Chão

Foto de Neco

nao te peco

Não te peço nada, nem ouro e nem prata , pois sem você não é nada.
Não te peço, abraços ou beijos, apesar do meu desejo.
Não te peço, que me tenha amor.

Só te peço, deixa te amar sem compromisso.
Só te peço, não tenha medo, pois sei todos seus segredos.
Só te peço, não tenha culpa ou se sinta injusta.

Pois só isso que te peço, me deixar te olhar onde quer que você vá.
Pois eu quero te acompanhar, e só por um instante tua mão eu tocar.
Pois pior que, não te ter é o medo que há em min de te perde.

Só te peço, me deixar ficar mesmo quando não me agüentar e de casa me expulsar pois exatamente nesta hora é quando mais preciso te olhar.
Só te peço, quando em uma crise entrar vai me procurar pois sabes que comigo pode contar.
Só te peço, deixa estar em tua vida ao menos na expectativa.

Pois quando tudo estar desalinhado ainda sou seu amado. Mesmo que negado.
Pois quando tudo de errado possa parecer mesmo assim não sei me desprender de você.
Pois meu mundo, possa cair e sem chão possa ficar ainda quero te agradar.

Só te peço, seja feliz não tenha culpa pois você não me machuca.
Só te peço, que faça uma boa escolha e que o resto se exploda.
Só te peço, não tenha medo de seus desejos pois deles aliviaram grandes anseios.

Não te peço, pra me esquecer mais se um dia vier acontecer que seja o melhor pra você
Não te peço, para outro amor encontrar mais se um dia seu coração por outro pulsar estarei perto para te apoiar.
Não te peço, para outra chance se dar mais fico cá há esperar.

Só te peço, deixar te amar
Só te peço, deixar te amar
Só te peço, deixar amar você

Foto de lua sem mar

Onde me perco

“Onde me perco”
05 de Julho de 2009

A lua esconde-se,
Nas nuvens do céu,
O brilho que afasta,
Na nudez que não tem.
Segundos apressados,
Das nuvens escuras corriam,
Como uma luta,
O vento que as move.
Estranha solidão,
Que me aqueces,
Nas horas que não voam,
No sono que te aquece.
Cama quente, sereia bonita,
Mar de tempos,
De frutos,
De estrelas-do-mar,
A contemplar a vida do oceano,
Como se o chão,
Numa lisa camada de areia,
Que me assombra,
Que te seduz.
Um fio de cabelo,
Que vagueia no mar,
Para aproveitar,
As ondas que,
Vêm deslizar.
jnh
lua sem mar

Foto de priinc3ss cawiine

perguntas e respostas sobre a minha personalidade

Se sou louca ?
Tenho as minhas pancadas ...
Se sou ridícula ?
Estamos a falar de mim ou de ti ?
Se sou santa ?
Ainda nao estou no altar ao pé dos outros ...
Se fui fácil ?
Tiveste sorte ...
Se fui difícil ?
Temos pena tenta de novo ... Senão ... cai fora...
Se Tas a querer me lixar ?
Tenho pena de ti …
Se aceitei ?
Tiveste sorte ...
Se sou boa amiga ?
Sempre ...
Se eu minto ?
Opa , ninguém é perfeito ...
Duvidas de mim ?
Paga para ver só e tira as tuas conclusões ..
. Se eu amo ?
Claro que sim ...
Se eu odeio ?
Não , sinto pena ...
Incomodo-te ?
Lamento mas não nasci para te agradar ...
Queres ?
Eu posso ...
Eu bonita ?
Achas mesmo ?
Tu sim és bonito ...
Eu ?
Sou TOP ...
Pisar-te ?
Para quê ?
Já estás no chão ...
Se sou convencida ?
Não , essa parte de ser convencida já passou , agora sim , sou mesmo boa ... Estás-me a criticar ?
Experimenta comprar um espelho ...
Se eu estou com inveja ?
Até te posso copiar mas faço muito melhor ...
Odeias-me ?
Que coincidência não achas ?
Se me conheces-te ?
O prazer é todo meu ...
Estiguei-te ?
Epah mereces-te ...
Perdoei-te ?
Perdoou-te mais uma vez se possível ...
Sinto saudades tuas ?
Porque talvez , és especial ...
Não sinto ?
Talvez já tenha vivido tudo o que possa ...
Fiz-te chorar?
Não faço de novo ...
Mereces-te?
Então continua a chorar ...
Disse que te amava ?
Não foi por acaso !
Acredita é verdade...
Ficas-te comigo ?
Dá valor ...
Não deste valor ?
Abris-te para a concorrência ...
Não me queres mais ?
Há quem queira ...
Disse que te adoro ?
Acredita ...
Percebes-te que te quero ?
estas a espera de quê ?
Quero mesmo ...
Se tenho defeitos?
Sim , tenho alguns , o perfeito ainda não existe ...
Qualidades ?
Sim , tenho muitas ...
És meu amigo ?
Tens sorte ...
És meu inimigo ?
És insignificante para mim ...
Ajudas-me ?
Farei o mesmo por ti ...
Atrapalhas-me ?
Vou fazer-te o mesmo ...
Amiga ?
De quem merece ...
Família ?
Eu amo a minha como ela é ...
Meus amigos ?
tenho os melhores do mundo ...
Felicidade ? Vou atrás até ao meu ultimo dia ...
Lutar ?
Sempre ...
Desistir ?
Nunca ...
Se eu sou demais ?
Não ... Porque tudo o que é demais sobra ...
Tudo o que sobra é resto ...
E tudo que é resto vai para o lixo !
Então eu sou Demenos ...
Porque tudo o que é Demenos é pouco ...
Tudo que é pouco é raro ...
E tudo o que é raro é especial como eu !
Adoro tudo aquilo que odeias ...
Magoei-te ?
Desculpa , foi sem querer...
Mereceste ?
Então não me arrependo.Odeias’me? Não és o único(a) Amas’me? Eu também amo alguém que não me ama :S
Sou feia? Olha para ti .|. Sou bonita? Tenho espelhos
Enervo’te? Mete os nervos no cu =D Chateio’te? Talvez mereças
Resmungo contigo? É para teu bem Aturas’me? Não és único (A)
Comeste’me? Porque eu deixei Dei’te um fora? Mereces’te
Pertubei’te? Tinha motivos Defendi’te? Porque tinhas razão
Não te ligo? Desculpa. Mas tenho prioridades Não me conheces?
Podes sempre faze’lo
Conheces’me?
Obrigado (A) por a tua amizade!Sou chata so
Depende de ti...
Sou metida
Inveja e' triste...
Sou feia.
Ha' quem qeira...
Sou bonita...
Tenho espelhos...
Amas me?
Bom pa no's...
Odeias me?
Poe te na fila...
Sou educada?
Quase sempre...
Sou mal educada?
Mereceste...
Sou louca?
O problema nao e' meu...
Sou santa?
Nem tanto...
Tenho juizo?
nao muito.
Beijo mal?
Tu tambem...
Beijo bem?
Ja' sabia...
Humilde?
A's vezes...
Modesta?
Nem sempre...
Nao te largo?
Sorte a tua. Gosto de ti...
Dei te uma tampa?
Desiste!
Sou boa amiga?
Talvez ...
Sou boa inimiga?
Mais ainda...
Eu minto?
Tu tambem...
Duvidas de mim?
Paga pa ver...
Eu amo?
Quem sabe...
Eu odeio?
Nao... Sinto pena...
Sou ma...
Ainda posso ser pior...
Gostar de mim?
Facil...
Gostar de ti?
Convence me...

pera mais uma coisa que intresa a algums gostas de mim ?? Nao ?? Entao Sai daki pq aki nao es bem vindo tu ... So me importo cmg e com os meus amigos por isso se alguma vez fizeste me mal ... Tambem nunca penxes que te vou fazer bem,ja alguma ves me viste a cair e riste de mim entao olha meu tolo... Olha mas olha bem... Porque quando tu caires vou la tar eu pa certificar que cais bem fundo.... Isto e pa todos aqueles que merecem ouvir nao vale a pena se pensas que e pa ti nem devias ter lido isto ja deves saber como sou alias nao leste au inicio foi ?? eu repito nao gostas de mim ? Entao ----> Sai Parvo mas nao au Teu Ponto Lol Pa quem leu isto agora e que nao tem nada a ver e que nem me conhexe . Lol Nao se ponham a imaginar nao sou uma a
parva. Sou uma gaja bem bacana pa quem e bacano cmg Sou Amiga dos meus amigos Nunca Falto nem faltei ao respeito a eles. Eles e q podem comprovar isso :) Alguma coisa Deixa um comment :P

o mundo contem olhares, tons e sentidos!!! o mundo por vezes é escuro por outra é claro, onde há barulho e silêncio, onde se destingue o aspero do liso, onde o espaço por vezes é curto e por vezes é longo, mas só o saberam aqueles que voltarem de novo a sua infância onde o tempo pode ser curto ou por vezes pode ser longo.....cada um é que escolhe....de qualquer forma escolhe sempre a melhor maneira de visualizar o mundo, pois cada dia deverá sempre ser vivido da melhor forma e sempre com a cabeça levantada para a vida, apesar de ás vezes ser necessario derramar uma lagrima, mas por mais que custe vela cair do canto do olhos, nunca andes triste e mostra sempre aquilo que és, nao escondas um sentimento nem uma faceta tua com medo daquilo que os outros podem pensar ou dizer...pensa que cada um é aquilo que quer e nao aquilo que os outros querem...
cada vez que necessitares volta a tua infância, vive, brinca, chora, sorri, faz o que necessitares mas nao te deixes intristecer....
nunca deixes de sorrir, nem chores por causa de quem nao merece uma lagrima tua, mas tambem nao dês um sorriso a quem nao o merece.......

Por que... por que sofro dessa forma ?
Sofrendo por alguém ?
Sofrendo por um sentimento ?
Sofrendo por uma causa ?
Sofrendo por um motivo ?
Sofrendo por uma dor ?
Sofrendo por um problema ?
Sofrendo por um sofrimento ?
Sofrendo por simplesmente sofrer ? Eu sofro..
Sofro de amor
Por amar tanto você

Sofro de não entender,nem ter esse amor
Sofro de não poder compartilhar esse amor
Sofro por não telo comigo
Sofro de não poder tocá-lo
Sofro de não poder abraçá-lo
Sofro de não poder beijá-lo
Sofro por não poder fazer nada com ele

ELOGIOS NÃO ME ELEVAM ,

CRITICAS N ME AFETAM,

SOU COMO SOU

NÃO COMO QUEREM QUE SEJA!

Lemas da vida:
-->Eu sou eu, não tas bem dor de cotovelo é fodida .|.
-->Aproveitar enquanto se pode :D

Foto de LuizFalcao

"LIBERDADE"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão em 01/06/2004.

Qual pássaro que ingênuo pousa para comer o grão,
Que por mais arisco que seja em laço se vê.
E assim, qual pequena ave engaiolada, a “Liberdade” finda,
Na rotina do não e do sim;
E do talvez;
E do quem sabe;
E do não sei.

“Soltai-me, peço-vos, para a vida lá fora!”
Implora a “Liberdade” tristonha, agitada nas grades da gaiola!
Seu clamor é a bela melodia que todas as manhãs antes de raiar o dia,
A todos na casa acorda,
Vibrantes, belas e inúteis notas,
Flutuam no ar sem resposta.
Não há quem entenda tratar-se de uma súplica!

E assim, chora a “Liberdade” em todas as manhãs de todos os dias,
Exceto um.
O canto súplice termina...
Pobre “Liberdade”!
No chão da gaiola cansou de cantar!
O suplicatório em notas sufocou na garganta!

Não salta mais “Liberdade” em seu pequenino cárcere dourado!
Caída no fundo de sua injusta prisão,
Jaz inerte a ave graciosa.
Dos olhos vívidos extinguiu-se a luz.
Jamais verão novamente os galhos da arvore onde nascera.
Nem suas asas em surf planarão nas ondas do vento.
Nem seu canto encherá de notas harmoniosas o firmamento.

Morreu!...
Morreu mesmo a “Liberdade”?
Desistiu do seu brado a poderosa ave?
“Liberdade”!... “Liberdade”!... “Liberdade”!...

O grito de “Liberdade” não pode morrer!
Enquanto houver quem sonhe com ela,
Enquanto existirem encarcerados,
“Liberdade” será “Esperança”,
E “Esperança” tornar-se-á “Vontade”
E “Vontade” será novamente “Liberdade”.

“Liberdade” alçará um vôo ainda mais alto e mais livre.
Planará como a águia,
“Liberdade” nunca mais cantará o canto dos aprisionados,
Nunca mais ao chão pousará para comer o grão.
Arrebatará ainda em vôo suas presas,
Elevando-as as alturas, alimentando-se dos sonhos e dos anseios!
Avolumando seu canto em ondas sonoras que se espalham no ar,
O brado eterno que ecoa nas almas humanas!
Seu ninho estará nos altos rochedos.
Contemplando a planície dos campos,
As copas das matas, o leito dos rios e as ondas dos mares.
Não haverá limites além do horizonte para a fênix ressurgida,
Reerguida das cinzas da morte.
Senhora dos céus, novamente livre a amada “LIBERDADE!”

01/06/2004.

Foto de Joaninhavoa

"Do chão que dá uva e pão..."

*
"Do chão que dá uva e pão..."

"Gosto de pisar chão que dá uva e pão
e não terra saturada em vão
Por isso rego a terra p`ra lavrar
E lanço sementes p`ro ar

E caiem na terra devagar
Como a chuva cai d`entre nuvens
Lá do céu! Voando ainda e a dormitar
Com as guitarras abertas pelos gumes

Dos vácuos vazios do ar
Montões d`algodão a caminho
Da ponta colorida do arco íris

Dos teus olhos de menino
Quando se extasiam nos meus
Mais pequeninos"

Joaninhavoa
(helenafarias)
04/07/2009

Foto de O Fantasma das palavras

!!!O AMOR!!!

È o abrir de uma página em branco e desconhecida, é o tempo que se torna lento, para se poder desfrotar dessa paixao. São coisas normais, como um simples passaro á voar, que percebemosque tamos a dar valor a isso. Pois o amor despertanos intresse em qualquer coisa que se mecha.
É no assubiar do vento, que o teu amor é chamado por outra força superior, e que nada e ninguem te impede de caminhar ao seu encontro.
É no dia de lua cheia que os sentimentos se cruzam, para falarem entre si como as pedras que batem umas contra as outras para defenderem o seu lugar. Quando caminhamos sentimos que os nossos pés estão tocando no chão más o nosso corpo eleva-se seguindo o coracçao para encontrar a pessoa amada, para a primeira reaproximaçao.
Quando saimos percebemos que não tamos em nos, mas sim á voar num reflexo de um espelho que transmite uma falsa imagém de quem está ali.
Naquele lugar ás pessoas evitam conversas, de assuntos que não tem futuro, onde só se fala do passado, porque parece ser o mais presente.
É no palco do amor que fazem o teatro, sem ensaios mas onde sai tudo bem sem qualquer tipo de paragem. A vida é elevada numa paixao, de criança numa brincadeira que recorda a infancia, por sensaçoes contidas quando o caminhante do amor não tinha distancia.
Tentar fazer sobreviver o amor quando alguem do outro lado apaga a luz, e diz: que prefere fechar os olhos e esquecer a relaçao. Mas tu desposto a salvares aquilo que sempre acreditas-te, onde te entregas-te sem qualquer duvida.
Agora vez o sol a desaparcer, o mar a não se mexer, só porque do outro lado do muro não habitava o mesmo sentimento.
A cada minuto que passa esperas que alguem bata a porta. Dizendo alguma coisa que te tire um peso do coraçao, quando as palavras tem conviçao, de paginas rasgadas de pessoas enfeitiçadas nos ramos da ilusao.
Quando tudo parece estar calmo, aparece um luz que indica o caminho que parece estar perto, mas no topo de uma arvore tu vez que é tao distante. É nesse monemto que tomas uma decisao, a tua decisao querendo lutar pelo teu amor. Agora sabes que vais atravessar, momentos de desespero na recuperaçao de um sentimento que mexe qualquer ser humano neste mundo.
Na luta vais perceber e descobrir que o amor é uma porta sem fechadura.
Composta de uma decisao ou uma pequena escolha na vida aquela pedra que atiras-te ao rio, se levou as tuas tristezas, e ás tuas angustias. Nesse caso estas livre!!!

Foto de mariana benchimol

Cemitério

Jardim de flores mortas
soterrado de corpos de cera
jogados pelo meio do caminho,
como embalagem de bala jogada no chão.

Jardim de almas perdidas
pecados imperdoáveis,
mentiras sem fim.

Labirinto sem saída
cheio de truques, armadilhas,
e paredes que se movem.

Vejo coisas que não existem,
ouço vozes do além
me chamando,
me convidando para ser mais uma
[flor morta.

Foto de Montanha

Como serei...

.
.
.
.
- Andar pelo amor sem pisar,
sorrir noite e dia, sempre a beijar,
com palavras fortes sem magoar,
incertezas conjuntas, acertar,
de bocas juntinhas, segredos mimar,
mãos dadas quentinhas, sempre a amar…
- Por onde não importa, eu sei,
ao meu lado estás, caminho encontrei,
meu mundo és tu, por isso te beijei,
das tentações várias, jamais te troquei,
minha alma é tua agora, sempre desejei,
viver em ti e por mim, a vida que sonhei…
- Meu equilíbrio maduro não morreu,
brincamos de meninos atrevidos, tu e eu,
conversamos e construímos, um sonho teu,
estaremos sempre unidos, num provérbio meu,
num conto trocado, de Julieta e Romeu,
loucuras que vivemos, nenhum se escondeu…
- Desesperar para mim, é olhar e não te ter,
pouco é assim…somos vidas de muito querer,
pouco me julga o mundo, se te quero viver,
por muito que vislumbre, só teus olhos quero ver,
aconteça o que acontecer, não te vou esquecer,
comigo te levarei, mesmo na hora de morrer…
- Minha luz é tão clara, como terra de esquimó,
pelo vento me deixo ir a ti, sem piedade nem dó,
nos destinos que fazemos, somos dois num só,
dos nossos momentos tudo é valido…inclusivé o pó,
com ele desenhamos no chão, nossos corações em nó,
serás para todo o sempre, o meu pãozinho de ló…

Montanha
28-06-2009

Foto de Rosinéri

PARA TODOS OS CASAIS

Aos casados há muito tempo
aos que não casaram, aos que vão casar,
aos que acabaram de casar,
aos que pensam em se separar,
...aos que acabaram de se separar,
aos que pensam em voltar...Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado
uma ótima posição no ranking das virtudes,
o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o coração
e justifique loucuras.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa,
cantarolar dentro de um ônibus lotado.
Tem algum médico aí???
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que?
O amor.
Mas não o amor mistificado,
que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos,
o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho.
É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor,
assim como não existem três tipos de saudades,
quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer sentimento,
seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido
e mulher não há laços de sangue,
a sedução tem que ser ininterrupta.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade,
qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza,
e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar
uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá.
Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento
exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto,
tem que haver muito mais do que amor,
e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios.
Alguma paciência... Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras
que não foram previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos,
acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar. Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência.
Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais,
rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos,
dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio
tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância,
vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu,
fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa,
necessariamente, fusão.
E que amar, 'solamente', não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia,
falta discernimento, pé no chão, racionalidade.
Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre,
mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de sentimentos
para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós.

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Páginas

Subscrever Chão

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma