Arte

Foto de Sr.gomes

arte da vida

vida melhor que todas as arte...
poemas
dança
esculturas
musica
roupas
a vida e uma arte colorida so e preto e branco quem quer que ela seja assim

vida e pra ser contemplata ...
admirada..
vivida...
pois o final sera contando num livro...
com pagina em azul ,cinza , violeta ,margareta ou arco -iris

vida e tudo
vida e arte
vida e ...

Foto de Dirceu Marcelino

VIOLINO VERMELHO - Meus dez minutos de sonhos - Homenagem a Marisa Dinis

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POESIAS DE DIRCEU MARCELINO

1. NOSTALGIA ETERNA

Revelas em tua bela poesia,
Beleza d’uma vida de paixão,
D’ arte maior vivida com maestria,
Em versos guardas a recordação.

Eternidade, amor que a extasia,
Versos do profundo do coração
E vemos que não é mera fantasia,
Pois saem de tua alma com emoção.

Resplandece em nós como magia,
Encanto sublime em eclosão,
Imagens em vida de galhardia,

Revividas em notas dessa canção,
Em nós ressoam a tua nostalgia
E faz-nos sentir a tua solidão...
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2. Inspirado em "OS ÓRFÃOS"...

"Suavemente o apertou em meu peito, suas mãozinhas segurando as minhas,
E tentou apagar a devastadora dor, ninando-o, cantando-lhe uma doce canção,
Dando-lhe coragem e cobrindo-o do terno amor de uma mãe por seu filho..." Marisa Dinis.

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DEUS GUARDE MEU NETINHO!

Ó bela musa encantada internacional!
Ouvindo essa triste música meu netinho
Acordou sob esse acorde sensacional,
Percebi que estava um tanto assustadinho.

Não sei se por reação ao acorde musical,
Ou radiação que eu transmitia ao pequeninho,
Ou da inspiração deste estímulo espiritual,
A acordar várias vezes o meu menininho.

Será que por receber a radiação virtual,
Ou por sentir a vibração de seus amiguinhos,
Ou por sentir a mesma sensação residual,

Do seu avô que tenta responder ao órfãozinho,
Como tu poetisa e grande musa transcendental.
Doem em minh’alma as mortes desses pobrezinhos.

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... "Que Deus sempre proteja seu netinho e os anjos guardem seus sonhos..."

Marisa Dinis

Foto de Dirceu Marcelino

APITA COMBOIO - 4ª parte da viagem do TREM ENCANTADO DO MARCELINO, chegada à Costa de Caparica, em Portugal -Homenagem as Musas

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POEMAS:

VIAGEM NO TREM ENCANTADO DO PROF: MARCELINO

E la ia eu olhando pela janela...
As arvores desfilavam rapidas ante meu olhar...
Uma linda tarde a nossa espera...
Todos prontos a versejar!!!
O paraiso é aqui...
Dentro do trem encantado do Poeta Marcelino...
Eu ,a Gracie o Albino e a Ceci...
Todos parecendo meninos!!!
A cada apito...
A alegria irrompia no peito...
Palavras jogadas ao vento em um longo grito...
Ah, viajar com esta galera, estou mais que satisfeito!!!
A cada Estação...
A cada centena de dormentes...
Saía um poema em forma de canção...
Para o doce deleite dos presentes!!!
E la na frente...
O maquinista Marcelino...
Jogava lenha na fornalha...
Para chegarmos ao nosso destino!!!
Mas eu particularmente...
Acho que esta viagem encantada nunca vai terminar...
Com tantos Poetas presentes...
A poesia nunca vai acabar!!!
De parada em parada...
Uniremos todos continentes...
Visitaremos muitos Paises...
Puxa, como estou contente!!! (EDSON MILTON RIBEIRO PAES )

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NUVENS DE FUMAÇA II

O vapor forma uma nuvenzinha fina!
Mas desta vez estou dentro do trem.
Acompanhando aquela menina,
E a apóio para não cair no vaivém,

Do trem! Pois, agora é mui grã-fina!
Senhora do interior com seu neném.
Formosa e radiante não se amofina
Com nada, pois, sabe que a mantém.

Um marido que a ama e se fascina,
Com seus olhos verdes que o entretém
E que a segura, amarra e o domina.

Viajam assim sem pensar em ninguém.
Ali está a representação divina
Da família: “pai, mãe e mais alguém”. (Dirceu Marcelino

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ENCANTO POÉTICO

Oh! Minhas caras amigas poetisas
Chamei-as de Musas n’outro instante
Por versejares essa arte que as extasias
E nos proporcionares algo importante.

Como a bela personagem fictícia
Dos meus sonhos, ouço o som excitante
Das sinfonias das músicas que irradias,
Embora cantes de urbes tão distantes.

Chamei-as de Rosas n’outro instante
Por exalares perfume que inebria
A alma destes que de ti são carentes

E inspiram-se com a luz que envias,
Pelo vento ou ondas virtualmente
Propagadas por ocultas aerovias. ( DIRCEU MARCELINO )

NB. Este vídeo-poema é uma homenagem a todos Poetas, Poetisas e Musas, residentes em Portugal e, também, aos amigos ferroviários daquele país, onde nasceram meus ascendentes. Homenageio, também, ao meu pai - ferroviário - que sequer teve a oportunidade de ver, como nós, pelos vídeos esses Comboios Portugueses e nem ouvir a linda canção portuguesa, com certeza, APITA COMBOIO, a cujo autor parabenizo e peço permissão para utilizar, pois, ela fará eternamente parte do cancioneiro popular da língua portuguesa, como o "Vira-vira" e faz o mundo rodar, girar, como consta da música "Trenzinho Caipira" do brasileiro Heitor Villa Lobos. Obrigado a todos.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

ARMADILHA DO AMOR

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A maior das armadilhas é aquela em que alguém brinca com nossos sentimentos, com nosso coração.
Na maioria das vezes quando alguém esta carente
Quando acaba de ter uma decepção amorosa e sai de um
Relacionamento machucado,
Qualquer palavra bem dita aos ouvidos acaba a conquistar
Qualquer pessoa que tenha saído de uma relação dolorosa
Com marcas com cicatrizes.
A maior das covardias é quando um homem ou uma mulher.
Da esperança de um amor com promessas e sem intenção nenhuma
De amá-la, ou amá-lo.
Isso chega ser mais doloroso do que aquele relacionamento
Que se foi....
Alguém brincou com de mais precioso que temos, que é o nosso
Sentimento.
Ai ficamos vulnerável demais, por ai é que se começa
Muitos a não acreditarem mais na arte de amar e ser amado
Tudo por um delinqüente ...um ser sem pudor sem caráter,
Que veio brincar com nossos sentimentos na hora mais inoportuna
Uma coisa eu vos digo: nunca ofereça um amor
Se você não pode dar,nem pense em prometer se não podes cumprir
Se não gosta da pessoa não iluda....porque tudo que vai tem volta.

Anna loiramar ( A FLOR DE LIS) *-*

Foto de Rose Felliciano

SILÊNCIO

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.

"Cuide para que teu silêncio
Não te traga marcas
Que emudeça a alma
Calando tão belos momentos

Tenha sempre em mente
Que nunca ter sido lembrado
É melhor que esquecido totalmente
Quando se foi tão amado...

Silenciar é uma arte
Que instiga reflexão
Tal qual palavras de sabedoria,
O silêncio provoca uma ação.

Quem trouxe um dia a poesia,
Poderá destruir um coração????

Cuide para que teu silêncio de agora
Não se transforme depois
Em grandes e tristes ecos de dor....
Pois Jamais haverá vitória,
Na derrota do Amor....

Seja sábio ao silenciar
Pois poderá escutar, esses brados do tempo:

_ Minha voz é calma e suave...
Mas não queira ouvir o meu silêncio....
............................É ensurdecedor!!!!!!" (Rose Felliciano)

.

*Mantenha a autoria do poema*

Foto de Gideon

A Arte de Gabriela

Estou envolto em um mundo de pensamentos. Aqueles que nos assaltam parecendo ninjas insurgentes da escuridão. Livros, um após o outro, um junto ao outro, um por cima do outro. Estava lendo Exegese Bíblica, um livro maravilhoso e profundo sobre interpretação bíblica, mais ainda, sobre a interpretação do Cristianismo. De repente após o almoço, caminhando incertamente pelo Centro do meu maravilhoso Rio de Janeiro com a intenção de fazer a digestão do almoço, encaminhei-me para a charmosa Livraria Imperial, no Paço Imperial. Entrei e vaguei de um lado para o outro observando os livros sem pretensão e disposição financeira de comprar qualquer um deles, os quais eu olhava displicentemente. Como sempre faço, caminhei para a estante de Artes para ver alguma coisa sobre música e pintura. Deparei-me, então, com dois imensos, pesados e envelhecidos volumes de Arte em perfeito estado de conservação. Dois "tomos" com pinturas famosas desde a Renascença até a publicação dos livros, que se deu em 1932. O texto, com aquele português antigo e regra de acentuação diferentes da atual, me cativou profundamente. As pinturas são coladas nas páginas conforme aqueles álbuns de fotografias da época de nossos avós. Meus olhos brilharam. Me apressei e comprei os dois volumes. No caminho para o caixa, casualmente olhei para o lado e vi um outro livro: "Eu, mulher da vida" de Gabriela Silva leite. Alcancei-o instintivamente e folheei-o rapidamente. Resolvi também comprá-lo. Cheguei ao caixa, paguei-os e os enfiei em duas sacolas grandes. Saí saí e apressei os passos de volta para o trabalho.

Imediatamente quando cheguei em casa, comecei a ler os livros. Ora, eu iniciei este escrito falando dos diferentes livros lidos ao mesmo tempo, lembram-se! Pois é, assuntos contradizentes, conflitantes, etc. Mas não é assim a nossa imaginação, o nosso pensamento? Náo é tudo misturado mesmo? Nossos pensamentos parecem preemptivos e compartilhados. Folheei com atenção e curiosidade os livros de Arte. Realmente muito bonitos. As obras são fotografias autênticas, ou seja algumas tiradas pelo autor e outras reunidas e organizadas por ele diretamente de onde estavam expostas. O livro inicia com obras do século XIII. Para cada pintura o autor descreve as situações que as envolvem etc. Vou usá-los para decorar a minha sala e o meu quarto no futuro. Ficarão expostos, abertos ao acaso... Bem, mas o que me impressionou muitíssimo mesmo foi a Gabriela. Isso mesmo. O tal livro que veio como de brinde junto aos de Arte. Trata-se de uma prostituta que se tornou líder de todas as outras prostituas. Ela hoje deve ter uns 54 anos, mas na época em que escreveu o livro tinha 40. O livro foi editado em 1992. Devorei-o em 3 dias, dando descanso para o de Exegese.

(...) O Lula estava no palanque com o Gabeira, que fez questão que eu
falasse...
Não tive dúvida quando me deram a palavra. Contei a história,
dizendo mais ou menos assim: "Ao conhecer pessoalmente o cara que eu via de
longe falando em São Bernardo do Campo, como sindicalista, a sensação que
eu tive foi uma baita raiva porque ele me molhou de suor quando me abraçou. É
que isso me fazia lembrar dos homens na zona, no verão, e uma coisa que eu
detestava era quando eles iam transar com o corpo suado e ficavam pingando o
suor em cima de mim.
Senti que o povo se assustou um pouco, os
políticos mais ainda ( a não ser o Gabeira, que dava um sorrisinho
cúmplice), aí acrescentei: "Depois que a raiva passou, eu fiquei pensando.
Então, ele é um homem igual aos outros, porque ele também sua. É igual aos
homens que iam na zona e transavam comigo nas tardes de
verão."

Continua ela:

Quando desci do palanque, tinha um
monte de gente chorando, querendo me abraçar. Era gente comum, que eu nunca
havia visto na vida. Mas vieram também meus companheiros católicos do PT, (...),
esbravejando comigo, que aquilo não era discurso para se fazer em comício. (...)
Quando foi à noite, estava ainda bastante confusa, achando que no fundo tinha
feito mesmo algo errado. Envergonhada do meu discurso, fui à Churrascaria
Majórica, no centro de Friburgo.
Ainda na porta, o Lula me chamou meio de
lado, e me disse com aquele vozeirão rouco:
“Gabriela, eu queria fazer uma
perguntinha a você. Minha mulher sempre me disse para eu usar desodorante, mas
eu não gosto. Ela diz que eu transpiro demais e que meu suor fede. E hoje você
falou disso no seu discurso. Me fala com sinceridade, não precisa mentir: eu
estava fedendo muito naquele dia? Foi por isso que você ficou com
raiva?”

Imaginem que este livro foi escrito muito antes do Lula ganhar as eleições presidenciais.
O mais interessante do livro é uma coisa que ficou clara para mim. A Gabriela era prostituta e não queria deixar de sê-la. As pessoas e instituições que tentaram ajudá-la o faziam com a intenção de que ela deixasse a sua vida indigna. Ela sempre afirmou que gostava de ser prostituta e mesmo assim ser útil para a sociedade e para as outras pessoas que precisassem dela. Por aí vai o livro.

É uma visão realmente chocante. Confesso que me chocou também. São os nossos preconceitos que são revolucionados com situações que ela conta no livro. Achei bom ler este livro. De fato fez-me ver um pouco o outro lado da moeda, apesar de achar que existem formas de vida muito mais saudáveis e que nos fazem infinitamente mais felizes que a que ela optou, ou seja, a prostituição. A felicidade da família é algo inigualável.
Impossível não associar o estilo de vida de Gabriela com uma obra de Arte. Seria a Arte da Vida? Os lugares que ela freqüentou, as pessoas que ela conheceu em situações e momentos singulares parecem todos tons das tintas de uma palheta de aquarela. Eu aqui, lendo o seu livro e paralelamente pintando na imaginação um quadro!

No início achei Gabriela meio grosseira, mas a medida em que fui passando as páginas fui descobrindo uma erudição espontânea e, talvez, inconsciente. A erudição de Gabriela é especial por não permitir que a sua narrativa tome forma clássica e torne-se comum. Ela pincela, vez outra, doses de “grosseria” na linguagem coloquial que nos faz lembrar a sua origem e forma de vida. Isso é deliberado e me fascinou na leitura, pela sutileza e inteligência que ela demonstrou.

A Arte, pelo menos no meu ponto de vista, não tem de ser necessariamente materializada. Tem de ser sentida. Que seja por uma só pessoa, e isto, de alguma forma é uma característica da Arte, de nos dar a liberdade de subjetivamente vivê-la, experimentá-la. O livro de Gabriela fechado, é como uma partitura na estante. Lido, torna-se uma música executada, com todas as suas componentes, melodia, harmonia e ritmo. Ou seja, a sua Arte somente é sentida quando entramos em seu mundo, quando a ouvimos, quando nos chocamos com a sua firmeza em ser chamada de prostituta. Talvez pelo seu deboche da sociedade careta e hipócrita, como ela repetidamente declara.. Desesperadamente procuro referências nas formas de Arte existentes, como a música, a pintura, para decifrar Gabriela. Mas deveria? Ou seria a prostituição a própria Arte de Gabriela? Gabriela não é prostituta. Gabriela é artista! Não, com certeza, ela gritaria ao ler essa abominação à sua maneira de viver:

- Mais um idiota tentando me redimir para o seu mundo!

E assim segue Gabriela, pintando na vida a arte da prostituição, e com isto me chocando e fazendo-me mais sensível à Arte, a mãe de todas as Artes. A vida!.

Enfim, vou voltar para o meu livro de Exegese que por sua vez está também mexendo profundamente com a minha maneira de encarar o Cristianismo.

É a leitura, os livros, transformando-nos. Viva aos livros! Viva às pessoas!

Foto de Gideon

O Theatro da minha vida

Domingo, 2 de outubro de 2005

Na sexta-feira passei em frente ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. Estava iluminado. Era noite. Tinha um enorme cartaz, que já estava lá há tempo anunciando espetáculos a preço popular.
Meu coração pulava pela ânsia da arte. Tenho fome de arte, todo o tipo dela. A cada dia reconheço que deveria ter estudado Arte, não Economia e Informática. Às vezes penso que ainda há tempo para estudá-la. Tavez entrar em uma faculdade de Artes, enfim. Aliás, estou amadurecendo a idéia de fazer faculdade de Violino. Tenho estudado arduamente, diariamente. O cartaz do Theatro Municipal estava chamativo. Pensei rápido: Meus filhos, vou trazê-los aqui!.

Cheguei em casa e liguei para a Idailza avisando-a de que no Domingo eu levaria o Jean ao Theatro Municipal. Ela passou o telefone para ele e então ouvi um “Oba!” feliz.
Liguei para a Irani, irmã de Idailza e que é mãe da Priscila e de duas gêmeas de 8 anos, lindas: Paloma e Paola.
No domingo levantei-me às 6:30. Ageitei-me e camihei para apanhar o Jean, Paloma e Paola. A Paola é apaixonada por Violino. Diz ela que quer aprender este instrumento ainda na infância. Elas duas já estavam agitadas quando eu
e o Jean chegamos lá. Enfiei todo mundo no Pálio, passamos na Nete, outra irmã de Idailza, para convidar a Dayane, sua filhinha, mas ela não pode ir.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro é lindo por fora e por dentro. Deslubrante mesmo. As crianças quase ficaram com o pescoço duro de tanto olharem para o alto. A Paola disse:

- Tio, aqui está cheio de mulheres peladas.

Onze horas em ponto a orquestra estava a postos e entrou o maestro. Para a minha surpresa agradável era o grande e conhecidíssimo Isaac Karabtchevsky. Meu coração disparou a mil por hora. Confesso uma coisa aqui. Também foi a primeira vez em que entrei no Theatro Municipal. Desde garoto sonhava ir lá. Sempre ouvia meus colegas na banda de música falarem sobre o Municipal. Quando cresci e passava em frente a este monumento, sempre via a classe rica descendo de seus carros com seus chofés e então concocluía que aquilo não seria para mim.

Ainda menino quando eu solava o Prelúdio La Traviata de Verdi no clarinete junto com a orquestra me imaginava em uma grande orquestra no Teatro Municipal com o corpo de balé se movimentando ao som da música que eu tocava. Bem, isto ficou somente na imaginação mesmo, pois jamais toquei no Municipal.

Enfim, voltando ao espetáculo. O maestro, após a verificação da afinação feita pelo spala, dirigiu-se ao público de forma muito simpática e passou a explicar situações de ensaios etc. Pois é, o espetáculo seria iniciado, como foi, com o Hino Nacional. Isaac Karabtchevsky fez uma brincadeira com o público lançando um desafio para ver quem conseguiria cantar o Hino Nacional inteiro sem errar. Deu chance para três pessoas mas ninguém conseguiu. Todos rimos muito e finalmente, ao seu comando, todos se levantaram para cantarem o nosso Hino Nacional. Foi um momento de muita emoção. A orquestra iniciou a apresentação e pude sentir aquele espírito da arte passeando pelas galerias do Theatro. Todos em silencio com a atenção direcionada para o palco. A Paola fez carinha de choro de emoção e todos rimos um pouco dela. Ainda bem que não notaram a minha cara de choro também, pois não resisto a concertos sem chorar. Claro que disfarço o quanto posso, mas nem sempre consigo. Enfim, o espetáculo acabou e voltamos todos felizes para a casa. Antes, tive de passar no Mc Donald com as crianças. Enfim, visitei o Theatro Municipal do Rio de Janeiro que tanto visitou as minhas ânsias musicais.

Todos rimos. Ela se referia aos afrescos e vitrais com os painéis do Theatro. Chegamos cedo e compramos quatro ingressos na galeria nobre. Entramos na nave do Theatro, nos sentamos e ficamos observando os músicos afinarem os seus instrumentos. O Theatro estava lotado. As crianças não paravam de olhar os vitriais e as obras de arte.

Foto de Gideon

Anjos zombeteiros

Tantas coisas prá dizer, prá escrever, prá viver…
Meus sonhos e pedidos talvez irresponsáveis a Deus…
De que queria uma mulher especial, que na verdade eu nem sabia muito bem como seria…
Já que valia fantasia, como eu pensava, pedia tudo o que tinha direito…
Dizia eu nas minhas orações:
“Que ela seja linda, meiga, decidida, feminina, ousada,
Sem pudores, amante da arte de dar e receber prazer, feliz, lutadora,
Exigente, reivindicante do amor, sábia e apressada…
Empreendedora, corajosa, deliciosa, temente a Deus, jovem, fiel
Minha, minha e somente minha…
Que me ame, ame e ame muito…

Etc, etc e tal e por aí vai”

Bem, era fantasia, já que podia pedir, pedia a Deus despreocupadamente, como que para instigá-lo, talvez zombar do seu poder e bondade…
Irresponsável e sem fé, como sou, agi como aquele crente que pede chuva a Deus
mas nunca sai de guarda-chuvas…
Pois é, pedi tudo isso a Deus e não me preocupei em preparar-me para receber a benção..

De repente trovejou no horizonte, e lá veio a tempestade. Tentei fugir, correr, nadar..
Não teve jeito, Deus me enviou a chuvas de bênçãos. Me encharquei, quase me afoguei.
Fiquei sem dormir por três noites seguidas e ficaria por mais 50…

Como um animal selvagem quero cheirá-la, tocá-la, apertar o dedo nela para ver a textura da pele…
Mexer no seu narizinho, beliscar a bochecha. Pisar em seu pé para ouvir o seu “ai”, zombar dela para ver os seus vários tipos de sorrisos…

Enquanto estou cá ainda perplexo com a benção ela já fala em família, casamento.
Declara a sua paixão ardente e exigente de 18 horas.
Quer alianças, promessas e, como uma adolescente, ou melhor, uma mulher que sabe que sou dela, sem pestanejar exige a minha presença de qualquer jeito..

Vou procurar Deus para uma conversa séria.
Vou pedir explicações, mas com cuidado de não reclamar para ele não diminuir a benção… mas.. Meu Deus… podia me avisar heim.. me preparar melhor…

Já diziam os antigos: “Quem ri por último ri melhor!” e uma trinca de anjos devem estar às gargalhadas lá no céu ao ver meu desajeito com a benção…

Mas, não perdem por esperar… vou sair melhor que a encomenda… verão..
Vou amá-la muito, muito, muito mais tanto que ela terá dúvidas se ela será ela ou serei eu ela ou sei lá quem será quem..
Seremos um.. literalmente.. quero adquirir os seus trejeitos, os seus costumes.
Quero conhecer o índice de sua mente e me apressar em conferir seus pensamentos antes dela o fazer…
Quero que as minhas células se misturem às delas e os seus desejos sejam meus e os meus os dela...
Alementar-mer com a sua boca e pegar com as suas mãos, caminhar com os seus pés.. e dormir com seus olhos.. Enfim.. será uma confusão só que o próprio Amor vai chamar a paixão para uma urgente reunião e reivindicar a Deus a expansão de seus limites para nos atender…
Enfim… os anjos zombeteiros vão engolir o nosso amor

Foto de Dirceu Marcelino

NOSTALGIA DE AMOR

*
* NOSTALGIA ETERNA
*

Revelas em tua bela poesia,
Beleza d’uma vida de paixão,
D’ arte maior vivida com maestria,
Em versos guardas a recordação.

Eternidade, amor que a extasia,
Versos do profundo do coração
E vemos que não é mera fantasia,
Pois saem de tua alma com emoção.

Resplandece em nós como magia,
Encanto sublime em eclosão,
Imagens em vida de galhardia,

Revividas em notas dessa canção,
Em nós ressoam a tua nostalgia
E faz-nos sentir a tua solidão...

Foto de DAVI CARTES ALVES

UM ELOGIO A ORIGINALIDADE, UM REPUDIO AO PLÁGIO

“ Por mais bela que seja a voz do outro, ela não é minha. O criador deve ter a humildade de soprar, murmurar ou cantar seu próprio canto. Cada espécie tem seu canto. Nada mais equivocado que o colibri querer cantar com a voz de uma águia. A arte não tolera mentira. Não se pode ser Joyce e Mallarmé de novo. A cada um sua força, como diriam Nietzsche e Derrida.”

Affonso Romano De Sant’ Anna

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