Bem

Foto de Dirceu Marcelino

POETISA E MUSA

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""Viva, ame, escreva
E tenha certeza
Há sempre coisas novas a criar
E mesmo se for citar,
Nunca perderá a beleza!
E se for copiar,
Não esqueça as aspas e autoria
Faça dos poemas, Eterna Magia
E credibilidade para quem os leia.” (Rose Felliciano)

POETISA E MUSA

Escreva! Poetize, lute, cante!
Durma, mas acorde sorridente!
Liberte-se, seja sim, mais confiante.
Deixe de chorar, não lamente!

Solte sua'alma afora, se levante.
Sim! Viva bem a vida, o presente.
Reaja, grite, esbraveje, vá adiante,
É guerreira, mulher mui valente.

Cure as feridas de teu corpo ferido,
Esquece desse amor fracassado
E pense num momento bem vivido.

Lembre-se de teu alguém apaixonado.
Sim de teu Homem. Teu amor mui querido
E solte o que tens no coração guardado.

Foto de Mentiroso Compulsivo

O Actor

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Cansei-me.
Desliguei o leitor de CD’s, fechei o livro, e rodei do sofá para o chão. Cheguei à janela, afastei as cortinas. Chovia a “potes”.

Fui comer. Voltei à janela. Já não chovia. A noite estava escura, o ar, fresco da chuva, cheirava a terra molhada; a cidade lavada. Vesti a gabardine e saí.

Cá fora, a cidade viva acolheu-me. No meio dos seus ruídos habituais, nas luzes do passeio. Percorri algumas casas e vi um bar um pouco retirado. Era um destes bares que não dá “muitos nas vistas”, sossegado e ao mesmo tempo, barulhento.

Com alguns empurrões, consegui passar e chegar ao balcão. Pousei o cabo do guarda-chuva na borda do balcão e sentei-me. O bar estava quente e o fumo bailava no ar iluminado. Senti o cheiro a vinho, a álcool. Ouvi as gargalhadas impiedosas de duas mulheres e dois homens que se acompanhavam. Deviam ser novos e contavam anedotas. Eram pessoas vulgares que se costumam encontrar nas pastelarias da cidade, quando vão tomar a sua “bica” após o jantar. Estes foram os que mais me atraíram a atenção. Não, esperem... ali um sujeito ao fundo do balcão, a beber cerveja...
- Desculpe, que deseja? – perguntou-me o empregado.
- Ah! Sim... um “whisky velho”, por favor.
Trouxe-me um cálice, encheu-o até ao meio e foi-se embora.

Bebia-o lentamente. O tal sujeito, desagradável, de olhos extraordinariamente brilhantes, olhou para mim, primeiro indiferentemente, abriu a boca, entortou-a, teve um gesto arrogante e voltou o rosto.
Estava mal vestido, tinha um casaco forte, gasto e sapatos demasiado velhos para quem vivesse bem.
Olhou-me de novo. Agora com interesse. Desviei a cara, não me interessava a sua companhia. Ele rodou o banco, desceu lentamente, meteu uma das mãos nos bolsos e veio com “ares de grande senhor” para o pé do meu banco.
O empregado viu-o e disse-me:
- Não lhe ligue... é doido “varrido” e “chato”.
Não lhe respondi.
Entretanto, ele examinava-me por trás e fingi não perceber. Sentou-se ao meu lado.
- É novo aqui?!... – disse-me
Respondo com um aceno.
- Hum!...
- Porque veio? Gosta desta gente?...
- Não os conheço – cortei bruscamente.
Eu devia ter um ar extremamente antipático. Mas, ele não desistiu.
-Ouça, - disse-me em voz baixa, levantando-a logo a seguir – devia ter ficado lá donde saiu, isto aqui não vale nada. Vá-se por mim... Está a ver aqueles “parvos” ali ao canto? Todos reparam neles... levam o dia a contar anedotas que conhecem já de “cor e salteado”...Vá-se embora. Todos lhe devem querer dizer, também, que não “ligue”, que sou doido...

Tinha os olhos raiados de sangue. Devia estar bêbado. Havia qualquer coisa nos seus olhos que me fez pensar. Era um homem demasiado teatral, havia nos seus gestos e segurança premeditada, simplicidade sofisticada do actor. Cada palavra sua, cada gesto, eram representações. Aquele homem não devia falar, devia fazer discursos.
Estudando-me persistentemente, disse-me:
- Você faz lembrar-me de alguém que conheço há muito, mas não sei quem é... Devia ter estado com esse alguém, até talvez num dia como este em que a chuva caía de mansinho... mas, esse alguém decerto partiu... como todos... vão-se embora na noite escura, ao som da chuva... nem olham para ver como fico.
Encolheu miseravelmente os ombros, alargou demasiado os braços e calou-se.

Eram três da manhã. Tinha agarrado uma “piela” com o ilustre desconhecido. Tinha os olhos muito abertos, os cotovelos fincados na mesa da cozinha e as mãos fechadas a segurarem-me os queixos pendentes. Ele tinha um dedo no ar, o indicador, em frente ao meu nariz, abanava a cabeça e balançava o dedo perante os meus olhos. Ria às gargalhadas, deixava a cabeça cair-lhe e quis levantar-se. O banco arrastou-se por uns momentos e cai com um estrondo. Olhou para mim com um ar empobrecido, parou de rir e fez: redondo no chão. Tonto, apanhei-o e arrastei-o para a sala.

Deixei-o dormir ali mesmo. Cobri-o com uma manta, olhei-o por uns instantes e fui aos “ziguezagues” para o meu quarto.

No dia seguinte acordei com uma terrível dor de cabeça. Dirigi-me aos tropeções para a casa de banho. Vi escrito no espelho, a espuma de barba; “Desculpe-me, obrigado. Não condene a miséria!”

Comecei a encontrá-lo todos os dias à noite. Fazíamos digressões nocturnas, íamos ao teatro. Quando percorríamos os corredores dos bastidores, que ele tão bem conhecia, saltavam-nos ao caminho actores que nos cumprimentavam; punham-lhe a mão no ombro e quando ele se voltava, davam-lhe grandes abraços. Quase toda a gente o conhecia.

E via-lhe os olhos subitamente tristes, angustiados. Ele não se esforçava por esconder a tristeza: era uma tristeza teatral. De vez em quando, acenava a cabeça para alguns dos seus amigos e dizia:
- Não devia ter deixado...

Inesperadamente, saía porta fora, certamente a chorar, deixando-me só. Quando saía via-o pelo canto do olho encostado a uma parede mal iluminada, mão nos bolsos, pé alçado e encostado à parede, cenho franzido e lábios esticados. Nessas ocasiões estacava, por momentos, e resolvia deixa-lo só. Estugava o passo e não voltava a olhar para trás.

O seu humor era variável. Tanto estava obstinadamente calado e sério, como ria sem saber porquê.
De certa vez, passei dois dias sem o ver. Ao terceiro perguntei ao “barmen”:
- Sabe o que é feito do actor?... Não o tenho visto.
- Ainda não sabia que ele tinha morrido? Foi anteontem. A esta hora já deve estar enterrado...foi melhor para ele...
Nem o ouvia. As minhas mãos crisparam-se à roda do corpo, cerrei os dentes. Queria chorar e não conseguia. E parti a correr pelas ruas. Por fim, cansei-me. Continuei a andar na noite, pelas ruas iluminadas. E vi desfilar as imagens. Estava vazio e, no entanto, tantas recordações. Não sentia nada, e apenas via as ruas iluminadas, as montras, os jardins.
Acabei por me cansar, de madrugada tive um sonho esquecido.

Percorro as ruas à noite, os bares escondidos, à espera de encontrar um actor “louco e chato”. De saborear mentira inocente transformada em verdade ideal. E há anos que nada disso acontece. É verdade que há sujeitos ao fundo do balcão, mal vestidos, a beber cerveja... mas nenhum que venha e pergunte se sou novo aqui... As pessoas continuam a rir como dantes, todos os dias vejo as mesmas caras, e se me perguntarem se gosto desta gente digo-te que não as conheço ainda... e olho-os na esperança que venha algum deles e que lhe possa dizer, como a raposa de “ O principezinho”:
- Por favor cativa-me.

Acordei, tinha parado de chover, lá fora ouviam-se as gotas mais tímidas ainda a cair dos telhados, fazendo um tic-tac na soleira do chão, como quem diz o tempo da vida continua, por segundos parei o tempo e pensei, mais um dia irá começar e neste dia eu também irei pisar o palco, todos nós iremos ser actores, uns conscientes da sua representação, outros ainda sem saber bem qual seu papel, uns outros instintivamente representando sem saber que o fazem e outros ainda que perderam o seu guião....

Foto de Henrique Fernandes

QUERO MAIS SÓ DE TI

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Entraste na minha vida pela porta da frente
Reluzente como um anjo magnifico
Por sinais que só tu me levas a sentir
Que de nada mais, quero mais só de ti
Perfumas o fantástico para lá da realidade
Das minhas noites com a tua paz
Fazendo-me beber da tua juventude
Que eternamente relacionas á vida
Quero ser um navio no teu cais de abrigo
Dar voltas ao mundo na tua sabedoria
E que em cada virar seja uma boa nova
Nesta mesa de emoções deliciosas
Que quero partilhar contigo sem cessar
Ter o teu amor é uma festa milionária
Na sinceridade com que valorizas
O valor dos meus dias decorados
Com o passear da tua alegria enérgica
Que forma um núcleo que nos completa
És o alvo pelo que vibra o meu coração
Que sem vaias entre nós palpita confiante
É com profunda convicção que falo
Os dois em um desejado pelos amantes
Num envolvimento que funde as almas
E se um dia saíres da minha vida
Que seja pela mesma porta da frente
Mas és bem-vinda e te convido
Que habites em mim para todo o sempre

Foto de DAVI CARTES ALVES

RENASCER EM VOCÊ

Sonhar, embevecido
a deriva em seu oceano de encantos
enlevado, por suas mãos
ser conduzido

sobre asas de anjos
com os pés descalços, caminhar
a beira mar
sublevar

pôr-do-sol rosiclér
cantatas de riachos
marulhar bem ao fundo
lááááá, bem lá embaixo

receber da "brisa fagueira"
seu beijo melifluo na tez
da " lua cheia "
mimos, caricías e afagos n’alma
acordar engolfado em seus braços
doces cisnes alados, perolados

no seu sorriso me envolver
em seu colo,
qual cárcere paradisíaco, cativo
renascer.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Duzinha

fim

Depois da última vez que te vi… de quando me despejaste da tua vida… passou-se tanta coisa… que iria jurar que se tinham passado anos e não meses… e passados esses meses…resolvi escrever… porque quero que fique tudo dito agora… e não quero dizer mais estas palavras em relação àquilo que um dia pudemos chamar de “nós”… E porque neste momento a raiva que sentia por ti…passou…e ficou simplesmente a recordação…Ainda hoje me pergunto se terei tido alguma culpa em te teres apaixonado por outra pessoa, ou se simplesmente já não estávamos destinados a ficar juntos… apesar de termos pensado nisso um dia… Acho que fiz o possível e o impossível para que a distancia não fosse uma barreira entre nós… mas se calhar não foi suficiente! Amava-te tanto… que não imaginava que conseguisse sobreviver sem ti, sem o teu sorriso, sem o teu olhar… Mas a dura realidade aconteceu… e assim, sem mais nem menos (pelo menos para mim foi), disseste “acabou”… Os dias que se seguiram foram os mais difíceis da minha vida… acordar e saber que já não m amavas…adormecer e saber que já não pensavas em mim… tu eras a minha vida… eras aquilo que me fazia sorrir quando o resto do mundo me fazia chorar… eras a pessoa que sabia os meus sonhos, as minhas manias, os meus segredos… (depois de dois anos…) Acho que nunca chorei tanto na minha vida… e o que mais me custava não era saber que já não estávamos juntos… mas que tu estavas com outra pessoa e que provavelmente das ultimas vezes que estivemos juntos… pensavas nela! Mas pronto… consegui superar a tua ausência, graças ás amigas fantásticas que tenho… e a pessoas novas que fui conhecendo… acho que te tentei substituir, transportar o amor que sentia por ti para outras pessoas… e sei que agi mal… no fim só me consegui magoar ainda mais… Mas agora. … estou bem comigo mesma… consegui esquecer-te… e apesar de tudo, espero que tu também sejas feliz… Pelo menos aprendi… que não é bom estarmos demasiado presos a uma pessoa, e que não podemos dar uma relação como certa…para sempre… porque afinal… isto não é um conto de fadas… com um “viveram felizes para sempre”…

E o “nosso” conto de fadas acabou…

Foto de Teresa Cordioli

Bem Verdadeiro...

Teresa Cordioli

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Um bem tão verdadeiro,
encontrei dentro de mim.
É amor que flui como as águas,
nas correntezas de um rio.
É um amor tão lindo,
como o vôo de um passaro imigrante...
Então pergunto:
- Quem pode parar o rio que corre para o mar?
- Quem pode parar as as aves lá no céu correndo para o mundo?
Assim é meu amor por ti...
Forte
Suave
E verdadeiro...
Quem pode parar o amor?
O meu amor ... ....
O AMOR QUE SINTO POR TI...

Obrigada... MEU AMIGO, por sem sua permisão eu fazer um dueto com sua frase... aguardo permissão rsrsrsr...

Foto de Miraene

Quando a poesia nasceu em mim

Quando a Poesia nasceu em mim
Não sabia explicar o acaso
Não sei se ela já existia e eu não tinha reparado
Ela me mostrou todos os sentimentos que jamais pensei em conhecer
Mostrou que o mundo tem várias formas de se ver
Que o sol brilha pra mim, pra você e pra todos que o querem ter
Era a luz que no escuro brilhava
O som que no amanhecer eu escutava
A água que me banhava.
A poesia virou tudo
O fácil e o Difícil
O doce e o Amargo
O bem e o Mal
Porque ela tudo expressava
Não existia nada dentro de mim que a poesia não sabia explicar
As vezes eu não sabia o que eu sentia e as palavras saiam sem eu ao menos pensar
Exatamente como devia, tudo ficava mais fácil ao meu olhar
Escrever, andar, falar, amar
A poesia foi o Inicio o Meio e Jamais será o Fim
Eu sei que não é só pra mim
Mas para todos que conseguem ouvir, a voz do coração
E mostram o que sentem e como são
Dançando ao Som de uma Canção, chamada poesia.
Minha tristeza e minha alegria, o que me mantem viva e me da forças pra crescer.

Foto de sofiavieira

Por TI

Amor por tudo o que és
Por tudo o que representas,
Por todo o bem que me fazes...
Mesmo quando não tentas...
Por seres tão forte
sem nunca desistires
pelos sorrisos que me arrancas nos momentos de tristeza...
Pelo teu coração
que tão rápido me conquistou...
Por essa alma linda que tens
Quero que saibas
que te amo da forma
mais pura e honesta ...
Amo-te do fundo meu ser
e do profundo da minha alma
Quando te conheci,
depositei as minhas armas
à entrada do teu coração!
E segui o que me cativou
Algures por entre os teus sonhos.
Foi o destino que me levou a ti...
Ainda bem que o segui...
Segui o voo de um anjo
Como uma viagem ao meu mais íntimo
apenas fechando os olhos...
E tu estás aqui,
junto a mim....

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CORAÇÃO VAGABUNDO"

“CORAÇÃO VAGABUNDO”

Ah, não quero mais amar de novo....
Dá um trabalhão...
Fico acelerado, estressado, fico muito nervoso...
Sofrer, não quero mais não!!!

É só acordar e já começa a agonia...
Será que meu amor esta bem...
Dá mais preocupação que alegria...
Não quero mais amar ninguém!!!

Quando como alguma coisa gostosa...
Lá vou eu separar a metade...
Pra minha princesa levar...
Acho que não tenho mais idade...
Para com estes caprichos acostumar!!!

Mas este coração acelerado...
Dá um trabalho danado...
E sempre acaba por se apaixonar...
E eu escravo deste malvado...
Fico refém deste mal acostumado...
E dele não consigo me livrar!!!

Foto de Fatinha

Pensamentos

Hoje bem cedinho meu primeiro pensamento foi para você...
Despertei para as coisas simples e deixei que meu coração compratisse a cada instante de sua vida...
E ele é tão cheio de promessas quanto o amanhecer e é como o amanhecer que te quero...
Se ao sair a rua sentir a triste presença da chuva pense tudo é amor...
Eu quisera ser o pó o vento ou até mesmo o nada para estar junto de você...
Olha eu naum queria nada, mais agora o tudo me basta já não sei o quero nem o que quis...
Só sei que entre todas as coisas você é a mais importante por isso digo

TE AMO

Fatinha Lourenço

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