Chão

Foto de Paulo Gondim

Criaturas

CRIATURAS
Paulo gondim
23/05/2009

A fuga se deu
De forma tão brusca
Num sol que ofusca
E assim logo sai
Um salto no escuro
Num gesto inseguro
Um corpo que cai

E cai entre trevas
Profundas, escuras
E tais criaturas
Do nada aprecem
Tão feias, tão frias
Em suas orgias
O chão estremecem

Reviram baús
Saltitam nos bancos
Alguns solavancos
Permitem se dar
E como mutantes
Em gestos constantes
Se põem a olhar

E assim de repente
Se mostram caladas
Inertes, paradas
Em transmutação
E num reboliço
Em tom de feitiço
Se põem em ação

Dão mil piruetas
Em gestos velozes
Num som de mil vozes
E somem no ar
Dispersas, aos gritos
Um cheiro esquisito
Ficou no lugar

Foto de Carmen Lúcia

Quero meu mundo de volta...

Quero de volta meu mundo de outrora
onde se podia, a qualquer hora,
sair sem trancar o portão,
jogar pedrinhas, pular Amarelinha
nas calçadas, de pés no chão,
sem medo ou indignação.

Dar esmola sem temer o ladrão,
ter como base a fraternidade e a união,
respeitar pais, mestres, avós, irmãos,
dar-lhes afeto, ter-lhes consideração.

Hoje me dei às lembranças
de meu tempo de criança...
De tudo que tínhamos e perdemos,
das crenças que hoje descremos...
Ou ainda cremos?
Comparo o ontem com o agora.

Regalias à revelia...Megalomanias...
Cabelos brancos...Pedofilia;
exploração sexual, humano irracional,
crime passional, descomunal, brutal...
Meras banalidades de notícias no jornal,
esquecidas após o próximo
intervalo comercial.

Inverteram-se os valores...
Pais e filhos trocam abraços por carros,
pra que a vida não seja uma droga...
E por isso pagam preço muito caro...
De repente...Vira droga o presente!
E o hoje, esquecido vagamente.

Me perdi no tempo de agora...
Nada mais é como outrora!
Cada um por si, cada qual pro seu lado,
Cabisbaixo, calado, sozinho...
Esqueci até o nome do vizinho...
Desde quando me fechei?

Quero o meu mundo de volta...
Simples, comum, solidário,
sem cercas elétricas, calvários,
abrir portas, ver as cores,
tirar grades das janelas,
tocar as flores amarelas.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Em busca da primavera...

Caminhei sobre pedras
e estradas de chão,
direcionando meus planos
à mais bela estação...

Em busca da primavera
vi cair folhas de outono,
algumas levando alguns sonhos...
invernos congelando quimeras,
sem nunca desistir da espera.

Apostei nas que sobraram,
as que fielmente ficaram
apesar dos outonos tristonhos,
dos invernos fechados
prolongando a chegada,
recuando meus passos,
coibindo espaços
pra me fazer desistir...
... nas vezes em que me sentei nas estradas
com as pernas cansadas
sem saber pra onde ir...
...nas vezes em me senti sozinha,
sem saber o que fazer
e quase retroceder...

Foram muitos recomeços,
desenganos, tropeços;
lágrimas, suores, dores,
decepções, desamores...

Os amores que julguei me amarem
aos poucos se foram, sem eu nem entender...
Dos amigos que me abraçavam,
poucos restaram;
os que eu posso crer...

E hoje comigo deslumbram
a beleza, o perfume, a cor,
o desabrochar da primeira flor
ao terminar a longa espera,
com a chegada da primavera.

(Carmen Lúcia)

Foto de Kiss_Kiss

Sentada em uma arvore

Sentada em uma arvore

Logo avistei

Um homem que por ali passava

Muito triste ele estava

Cabeça baixa

Olhar atento ao chão

Andar arrastado

Porem suas vestia eram muito engraçada

Calças largas camiseta colorida

Sapato engraçado

Cabelo encaracolado

Do alto da arvore Logo gritei

Senhor porque esta triste

O que procuras

Ele me respondeu

Perdi minha alegria

E não consigo encontrar

Agora só o que faço é chorar

Como poderei trabalhar

Ninguém quer um palhaço que só faz chorar

Eu estava ha alegrar um aniversario

Quando uma morena eu vi passar

Logo me apaixonei

Meu coração e minha alegria

Para aquela linda morena eu entreguei
Preciso encontrar aquela morena
E declarar meu amor

mil..kiss_kiss

Foto de CarmenCecilia

FELICIDADE VIDEO POEMA DUO CARMEN CECILIA & CARMEN VERVLOET

POESIA: CARMEN CECILIA & CARMEN VERVLOETE

EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: CARMEN CECILIA

MÚSICA: WHAT A WONDERFUL WORLD ( PIANO )

Felicidade

Felicidade é zelo e perspicácia.
É o olhar que se encanta
Admirando pétalas amarelas de acácia
Atapetando o chão,
É o canto do sabiá
Modulando as batidas do coração...
É o sorriso que ilumina o rosto
Participando de bucólico cenário...
É o abraço amigo,
Seguro abrigo...
É o roçar de lábios que se atraem
Num encontro de amor...
Ah! É a doçura do beijo
Num ondulante arpejo
Mel da paixão!

Felicidade é quando assim...
Você sorri pra mim
Quando para ti olho
E me vejo nos teus olhos
É o começo do dia ouvindo a passarada
Anunciando uma nova jornada
É o cair da noite...
Trazendo uma lua prateada
É a chuva miúda...
Trazendo vida...
O passar dos anos...
Sempre fazendo planos
É prosseguir...
Mesmo quando não se sabe pra onde ir
Felicidade é sonhar acordada!

É estar sempre se encantando
Com o sol, as estrelas, o mar
Com o perfume da flor
Espalhando-se pelo ar
É a doação do amor,
A quem por ti passar...
É a mão estendida com delicadeza
Oferecendo o pão...
É o exercício do perdão...
É a alegria brotando do coração
Enraizando-se como árvore milenar
No veio da terra,
Nos campos e serras!

Felicidade são as pequenas coisas da vida...
Que sentidas... Transcendem o limite da razão!

Carmen Cecília & Carmen Vervloet

Foto de Sentimento sublime

"Alma que chora"

'' Alma que chora''

Em meu peito abrem chagas!
Que queimam como um vulcão em brasas.
Sofrimento que nesse momento
Aloja em meu coração.

Nesta hora m’alma chora!
Lavando todo meu ser.
Meu espírito no chão vagueia.
A procura de todos os por quês.

Sofrimento que me fortalece.
E às vezes me desnorteia!
Sinto em meio a um tormento.
Um vazio e um aperto no peito.

Percebo estar m’alma purificando.
E assim continuo caminhando
Rumo quem sabe às estrelas.
Elevando aos céus uma prece.

Paro! Olho o presente.
Contento-me com a pureza das crianças.
Em seus olhares, brilhos de esperança.
Esses ingênuos pequeninos seres.

Olhando mais além o futuro.
Vejo o idoso, insano, frágil e inseguro.
Tentando nesse mundo sobreviver.
Esperando da vida, sua ultima viagem acontecer.

Volto para dentro do meu mundo.
Pergunto-me: Por que estou a padecer?
Se já não sou mais criança.
E idoso, não sei se chegarei a ser.

Seguirei meu caminho conflitante.
Numa louca espera incessante.
Na busca da paz constante
Que não sei se virei a ter.
Direitos autorais reservados:Osvania_Souza

Foto de Sonia Delsin

EU ME VI EM CACOS

EU ME VI EM CACOS

Eu me vi de asa quebrada.
Borboleta espatifada.
A amplidão me chamando.
E eu ali no chão largada.

Eu me vi em cacos.
Sem sonhos, sem ilusão.
Com uma ferida enorme no meu pobre coração.

Eu me vi acabada.
Derrotada.
Achando a vida uma maçada.

Eu me vi no fim da linha.
Vi a morte se aproximando e quis reagir.
Precisava encontrar novamente encanto no meu existir.

Como meus dias eu enfeitaria?
Por sorte tinha n’alma a poesia.
E algo me dizia...que outro amor encontraria.

Eu me vi em cacos...
E com eles um mosaico eu montei.
Uma figura de mulher sorridente eu criei.

Foto de Sentimento sublime

"Alma que chora"

'' Alma que chora''

Em meu peito abrem chagas!
Que queimam como um vulcão em brasas.
Sofrimento que nesse momento
Aloja em meu coração.

Nesta hora m’alma chora!
Lavando todo meu ser.
Meu espírito no chão vagueia.
A procura de todos os por quês.

Sofrimento que me fortalece.
E às vezes me desnorteia!
Sinto em meio a um tormento.
Um vazio e um aperto no peito.

Percebo estar m’alma purificando.
E assim continuo caminhando
Rumo quem sabe às estrelas.
Elevando aos céus uma prece.

Paro! Olho o presente.
Contento-me com a pureza das crianças.
Em seus olhares, brilhos de esperança.
Esses ingênuos pequeninos seres.

Olhando mais além o futuro.
Vejo o idoso, insano, frágil e inseguro.
Tentando nesse mundo sobreviver.
Esperando da vida, sua ultima viagem acontecer.

Volto para dentro do meu mundo.
Pergunto-me: Por que estou a padecer?
Se já não sou mais criança.
E idoso, não sei se chegarei a ser.

Seguirei meu caminho conflitante.
Numa louca espera incessante.
Na busca da paz constante
Que não sei se virei a ter.
Direitos Autorais de: Osvania_souza

Foto de Osmar Fernandes

Mãe (participando do concurso)

Mãe,
você é o berço da vida.
O sorriso lindo ofegante.
O chão de estrelas que guia
Meus passos neste mundo gigante.

Sou sua vitória mãe.
Página do seu livro.
Parte de sua história.
Muito do seu grito.

Sem você, eu não seria ninguém.
Você me gerou com amor.
Teve dores profundas...
Mas, teve o sorriso da flor,
Ao me ver nascer.

Mãe,
você é meu sonho,
Minha luz, meu ser.
É minha força de viver.
Você é toda divina,
De Deus – é a obra mais prima.

Te amo, mãe!

Osmar Soares Fernandes

Foto de Clemilson Resende Santana

Ode ao Coração Morto

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.

Não aguentei essa nova decepção
O tempo passa e não volta atrás
Farei o funeral do meu coração
Pois sei que teu barco aporta em outro cais

Um vento frio e vagaroso afronta
A chuva fina, quase lhe desfaz
As pequenas gotas que ela ao chão aponta,
Contra o sepulcro onde meu coração jaz.

Tal como o vento, eu vagaroso o deixo
Ao pé da cova, meu adeus fugaz.
As frias rosas e o chão rijo beijo,
E dou-me conta do que é o jamais.

Assim tranqüilo e conformado choro,
Deixando-o morto, que não chora mais.
Então percebo o quanto vivo e imploro
Que o choro acabe, como nós, mortais.

Um riso tímido em tempo sugere
Que é meu direito gargalhar assaz.
E esse direito o tempo me confere
Adeus, meu coração, que descanse em paz.

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