,
Seus professores ou seus chefes.
A cada ano, querendo ou não,
Essa hora está cada vez mais próxima.
É triste perder alguém querido?
É triste.
Mas só é mais triste quando alguém que a gente ama muito morre.
Só quem perdeu alguém assim sabe como é.
Muitos de nós achamos que a morte só vem para quem é velhinho,
Mas a verdade é que a morte não tem idade, não tem hora nem lugar para acontecer; só acontece.
Algumas dicas para aproveitar:
-Saia bastante com os amigos;
-Estude muito;
-Tenha um tempo só para a família;
-Viaje muito, nem que seja a trabalho;
-Tome um delicioso banho de cachoeira;
E por ultimo, mas não menos importante:
SEJA VOCÊ MESMO!
Tenha um bom dia.

Foto de JGMOREIRA

ECOS

ECOS

p/CB
Ecoam nas saudades tuas palavras:
incognoscível infortúnio a idade
que tive de senhor do mundo
quando se perde as rédeas
bridão, restando apenas as crinas
para manter-se sobre esse alazão.

Tuas notícias chegam pelo ar
empolgadas pelo comercial
da Ana Paulo Arósio.
Passeio dentro de mim
em leves sorrisos
lembrando de ti
lembrando o que o tempo permite
o que a distância não desfez.

Como é feliz
o tempo que consegue
transformar saudade em bem-querer
nesses tempos de cruzadas anglo-americanas
nessas épocas sem segredo
de Lua já pisada
de Marte à vista.

Talvez eu nunca mais decifre nada
que existem satélites à espreita
arapongas nas escutas
e esses certeiros Scuds
Mas, mesmo nessa miscelânea
consigo sorrir como quem levita
ao ouvir tuas palavras na Panasonic
até me esquecendo do diário Rivotril.

Nada direi que possa ferir esse carinho
esse afago que sua voz me causa
nos males d'alma
Nada direi que as palavras
são reles instrumentos
para lapidar sentimentos
terminando por confundir
fundo e forma, lobo e cordeiro

Às vezes não tenho coragem
de responder teus recados
que nem tudo vale a pena
para quem tem alma pequena
nesses dias de grandes mercados
luminosos shoppings
sombras fugindo das pessoas

Silencio na São Sebastião:
um homem sorri sozinho
como soe aos loucos, aos tolos
aos que se cobrem com afagos
dormem sossegados
sabendo que além dos olhos
além da distância
além do tempo
fica a felicidade de saber
que nunca ricochetearão n'algum
sofrimento as tuas falas

Foto de hugo69

Inigma do Sentimento

A bater meu coração
letras dixem o que sinto
baralhadas , misturadas
escondidas num labirinto.

Meu coração apenas me disse
que sentia algu natural
portanto, não me irei preocupar
não será nada de mal.

Óh...mas quando me deito
penso e repenso perguntando
"o que será que sinto
e porque penso assim tanto?"

Rapidamente surgio resposta
deste meu coraçao
"tira a primeira letra de cada quadra
e ai estará a solução"

Direitos reservados a hugo madruga.

Foto de JGMOREIRA

DO MEDO

DO MEDO

Não há nada
O que há
O que verdadeiramente existe
É o medo
Esse sentimento universal
Que nos irmana
E distancia
Que faz com que eu te mate
Ou abrace
Dependendo do peso do medo

Não há tudo
O que há é esse
Excesso de coragem
De segredo
Que nos faz velar
Noite após noite:
O que com maior zelo guardamos
É o medo com que nos matamos
E nos consumimos
E nos entregamos a esse outro
Corpo túrgido de medo
Ao lado

O que vive
É o medo
O medo de estar calado
De estar só
Principalmente de estar só
Sem uma mão medrosa
Que nos afaste os cabelos
Da testa perolada de medo

Há o medo de acordar
amanhã cedo
de enfrentar o patrão
e horário
sem nada erguer em nome
do universo
por causa do salário

somos filhos do medo
pais do medo
nossas crias, decerto
investirão no futuro
irão ao espaço
encontrarão civilizações
E lá, nesse lugar
Alguém estará segredando
A um papel confessor
Que o que há é o medo
Essa incrível ausência
De amor.

Foto de JGMOREIRA

DO HOMEM QUE SE TORNOU ESCRAVO DA VIDA

DO HOMEM QUE SE TORNOU ESCRAVO DA VIDA

Para.
Para de olhar com essa cara
de quem perdeu o gol do Vasco
Menino que quebrou o brinquedo

Fala alguma coisa que quebre o gelo
que encha o copo para ser servido
que eu sou todo ouvidos.

Passo por ti todos os dias
e nenhum alarme em ti dispara
Não vês na minha cara
que me fazes falta?
Que te quero todos os dias
na alegria e na tristeza?
Não percebes que te quero no colo
na cama, rindo de deslocar o maxilar
ou chorando teus fracassos?

Mas não quero te servir de descanso
Não quero ser teu amparo no desespero
se quando chego para falar-te de mim
tens sempre uma desculpa.
Do que é que tens medo?

De que me revele a ti, expondo fraquezas
Por acaso não pensaste que sou humana
e que não acabo na bunda nem na beleza?

Como queres que eu te ame se não falamos?
Não trocamos confidências
não existe afago em nossos "eu te amo"

Pensas acaso que quando desmontas
eu não fico tonta
Que fica faltando uma parte tua
quando no banho me escorres nas pernas nuas?

Para. Para de fazer de conta que me amas
e desata esse nó na garganta.
E me fazes crer que sou só tua
de uma cumplicidade criminosa
que me excitarás só de pensar que virás
para a casa que queremos lar
cheio de felicidades nossas.

A tão sonhada liberdade
que almejas com tanta vontade
só será alcançada
quando me completares minhas metades
quando me recheares com tuas verdades
quando, enfim, deixares de ser covarde
para ser homem que fala, sente, chora, ri
para que eu possa amar a ti
e não aquilo que me mostras todos os dias
que não passa de filosofia
com algum traço de poesia
que morre na beira da realidade
quando te calas e me deixas morta de saudade
do homem que conheci um dia

Foto de JGMOREIRA

DISPARADA

DISPARADA

Passam por mim em disparada.
Oiço-lhes o tropel. Voz muda.
As mãos não chegam às rédeas
A vontade não serve para nada.

A velocidade das cavalgaduras
Atordoa meus olhos. Fere.
Ficam no ar os riscos da sua passagem,
Manchas que atravessam as ruas.

Onde quer que vá é o atropelo.
São belos, vários pelos becos
Sob o sol, lua, amor e medo.
Não obedecem nada. Desespero.

Deliro em minhas janelas
Vendo-os riscar os dias.
Assustam-me nas noites
Quando passam. Mazelas.

Não encontro um sequer rocinante.
São sempre altivos, bravios, indômitos
Nada os detém, voam sem pousa
Estrebaria. Não lhes sei rumo nem nomes.

Um dia pensei tratar-se de tropilha
Que tivessem direção definida
Seguindo algum tropeiro ou dono
Mas é apenas cavalaria.

Observo a marcha forçada da bestiagem
Sem atinar com o sentido das idas e vindas
Como circulassem à minha volta em mostra
Do seu poder, fúria ou da pelagem.

Atônito, tendo dar sentido à manada
Dos anos que passam em disparada
Como se fossem cavalos sem brida
Todos os dias da minha vida.

Foto de JGMOREIRA

DIA CLARO

DIA CLARO
Sabes, às vezes me deparo comigo mesmo
parado diante o mar,
olhando onde nunca estarei
com a alma fremente de desejos de lá estar.

Os olhos que amam as ondas inatingíveis
olham as pegadas sulcadas na areia
decifrando para mim
o significado de mim mesmo:

Serás o homem da terra amando a possível sereia.
Minha boca salga com minhas lágrimas
por entender-me um homem de pouca aventurança.

Fico
até que o mar que nunca desbravei
perca-se na lembrança.

Quando, um dia, não puder mais navegar
talvez invente pra mim mesmo, uma aventura.
aquele mar inusitado de tanto ser lembrado
tornar-se-á a minha verdade mais segura.

E, assim, quando tombar a mão ao rés do corpo
sem mais respirar, lembrar ou qualquer gesto,
serei remetido para além das ondas
onde aventura-se a alma
do corpo que ora empresto.

Foto de JGMOREIRA

DE CUJUS

DE CUJUS

Não me amas mais
nada em mim te encanta.
A mim não se parece aquela
A quem querias na tua ganância.

Nada em mim te provoca
Fica essa boca em brasa
Manchando os lençóis da casa
E tu nada. Nada de resposta.

Queria que me dissesses palavra
capaz de espantar minha mágoa
Mas nada dizes. Nada te ocorre
A esperança desfalece e morre.

Na cama vazia me deito
Como é de costume
Enquanto jazes ao lado
Defunto, de cujus, decúbito

Sei que não dormes
Mas morres todo dia
E morto ficas e morto vives
Eu? Nada. Fui um deslize.

Um dia no mesmo cigarro
Nas duas bocas um único trago
Promessa, conversa, afago
Te amo, te como, te guardo

Hoje finges um sono que não existe
Mas antes dormias no meu sonho mais triste
Ate que me convencestes a dar meu destino
Para que me deixasses sem rumo sem trilho.

Não me amas mais nem nada te encanta
Porque não vives em paz e me deixas solta
Para que eu seja a viúva, o véu na sombra
O olhar que não mais interroga?

Nada em mim te encanta
Mas não adianta
Teu costume é defunto criança
Que em mim apenas descansa

Não me amas mais
Nada em mim te provoca
De cujus, decúbito, demais
o amor nunca suporta

E se afasta
Nefasta a hora
Em que dissestes
Sempre e agora.

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