Ar

Foto de Inês Santos

Coração de areia...

De areia é o meu coração...
Vagos e soltos são...
as partículas que fenecem...
E que me arrefecem...

Estou fria,neste fogo...
De pó é o meu jogo...
Nestas gotículas, sem afago...
Estou gelada,e as chamas apago...

Sinto que o vento...
Leva os vagos,então...
Solta-os no ar...(tira-me o alento)
sem areia fica o coração...
assim finalmente...
as lavaredas o consumirão...
e calmamente...
apenas se sente o clarão...
das particulas arder...
um defeito de conforto...
deixa o corpo morto...
e a mente a sofrer...
até morrer...

Foto de psicomelissa

não consigo crer

CARTA: O AR QUE RESPIRO

Meu nobre cavaleiro,

Você desapertou em mim sentimentos que eu tinha apagado, e deixado pra trás por que tamanho foi à dor causada por um relacionamento que outrora só me fizera mal.
Eu tinha jurado que jamais deixaria me envolver e me encantar por outro homem, mas você fez o que estava adormecido reviver.

“OH! Doce anjinho
Que pareces um menino
E meu carinho tens consigo
Não resisto e por isso
Preciso a ti
Escrever
Para que eu possa assim lhe ver.”

Oh, como lhe sou grata nobre cavaleiro, minha vida estava vazia e tu a preencheste com sua alegria e mocidade contagiante que me fez querer ser novamente uma mulher. Não só uma amante, mas uma mulher completa onde meu amor pudesse e desejasse me assumir e comigo andar de mãos dadas no parque.

Porque tens orgulho de estas ao meu lado e comigo pretendes casar...

Por hora...Nada de sonhos.

“A distancia se tornou minha inimiga
Pois afastas você de sua amiga
Que desejas ter contigo mais que uma bela amizade
Que seja nossos encontros banhados pela D. felicidade “

Te espero em cada noite de lua cheia e em cada nascer do sol, meus desejos e sonhos estão esperando você chegar ate mim.

Foto de Sonia Delsin

CARREGADOS DE ÓDIO?

CARREGADOS DE ÓDIO?

Tem dias que pensamos, repensamos.
Tornamos a repensar.
Alguém que muito amou é capaz de odiar?
Tem dias que nos perdemos no passado.
Revivemos um tempo dourado.
Tem dias que pensamos que devemos tudo apagar.
A dor de um certo olhar.
Um espelho não pode eternamente guardar.
Tem dias que pensamos que podemos exorcizar.
Um fantasma que vive a nos rodear.
Tem dias que nos asseguramos que o tempo pode aniquilar.
Tem dias que chegamos a duvidar.
Levamos assim a vida a cismar.
Por que o ódio chega aos corações?
Por que nascem e morrem as paixões?
Por que tantas demolições?
Maldições?
Carregados de ódio?
Não.
Apenas ameaçados por um machado.
O machado que impotente está paralisado.
No ar.
Na dor de dois corações que vivem a chorar...

Foto de Maria Goreti

ABRE ALAS, PAPAI NOEL, QUE EU QUERO PASSAR... COM A MINHA DOR!

É Natal!

Homens vestem suas fantasias.
Papai Noel, José, Maria, o Menino, anjos e reis...
Estão nos shoppings, parques, praças, templos...
Casas e ruas são enfeitadas com muitas luzes e cores.
Comércio em polvorosa! Pessoas se atropelam nas ruas e avenidas em busca de presentes...
Abraços, beijos, mensagens de otimismo...
Em algumas casas roupas novas, mesas fartas... Em outras, tudo a faltar:
o pão, o brinquedo, a roupa e o Papai Noel que jamais chegará...
Brota o espírito de solidariedade... Mas muita gente anda a criticar!

É Carnaval!

Comissão de frente, bateria, carros alegóricos e seus destaques,
mestres-salas e portas-bandeiras, passistas, baianas... Luxuosas fantasias!
O rufar dos tambores a misturar-se ao movimento das cadeiras rebolantes,
dançantes, esfuziantes de homens e mulheres seminus, incandescentes, sensuais, sexuais...
São as escolas de samba a desfilarem nas avenidas.
Os trios elétricos, as burrinhas, os blocos de sujos...
Cheiros que se misturam no ar: de bebida, suor e sangue.
Gritos deslumbrados de alegria, euforia... Medo e dor.
Medo e dor da violência...
Medo e dor de alguém que sofre a perda de um ente querido...
Mas quem se importa com isso?

É Carnaval... A festa da alegria!

Esquecem-se das dores e até dos seus amores e caem na folia.
Buscam encontrar uma paz que nada mais é que fugir das dores do dia-dia.
Um rio de dinheiro gasto em alegorias...
As máscaras são as mesmas.

E é justamente o Natal... A festa da hipocrisia!?

Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 17/02/07

Foto de helo Paulinha

Expressando o Amor.

Quando sofremos por amor, é tao facil falar do sofrimento,
das lagrimas , da tristeza, de toda aquela dor que sentimos quando ficamos longe pessoa amada.
Porem quando somos correspondidos,
é tao dificil encontrar as palavras certas para explicar esse amor,
parece que todas as palavras sao poucas , que todos os sinonimos do amor,
nao corresponde altamente a carater do nosso sentimento.

Entao buscamos as mais belas frases formular,
por que sim ,a poesia fica no ar,
podemos as palavras nao encontrar ,
com tudo estaremos sempre o nosso amor em palavras tentar explicar.

Prefiro viver com você em um mundo onde as palavras nunca sao suficientes para dizer eu te amo ,do que estar sem você e mil palavras expressar o meu sofrer .

Foto de Dirceu Marcelino

AVATAR - I - S A L O M É

“Imagino-te”? Como nessa imagem.
Morena, esbelta, elegante, altaneira.
Eu me imagino, que sou essa miragem
Sobre o mar de forma sorrateira.

Espectro a interromper tua passagem,
Uma nuvem de verão e passageira,
A envolver-te em atos de libertinagem
E carregando-a para uma alvissareira,

Noite sob o luar desta paisagem
Num colchão de ar sobre a areia
A flutuar no balanço de vai-e-vem

De teu corpo belo de sereia
A entrelaçar-me com a voragem
Da Ninfa que em mim faz uma ceia.

Foto de Fernanda Queiroz

Fragmentos

Amor passado...presente...real,
vive em meu peito latente pulsando,
mais forte que o barulho do oceano,
mais triste que o silêncio mortal.

Do sol fará um moribundo,
sem forças, para que me aqueça,
deixando que meu corpo padeça,
entregue a sorte do mundo.

E para terminar o dia,
do céu mesmo estrelado,
vejo um negrume dobrado,
desespero... dor... agonia,

Do ar que impera o espaço,
ai, quem dera que a sorte,
fosse mais forte que a morte,
entregando-me em teus braços.

E quando a noite calar,
de sonhos será meu viver,
minhas mãos a padecer,
sem teu corpo sentir e tocar.

Pode ser mais forte que a sorte,
este silêncio de tua partida,
se não te encontro na vida,
eu te espero na morte.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Não concorrendo

Foto de sergiomorsan

SOBRE O CÉU

O ar que eu respiro
É tão puro e doce
Que eu penso
Que estou no céu

E as nuvens
Que sobrevoam minha cabeça
Estão tão perto
Que até posso sentí-las

São as alvas nuvens
Do Pico das Agulhas Negras
Que nos deslumbram
Com sua imensa beleza

Sua formosura é desfrutada
Por nós aventureiros
Que sempre buscam algo a mais
Além da aventura de estar longe

Das capitais
Que nos observam à distância
E que não sabem
O que é estar livre e solto no ar

De uma montanha que ostenta e sustenta
A alma de simples pessoas
Como eu e você que sempre tenta
Estar em paz com o mundo

Com a vida
A natureza e a humanidade
Com a vida
E com um mundo de verdade

Foto de JGMOREIRA

VENTOSO

VENTOSO

Rodopiam no vento essas folhas
Essas coisas todas que rodopiam
Quando venta como se escolha
Da natureza para embaralhar o dia

A confusão que traz a ventania
Com tudo que nela rodopia
Afasta os velhos que pitam
Faz rirem os meninos que a desafiam

Levanta anágua das moças que coram
Leva guarda-sóis das senhoras que oram
O vento que nesta terra pequena rodopia
Almeja viajar e ser vento de travessia

A terra vermelha que levanta a ventania
Cansa-se logo e nos telhados se aninha
A roupa no varal estendida pela mão morena
Embola, roda, solta e voa sem pena

Sem outro lugar para ir ou perturbar
A ventania se cansa e descansa no ar
As folhas despedem-se sem pranto
Agonizando em volta dos troncos

Os meninos voltam às suas capetices
Janelas abrem pro disse me disse
A mão morena nem pára para pensar
Recolhendo o alvo lençol para quarar

O vento que brinca às vezes de ventania
Deitado no ar, cheio de vento, se divertia
Doíam-lhe as nuvens de tanto que ria
Treinando para ser sudoeste um dia.

Foto de JGMOREIRA

CHUVA-CRIADEIRA

CHUVA-CRIADEIRA

A chuva dos anos amainou as chamas
Que crepitavam em meu coração.
Do incêndio que devorava cada ato
Restaram fagulhas que alumiam o passo
De quem anda cauteloso admirando vulcão.

À medida que chovem anos
Os montes se tornam planos.
O ar menos denso de fumaça
Deixa ver o que a mim negava
O fogo que ardia meus sonhos.

Na pressa louca dos condenados
Corria afoito por fora dos dias
Executando a foice meu tempo
Sem deter o golpe um momento
Para ver que não havia ali misericórdia

Passei em chamas pelos amores
Ardendo em fúria, atropelei a paixão.
Exalando fumaça ignorei os sinais
Que a vida acenava prevendo os ais
Que suspiraria no tempo da compaixão.

Não via os sinaleiros se desesperando
Com suas bandeiras acenando perigo
Passava ao largo de tudo, sem medo
Sempre era constante, nunca era cedo
Deus era vogais e consoantes de abrigo.

Quando choveu anos em minha vida
As chamas reclamaram comburente.
Era o tempo derramado nos dias
Reclamando quem dele se aproveitaria
Já que não havia nada de urgente.

Enquanto os anos desabam na cabeça
Num chuvaréu que não termina
Vou caminhando calmamente
Apreciando o homem virar gente
Admirando vulcões explodindo cinza.

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