Casas

Foto de Dirceu Marcelino

ESTÓRIAS QUE SE REPETEM

“ESTÓRIAS QUE SE REPETEM”.

Este conto se baseia na estória de “Eros” e “Lara” e de “Marcílio”, os dois primeiro personagens fictícios de nossa poesia denominada Súplica.
As estórias de “Eros” e “Marcílio” podem ser comparadas a do francês Jean Genet .
Sabe-se que “Genet nasceu de uma união ilegal. Sua mãe abandonou-o na primeira infância, tendo sido criado até a adolescência por uma família substituta e depois teria passado alguns anos em orfanato do governo, em Paris. Sempre se sentiu ‘um enjeitado’, pois seus irmãos adotivos o chamavam de ‘bastardo’, consideravam-no “ovelha negra” da família, a quem imputavam os atos mal feitos que fizessem e consta até que fora vítima de violência sexual”.
Aos poucos até os demais membros da pequena comunidade passaram a lançar-lhe a responsabilidade de todos os atos anti-sociais que aconteciam na localidade e passaram a chamá-lo de “ladrão” e “homossexual”. Desse modo, não tendo pai, não mantendo contatos com a mãe, sem ninguém com quem se identificar, foi assumindo a única identidade que poderia internalizar.
Porém, nosso personagem “Eros”, apesar de ter estória muito parecida com a de Genet, ao contrário, tinha pais e vários irmãos. Aliás, estes se destacavam no pequeno vilarejo em que moravam por serem trabalhadores, construtores de “calçadas de pedrinhas”. Eram muito requisitados para fazer seus serviços e “Eros”, com cerca de quatorze de idade podia ser visto acompanhando-os quase todos os dias pela manhã quando a família saia para o serviço diário e só à tardezinha retornava para casa.
Ao entardecer observa-se que “Eros” se associava ao grupo de adolescentes do bairro, pequeno grupo da vizinhança, grupo de amigos, autênticos. Passava a gozar dos folguedos juvenis típicos daquela região e sempre terminavam as brincadeiras em “peladas de futebol”. Após as mesmas, permaneciam por algumas horas conversando, raramente seu grupo mantinha contatos com meninas, apesar de que nas proximidades e no mesmo horário formar-se outro grupo de moças.
O primeiro dos adolescentes que passou a se associar com as moças foi “Eros”, que logo começou a namorar uma delas, a mais bonita por sinal – “Lara”. Esta aos dezesseis anos se destacava por sua beleza. “Eros” também era um rapaz bonito e logo começou a namorar “Lara”, um casal lindo de namorados e inseparáveis. “Lara” engravidou e apressou-se o casamento que sequer havia sido programado. Casaram-se e passaram a morar em uma casa doada pelos irmãos de “Eros”. Tiveram um casal de filhos, duas crianças que se destacavam por sua beleza e gentileza.
No mesmo período em outra pequena cidade vizinha eis que surge - “Marcílio”. Também, ao contrário de GENET, tinha pais. Mas eram ambos sexagenários. Alguns dizem que essa é uma grande dificuldade de pais que concebem muito tardiamente, pois quando alcançam a terceira idade já não tem energia suficiente para cuidar dos filhos adolescentes e acompanhá-los nos primeiros anos e após atingirem a maioridade. Parece-nos que foi o que aconteceu com “Marcílio”. Não teve o privilegio de ser assistido por seus pais já idosos, na sua infância e adolescência.
Mesmo sendo um belo rapaz, ao contrário de “Eros”, não se interessou por namoradas. Ao contrário, diziam que se interessava por rapazes. Apesar desses comentários na realidade nunca ninguém comprovara tal fato. Destacava-se no colégio onde estudava por ser inteligente e vivaz. Logo começou a ser chamado pelos colegas adolescentes de “Marcília”. Percebeu-se que não se preocupava com essas difamações, e aos poucos foi assumindo essa “identificação diferencial”. Como Genet assumiu a identificação de homossexual.
Porém, mais grave do que a assunção dessa identidade foi o fato de “Marcílio”, num mecanismo de fuga e evasão, passar a fazer parte de outro grupo pernicioso, uma “gangue” de usuários de drogas.
Talvez, tenha passado a associar-se a este grupo inconscientemente, induzido pelo casal que praticamente o adotou, fazendo-nos lembrar do slogan que hoje vemos afixados nas traseiras de ônibus caminhões e em alguns locais públicos:

“Adote seu filho, antes que ele seja adotado”.

“Marcílio” após ser adotado pelo casal, de alguma forma começou a se relacionar com outros jovens, pessoas de outra cidade, maior e próxima, e prosseguindo naquele mecanismo de busca de identificação, e de evasão, passou a fazer parte de um grupo formado por pessoas de fora do circulo familiar e da comunidade local, membros clandestinos, ocultos, que compareciam à pequena cidade para adquirir alguma coisa que só o “respeitável casal” comercializava muito livremente, pois além de vendedores de roupas – mascates – também eram respeitáveis no círculo dos ricos, dos mais abastados, pois moravam em uma das mais belas casas da pequena cidade e assim seus relacionamentos se estendiam aos altos círculos sociais.
Provavelmente, os pais legítimos de “Marcílio” gostaram do interesse do casal por seu filho, mesmo porque além de morar bem, do aparente sucesso material o varão exercia respeitável cargo público.
Com bom grado deixaram que “Marcílio” com eles permanecesse, trabalhasse, até morasse. Pensavam que ele trabalharia no bar, dormiria na casa do casal, mas na realidade o jovem passava os dias no bar, no recinto de jogo e à noite passava ao relento a perambular pela outra cidade vizinha, a “trotoir” pela praça e pelas ruas quase desertas até o amanhecer.
Ainda que se resumisse à jogatina ou a promiscuidade sexual o casal de velhos não teria muito com o que se preocupar. O problema era ainda mais grave. “Não percebia o velho casal que seu filho passava por problemas individuais que ‘induzia-o’ à fuga e ao refúgio no consumo de estupefacientes e ao cometimento de infrações conexas”
Aos poucos o respeitável casal que o “adotou” começou a utilizar “Marcílio”, para outros comércios que faziam além das vendas de roupas, que ofereciam para seus clientes de casa em casa.
Percebeu-se então que era um comércio clandestino e ilegal quando alguns cheques emitidos pelo casal foram objetos de registro de boletim de ocorrência na delegacia de polícia local e nas investigações procedidas constatou-se que apenas a assinatura era verdadeira, as demais escritas eram todas falsificadas. O casal dono do cheque, mesmo prejudicado desejava apenas resgatá-los, mas de forma alguma queriam que fosse aberto inquérito. Pois diziam que não pretendiam responsabilizar o adulterador, pois este era “Marcílio” “seu filho adotado” que já tinha naquela ocasião algumas passagens nesta mesma delegacia, por pequenos furtos e não pretendiam prejudicá-lo ainda mais. Por que será?
Ninguém sabia o que estava acontecendo, pois, geralmente, esses atos anti-sociais são imperceptíveis aos que não conhece a subcultura da localidade.
No seio dos grupos secundários que se interligam de modo imperceptível, através de um mecanismo de “transmissão cultural”, “alimentam uma tradição delinqüente com o seu peculiar sistema de valores anti-sociais, que se transmite de uma geração de residentes à seguinte”.
Na realidade “Marcílio”, não era apenas um pequeno delinqüente, hoje reconhecemos, também era vítima. Vítima tão culpada quanto aos delinqüentes traficantes de drogas. Durante as investigações dos estelionatos praticados por “Marcílio”, percebe-se que ele usava apenas camisas de mangas longas, com o propósito de esconder as inúmeras marcas de picadas intravenosas nas dobras dos cotovelos.
Mas como de fato cometera delito de estelionato, foi indiciado em Inquérito Policial e respondeu ao respectivo processo criminal.
“Marcílio” até então conhecido como “homossexual”, agora, também, passou a ser considerado “toxicômano” e “ladrão”. Embora a comunidade local o rejeitasse como sempre, surgem não se sabe como, pessoas abnegadas que espontaneamente oferecem ajuda nas horas de desespero e assim com colaboração de representantes de uma grande indústria local, conseguiu-se sua internação na instituição especializada na recuperação de toxicômanos.
Lá permaneceu por algum tempo nesta instituição, esperando o julgamento do mesmo processo a que respondeu, sendo condenado, foi recolhido à Cadeia Pública da Comarca, para cumprimento da pena de um ano e quatro meses de reclusão. Permaneceu recolhido no regime fechado até ser beneficiado com progressão para o regime de prisão albergue e passou a pernoitar na casa de albergado.
A Casa de Albergado era uma das poucas existentes, que pouco a pouco foi desativada, como as demais.
No mesmo período em que “Marcílio” permanecia internado, o “respeitável casal” que o adotara, também, foi preso, em flagrante por tráfico de entorpecente e ao final condenados as penas de três anos.
A “Respeitável Senhora” depois de um mês de reclusão na cadeia local foi transferida para uma Penitenciária Feminina do Estado. Lá teve algumas dificuldades de relacionamento com as demais reclusas, em face de ser esposa de funcionário público. Porém, com apenas nove meses de reclusão ela foi beneficiada com prisão albergue domiciliar e retornou para sua casa.
O “respeitável Senhor”, também, beneficiado com prisão albergue domiciliar, permaneceu preso apenas por um ano e dois meses.
Atualmente, ambos vivem felizes na mesma casa e continuam a ser respeitados na pequena comunidade. Consta que não reincidiram.
Ocorreu que, enquanto o respeitável casal saía do sistema prisional, logo depois, “Marcílio” ingressava, justamente, em razão daquele cheque adulterado cuja vítima era a “Respeitável Senhora”, pois fora condenado por estelionato.
Neste mesmo período Eros deu entrada na mesma cadeia em que estava recluso Marcílio, chegando a morar por pouco tempo juntos na mesma cela. Em razão disso saberemos a seguir o que acontecera com Eros.
“Eros” e sua bela mulher, também eram fregueses do respeitável casal e, provavelmente, além de roupas compravam outras “mercadorias”.
Logo a toxicomania de “Eros” o subjugou.
Inicialmente, por não conseguir acompanhar seus irmãos no trabalho de construção de calçadas, passou a ter dificuldades financeiras para suprir as necessidades da família e, provavelmente, para adquirir as substâncias entorpecentes de que necessitava, então passou a praticar pequenos furtos. Logo foi indiciado em inquérito. Mas sua primeira prisão ocorreu por porte de entorpecente. Tal infração era afiançável, porém, como nenhum de seus familiares se prontificou a pagar o valor arbitrado, chegou a ser recolhido à cadeia pública.
Consta que nessa oportunidade um dos presos, também oriundo da mesma comunidade, tentou seviciá-lo sexualmente e por resistir com afinco aquele não conseguiu seus intentos. Saiu da cadeia, invicto, mas marcado por uma das mazelas da prisão. Ainda dizem que a cadeia regenera, não foi essa primeira experiência de “Eros” o suficiente para ele.
Pouco dias depois, novamente ”Eros” foi preso por violação de domicílio. Desta vez, consta que o presidiário “Bárbaro” investiu sobre ele com intenções inconfessáveis e para resistir ele fingiu que estava tendo um ataque convulsivo, inclusive, espumando pela boca. Nesse estado foi socorrido e de alguma forma separado de ala da pequena cadeia, onde não poderia ser alcançado por seu algoz.
Ao saberem do sucedido seus irmãos e esposa fizeram esforços para pagar advogado e libertá-lo. Porém, consta que sua bela esposa inconformada do ocorrido, ou seja, com as constantes tentativas de sevícia a que o marido sofria, ameaçava-o abandoná-lo, caso não se corrigisse e retornasse à cadeia.
Foi o que ocorreu, pois decorridos mais alguns meses, outra vez “Eros” foi preso em flagrante por furto. Neste terceiro período consta que, totalmente, subjugado foi presa fácil de “Bárbaro”. Pior do que isso ao saber do ocorrido, sua esposa, o abandonou de vez. Logo arrumou outro companheiro.
“Eros” não foi abandonado apenas por ela, mas também, por seus irmãos e pais. Abandonado, não tendo trabalho e condição de comprar drogas, tornou-se um verdadeiro alcoólatra “bêbado de rua” e nos quatro ou cinco anos que se seguiram, retornou à prisão por flagrantes e condenações por furtos e uso de substância entorpecente.
Este foi o relato de “Marcílio” do ocorrido com Eros, porém, reservou-se a contar se “Bárbaro” tentara alguma coisa contra si. Chegou a dar a entender, que, o que importava saber sobre isso, se ele já era conhecido como “homossexual”.
Infelizmente, não foi longo o período de observação de “Marcílio”, pois ele que era conhecido como “alcagüete”, algum tempo após revelar esses casos que segundo a subcultura carcerária deveria permanecer oculto, e ainda por dar informações sobre outros delitos praticados na região, principalmente os relacionados ao tráfico de entorpecente, em certa data ao ausentar-se, descumprindo o horário de entrada na casa de albergado, foi morto num bairro de uma grande cidade próxima.
“Marcílio” morreu por “over-dose’ de cocaína, mas segundo dizem poderia ter sido forçados a tomar uma dose excessiva, ou seja, fora assassinado. Por quem? Não se sabe, pois esta é uma das estratégias do crime organizado.
Casos como o de “Eros” e “Marcílio” nos fazem lembrar e comparam-se com o de Jean Genet, mas agravados por serem estigmatizados, além de ladrões e homossexuais como “toxicômanos”, “alcagüetes” qualidades negativas que não são aceitas na sub-cultura carcerária, colocando-os na última categoria da hierarquia existente entre eles.
Estórias como de “EROS” e “MARCÍLIO” mesmo fictícias comprovam a dura realidade de nossos dias, mas o que é interessante são estórias que se repetem. Repetem...

Foto de Raiblue

VELHA SAGA

.
Asfalto
Transações
Movimento
Partida
Chegada
Estradas
Estações
Cidade de ilusões
Lixo urbano
No luxo cotidiano
Da burguesia
Cristais de dor
Nas casas
Sem calmaria...
Alta tensão
Fios do destino
Rompidos
Por um tiro
Por um grito
Gemidos de medo
De aflição
E o dia nasce
E continua
A viagem
O mesmo trem
Na contramão
A mesma estação
Velha saga
Karma
Mandalas do tempo
Em cada rosto
Uma multidão
De estranhos...
Nas entranhas
Solidão....

Raiblue

Foto de Raiblue

VELHA SAGA

.
Asfalto
Transações
Movimento
Partida
Chegada
Estradas
Estações
Cidade de ilusões
Lixo urbano
No luxo cotidiano
Da burguesia
Cristais de dor
Nas casas
Sem calmaria...
Alta tensão
Fios do destino
Rompidos
Por um tiro
Por um grito
Gemidos de medo
De aflição
E o dia nasce
E continua
A viagem
O mesmo trem
Na contramão
A mesma estação
Velha saga
Karma
Mandalas do tempo
Em cada rosto
Uma multidão
De estranhos...
Nas entranhas
Solidão....

Raiblue

Foto de Ary Bueno Principe dos poemas e do amor

MULHER

[ POEMA EM SEXTINA, aonde se usa sempre as seis palavras finais no meu caso estou usando [ Mulher, amor, tentação, loucura, coração, flor ]

Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]

É tu minha bela , sedutora, representante, eterna da felicidade...a doce mulher
Figura criada por Deus, em um momento de muita luz, para simbolizar o amor
É tu, que faz a vida se tornar alegre, é tu que faz a vida ser triste, és tentação
É a geradora da vida, é a fonte da sabedoria, é a mola do viver, é doce loucura
É da alma a luz, do poeta a inspiração, do artista o pincel, no corpo é o coração
Na mente és a razão, no sofrimento é o alivio, na dor o lenitivo, no jardim és a flor

Tua falta mulher, é uma constante tortura, é um sofrer imenso, é a mais triste loucura
Podemos fazer casas, estradas, o que quiser, mas nunca um filho sem uma mulher
Mulher é a mola da vida, é a doce guarida, o abrigo eterno, tem o aroma suave da flor
Tem a força de um leão, quando defende sua cria, tem suavidade, quando faz amor
Nos excita, nos encanta, nos beija, tão suave, que chega a nos roubar o coração
E assim a vida se torna gostosa, amável, e cheia de sonhos, ilusão e doce tentação

São tantas mulheres de luz, que nos encanta o viver, nos trazendo ao coração o amor
Temos a Virgem Maria, sublime mãe de Jesus, a mais doce, pura. e tão suave mulher
Ela nos guia na vida, ajuda na dor, nos livra de tanto sofrer, neste mundo de loucura
Aonde vemos tanta maldade, e tanta inveja, mas ela nos faz ainda, poder ver a flor
Nos protegendo, nos amando, fazendo com que tenhamos ainda, o amor no coração
Obrigado Mãe Santíssima, por amparar meu viver, livrando-me dos males e da tentação

Seria o mundo vazio, escuro, um local impossível de se viver, se não existisse esta flor
Cujo nome é mulher, para enfeitar nosso viver, nos dando carinho, paz e tanto amor
Pensem bem, se neste mundo mulher não tivesse, seria a maior de toda loucura
O mundo seria triste, um suplicio o viver, sem ter mulher, sem sentir o amor no coração
Como suportar a falta do carinho, que só a mulher pode dar, a morte seria uma tentação
Pois de que valeria viver, se jamais poderíamos, dizer " Eu te amo " a uma bela mulher?

Éh!! pessoal, esta vida seria mesmo inútil, seria impossível viver sem esta doce tentação
Que é a mulher, este ser inconteste para nosso viver, que tornar doce o sonho e bela a flor
Por isto é que com tanto prazer sofro, por amar, e trago sempre uma mulher no coração
Dela não me esquecendo, mesmo que a todos isto possa parecer obsessão, uma loucura
Mas isto não me importa, o que pensam os que não amam, porque ela sera sempre meu amor
E enquanto vida Deus me der, estarei sempre gritando a todos o meu amor por esta mulher

Louvo desta forma as mulheres, que pela minha vida passou, em especial a dona deste coração
De um poeta, que traz dentro de si tanto carinho, tanta saudade, tanto sofrer, e este imenso amor
Que um dia a ela entregarei, não sei se em vida, ou na morte, não sei se é normal ou loucura
Mas assim é meu coração, que dei a ela, um dia , dentro de um poema, na forma de uma flor
E que tenho certeza que ela guarda com muita ternura, dentro de seu lindo coração de mulher
Que abriga com amor, meu carinho, minha devoção, como um lembrar suave... esta tentação.

Agradeço a ti Deus, por criares a Mulher, esta criatura, meiga este marco real de teu Amor
Aquela que preenche o nosso Coração, com a beleza que é nossa mais suave Tentação
Que nos faz sentir tanta Loucura, pela sua falta, como sentiria um beija-flor se faltar a Flor..........

Foto de matematicoAzevedo

ÁGUA OU COCA-COLA?

ÁGUA

Um copo de água corta a sensação de fome durante a noite para quase 100% das pessoas em regime.
É o que mostra um estudo na Universidade de Washington.
Falta de água é o fator nº 1 da causa de fadiga durante o dia.
Estudos preliminares indicam que de 8 a 10 copos de água por dia poderiam aliviar significativamente as dores nas costas e nas juntas em 80% das pessoas que sofrem desses males.
Uma mera redução de 2% da água no corpo humano pode provocar incoerência na memória de curto prazo, problemas com matemática e dificuldade em focalizar um écran de computador ou uma página impressa.
Beber 5 copos de água por dia diminui o risco de câncer no cólon em 45%, pode diminuir o risco de câncer de mama em 79% e em 50% a probabilidade de se desenvolver câncer na bexiga.
Você está bebendo a quantidade de água que deveria, todos os dias?

Coca-Cola
Em muitos estados nos EUA as patrulhas rodoviárias carregam dois galões de Coca-Cola no porta-bagagens para serem usados na remoção de sangue na estrada depois de um acidente.

Se você puser um osso numa uma tigela com Coca-Cola ele se dissolverá em dois dias .
Para limpar casas de banho: despeje uma lata de Coca-Cola dentro do vaso sanitário e deixe a "coisa" decantar por uma hora e então dê descarga.

O ácido cítrico na Coca-Cola remove manchas na louça .
Para remover pontos de ferrugem dos pára-choques cromados de automóveis esfregue o pára choques com um chumaço de papel de alumínio (usado para embrulhar alimentos) molhado com Coca-Cola.

Para limpar corrosão dos terminais de baterias de automóveis despeje uma lata de Coca-Cola sobre os terminais e deixe efervescer sobre a corrosão.

Para soltar um parafuso emperrado por corrosão aplique um pano encharcado com Coca-cola sobre o parafuso enferrujado por vários minutos.
Para remover manchas de graxa das roupas despeje uma lata de Coca-Cola dentro da máquina com as roupas com graxa, adicione detergente. A Coca-cola ajudará a remover as manchas de graxa.
A Coca-cola também ajuda a limpar o embaçamento do pára-brisa do seu carro .
Para sua informação:
O ingrediente ativo na Coca-Cola é o ácido fosfórico.

Seu PH é 2,8. Ele dissolve uma unha em cerca de 4 dias.
Ácido fosfórico também rouba cálcio dos ossos e o maior contribuinte para o aumento da osteoporose. Há alguns anos, fizeram uma pesquisa na Alemanha para detectar o porquê do aparecimento de osteoporose em crianças a partir e 10 anos (pré-adolescentes). Resultado: Excesso de Coca-Cola, por falta de orientação dos pais.
Para transportar o xarope de Coca-Cola , os caminhões comerciais são identificados com a placa de Material Perigoso que é reservado para o transporte de materiais altamente corrosivos.
Os distribuidores de Coca-Cola têm usado a coca para limpar os motores de seus caminhões há pelo menos 20 anos.

Mais um detalhe: A Coca Light tem sido considerada cada vez mais pelos médicos e pesquisadores como uma bomba de efeito retardado, por causa da combinação Coca + Aspartame, suspeito de causar lúpus e doenças degenerativas do sistema nervoso.

A pergunta é:
"Você gostaria de um copo de água ou um copo de Coca-Cola?"
Não se esqueça de reenviar esta mensagem aos seus AMIGOS, eles devem agradecer... e os seus filhos também, embora só mais tarde.

Foto de Felipe Lenon

Ludo

Que jogo é esse?
Que jogamos a quatro
E a cada rodada
Eu dou mais um passo
Pedras, portas e labirintos,
Anseios, receios e desafios
Eu jogo? Vocês também!
Mas ganhar não é o meu objetivo
Não agora, nas curvas do destino.
Deixe rolar os dados!
A sorte está dos nossos lados
Um jogo de beijos, carícias e abraços
Nada desses prazeres tem prazo
Tampouco serão abafados
Desejo que superou um agrado
Ou talvez fetiche de um retardado
Não pulo as casas
Não crio asas
Nem ao menos possuo estradas
O fim do jogo é na tua boca
Perdida no meio de outras rodadas
Será este um jogo vivido?
Ou apenas mais um jogado
Entre sussurros ao pé do ouvido
Ainda escuto seus corpos molhados
Mas ainda não os toco,
Mesmo assim me sinto livre
Pois as cordas não mais me sufocam
Vamos voltar à partida
Nós quatro de volta pra ida
Então novamente recomeça
A semana é longa, e eu tenho pressa!
Mas nada de impulsos nem promessas
Na nossa vez eu movo suas peças
Então voltem pra casa e fiquem a minha espera
Porque sábado à noite o jogo se encerra.
E em cima do tabuleiro faremos uma festa!

Foto de Naja

TRIBUTO A UM CÃO DESCONHECIDO

Tributo a Um Cão Desconhecido

Era um boxer tamanho médio. Pertencia a uma senhora, umas casas antes da minha, num Condominio Fechado, onde carros sem responsabilidade corriam além do permitido.
Dizem que os câes têm o dom de ver o que nós, sem preparo, não conseguimos ver, ou sentir...raros os que os têm normalmente. Para isso é preciso um desenvolvimento espiritual, em alinhamento com a energia cósmica. No entanto, para os cães , é um dom nato. A intelidência dos mesmos, é como dos Humanos, diferem entre si.
Falava do Boxer, o cão da vizinha. Sabia que ele vivia naquela casa com gatos e três outros cães miúdos, e que os protegia dos perigos. Jamais o tinha visto.
Certo dia, ao passar com o carro na porta dessa vizinha, devagar, justamento por causa dos gatos, vi que os cães miudos estavam do lado de fora, o portão encostados e que não poderiam entrar. Fiquei preocupada e chamei o porteiro para chamar a dona da casa e avisar dos cães...O porteiro tinha medo do boxer.
Então fiquei parada e já ia sair para tocar a comapainha, quando ao me pressentir do lado de fora, o boxer colocou a cabeça para fora do portão e ficou olhando para mim, enquanto colocava os pequenos pra dentro do portão...Então falei diretamete com ele..." tome conta dos pequeninos, você, que eu saiba, é o responsável por eles e dos gatinhos também..."
Foi quando ele aproximou-se do carro e , em pé, fitou-me bem dentro dos meus olhos e aconteceu uma das situações mais incríveis que já passei em contato com os animais.
Houve entre nossos olhares uma comunicação intensa, em que eu sentia que ele falava comigo, sem articular um único som. Foi como se dissesse.."nós nos conhecemos... você já foi minha amiga e dona...já vivemos na mesma casa..." e não tive nenhum medo dele. Saí do carro, apesar dos avisos do porteiro e falei para o cão..."entre, aqui fora passa carro veloz...fique aí dentro..." Ele entrou e novamente colocou a cabeça para fora do portão , enquanto dizia "adeus", fui dirigindo devagar e vi que finalmente entrou... Passaram-se dias ou um mês, não lembro bem,,,e senti que nunca mais o vira e resolvi perguntar por ele. Foi quando tive uma das mais tristes noticias naquela manhã de domingo...ele estava com câncer e teve que ser sacrificado...Minha familia não entendeu porque chorei o dia todo, não conseguia parar, e lembrava daquele olhar amigo e carinhoso, comunicativo que trocamos naquele dia...
Sei que jamais o esquecerei, talvez já tenha mesmo sido meu...nem sei seu nome, mas não importa, sua lembrança ficará para sempre guardada na minha memória e no meu coração. Era apenas um cão...
Não,,,não era apenas um cão...Era um cão muito especial, que com um único olhar se fez entender e ficar para sempre meu amigo e quem sabe, ainda nos encontraremos um dia...Esta é minha homenagem a um cão desconhecido, sem saber seu nome, mas que tive um intenso momento de interação de amizade.
Andarela

Foto de JGMOREIRA

MÃOS INÚTEIS

MÃOS INÚTEIS

POESIA: sem a cor das tintas
A surpresa das vistas
Adentrando casas esquisitas
Surgentes de cada linha
Não há honra, não tem vida.
Assim, tornam-se vãs
As mãos de barro
Que tecem fumaças
Com matérias ao acaso
Mãos tão inúteis
Que delas a própria morte
Se ri em acessos.
Mãos de vasos
Cheios de antúrios
Apodrecendo no porão
Longe do sol
De outras mãos: INÉDITA

Foto de JGMOREIRA

MEZZANINO

A casa onde moraria É bela
porque nao resido nela.
Fiz as malas, embalei os livros
desmontei a parca mobília.
SÓ nao mudei.

A casa vista daqui, tao longe,
é bela, enorme, nao me cabe.
Nao suportaria morar naquela
casa e sair pelo jardim
que dá para uma rua quieta
pela qual nunca passei.

A rua que nao conheço
está arborizada e casas
iguais a que não é minha
perfeitamente iguais,
dão para jardins simétricos
ao que não é o meu.

Coisas a mim igualizadas
saem para o jardim
acompanhadas de quatro
cães com os nomes dos elementos.
Daqui, tao distante mas visível,
vejo-lhes o riso de afago nos lábios
e o amor com que os cães os festejam.
Eles apanham no escaninho
cartas que nunca receberei.
A caligrafia redonda do emitente
lembra-me a minha de adolescente
e reporto-me a tempos distantes
e nao mais visíveis quando escrevia
cartas que eu nunca respondia
a mim mesmo.

Apoiando a mão esquerda no muro
um dos homens que nao sou eu
observa a rua (na direita, as cartas).
Sob as árvores, cegos arrastam
gatos pelos rabos.
Eu nao os vejo, o homem sim.
No mezanino, lateral da casa,
crianças pulam dentro do sol
para cima do telhado
(elas tem parte com os gatos)
até‚ pularem para dentro de abril
e de lá para dentro do homem
que abre a porta e sobe ao sotao.

O homem entende coisas que eu
desconheço, embora a ele se me
pareça eu, e por isso sorri,
esbelto, com o sol de agosto no rosto.
Ele fala do amor aos cães
e o amor é uma janela
pela qual se pula:
atras nao existe chão.

O homem fala do amor
para o sol e o amor e uma
vida sem corpo atrás de si
para nao contagiar.

O homem cumprimenta vizinhos
que são, todos eles, eu, sem nada
a disfarçar a parecência.
Sua mão brilha sob o sol suas
pulseiras; seu rosto recolhe-se
à penumbra, depois u'a mão
fecha a janela.

Foto de JGMOREIRA

A CASA

A CASA

De sobre o promontório
a casa é minúscula
liliputiana
À medida em que me aproximo
percebo a amplidão do sítio
a fortaleza das colunas
a firmeza da amarração
o esmero no acabamento
o conforto da varanda.

Circundo a construção, admirado.
A mão, nada subalterna
torce a maçaneta azinhavrada.
A luz do dia fulgura nos cômodos
vazios, enche as paredes nuas.
dentro da obra inacabada, assusta-me
a pequenez do arquiteto
que abusou do excesso em ciência
para estilizar o que é rude
como soe a toda harmonia.

Algumas portas não se abrem
atiçando o rubor da curiosidade
até que se a molde em conformismo
muito embora se possa tentar adivinhações
baseado no conjunto já visto
da obra por terminar.

Tento definir o que vejo
mas todas as palavras são vazias.
Inúteis as canetas.
Como se fora me sufocar
ao ouvir a flauta de Pan,
desando a descerrar janelas possíveis
escancarar as portas que m’as permitem.
Desabalo pelo corredor
até alcançar o alpendre
onde desmonto, calado e imóvel.

Aboleto-me ao sol retirante
aninhando-me no aconchego
de um coração desencantado.

Na modorra, no vazio inútil
de gestos e palavras
apenas contemplo, sem músculos
o que construí de mim
enquanto desvendo outras casas
que vão surgindo ao longo
com outros eus a desmontar nas sacadas.

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