Canto

Foto de Claudio Bartels

Amar e ser Amado

Sinta-se fraco e vulvenável
permita-se chorar
contemple a luz das estrelas
banhado pela luz do luar

Perceba o canto dos pássaros
no alvorecer do dia
sinta a brisa em sua face
deitado em relva macia

Deixe que o sol te aqueça
delicie-se com perfume das flores
os compromissos, esqueça
jogue fora suas dores

Não corra da chuva
abra os braços e um sorriso
viva como se não houvesse outro dia
pule, dance, perca o juízo

Acha tudo um absurdo?
Coisa de alienado?
Então não conhece o mundo
de quem ama e é amado

Foto de Sirlei Passolongo

Cante

Cante!
Mas,
Cante com seu sorriso
Cante com sua emoção!
Cante a felicidade
Cante com devoção!

Cantar faz bem para alma
Não precisa afinação
Cante suas vitórias
Para as derrotas,
cante o perdão!

Cante para seu filho
Cante para seu amor
Cante para o sol e a lua
Cante para uma flor
Cante em casa
Cante na rua
Cante onde você for!

Cante o milagre de viver
Cante a graça de aprender
Cante, você vai gostar!
Cante, alegre seu ser!

Não é um canto qualquer
Não é um canto banal
É um canto cheio de risos
Um canto especial.
Um canto que encante
Um canto radiante!
Cante...
Nem que seja por um instante
Cante para o seu coração!
Cante!
Cante a inspiração divina
Cante as bênçãos recebidas
Cante!
A vida não desafina!

Foto de Sirlei Passolongo

Magia

Onde está a magia?

A magia está no ar...
Está nos olhos do menino
Está na beleza da rosa
No canto do passarinho
Numa amizade carinhosa

A magia...
Está no sorriso da mulher
Está no abraço do amigo
No encanto da criança
A magia está contigo
Está na sua esperança!

A magia está no mar
Nas ondas que vão e vêm
Na chuva que molha a terra
No sal do alimento também
Nos versos da poesia
Nas notas da canção
Na luz de mais um dia
Num sincero aperto de mão!
Está em acordar todos os dias
E viver a vida com paixão.
Encha de magia o seu coração!

Foto de Zedio Alvarez

O castigo do amor

Escute aqui garota!
Não tenho mais nada a provar
Meu coração estar em ruínas
Minhas forças se entregaram a minha sina

Se não ficares comigo
Vais conhecer a espada do castigo
E com o pensamento da maldade
Verei-te nos porões da crueldade

Não ouvirás o canto do Uirapuru
Não verás o sol e a lua se cruzarem
Não verás as estrelas brincarem de Via Láctea
Você não ficará zen

Não atenderão a tua voz
Ficarás na companhia de um algoz
Trancafiada na casa da solidão
Serás acorrentada das mãos até o coração.

Não verás o passeio dos colibris
Não enxergarás a imensidão dos anis
O mágico primor de Deus lhes negará
A desgraça em ti se hospedará

Não terás a noção do que é amar
Pois lhes faltará paladar
Até para um alimento degustar
Teu Anjo da guarda te desprezará

Foto de amante apaixonada

Ilusão

Através dos caminhos que passei, em cada canto das estradas, eu via uma imagem.
Não sei se sinto é amor ou atração, mas sei que não tem definição.
Em alto mar...
nas imensas ondas.
Eu podia refletir uma imagem, nos raios que o sol refletia nas águas.
A noite guando ia dormir sentia um aperto grande, pois aquela imagem não saia do meu pensamento...
fui ao infinito procurar, mas...
encontrei apenas...
saudades.
Não tinha conhecimento que tudo que eu via era...
Ilusão!!!
e a realidade estava aqui...
bem pertinho de mim!!!

Foto de Cris Queiroz

Me pego a pensar...

Me pego a pensar

Me pego a pensar...
Será que lembras de mim?
Onde estará teu pensamento?
E estes teus olhos, para quem brilham?

Me pego a pensar...
Me pego a pensar...

A cada canto,
A cada esquina,
A cada lugar,
Lembro-me de ti,
Lembro-me do teu olhar,
E me pego a pensar...

A cada encontro com meu travesseiro
Sinto seu perfume,
Sinto seu beijo,
Sinto seu carinho,
E me pego a pensar...

Fecho meus olhos,
Vejo seus olhos...
E me pego a pensar...
Me pego a pensar...

Onde estará você?
Onde estará teu olhar?

Lágrimas de meus olhos caem...
Caem a cada canção,
A cada toque do telefone,
A cada mensagem,
Na esperança de vê-lo voltar...

E me pego a pensar...

Me pego a pensar,
Onde estará teu olhar?

Foto de Antônio Antunes Almeida

O sonho

Sonhei, um dia com um homem,
Daquelas bandas que eu não sei contar!
Era um homem magro, de semblante triste,
Que chama o filho pra conversar.

Pediu que o menino se assentasse,
Bem pertinho pra escutar,
A história mais triste e cruel
Quem alguém possa imaginar.

Começou a conversar com o filho
E se pôs a tremular,
Pediu paciência ao garoto,
Pois era difícil até começar:

“Eu compreendo a sua revolta.
E sinto, também, que há muito tempo o perdi.
De nada, hoje, adiantará minha volta,
Pois o abandonei, quando mais precisava de mim.”

E o garoto amofinado,
Nem sabia o que falar!
Olhava firme no rosto,
Daquele que, há muito, deixou o lar.

E o pai, cabisbaixo e doente,
Sentindo dificuldade até pra falar,
Conta ao menino toda sua vivência e o que sente,
Vendo a vida a se exaurir e a morte a chegar.

“Eu era jovem, ainda,
Moço forte e sadio.
Procurei, então, batalhar,
Para ser alguém um dia."

Procurei vários empregos,
De mascate a cozinheiro.
Para mim nada servia:
Eu queria mesmo era ser fuzileiro.

Então, me engajei no exército,
Com toda convicção.
Queria ter no peito divisas,
Também muita condecoração.

Mas, com o passar do tempo,
As coisas vieram a se modificar.
Comecei a mandar nos outros;
Passei, então, a comandar.

Pra mostrar superioridade,
Comecei a espezinhar.
Ordenei, aos amigos de antes,
Que fossem os cavalos limpar.

Deixei a bondade um dia,
Para transformar-me em cruel.
Abandonei a Bíblia, o Rosário e a Cruz:
Eu era, então, um coronel.

Comecei a ver meu nome
Nos jornais, em todo lugar.
Senti ser mais do que rei,
Mandava nas armas, do ar, da terra e do mar.

Ordenei, assim, que se fizessem,
Genocídios, prisões e massacres.
Mandei prender jornalistas,
Gente pobre, advogados, freiras e padres.

Recordo, também, no momento,
Que mandei construir aviões.
Gastei uma fortuna, que não entendo,
Somente pra carregar munições.

Mandei fabricar navios de guerra,
Foguetes, torpedos, bombas e canhões;
Tive submarinos e tanques blindados em terra.
Eu era o homem que mandava nas nações!

Construíram, a meu pedido colúmbias,
Bomba “H”, de Neutrons, que maravilha!
Em “TNT”, a maior reserva do mundo,
Testes nucleares, em quase todas as ilhas.

Assinei convênio para fabricar reatores,
Experimentei a chuva amarela, nos viventes da serra.
Gastamos bilhões, em canhões de laser,
Enganei esse povo honesto, em nome da paz na Terra...

Lembro do desfilar de tanques e armamentos,
Esquadrilha da fumaça em todas as comemorações.
Pra que você tenha idéia, meu filho,
Esse dinheiro gasto, acabaria com a fome das nações!

Recordo dos relatórios que rubriquei,
Negando provimento para hospitais.
Hoje vejo, o monstro em que me transformei:
A dor e a fome são seqüelas,do que hoje não posso fazer mais.

Matar em nome da lei é fácil...
Somente sinto ter sido um assassino legalizado.
Com todas as prerrogativas que tive,
Matei, torturei, roubei e não fui incriminado...

E, hoje, aqui sentado,
Nada mais posso fazer.
Penso no ouro do cofre,
Que me deu tanto prazer.

Vejo, ainda, no canto do armário,
A velha bota encerada,
E penso, nas crianças que massacrei,
E nos órfãos das guerrilhas, que eu comandava...

E, agora, meu filho querido,
Só tenho a fazer-lhe um pedido:
Que perdoe com o coração,
Este seu velho inimigo.”

“Eu queria, nesta hora papai,
Abraçá-lo e amenizar suas dores,
Mas você me abandonou no berço, e viveu pra matar.
Então,o devolvo entre lágrimas,às suas metralhadoras.”

“Mas, de qualquer forma, lhe peço,
Antes deste câncer me eliminar,
Olhe bem pra estas divisas,
Que eu trouxe pra lhe mostrar.

Cada uma significa tristeza.
Quando penso, até começo a chorar...
Quantos homens inocentes morreram,
Pra que eu as conseguisse ganhar.

Por isso, mais uma vez,
Peço, de todo o coração:
Não seja como eu fui na vida.
Ame mais a seus irmãos.

Este Rosário e esta Cruz,
Que eu guardei, pra não lembrar,
Tem a imagem do único Homem, com poder realmente,
Mas que, preferiu morrer que usar.

E pra finalizar esta história,
Antes deste meu adeus,
Saiba meu filho, que esta lágrima que rola,
É o arrependimento de não ter amado a Deus...”

Direitos reservados e registrados

Foto de Paulo Gondim

Monotonia

Monotonia
Paulo Gondim
28.05.2006

Ah! Essa saudade fria
Essa vida vazia
Que são meus dias sem ti
Pela distância curta
Que se faz longa, sem fim
Porque, mesmo perto,
Não posso ver-te
Não posso ter-te perto de mim

E na solidão de meu viver
Me pergunto sem saber
Que respostas tens para mim?
Dou mil voltas pelo quarto
Tudo começo e nada acabo
Como cachorro sem trato
Tentando morder o próprio rabo

E a cena se repete em quadros
Na tela fria da memória
Da minha pobre história
Que é meu viver sem ti
Um fardo. Um livro velho,
Esquecido num canto qualquer
Que ninguém ler, que ninguém quer

Foto de ederator

Drapacídio mórbido temporário

Constante deturpação, arreda o engôdo, traça em arco uma ponte;
na tortura pela ausência, na ausência nauseabunda, triunfante caminha;
Pequena infante, suicida, irrigada, tolerante, progressiva;
Construo castelos de ossos, em um paraiso de abelhas famintas;
Tirânia solene, da insanidade colegial;
Preponderância maxima de outrem;
Ès imagem nevasca mórbida, morde o canto superior dos lábios;
Sangra com sede, e com volupia aperta as mãos;
Em sinal puro gestual de oração difama a própria glória;
Grita insistentemente, derruba paredes sólidas;
Prende cordas, conecta fios de cobre;
Sangue suga, apregoam pedaços de carne viva no alto de sua ignobel presença;
Renuncia a vigilância, vai como se estivesse vindo;
Abre os braços, com as mãos grossas de sangue e argila;
Notavél criança mau amada; sustenta vicios ludicos em busca do real deturpador;
Carrasco infame observa ao longe, seu reflexo condicionado, imovel, mudo.
Transmutação original metamorfose,
Mudam-se estações, transmições de pensamentos interrompidas;
Telepatia, comunicação precária, sem sinal, narra alucinações perdidas;
Interrupção, luz apagada;
Drapacídio Mórbido Temporário;
Interrupção radical do racional

Foto de MARTE

NO CÉU DA MINHA ALMA

O teu olhar em mim irradia,
Um sentimento que faz brilhar,
O silêncio do meu dia a dia,
Uma luz no meu caminhar!
Musa da minha poesia,
Beleza e encanto,
Um mar com maresia,
Melodia do meu canto!
Lindo o teu suave sorriso,
No seu encanto e paixão,
Que faz-me sentir no paraíso,
Num momento de sedução!
No céu da minha alma,
A madrugada nasce devagar,
Com a lua que me acalma,
Na beleza do seu brilhar!
És como a prateada lua,
Que irradia amor infinito,
Beleza na noite nua,
No seu encanto e doce rito!
És a profunda e doce emoção,
O cheiro da flor do meu jardim,
Que mexe com o meu coração,
O mundo que existe em mim!

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