Cinzas

Foto de Fernando ARC

Sentimento

Sentimento porque existes,
porquê contigo tudo é mais intenso
tu não feres o corpo,
não deixas marcas nem o sangue chega a correr.

Mas porquê sentimento,
porque doi tanto,
porque me assustas,
porque fujo de ti,
eu não te conheço,
eu nunca te vi.

Queima bem fundo,
vai até onde não encontrares mais alimento para arder,
deixa tudo em cinzas,
cada ramo, cada folha,
derrete todas as ligações,
queima todas as emoções.

Mas recorda, vais deixar um rasto,
um caminho por onde passares,
e cada vez, cada segundo,
cada chama que te fizer arder vais-te consumir,
sentimento, não me mates com esse fogo,
assim vais deixar de existir.

Foto de Carmen Lúcia

Sem lembranças

Recomeço do agora...
Olho as cinzas esvoaçando,
meu interior se esvaziando
levando suavemente o passado
que perde espaço
no decorrer das horas.

Lembranças felizes permeiam o ar,
querem voltar,
teimam em ficar
apesar da decisão irrevogável,
relutância inexorável
de não as levar,
de me libertar.

Difícil resolução tomada
após ter sido amparada
por essas ausências vividas,
pelas reminiscências floridas
no jardim de um tempo
que já se perdeu,
não sobreviveu.

Respiro suas fragrâncias
que não mais inebriam
a imaginação,
só fantasiam a alucinação...
Fantasmas que não mais amedrontam,
perderam o fascínio, são sombras.
Apenas vagueiam
cerceando os caminhos
de pura ilusão.

Recomeço do agora...
Sem pressa, sem hora,
vazia do ontem,
esquecida do outrora.(?)
Fechada a lembranças
que trago fincadas
no cerne baldio
de meu coração.

_Carmen Lúcia_

Foto de Allan Sobral

Soneto ao amor da Fênix

Eis que a paixão de outrora,
Renasce do amor e glória.
Eis que a noite já chora,
Contrapondo a aurora.

Ressurge o amor que morrera,
Dentre cinzas e poeira,
Como a Fênix guerreira,
A estrela derradeira.

Troca-se o pranto por perdão,
O agora pelo sempre.
Une-se alma e coração.

Habitarás em meu peito,
Meu amor será teu leito.
Justo, divino, Perfeito.

Allan Sobral

Foto de raziasantos

Teu Perfume:

No silêncio tento salvar minhas memórias.
Tento renascer das cinzas, e cumprir minha missão.
A dor da solidão amarga os meus sonhos…
Tão crua e fria a vida que resta!
Nesta metamorfose sou apenas uma gota d/água junto ao oceano.
Perdura em meu peito a dor que me consome…
A sobra de um passado obscuro que me negas a verdade.
É tempo de lágrimas, tempo de dor…
Neste silêncio ouço apenas o grito da minha alma.
O triste gemido estremece minhas entranhas.
Mordo os lábios em sinal de protesto.
Este mal que me devora como uma praga de famintos gafanhotos.
Não sei mais para onde ir, nem pra onde devo ir.
Só sei que preciso te reencontrar mesmo que por um instante.
Não sei a cor dos teus olhos, nem a cor de tua pele…
Os anos passaram e a mim foi negado o direito de te conhecer…
Nunca pode ouvir teu choro nem ver teu sorriso,
Mas posso sentir teu perfume de filho querido!
Filho! Meu filho!

Foto de Allan Dayvidson

O ÚLTIMO POEMA

"Sabe quando você parece ter andando uma vida inteira e ,então, se percebe não muito longe começou? Minha crise momentânea me levou a este poema equivocado, mas sincero..."

O ÚLTIMO POEMA
Por Allan Dayvidson

Segure minha mão,
antes que coloque minha impressão sobre o papel
e marque minhas digitais nessa estranha sensação.
Porque é como tentar carregar malas pesadas,
Então, as abrir e não encontrar quase nada.

Diga-me...
que este é meu último poema,
que não irei mais revirar o céu
em desespero atrás algo que valha a pena.
O último poema...
um resto de bobagem, minha última taça,
a última bagagem para que eu me desfaça...
de você.

Está claro que o caminho deve ser feito sozinho
e longe de sua porta.
Porque viver de suas lembranças tem sido a esperança
que ainda me ofereço.
Do fim para o começo, como da noite para o dia,
quero ser filho das cinzas.
Mas não importa o quanto o vento corta,
pareço preso a mesma doca esperando brisa.

Diga-me...
que este é meu ato final,
que não precisarei ficar neste lugar
fazendo círculos ao invés de minha espiral.
O último poema...
um resto de inspiração, mais uma taça,
a última respiração antes que eu me desfaça...
de você...

... o resto de você.

A sua marca está impressa na palma da minha mão
E todos os sentimentos ficam a salvo em meu peito.
Mas talvez eu não mais tente tocar seu coração
com esses versos há tanto tempo improvisados do meu jeito.
Então, diga-me...
Este é o último poema?
A última migalha, a última valsa,
Meu gran finale, a próxima taça,
O ponto em que tiro cada peça até que eu me despeça...
de você...

Foto de joaobala

um amigo no armário

Uma menina sem vida nasce entre as cinzas
E floresceu feita flor no jardim,
Ao florescer diante o sol ardente sente medo,
E se esconde dentro do armário e lança a chave fora.

Os dias vão passando vem a escola e passa a escola
E a vida insistida a bater na porta que não abre.
Os cabelos longos e negros quando posto para
Traz revela a mulher que antes nenina ñ tinha
O colo que amamenta uma nova geração.

Alguém precisa abrir o armário mais quem,
Terá a chave certa para abrir o coração dessa mulher,
Linda mais com olhar medroso e triste,
Pois a vida que passara roubou a infância
De menina e com desejos sombrios se percebe
Agora já é uma mulher e precisa viver.

Por si própria sai do armário e logo sente
A fúria do mundo pessarte as costa, mais
Decidida ela quer viver e viver neste mundo
Sombrio sem amor é ter um dia infernal a pôs
O outro.
E o amor bate a porta com flores e rosa carregada
De mentiras falsas intenções, ela aceita e vive cada
Dia como se fossem os últimos dias de sua vida.

Projetos se erguem ao seu redor, trabalhos
Da uma esperança de um futuro cuja escondida
No armário ñ conseguia ver mais agora ela quer viver
Mais o mundo que se vê, só as bebidas e drogas
Contaminando amigos e família logo se vê estou
Sozinha precisa sobreviver dando um passo de cada vez
Mesmo que a tristeza a faz lembrar,
Era triste e frio mais era melhor viver no
Armário do que viver neste mundo.

joaobala 16/07/2011

Foto de Rute Mesquita

As angustias do meu amanhecer

Acordo… e a primeira informação que o meu cérebro dá ao meu corpo é que o meu braço caia desmaiado para o lado e que a minha mão ainda adormecida te procure cega pela cama mas, nesta sinto apenas as asperidades dos lençóis… E sinto-me a boiar num mar desgostoso e transtornado, por acordar e não te pressentir contemplando-me num olhar atento e ansioso para me saudares, com esses teus olhos verdes. Aquele teu ‘bom dia’ de que espero e com que sonho. Com aquele teu olhar verde, misto de cor de mel que me lembra uma linda paisagem de vastos campos cultivados.
Ainda não sei se quero abrir os olhos e encarar a crua realidade ou se me vou envolver por entre os lençóis, aconchegar-me e continuar a flutuar pelos meus sonhos, de como seria se estivesses aqui.
Imagino que serias tu o meu manto envolvente, que seria o brilho dos teus olhos a luz do meu amanhecer, que seriam as tuas mãos a minha segurança, os teus braços o meu conforto. Ai, como seriam os teus lábios por si só, sem nada dizerem, as coisas mais belas que alguma vez ouvi. Enquanto as tuas pernas eram os meus entrelaces, como se de uma transa de cabelo se tratasse.
Imagino-te madrugando, acordado e irrequieto a meditar as minhas formas. Imagino um ‘bom dia’ entre muitas outras coisas que poderias dizer-me ao abrir dos meus olhos, coisas como ‘os teus olhos castanhos, são lindos… lembram-me o adocicado sabor das avelãs’ ou um simples ‘és linda’ ou até mesmo um forte olhar cheio de brilho e continuamente um sorriso rasgado.
Imaginava-me a acordar reconfortada e envolvida nuns toques macios no meu cabelo, feita por uma mão de veludo. Ou com os lábios humedecidos de um beijo suave e tímido.
Bem nisto já não sei se imaginei, se sonhei ou se aconteceu. Só me resta abrir os olhos… encho o peito de ar num inspirar profundo enquanto me preparo para regressar à realidade em tons de cinzas, sem ti ou se tudo isto aconteceu e me vou sentir encantada como uma criança rodeada de cores alegres… Bom, aqui vai.
Abri os olhos e uma lágrima escorreu e a primeira informação que o meu cérebro dá ao meu corpo é que o meu braço caia desmaiado para o lado e que a minha mão ainda adormecida te procure cega pela cama mas, nesta sinto apenas as asperidades dos lençóis…

Foto de Edigar Da Cruz

Como uma AVE FENIX

Como uma AVE FENIX

Somos capazes de ressurgir das cinzas,

Como uma fênix

Reerguemo-nos dos destroços como grandes guerreiros,.

Somos seres especiais celestiais..

Todos os dias em cada novo desafio,.

Em cada bloco de situação aparece a vida..

E SUPERAMOS..na HONRA E NA CONQUISTA.

Ressurgirmos

Seja na vida PESSOAL ou PROFISSIONAL e sentimental,

A cada novo minuto um novo aprendizado

Em cada aprendizado uma nova obra contada escruta e terminada,..na vida

Uma nova visão da vida um novo

Desejo, e convívio com pessoas distintas,

Um novo amor uma nova amizade,.

Descobertas que te faz colocar um ponto alfa maior na vida..de estrela maior,..

E esperanças muitas buscadas e conquistadas e acredite..

SEMPRE E TEMPO DE MUDAR,..

SEMPRE E TEMPO DE CRESCER,..

SEMPRE E TEMPO DE APRENDER,..

E SEMPRE E TEMPO DE ENSINAR,..!

E SEMPRE E TEMPO DE RENASCER!,

E VIVA a cada minuto da vida

Intensamente, Afinal todos são

Uma AVE FÊNIX

Quando acham que chegou o fim

Ai que recomeça o novo trajeto da vida..

Simplesmente viva como um AVE FÊNIX

Foto de Marilene Anacleto

Atrás das Negras Portas

*
*
*
*
Atrás das negras portas, segredos imensos
Medos intensos. Atrever-me? Nem penso!

A curiosidade incendeia os veios do sonhar
A vontade de entrar. Histórias desencadeiam.

Ali estarão bruxas e bruxos, religiosos em exorcismo,
Grandes dragões feridos, ou assassinos de bruços?

Quem sabe uma Cinderela, entre cinzas e maldade,
Não vê o passar da idade, mas sonha com a passarela.

Aquelas tão negras portas que escondem muitas memórias
São a minha grande história: os fatos que me formaram.

Recorro às terapias de renascer, de reviver,
De vidas passadas, de dançar, de minhas idas e vindas.

E aquelas tão negras portas, prometi a mim mesma que um dia,
Atravessava, e descobriria o que guardam estas memórias.

Decidi que, ao final desta vida, reviveria as minhas mazelas,
Escondidas em tantas janelas para curar com amor e alegria.

Encontrei egos nas portas abertas, passo a passo,
Sentimentos impuros, amores, batalhas, traições sem desabafo.

Fui freira e bibliotecária, criança de fazenda e bastarda.
Em muitas vidas espancada, e em outras, extremamente solitária.

A solidão que me fez escrever, entendi o meu gosto pela mata,
Com alegria, tudo reviver, compreender que aquilo não foi nada.

Lá estavam o meu modo de agir, atrás daquelas grossas portas,
As filosofias e as piadas a sorrir, o gosto pela praia e pelas hortas.

Dos erros de relacionamento, também encontrei e resolvi os motivos
Não saber controlar o dinheiro, da rejeição e do excesso de juízo.

Doar sem poder e sem medida, Necessidade de extrema perfeição,
Fui aos poucos aclarando, adentrando ao meu passado,
Ao regredir consciente, em calmo estado
Para ouvir, sobretudo, o coração.

Marilene Anacleto

Foto de Cesar Jardim

Luta

O que me fascina,
não precisa me seduzir.
O que compro,
não é sempre o que procuro.
Se eles não me deixam falar,
Um dia eu sei que eles se calam.
Se tentam me deter,
eu espero o sinal.
Não vale a pena perder,
Porque quem conta a história,
é quem chega ao final.
Os opostos ja tentaram se separar,
E acreditem, eles derrubaram o muro.
Coragem não se aplica ao dano,
e perdido estou,
e destas cinzas eu não viro pó.
Não tenho orgulho,
Apenas esperam um pouco de mim.
Eu tenho medo ,
e o meu medo é solidão.
E a "verdade" caíra
assim como os injustos,
Promessas eu encontro todos os dias
Solução é algo mais.

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