Amantes

Foto de Menina do Rio

Fazer amor

Fazer amor é mais que sexo
É uma arte que vai além da pele
É despir a alma, com calma
e se entregar sem medos
nem pudores
É um acto divino
de gozo infinito
É fazer do corpo
um instrumento de prazer sublime
com paixão e ternura
onde o desejo escorre
feito água de banho quente
e as palavras soam como poemas
que os lábios descrevem
e as mãos imprimem
pela anatomia
deslizando como espumas
exalando odores sensuais
que entorpecem os sentidos
entoando suspiros;
e os corpos dos amantes
explodem num tremor lascivo
de gozo total...

Foto de Sonia Delsin

OS AMANTES

OS AMANTES

Dentro desta noite fria quem somos?
Embaixo das cobertas nos abraçamos.
Quem somos?
Baixinho nos falamos.
Nossas bocas se procuram.
Nos beijamos.
Nos acariciamos.
E a noite se arrasta lenta.
Parece que tem pena.
Parece que tem pena de dois amantes que não querem ver o amanhecer.
Tudo amanhã, ao brilho do sol estará finito.
Este nosso amar tão bonito.
Quem somos?
Uma luz mortiça vai guardando o que vê.
E o que vê é duas silhuetas sob as cobertas.
Num mexe e remexe.
Penalizado o relógio o ponteiro avança.
Um bem-te-vi vem perto da janela anunciar que o encanto acabou.
Um dos dois precisa se levantar.
Acabou-se o tempo de amar.

Foto de Carmen Lúcia

Enquanto você dormia...

Enquanto você dormia...

A noite acordou o céu,
Estrelas cantaram,brincaram,
Girando feito carrossel...
Uma brisa serena passou
E o chão se levantou,
Sob um intenso clarão...

Enquanto você dormia...

A musicalidade dos grilos
Pincelava de cores
Espaços escuros
Que a luz não alcançou,
Cobrindo-os de amores,
Os pirilampos pintores...

Enquanto você dormia...

A lua acordava
Iluminando o telhado
Do gato que miava
Solitário...soturno,
Arisco...noturno...
Tal qual o poeta...livre de idéias,
O gato não se prende a pessoas...
Sem se deixar pegar
Parte pra outro lugar...

Enquanto você dormia...

O verdadeiro silêncio
Pôde ser ouvido
Pelos sons da noite...
De repente...um grito
E tudo se agita...
O mistério palpita...
E uma sombra errante
Move-se escondida...
Desaparece num instante,
Fugaz como o tempo
...para os amantes...

Enquanto você dormia...
...e nada via...

Foto de Sonia Delsin

O ENCONTRO DO SOL E DA LUA

O ENCONTRO DO SOL E DA LUA

Tantos anos de espera.
Tantos.
A Lua sabia que um dia encontraria o Sol.
Sol esperava este encontro com ansiedade.
Ele que namorava da Lua a claridade.
Parecia que não existia uma possibilidade.
Mas houve sim.
Um eclipse veio aproximar dois amantes.
Nada mais será como antes.
Lua e Sol sabem que outros eclipses acontecerão.
Entre eles existe amor, existe paixão.
Sol amou a nudez da Lua.
E Lua se enamorou ainda mais do calor do Sol.

Foto de Sonia Delsin

FOMOS DOIS TOLOS

FOMOS DOIS TOLOS

Ganhamos assim de presente um céu coalhado de estrelas.
Ganhamos um luar que um lindo campo vinha banhar.
Ganhamos de presente um violão.
Uma fogueira.
Ganhamos um presente pra se guardar a vida inteira.
E o que fizemos disso?
Deus, eu pergunto...
O que fizemos disso?
Tínhamos o paraíso.
Anjos nos abençoavam e nos coroavam.
Outros anjos dançavam.
Tínhamos tudo que os amantes precisam...
Tudo...
E deixamos o tempo passar...
Ou não?
Ainda é tempo.
Corra. Venha me abraçar.
Ainda nos resta um momento pra amar.

Foto de Stacarca

Amor funéreo

Amor funéreo

"A chaga que 'inda na
Mocidade há de me matar"

A noute era bela como a face pálida da virgem minha. O luar ia ao cume em recôndita dentre a neblina escura que corria os escuros delírios. Eu, pobre desgraçado levava meus pés a mais uma orgia a fim de esquecer a minha vida de boêmio imaculado. - Ah! E minha donzela morta que lhe beijava a face linda? Hoje, Não esqueci de ti, minha virgem bela de cabelos dourados que com as tranças enxugava meus prantos em dias de febre qu'eu quase morria, nem de seus lábios, os doces lábios que nunca beijei em vida, os mesmos que emudeciam os rogados de cobiças fervorosas? Sim, ó donzela de pele pálida que sempre almejei encostar as mãos minhas. Hoje, êxito de sua bela morte, sete dias sem ti, minha romanesca linda dama que as floridas formas diligenciavam os mais escuros defuntos. Os mesmos que indagam da lájea fria?
As lamparinas pouco a pouco feneciam na comprida noute que seguia, a calçada de rebo acoitava outros vagabundos que a embriaguez tomara, o plenilúnio se destacava no céu escuro, como um olho branco em galardão, magnífico. Ah como era bela a área pálida, e como era de uma beleza exímia, tão mimosa como a amante de meus sonhos, como a donzela que ainda não cessei d'amar.
- Posterga a defunta! Diziam as amantes!
- Calem-te, vossos talantes nada significam meretrizes de amores não amadas, perdoai-me, o coração do poeta nada mais diz, pois de tão infame, 'inda que vive, exalta aquela que não mais poderás oscular!?
O ar frio incessante plasmava em minha fronte doente, rígida, sequiosa pela douda vontade d'um beiço beijar, As estrelas fúnebres cintilavam, não eram brilhos obtusos, eram infladas e que formavam uma tiara de cores que perscrutava a consternação do ébrio andante, solene co'uma divinal taciturnidade. A'mbrósia falaz diria um estarrecido boêmio. Aquele mesmo que sem luz entreve o defunto podre que nunca irá de ressuscitar?!
A rua tênebra na qual partia, musgos fétidos aos compridos corredores deserdados p'la iluminação tênue dos lampiões avelhentado co'o tempo, lírios, flores que formavam a mistura perfeita d'um velório no menos pouco bramante, as casas iam passando, as portas vedadas trazia-me uma satisfação soturna, as fachadas eram adiposas e de cores sombrias, ah que era tudo escuro e sem vida. Como eram belos os corredores azeviches, aqueles mesmos que as damas trazia para gozar de suas volúpias cândidas que me corria o coração no atrelar aureolo.
A disforme vida tornara tão medíocre e banal qu'eu jazia a expectação feliz. – Pra que da vida gozar? Se na morte vive a luz de minha aurora!
- Hoje, sete dias rematados sem minha virginal, ó tu, que fede na terra agregada e pútrida comida p'los vermes, tu que penetraste em meu coração como o gusano te definha, tu que com a palidez bela pragueja as aziagas crenças banais que funde em minha febre, tu que mesmo desmaiada em prantos a beleza infinda, tu que amei na vida e amarei na morte. Ó tu...
No boreal ouviam-se fragores d'um canto sanhoso, era uma voz bela e que tinha o tom lânguido de um silêncio sepulcral, bonançosa era a noute, alta, os ébrios junto as Messalinas de um gozo beneplácito, escura, os escárnios da mocidade eram como o fulcro de uma medra irrisória, e o asco purpurava uma modorra audaz;
A voz formidolosa masturbava minha mente em turbadas figuras nada venustas.
Assassinatos horríveis eram belos como um capro divinal que nunca existira, o funambulesco era perspicaz que aos meus olhos era uma comédia em dantesca, os ébrios junto às prostitutas que em báquicos meio a noute fria gritavam, zombavam na calmaria morta, as frontes belas eram defeituosas que fosforesciam no fanal quimérico. Cadáveres riam nas valas frias do cemitério donde foras esquecidos, os leprosos eram saudáveis, os bons saudáveis eram leprosos fedidos que suas partes caíam no chão imundo, as lágrimas inundavam as pálpebras de revéis em desgosto, a febre desmaiava os macilentos, pobres macilentos que desbotavam aos dias.
Era tão feio assim.
- Quem és? De que matéria tu és feito? Perguntei e os ecos repetiam.
O silêncio completava os suspiros de meu medo, a infâmia percorria a ossatura lassa que o porvir eriçava. Tão feio tão feio... – Quem és? Porque me tomas?
Riu-se na noute. Riu-se de uma risada túrbida que nas entranhas me cosia. – Não vês que o medo é o lascivo companheiro da morte? Não sentis que a tremura d'amplidão oscila o degredo da volúpia? Não ouves o troado que ulula por entre os caminhos perdidos da vida? Não crês que a derrocada és a fronte pálida do crente que escarra?
Quem és tu? Quem és? Repetia a estardalhaço.
Um momo representava como um truão, júbilo em tábido que vomitava uma suspeição incólume, do mesmo modo como espantadiço em vezes. O medonho ar que cobria as saliências da rua era fugaz, não era do algo aturdo que permanecia em risos na escuridão das sombras de escassa claridade da noute, parecia vim de longe, cheirava ruim a purulenta, como um cadáver tomado pela podridão do tempo.
A voz: – Sentes o olor que funde do leito da morte? Ei-lo, a fragrância de sua amada como és hoje, podre como a fé de um assassino salivante, oh que não é o cheiro de flores de um jardim pomposo, nem da inocência dos ramos de sua amada que não conseguiste purpurar em seu cortinado!? A voz espraiava uma fé feia, pavorosa como o cheiro lânguido em esquivo.
– Insânia! Insânia! Insânia! Gritava como um doudo ínvio.
A tom lamentoso da voz era horrível, mas... Era uma voz análoga e invariável. Nada poderia mudar o estranho desejo, ouvir a voz blasfemar palavras lindas dolentes.
- Ora, porque tu te pasmas? Quem és a figura a muladar o nome de minha donzela?
O vento cortava o esferal cerco da quelha, os dous faziam silêncio ouvindo a noute bela gemer lamúrias de quinhão. Era tão calmo, tão renhido...
- Moço, não vede os traços que figuram de minha fronte? Não vede que as palavras são como a tuberculose que nos extenua arrancando os gládios do peito? Não vede o amor que flameja e persevera perpetuando aos dias como a cólera. - Agora ouvi-me, senhor! Maldito dos malditos quem és? O que queres? – Sois o Diabo?
O gargalhar descortinava as concepções desconhecidas, era como o sulco dos velhos tomado p'la angústia das horas, do tempo, dos anos. Não era o Diabo, tampouco um ébrio perdido na escuridão da madrugada, nem menos um vagabundo escarnecido e molestado p'la vida das ruas.
A voz: - Quereria saber meu nome? Que importa? Já-vos o sabes quem sou, Pois? Não, não sou o Diabo, nem menos a nirvana que molemente viceja entre as doutrinas pregadas por idiotas vergastas. Não sou o bem nem o mal, nem 'alimária que finge ser um Arcangélico nos lasso dos dias. Não sou o beiço que almeja a messalina tocar-lhe os lábios adoçados de vinho. Oh que não sou ninguém somado por tudo que és. – Sabei–lo, pois?
- Agradeço-te. Disse-o!
Dir-te-ia as lamúrias seguintes, os ecos rompendo os suspiros meus, a lua sumira, o vento cessara, a voz que apalpadelava aos ouvidos descrido. Oh! tudo findou! Não sei se a noute seguiu bela e alta, lembro-me apenas de estar num lugar escuro, ermo, as paredes eram ebúrneas, a claridade não abundava o espaço tomado. O ar era desalento, um cheiro ruim subia-me as narinas;
- M'escureça os olhos, oh! Era um caixão ali.
Abri-o: Ah que era minha virgem bela, mas era uma defunta! Na pele amarelenta abria-se buracos que corria uma escuma nojenta, verde como o escarro de um enfermo; Os lábios que sonhei abotoar aos beijos meus era azul agora, os cabelos monocromáticos grudavam pelo líquido que corria pelo pescoço, as roupas lembravam um albornoz, branca como a tez inocente da juventude. Os olhos cerrados e túrbidos, tão sereno, a bicharia roendo-lhe a carne, fedia. As mimosas mãos entrelaçadas nos seios, feridas em exausto.
... Meus lábios em magreza os encontrou, frio como o inverno, gelado como a defunta açucena, a pele enrubescia aos meus toques, a escuma verde era viscosa e o prazer como o falerno, a cada beijo que pregava-lhe nos lábios, a cada toque na tez amarela, era tudo o amor, o belo amor pedido. A noute foi comprida, adormeci sobre o cadáver de minha amada, ao dia os corpos quentes abraçados, a adormeci em seu leito, dei-lhe o beijo, saí:
Coveiro: - És por acaso um tunante de defuntos? Perguntou-me.
- Não vês que o peito arde de amor como o fogo do inferno? E a esp'rança estertora como tu'alegria? Disse-o.
- Segues meu senhor!

Foto de Sérgio Carapeto

Nos que te amamos

Nos! Que te amamos loucamente,
Como em simples delírios,
Esperamos simplesmente,
Colher entre rosas, lírios.

Nos! Que te queremos,
Como a oiro e diamantes,
Desejamos-te só a ti,
Invejando teus amantes.

Nos! Que morremos de desejo,
Quando estamos ao pé de ti,
Morremos por um beijo,
Morremos só por ti.

Nos! Que morremos por amor,
Quando estamos a teu lado,
Morremos por ti oh flor,
Morremos por ser amado.

Foto de altyeres

um amor mais que virtual

Minha historia de amor , e a coisa mais linda que aconteceu, começa assim eu tinha uma namorada , no brasil, e ai casei para mim vir pro japao.... um casamento apenas por contrato..... ai terminei com minha ex..... e procurei pessoas interessantes na net... uma vez por um caso do destino ou coisa de deus.... eu encontrei grande amor da minha vida... ela tambem era separada..... era da mesma cidade que eu e assim começamos a conversar pela net, uma semana depois ja estavamos fazendo juras de amor, mais o mais interessante ela tinha dois filhos maravilhosos... uma coisa que nao fez desistir jamais dela.... assim estamos ate hj nos amando , nunca toquei nela ao menos de dei um beijo, mais oque sinto e ela sente por mim e uma coisa inacreditavel..... se falamos todos os dias pelo msn e mesmo que o horario nao bata a gente faz um sacrifcio par nos vermos , ainda me encontro no japao ,,, estou fazendo um esforço aqui para dar um lar muito bom a minha nova familia... a sintonia que temos e simples apenas no amamos de verdade ..... nosso destinos estavam traçados no horario e momento exato.. naquele dia que comemoramos nosso aniversario de namoro tudo começou dia 23 de maio de 2006 te amo muito minha linda vc sempre sera minha linda........
quando se tem amor nada mais importa , apenas nossas vidas juntos...... aos que lerem exemplo de vida e nunca
discriminar por alguns itens e obstaculos que a vida nos prega.......... beijos e abraços a todos.....amantes virtuais mais amor de verdadeiro esta dentro do coraçao....... acreditem nisso.....

Foto de Fatima Cristina

Despedida!

Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, e eu sabia que a tua paixão não iria resistir à erosão do tempo, ao frio dos dias, ao vazio da cama, ao silêncio da distância. Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã ao acordares. Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.

Foto de Paulo Zamora

Final

Final
Amo e não quero lembrar, pois tenho que te esquecer, lembrar de amar a mim.
Mas você é do tipo que ainda me arrepia a pele.
Não podemos continuar, de uma vez por todas, vamos deixar de nos encontrar; eu não tenho porque atrapalhar teu destino, não fomos criados um para o outro, é impossível; eu entendo que é impossível.
Guarde os bons momentos, eles foram de nós dois, de uma mulher e um homem, de uma fantasia que virou realidade, de um carinho que se transformou em imensidão de paixão.
Estou decidido; não quero mais nossos sofrimentos, vou me conter, se preciso terei que chorar, mas esquecer-te-ei quando meu coração entender que não podemos amar, não podemos ficar, nem mesmo mais um beijo rolar em nossas faces.
Acabou... é única verdade que existe, acabaram-se os momentos de amantes aprendizes. Assim não seremos felizes, não encontraremos razões e sim sempre haverão limitações. Entende? Escute-me com a voz de um sofredor que sofreu por anos, e agora; um amor perdido, compreendido somente entre nós dois. Evitaremos o pior; seremos um dia felizes, talvez tudo não passasse de ilusão, é somente com o tempo que as verdade aparecerão, e será somente com o tempo que encontraremos a felicidade verdadeira. Deixo pra você uma eterna e terna lembrança no coração. De quem te amou...
(Escrito por Paulo Zamora em 20 de junho de 2007)

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