Céu

Foto de Paulo Gondim

Seca

SECA
Paulo Gondim
24/04/2012

Nuvem escura
Vento quente
O céu se abre
Chuva de repente

Simples sonho
Mera utopia
O pensamento
Fez de conta que chovia

De pé, na porta,
O olhar distante
Céu infinito, azul,
No Sertão, é desconfortante

Do sonho ao desânimo
Sem espiga, sem grão
Prenúncio da fome
Praga do Sertão

Mais uma vez, a seca
Resseca o chão
Restringe vida
Acaba-se o pão

Foto de Lucianeapv

A MULHER E O TEMPO

A MULHER E O TEMPO
(Luciane A. Vieira – 25/04/2012)

Infindáveis sentimentos trazem em si
Mágoas tais que nos enfraquecem
Alegrias tantas que nos fortalecem
Decisões infinitas que nossos dias enriquecem
Conclusões tais que se refletem tardias
Mas ainda sadias perspectivas permanecem...

Tal caminhada enobrece os passos
Dados pelo ser errático
Que de arte se reveste luz
E de sombras se descobre na face
Em ser tanta cor se reflete nas horas
E em ser tanto sol, se respinga no vento
E no ar se desfaz em sons
Cuja essência caminha no tempo e
Se refaz na chuva e desafia
Todos os seus tormentos...

Mulher se esquece de si
No fluxo temporário da vida
E se refaz incondicional
Na tarefa de perseguir o relógio
Que crava em seu seio translúcido
Toda sua dignidade a ressoar...
E, um dia, em vasta experiência,
Rugas frágeis, embora ferinas,
Dirão ao céu das inclementes horas
O quanto aprendeu em sua caminhada
Ao longo dos dias... Ao longo da vida...

Foto de Anderson Maciel

SEM VOCÊ

E quando me faltarem motivos
quando tudo aparentar perdido
eu olharei para o céu
e verei o maior motivo

Aquele que me faz não desistir
cativando-me a continuar
confiante e paciente
esperando nesse amor

Que me quebranta a alma
me fazendo perceber
realmente tudo a volta
que minha vida não é nada sem você. Anderson Poeta

Foto de Tiaginh

São dias de pura recordação!

São nos dias mais cinzentos,
que a esperança se vai,
onde tu desapareces,
onde a lágrima cai.

São em dias como esse,
que não me reconheço.
São dias como esse,
em que simplesmente desapareço.

São nesse dias,
que me falta a inspiração,
são nesses dias,
que não encontro a razão,
da tua partida,
do meu coração,
da minha vida.

Se alguma vez te magoei,
acredita que não foi por querer,
por o fim nunca esperei,
e muito menos te fazer sofrer.

São em tais dias,
que não consigo andar,
são em tais dias,
que no pulmão se aperta o ar.

Tem vezes que olho para o céu,
aquela imagem de fundo a brilhar,
que me recorda algo teu,
que nada mais era do que o teu magnifíco olhar.

Tem vezes que me chego perto do mar,
só para mais uma vez a tua voz escutar,
só para mais uma vez me relembrar.

Recordo dias em que só tu me conseguias alegrar,
dias esses que irei para sempre recordar,
recordar-me do teu tocar,
da tua maneira de falar,
do teu lindo olhar
e jamais esquecer o teu explendido beijar.

Foto de Marilene Anacleto

Mulheres

Passos de amor
Correm no ar
Braços alados
A me levar

Nos rodopios
Céu perfumado
Sonambulando
Sob o luar

Tanta esperança
Naquela dança
A alma leve
A suspirar

Os astros morrem
Sol aparece
Triste suspiro
Ele se esquece

Mágoa no olhar
Se não me queres
Somos assim
Nós, as mulheres.

Foto de Carmen Vervloet

Enlevo

Lá longe... no horizonte,
surge o sol devagarzinho,
um raio me faz carinho,
seu toque me faz acordar!
São raios dourados... fios de cabelo!
Meus olhos encantam-se ao vê-los,
sua luz dá brilho ao meu olhar.
Corro para a janela,
olho o céu cor de cobalto,
ouço um pássaro cantando do alto
de um pé de manacá.
Minha alma transporta-se pra lá
levando meu sonho
desnudado da camisola grená.
Arrebatada por tanta magia
entrego-me à alegria
pintada em cada nuance de cor!
Feliz, agradeço ao Senhor!

Foto de Carmen Lúcia

Evocação à Lua

Quero ver-te bem de perto, coração entreaberto,
pisar de leve tua aura branca
e derramar os meus contidos sentimentos
em teu pálio de luz que a dor abranda.

Levam-me a ti, meus pensamentos,
teleguiados pelos meus anseios e tormentos
que de tão sedentos já chegaram aí
em busca da mais pura inspiração
guardada na alma ardente dos amantes
e que aflora, redemoinho de emoções,
quando à noite tu despontas tão vibrante.

Não... Não ouças as merencórias serenatas,
as juras mentirosas, palavras tão ingratas,
nem uivos de lobos, falsos, traiçoeiros
gourando desventuras aos amores verdadeiros.

Hoje me ouve...tão somente a mim,
que desafiando a noite abraçar-te vim.
Encontro-me só, apaixonada, angustiada...
Ajuda-me a encontrar palavras,
rimas mais ousadas e lunáticas
pra compor meus versos de amor sem fim...

Banha-me em tuas fases com o teu luar,
intensifica meus sonhos, clareia meu poetar,
envolve-me em teu fascínio, lua branca, nua...
Torna-me poeta para que eu possa gritar,
com as inaudíveis vozes da alma,
o dom de amar!

E ainda que as nuvens te encubram, já dormente,
hás de brilhar como um céu torvo que se estrelasse
de repente!

_Carmen Lúcia_

Foto de Marilene Anacleto

Feliz Páscoa!

Domingo. Páscoa, lua cheia.
Céu aberto, dia de sol.
No oeste, a lua repousa
Sobre nuvens de algodão.

Dançante, inspirador, professor,
Vem do sul o cordão de patos d’água.
Danço com ele os amores da vida
Ao caminhar, devagar, pela água.

Ora se separa, ora se abraça,
Ora se aprende, momentos de graça.

Em partes, o cordão se aproxima
Da lua, em sua bela imagem,
Formam um cálice andante
Recebem a luz naquela viagem.

Alguns não percebem
Alguns outros fotografam
Eu, apenas paro e contemplo
E bebo daquele cálice

A luz de cada abraço
Ao relembrar enquanto
Dançava com o cordão de patos.

Amores passados. Sem mágoa.
Lições aprendidas. Vida nova.
Renascimento. Feliz Páscoa.

Foto de Peter

Renascer

Reviver

O vento sussurra ao ouvido
Aquilo que já tenho perdido
Mas o vento tudo leva
E eu não sei o que me reserva

O sol aquece-me o coração
Tenho que ter cuidado
Ou ainda fico adoentado
Nessa esquisita paixão

O mar toca nos meus pés
Eu não sei quem o fez
Desconheço de onde vem
Ou sequer para onde vai
Apenas sei que ele tudo tem
E eu apenas tenho um “ai”

A areia escapa-me pelos dedos
Não sei como a agarrar
Não sei como lidar
Com estes profundos medos
Resta-me continuar a tentar

Deito-me na areia
Contemplo o céu
Espero a minha sereia
Que me venha tirar o véu
Para eu poder ver o mundo
E sair deste poço fundo

Ela tarda em chegar
Eu aqui a nada enxergar
A perder toda esta beleza
Cego por causa desta tristeza

Renuncio ao tolo sentimento
Dispo-me do alento
E mergulho no mar
Faz-me despertar
Acordo para uma vida
Que um dia julguei perdida

Pedro Gomes

Foto de Arnault L. D.

Canetas coloridas ( A cor do amor )

Crianças a brincar de colorir,
e uma delas rabisca, amor.
Me pergunto, qual a cor irá ser,
qual das matizes que irá se abrir?
Qual será do amor, a sua cor,
naquelas tantas para escolher...

Talvez, seja o rosa: cor de flor...
de cair do sol que se derrama...
Quiça azul, calmo e infinito,
de um céu de Cristo Redentor...
ou vermelho, de fruta e chama
qual será escolhida... Hesito.

Mas, cada escolhe cor diferente
e é amor em todas as cores...
Inteiro, ou cada letra e canto.
E eu que previa ver a frente
uma eleita entre todas as cores
descobri que o amor é branco.

Aprendi por aquelas crianças
que a cor certa é só um mito.
Qual, ou quantas forem escolhidas,
a matiz, ou os tons das nuanças.
O que importa, é que seja escrito,
sempre, com canetas coloridas...

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